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quarta-feira, fevereiro 07, 2007

À CRUZ. Charles Fonseca. Poesia

À CRUZ
Charles Fonseca

Ah, se acaso tu soubesses
Quanto amor tenho comigo
Não estaria entregue
A mercê tão oprimido

Meu coração entre abrolhos
Num peito sem ar, tão oco,
Sem teu alento, sufoco,
Na penumbra sem teus olhos

A chorar os meus contenho
O riso a fala o semblante
Não reluz meu ser amante
Jaz sobre cruz, morre ao lenho!

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