TERNURAS DE UM PEITO AMANTE
Charles Fonseca
Quando poderei eu, mui doce até,
Dizer-vos do dito terno amor,
Que ausente em desejo me tornou,
E sem ele, errante, ‘stou a pé?
Quando poderei, falar-vos de flores,
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que só sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando vos desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que perdure,
Do sentimento eterno enquanto dure
Mesmo sem receber a vós dou terno?
sexta-feira, agosto 29, 2008
TERNURAS DE UM PEITO AMANTE. Charles Fonseca. Poesia.
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Belo poema.
ResponderExcluirParabéns.
Minha sensibilidade vislumbra conotação (discreta) com o famoso poema de Vinícius de Morais... Méritos para o colega. (Excusas se eu interpretei errado...)!
ResponderExcluirOi Lauro, obrigado pelo comentário. Você acertou se pensou no "Poema Enjoadinho" do Vinícius de Morais. A poesia é polissêmica: atinge a todos e a cada qual em sua singularidade. Volte sempre. Seja bemvindo.
ResponderExcluirCharles.
Obrigado pelo comentário. Volte sempre.
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