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terça-feira, setembro 17, 2013

Uma crítica aos médicos, sociedade e governo. Marcelo Caixeta

UMA CRÍTICA AOS MÉDICOS, SOCIEDADE E GOVERNO : COMO O "MARXISMO DA SAÚDE" redundou - com a conivência dos MÉDICOS - na ESCRAVIDÃO .
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Em ciência econômica, sabe-se muito bem que ingerências estatais excessivas, como ocorre em regimes esquerdistas, Brasil incluso, deformam as leis “naturais do mercado”, levando à graves falhas no sistema da economia ( p.ex., inflação, juros altos, estagnação industrial, não-progressão de salários,etc). Na área da assistência médico-hospitalar, no entanto, isto é pouco discutido, apesar de vir provocando efeitos políticos bem mais sérios, entre eles à volta oficial do regime escravo em solo brasileiro : o Governo está importando profissionais de saúde cubanos, que segundo matéria de Veja, de um salário total de 10.000, estariam retirando líquido uns 1.000 reais para si mesmos, na medida em que têm de mandar quase tudo para “Fidel Castro”. Se alguém trabalha e não tem direito a salário , só pode receber pode a alcunha de “escravo”. Este é apenas um motivo, mas há mais : 1) suas famílias estão presas em Cuba, de lá não podem sair e, em caso de algum deslize do “escravo”, sofrem graves retaliações e privações. Isto é uma garantia para que fiquem “presos” aos laços afetivos e não desertem, não fujam, ou recusem-se a voltar. 2) os “profissionais”, ou seja, os “escravos”, aqui no Brasil, não podem sair de seus empregos, não podem sair de determinadas regiões ( ou seja, não têm a garantia Constitucional de ir e vir e de trabalharem onde lhes aprouver, como lhes aprouver , quando lhes aprouver ) . Se quiserem, por exemplo, parar de trabalhar, são imediatamente “denunciados” a Cuba e colocados compulsoriamente no avião. 3) por qualquer deslize pré-determinado - e a lista é grande, entre eles, p.ex., se pedirem asilo no Brasil - são imediatamente “denunciados a Cuba” pelo Governo Brasileiro. E, em Cuba, sabe-se bem o que recebem por seu “desvio ideológico”. 4) por qualquer infração à “ética escravagista”, são deportados para Cuba. 5) estão presos a este “vínculo empregatício escravagista”, ou seja, não podem trabalhar na medicina privada, não podem “abandonar o SUS”, ou seja, mais uma infração constitucional : “são obrigados a trabalhar para um só patrão”.
Este tipo de distorção ocorre no marxismo, pois este subverte o mecanismo que a sociedade elaborou há mais de mil anos para se auto-regular, para se auto-controlar, que é o mecanismo da “democracia capitalista”, a lei da oferta, a lei da procura, a lei da concorrência, a lei da excelência. Na área da saúde, já há muitos anos, já mesmo antes do petismo no poder, as “políticas comunistas” do Ministério da Saúde instalaram graves mecanismos de distorção na saúde brasileira. E todos nós, mesmo sem o sabermos, estamos pagando por isto. Vejamos bem : hoje é público e notório que quando você precisa de um bom médico você dificilmente encontra, ( ou quando encontra é muito caro ) , nem para atendimento em consultório, nem para atendimento hospitalar. Nós que somos médicos, que “vivemos dentro de hospital”, enfermarias, laboratórios, radiologias, UTIs, etc, estamos até mais assustados do que a população geral, de ver os absurdos que acontecem por conta destas distorções. É muita gente morrendo com má-assistência e com engambelação. As distorções que ocorrem são muito complexas, mas vou tentar simplificá-las e resumi-las. Tudo começa quando um “Governo esquerdista-populista-cabide-de-empregoalista” distorce todo o mercado e diz que vai oferecer “saúde de graça para todo mundo”. Há várias mentiras aí, pois a assistência médico-hospitalar, hoje, é caríssima, e todo mundo quer atendimento e tecnologia de ponta ( hoje, com a informação disseminada, e com os “direitos humanos”, mídia, promotores, judiciário, etc, todos querem “obrigar o Governo a bancar um atendimento classe A”) . O que é um enorme problema, pois nem os Estados Unidos conseguem isso. Outra distorção é a de que o Governo diz que vai atender a todos, e não só quem realmente precisa - que são os “muito pobres, aqueles que não podem pagar assistência nenhuma”. Aí o Governo oferece mundos-e-fundos mas não entrega “nada” : entrega um sistema de saúde carcomido por vícios gerenciais, ou seja, um sistema que, apesar de trilhões de reais torrados nele, funciona muito mal . Não há meritocracia, não há hierarquia técnico-científica, não há interesse e defesa do patrimônio, as chefias estão mais interessadas nas próprias benesses - e dos funcionários - do que no funcionamento e no serviço prestado, não há continuidade, não há prestação de contas e responsabilização, não há valorização da excelência científica ou moral, não há domínio hierárquico, gerencial, técnico, dos mais capacitados, etc. Com