A VIDA PASSA E EM PASSAR CONSISTE
Florisvaldo Mattos
Logo, fecho o caixão e fecho o tempo
das almas arbitrárias que vivi.
Amante e amado fui e conheci
a dor que é de meu tempo passatempo.
Rebenta, alma insensata, o teu passado
e vai por outras dores comezinhas;
segue por tua senda, a que caminhas,
rio em que tua margem é o outro lado.
Estás ausente em ti para o meu gesto,
simples estado neutro de passar,
de olhar, sentir e perceber funesto
o súbito negar da primavera,
mais que breve e raro, cumprimentar
o prazer de passar que a vida era.
terça-feira, outubro 16, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário