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sábado, dezembro 29, 2018

TRIÂNGULO. Charles Fonseca. Poesia.

TRIÂNGULO
Charles Fonseca

Hospedou em uma casa
aquele homenzarrão
quase em baldeação
com a mulher sua amada

um drama ali se hospedou
e um triângulo dramático
vítima perseguidor
um ângulo esquálido

este saiu à farmácia
a consorte entrou em cena
ouve então em cantilena
um ângulo com sua empáfia

aquele homenzarrão
até então salvador
sentado desmoronou
chorou em convulsão

consorte salva a intriga
com salvador contracena
chorou de fazer pena
salvou aquela alma caída

o homem refeito escapa
quedou-se então em silêncio
ensaio foi um proscênio
um triângulo de Karpman

esta estória a remir
chega o ator principal
poeta sem avental
conta, meninos, não vi.

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