O SABER NÃO SABIDO
Charles Fonseca
Sabe aquilo que fica parado no ar,
o grito que teme assustar o ouvinte,
aquele que só ouviu uma versão,
a dor, o amargo fel, o travo, o cravo
o só espinho, a flor despetalada,
o pássaro só galho em galho sem ninho?
Coração que não aninha,
o galho que não é pouso,
o regato solitário,
a aragem sem perfume?
O céu pra sempre nublado,
o sol por entre as nuvens,
estrelas que nunca fulgem,
que fogem pelo espaço?
Assim é o meu coração
sem teu sorriso aberto
com o teu cenho fechado
o coração amargurado
eu pra ti pra sempre terno.
sábado, fevereiro 23, 2013
O saber não sabido
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