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quarta-feira, outubro 28, 2015

Uma manhã no Pelô. Ewerton Mendonça

UMA MANHÃ NO PELÔ
Ewerton Mendonça

Ontem no Pelourinho
Fiz um passeio legal
Com meu amigo Didinho
Nascido naquele local

Local de rara beleza
Patrimônio da Humanidade
Um dos mais belos da cidade
Vou voltar, tenho certeza

Entrei na Casa do Benin
Cliquei o Museu da Cidade
As torres do Carmo pra mim
Despertam serenidade

No Azevedo Fernandes
Meu amigo Didi estudou
Lembrando que anos antes
Ali seu papai trabalhou
Arlindo o Sapateiro
Também bom Enfermeiro
Muita gente ajudou

Arlindo grande boêmio
E também um predador
Ali pertinho da casa
Onde Celia esposou
Deu uma escapadela
Outra mulher embuchou
Gerando Zorilda querida
Irmã pro resto da vida
Que meu amigo ganhou

Subindo ladeira acima
Em rua antes suspeita
A faculdade de medicina
Que ser humano endireita
Uma grande obra civil
A primeira do Brasil
É uma obra perfeita

A história das polacas
Ouvi com muita atenção
Maridos levavam esposas
Segurando pelas mãos
Deixavam as mariposas
Na noite pra diversão
Depois vinham buscar
Com amor e proteção

Passamos na Praça da Sé
Onde em tempo passado
Tomava-se um bom café
Em frente ao Episcopado

Vi a Casa Primavera
Erigida em outra era
Vi caida uma cruz
No Terreiro de Jesus

Na Praça da Cruz Caída
Há uma rampa, descida
Por amureta protegida
Eita visão deslumbrante
Avista-se todo o Comércio
E Bahia de Todos os Santos

Dali vi a rua Chile
Que em remoto passado
Era usada pra desfile
Do povo endinheirado

Em frente da Primavera
Há dois prédios falados
Um onde trabalhou
Um médium bem renomado
O outro é o Arthemis
Que serviu a práticas vis
Abortos então praticados

De tempo em tempo parava
Para um breve descansar
O meu amigo ficava
Alguma coisa a fitar
Olhava, olhava, olhava
Pensava que ia chorar
Sua mente recordava
Um passado salutar
Coisas ali esquecidas
Hoje voltava a pensar

Seguindo a nossa peleja
Pelas ruas, cabelo ao vento
Chegamos a uma Igreja
Que parecia um Convento
Conservada pelo tempo
Nas paredes ornamento
Em ouro, um grande risco
No Largo de São Francisco
Está um grande tesouro

Nesse largo espaçoso
Mais uma surpresa bonita
Vi a Casa do honroso
Baiano José Petitinga
Homem sério de primeira
Que ali instalou Casa Espírita Brasileira

Depois de ver a fachada
Da Ordem de São Francisco
Descemos ladeira sem risco
Pruma nova empreitada
Pois a barriga clamava
Combustível pra caminhada

Casa da Mulher Rendeira
Em frente dessa casa fica
Padaria de primeira
Com muita comida rica
Na Rua Padre Agostinho
Ali fizemos lanchinho
Um pão com ovo quentinho
Alimento Pelô de primeira

A barriga carregada
O celular descarregado
De tanta foto tirada
Com uma alegria danada
Tive sensação fortuita
De ali já ter estado
Em época remota, passada

Passado e futuro, presente
Emoções que a gente sente
Em locais com ombro amigo
Posso garantir e te digo
Numa terça de primeira
Andar no Pelô de bobeira
Foi ótima brincadeira

Na Baixa do Sapateiro e Pelô
Andando com descontração
Cabeça enfeitada com fulô
Baianas pisando no chão
Turistas, bebuns, um horror
O lixo e o luxo de mãos

🎼🎵Na Baixa do Sapateiro
Encontrei um dia
A morena mais frajola
da Bahia ...
Bahia ... Terra da Felicidade ... 🎵🎼

(Em 28-09-2015, ainda com sabores, odores e imagens da visita ao Pelô na manhã de 27-10-2015)

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