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domingo, agosto 09, 2015

Histórias de Salvador

A Rua do Sodré

Quem transita pela Sodré de hoje, degradada e tomada por usuários de drogas, nem imagina que esta fora uma das mais importantes ruas da antiga Salvador.
“A Rua do Sodré é um entroncamento da Ladeira da Preguiça, principal ligação entre as Cidades Baixa e Alta, onde morava a classe média baiana nos século XVIII e XIX”, lembra a historiadora, Consuelo Pondé.
De acordo com a professora, inicialmente a região mais nobre era o Terreiro de Jesus e Pelourinho, com o passar dos anos, as camadas mais abastadas da sociedade migraram para região do Sodré, onde figuras importantes ali residiram.
“A madrasta do poeta Castro Alves morava em um dos maiores casarões da rua, o nº 43, onde mais tarde foi construído o Colégio Ipiranga, o poeta viveu e morreu naquela casa”, contava a historiadora, que protestava sobre a condição em que a região se encontra. “Em qualquer país civilizado, um casarão como aquele deveria ser transformado em museu, onde as pessoas poderiam visitar o local onde viveu o mais importante poeta da nossa história”, destaca.
A casa é tombada pelo Iphan desde 1938 e conforme historiadores, teria sido construída no começo do século XVIII, pelo dono da área chegado à Bahia em 1661 e teria pertencido a Francisco Lopes Guimarães, antes de ser vendida ao pai do poeta.
A Rua do Sodré herdou o nome do antigo proprietário da área, Jerônimo Sodré, como era comum no passado é onde também está instalado o Museu de Arte Sacra, pertencente à Universidade Federal da Bahia. Seus jardins e encosta foram classificados como non aedificandi, pelo decreto municipal nº 4.524 de 1973. E todo o conjunto, composto por capela e convento, foi tombado pelo Iphan, em 1938.

http://www.tribunadabahia.com.br/…/rua-do-sodre-esta-em-rui…

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