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sexta-feira, agosto 29, 2008

TERNURAS DE UM PEITO AMANTE. Charles Fonseca. Poesia.

TERNURAS DE UM PEITO AMANTE
Charles Fonseca

Quando poderei eu, mui doce até,
Dizer-vos do dito terno amor,
Que ausente em desejo me tornou,
E sem ele, errante, ‘stou a pé?

Quando poderei, falar-vos de flores,
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que só sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?

Quando vos desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que perdure,
Do sentimento eterno enquanto dure
Mesmo sem receber a vós dou terno?

4 comentários:

  1. Belo poema.
    Parabéns.

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  2. Minha sensibilidade vislumbra conotação (discreta) com o famoso poema de Vinícius de Morais... Méritos para o colega. (Excusas se eu interpretei errado...)!

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  3. Oi Lauro, obrigado pelo comentário. Você acertou se pensou no "Poema Enjoadinho" do Vinícius de Morais. A poesia é polissêmica: atinge a todos e a cada qual em sua singularidade. Volte sempre. Seja bemvindo.
    Charles.

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