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quinta-feira, fevereiro 14, 2013

O TER, O SER, O A VER. Charles Fonseca

O TER, O SER, O A VER
Charles Fonseca

Ter um netinho engatinhando ainda nos faz amar a mais os filhos. Que ele lhes seja um sonho e uma realidade das tantas realidades e sonhos que sonharam para si próprios e que as voltas da vida não lhes deram oportunidade de usufruir. Muitas delas lhes chegaram sem esperar e lhes dão razão de viver.

Ter filhos é aprender com eles o quanto são importantes em nossa vida mesmo por acaso estejam distantes. É ter o não programado, o não tangível, o impossível acontecendo e amá-los em qualquer circunstância. É ter dignidade conosco próprios e que nisso lhes sejamos referência. É ser apaixonado por eles eternamente e mais além ainda que o racional não nos permita enlouquecer de amor. É tê-los como heranças dadas em vida para que as cuidemos.

Ter pais é gozar do privilégio de conhecê-los na sua força e fraqueza, é aprender com eles em casa no e pelo amor o que não se deve aprender na rua da amargura. É ter saudade quando se forem, o quanto ficamos em dívidas com eles e que isso nos ajude a não esperar dos filhos a perfeição que não tivemos como tal.

Ter avós e com eles conviver é absorver o lado bom que eles deram aos nossos pais e que transbordam para as nossas vidas. É ter saudade também das histórias que nos contavam, das cantigas que nos ninaram muitas delas fantasiosas e que enriqueceram o nosso imaginário.

Ter amigos é saber que são muitos nos nossos sucessos e escasseiam na nossa desgraça. Que é melhor tê-los poucos mas íntimos.

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