tudo isto, as estruturas não funcionam , os melhores profissionais “vazam” do sistema, e aí o sistema começa a afundar. Parte destes profissionais migra para o sistema privado, os “planos de saúde”, parte vai para o particular. Quando o Governo vê que seu sistema está fazendo água, e que grande parte da população está migrando para os planos de saúde ( fugindo do sistema público- SUS ), então começa a sua ingerência comunista sobre os planos de saúde. Começa a transformá-los em um “novo SUS”( sistema público de saúde) . Por exemplo, começa a obrigar os médicos a atenderem a preços vis ( p.ex. 30 reais uma consulta ), começam a obrigar os planos a contratarem profissionais desnecessários, luxuosos ou supérfluos ( tentativa de instalar seus cabides-de-emprego estatais dentro do sistema privado ), começam a obrigar os planos a arcarem com caríssimas despesas populistas ( p.ex., cirurgias estéticas, cirurgias para “curar impotência”, para “mudança de sexo”, tratamentos importados para acne, tratamentos pelos quais o usuário não assinou contrato, abolição de carências, etc ). Com estas ingerências, o Governo começa a afundar os planos de saúde assim como afundou o SUS. Aí, mais uma vez, os profissionais mais competentes saem dali e migram para o sistema privado. Aí, no sistema privado, eles “arrancam o couro” do cliente, preços altíssimos, pois são poucos profissionais, a procura é grande, a necessidade é muita, às vezes em regime de urgência. Então, o que se vê hoje, exceto para a classe rica, é : hospitais quebrando, assistência médica ambulatorial ou hospitalar muito ruim e cada vez pior, médicos tecnicamente incapazes ou muito descompromissados com seus pacientes, etc. Em contrapartida, assiste-se cada vez mais o surgimento de clínicas e hospitais de alto luxo, tudo para atender aquele 1% das elites econômicas e sobretudo políticas ( vide tratamentos de Lula, Dilma, Dirceu, Genoíno, etc, nas grandes redes hospitalares para “ricos”, geralmente pagos com dinheiro público ) que conseguem, à custa de muito dinheiro, sair do marxismo sórdido a que o Governo nos obrigou. Para tentarem fugir desta distorção marxista do mercado, os médicos brasileiros, assim como os médicos de Cuba, ( que , segundo dizem, trabalham de motoristas de táxi e até com prostituição [ uma médica declarou em uma rede social fechada que foi a um Congresso na ilha de Fidel e que no intervalo, chegou a ver profissionais da medicina da ilha tentando “vender-se”] ),também estão tendo de “prostituir-se”, muitos abandonam os consultórios ou hospitais, viram charlatões, vão lidar com estética, negócios, viram burocratas, carimbar papel no serviço público, começam a fazer exames ou procedimentos cirúrgicos ( querendo distância do contato com os pacientes), vão para “mestrados” e faculdades, viram concurseiros, mudam de curso ( sobretudo Direito, para conseguirem bons cargos públicos) , arrumam inúmeros “bicos”, ou seja, múltiplos empregos, todos “corridos” e “mal-feitos”. A distorção marxista de que o “produto é gratuito, universal, comunista, populista”, gerou , na prática, o desabastecimento médico-hospitalar. Em qualquer país “estatizante-comunista” ( vide, hoje, p.ex., Coreia, Cuba, Venezuela, Argentina, etc ) há isto : desabastecimento e péssimos serviços. A sociedade brasileira tem um “radar” para identificar estes problemas sócio-econômicos em várias áreas, mas não o identificou na área médico-hospitalar, talvez por ser de entendimento mais complexo e, como eu digo abaixo, exigir “mais leitura” de um povo proverbial por sua “ignorância letrada”. O que é mais incrível é que, diante deste “caos marxista”, e sem um contrapeso de oposição política ou intelectual para desmascará-lo, o Governo, numa jogada genial, fala que o mal é o remédio, e diz , prosaicamente, para a população, que os “médicos cubanos vão resolver tudo isto”. A população engole porque não tem escolaridade para entender os mecanismos por trás de tudo isto . Ou seja, aceita que o Governo lhe venda o veneno como remédio, e todo mundo aceita sem pensar, porque, nesta altura, a raiva dos médicos é enorme, tanto por parte dos pobres ( cansados de serem mal-atendidos pelo SUS) quanto por parte da classe média ( que julga que os médicos são elitistas, arrancam o couro, arrogantes, etc, na medida em que tenta assistência adequada e não consegue, a não ser se pagarem muito caro ). Até as “altas elites” têm a proverbial “raiva do médico”, pois muitos têm inveja do “poder do médico”, muitos têm ressentimento por terem tentado passar em vestibular e não conseguido, outros têm ressentimento pelo que “um médico consegue fazer e eu não faço”, inveja do conhecimento e da ciência que um médico precisa ter para resolver problemas, noção inconsciente ( ou mesmo consciente ) de que alguns dos problemas que se tenta resolver ( p.ex., políticas públicas, sociais, jurídicas, para drogados, homicidas, menores de rua, violência, etc ) são menos problemas sociais-judiciais-públicos do que problemas médicos ( p.ex. crianças hiperativas que não recebem tratamento e depois viram drogados, homicidas, menores de rua ). Além de tudo isto, há a deliberada política governamental comunista, já ditada por Antonio Gramsci ( filósofo italiano ), de “acabar com as elites” ( médicos incluso ) para dominar o Governo por dentro ( e não mais “pegando em armas” como os marxistas primitivos ).Isto consubstancia-se no fato de que , o Governo, ao ver que não estava dando conta de transformar muitos médicos em funcionários públicos ( que é o jeito dele “calar boca da classe média para ela não reclamar de nada” ), acabou por optar por esmagar a categoria - algo no que tem apostado todas suas fichas, com sucesso. O início de toda a distorção econômica, que acabou redundando na volta da escravidão, como vimos acima, foi aquela noção de que “trabalho médico é gratuito”, daí muitos advogarem que o médico tem de ser um “sacerdote”, tem de “cumprir seu juramento”, etc, assim como foi ressaltado no artigo antimédico da repórter Gabriela Oliveira , publicado aqui neste jornal, quinta-feira da semana passada. O SUS e agora também os planos de saúde, com sua “SUSificação”, passaram para o “mercado brasileiro” a falsa noção de que assistência médico-hospitalar é algo “comunista”, é algo que tem de ser gratuito, bancado pelo Estado. E é aí que, assistimos todos os reflexos e as consequências do comunismo, como em nenhum outro setor da vida brasileira : ou seja, “assistência médica” para todo mundo, “todo mundo igual”, “ assistência universal”, blablabla, mas, na realidade, uma assistência péssima, engambeladora, escassa, de baixa resolutividade, péssimos profissionais, caríssima para os cofre públicos, feita por não-médicos ( cubanos ou outros profissionais no âmbito do SUS), bons profissionais “vazando” para outras áreas ( ou seja, para fora da clínica médica propriamente dita) , bons profissionais vazando para o “privado-de-ricos” e “arrancando-o-couro-no-particular”, uma estrutura governamental pesada , cheia de cabides-de-empregos e ineficiente, ou então, uma assistência de qualidade para apenas alguns privilegiados pagarem ( inclusive os altos membros do mesmo Governo Comunista que prega a “igualdade” ). Para corrigir estas distorções que promove em toda a sociedade ( a continuar deste jeito área médica não será a única afetada ) o comunismo , em todo o mundo, lança mão ora dos expurgos, assassinatos, prisões, mais estatizações, “cala-a-boca” na mídia, internet, etc. Como no Brasil ( ainda) não tem sido possível lançar-se mão destes mecanismos, o comunismo governamental optou pela escravidão para resolver seus problemas. Infelizmente, a falta de instrução do povo brasileiro , aí inclusas suas “elites pensantes” ( hoje, em grande parte anestesiada pelo contra-cheque do emprego público ) ,não foi capaz de entender o grave atentado à Ética decorrente disto. E além disto, há também a grave e já antiga distorção moral de um povo que coloca a bunda, o carnaval e o futebol, ou seja, seu próprio bem-estar hedonista e acomodado , acima de qualquer valor moral. Até da Escravidão. Pode-se, ao final, perguntar-se : “ sendo uma situação tão grave, por quê os médicos não denunciam, ou nunca denunciaram tudo isto ?”. Aí , na medida em que eu mesmo já venho falando disto há mais de 10 anos, mais uma vez, temos : 1) a “compra da mídia” pelo Governo. 2) a discriminação aristocrática de tudo que “não-vem-do-Sul-Sudeste” ( e eu , como bom “goiano-do-pé-rachado”, escrevo no Centro-Oeste ). 3) a falta de “letramento” e “profundidade intelectual” do povo brasileiro para entender estas coisas. 3) os mecanismos de “cortina-de-fumaça” do Governo para tentar esconder tudo isto. 4) os médicos-que-só-querem-se-arrumar. 5) os médicos dirigentes das Entidades Médicas que, como toda “classe média”, e mesmo como toda “classe política”, são convenientemente cooptados pelos cargos, verbas e empregos públicos ( os chamados “pelegos” ou “quintas-colunas” dos “movimentos médicos”) . 6) as Entidades Médicas que, de modo geral, estão na mão de dois tipos de médicos ineficientes, ou o “pelego” citado acima, ou o “alto empresário”, só interessado em lucro e não em melhoras médico-hospitalares. 7) Como vimos acima, tanto o médico-pelego quanto o médico-grande-empresário estão muito bem colocados neste comunismo atual. Tanto dentro do Governo quanto dos ricaços estão retirando dinheiro a rodo. Paradoxalmente é o Comunismo ajudando o Grande Capital. Vê-se, no fim-das-contas, que o mau-caratismo existente no Alto Capitalismo é o mesmo daquele existente no Baixo Comunismo. No Brasil, pelo menos, tem sido um sistema alimentando o outro.

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Marcelo Caixeta, psiquiatra.

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