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segunda-feira, outubro 11, 2010

POESIA

Os viajantes
Aurea Domenech

Do sempre inopinado encontro rápido
que é a tônica das relações humanas
e, ainda que a nossa frágil condição nos cegue,
preciso é ter-se em conta a fugacidade
e transformar em longo tempo o instante breve.

Dando o melhor de si e procurando sempre
dar-se como, em beleza, fruto e flor se dão à terra.
Leve como as folhas dão-se ao vento
o forte como o relâmpago dá-se à treva,
o importante é preservar cada momento.

Pois o encontro é tão somente um mero espaço e
fica entre a solidão e o amor que são tão próximos.
Nossa existência é um ir-e-vir constante
e mais que nunca, é um perpassar sereno
que faz de nós eternos e noturnos viajantes

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