BARTIMEU
Charles Fonseca
Era uma vez um cego
Bartimeu era o seu nome
clamava, Filho de Deus, sou homem
não tenho a luz, teu servo
pede a ti uma bênção
peço por misericórdia
dá-me a luz, a glória,
de ver pois todos irmãos.
A sua fé o salvou
este foi o meu sermão
em praça pública e então
nunca mais fiz outro voou
a minha verve em missão
por décadas sonolenta
meu pai em palavra benta
disse filho, que bênção,
me faça agora um poema
ele poeta velhinho
dois eu fiz em desalinho
perdi minha cantilena
após ler me disse, ei,
nunca pare de escrever,
creio já estar no haver
em verso, em prosa como hei?
terça-feira, novembro 20, 2018
BARTIMEU. Charles Fonseca. Poesia.
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