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sábado, março 31, 2018

Maysa - Hino ao Amor HD

Clássicos da literatura

1 — Orgulho e Preconceito (1813), Jane Austen

2 — O Senhor dos Anéis (1954), J. R. R. Tolkien

3 — Jane Eyre (1847), Charlotte Brontë

4 — Harry Potter e a Pedra Filosofal (1997), J. K. Rowling

5 — O Sol é Para Todos (1960), Harper Lee

6 — Bíblia Sagrada

7 — O Morro dos Ventos Uivantes (1847), Emily Brontë

8 — 1984 (1949), George Orwell

9 — Kit Fronteiras do Universo, Philip Pullman (1995-2000)

10 — Grandes Esperanças (1861), Charles Dickens

11 — Mulherzinhas (1869), Louisa May Alcott

12 — Tess dos D’Urbervilles (1892), Thomas Hardy

13 — Ardil-22 (1961), Joseph Heller

14 — A Peste (1947), Albert Camus

15 — Rebecca: a Mulher Inesquecível (1938), Daphne du Maurier

16 — O Hobbit (1937), J. R. R. Tolkien

17 — O Canto do Pássaro (1993), Sebastian Faulks

18 — O Apanhador no Campo de Centeio (1951), J. D. Salinger

19 — A Mulher do Viajante no Tempo (2003), Audrey Niffenegger

20 — Middlemarch: Um Estudo da Vida na Província (1871), George Eliot

21 — E o Vento Levou (1936), Margaret Mitchell

22 — O Grande Gatsby (1925), F. Scott Fitzgerald

23 — A Casa Soturna (1853), Charles Dickens

24 — Guerra e Paz (1867), Lev Tolstói

25 — O Guia do Mochileiro das Galáxias (1979), Douglas Adams

26 — Reviver o Passado em Brideshead (1945), Evelyn Waugh

27 — Crime e Castigo (1866), Fiódor Dostoiévski

28 — As Vinhas da Ira (1939), John Steinbeck

29 — Alice no País das Maravilhas (1865), Lewis Carroll

30 — O Vento nos Salgueiros (1908), Kenneth Grahame

31 — Anna Kariênina (1877), Lev Tolstói

32 — David Copperfield (1850), Charles Dickens

33 — Nada de Novo no Front (1929), Erich Maria Remarque

34 — Emma (1815), Jane Austen

35 — Persuasão (1817), Jane Austen

36 — O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), C. S Lewis

37 — O Caçador de Pipas (2003), Khaled Hosseini

38 — O Bandolim de Corelli (1994), Louis de Bernières

39 — Memórias de uma Gueixa (1997), Arthur Golden

40 — Ursinho Pooh (1921), Alan Alexander Milne

41 — A Revolução dos Bichos (1945), George Orwell

42 — O Código Da Vinci (2006), Dan Brown

43 — Cem Anos de Solidão (1967), Gabriel García Márquez

44 — Folhas de Relva (1855), Walt Whitman

45 — A Mulher de Branco (1860), Wilkie Collins

46 — Anne de Green Gables (1908), Lucy Maud Montgomery

47 — Longe Deste Insensato Mundo (1874), Thomas Hardy

48 — O Conto da Aia (1985), Margaret Atwood

49 — O Senhor das Moscas (1954), William Golding

50 — Reparação (2001), Ian McEwan

51 — A Vida de Pi (2001), Yann Martel

52 — Duna (1965), Frank Herbert

53 — Fazenda Maldita (1932), Stella Gibbons

54 — Razão e Sensibilidade (1811), Jane Austen

55 — Um Rapaz Adequado (1993), Vikram Seth

56 — A Sombra do Vento (2001), Carlos Ruiz Zafón

57 — Um Conto de Duas Cidades (1859), Charles Dickens

58 — Admirável Mundo Novo (1932), Aldous Huxley

59 — O Estranho Caso do Cachorro Morto (2003), Mark Haddon

60 — O Amor nos Tempos do Cólera (1985), Gabriel García Márquez

61 — Ratos e Homens (1937), John Steinbeck

62 — Lolita (1955), Vladimir Nabokov

63 — A História Secreta (1992), Donna Tartt

64 — Rumo ao Farol (1927) Virginia Woolf

65 — O Conde de Monte Cristo (1845), Alexandre Dumas

66 — On the Road (1957), Jack Kerouac

67 — Judas, O Obscuro (1895), Thomas Hardy

68 — O Diário de Bridget Jones (1996), Helen Fielding

69 — Os Filhos da Meia-Noite (1981), Salman Rushdie

70 — Moby Dick (1851), Herman Melville

71 — Oliver Twist (1838), Charles Dickens

72 — Drácula (1897), Bram Stoker

73 — O Jardim Secreto (1911), Frances Hodgson Burnett

74 — Crónicas de Uma Pequena Ilha (1995), Bill Bryson

75 — Ulisses (1922), James Joyce

76 — A Redoma de Vidro (1963), Sylvia Plath

77 — Pergunte ao Pó (1939), John Fante

78 — Germinal (1885), Émile Zola

79 — A Feira das Vaidades (1847), William Makepeace Thackeray

80 — Possessão (1992), Antonia Susan Byatt

81 — Um Conto de Natal (1843), Charles Dickens

82 — Atlas das Nuvens (2004), David Mitchell

83 — A Cor Púrpura (1982), Alice Walker

84 — Os Vestígios do Dia (1989), Kazuo Ishiguro

85 — Madame Bovary (1856), Gustave Flaubert

86 — Memórias de Adriano (1951), Marguerite Yourcenar

87 — A Teia de Charlotte (1952), Elwyn Brooks White

88 — As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu (2003), Mitch Albom

89 — As Aventuras de Sherlock Holmes (1892), Arthur Conan Doyle

90 — A Casa da Árvore Oca (1939-1951), Enid Blyton

91 — Coração das Trevas (1899) Joseph Conrad

92 — O Pequeno Príncipe (1943), Antoine de Saint-Exupéry

93 — Fábrica de Vespas (1984), Iain M. Banks

94 — Em Busca de Watership Down (1972), Richard Adams

95 — Uma Confraria de Tolos (1980), John Kennedy Toole

96 — A Náusea (1938), Jean-Paul Sartre

97 — Os Três Mosqueteiros (1844), Alexandre Dumas

98 — Hamlet (1609), William Shakespeare

99 — A Fantástica Fábrica de Chocolate (1964), Roald Dahl

100 — Os Miseráveis (1962), Victor Hugo

O pecador atribui a si mesmo o benefício de quem por ele se responsabiliza, e com coração ingrato abandona o seu libertador. (Eclesiástico 29, 22)


Steve McCurry. Fotografia.

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sexta-feira, março 30, 2018

Um coração tranqüilo é a vida do corpo, enquanto a inveja é a cárie dos ossos. (Provérbios 14, 30)

Tragédia institucional. Joaci Góes

"Artigo publicado na Tribuna da Bahia em 29/03/18

Tragédia institucional

Ao honrado e culto Desembargador Paulo Furtado que hoje aniversaria.
Na sociedade brasileira, como em qualquer das unidades em que se decompõe, o Juiz Sérgio Moro é considerado, majoritariamente, a maior figura do nosso Judiciário, em todos os tempos. Na última segunda-feira o prestígio do seu nome se consolidou, ainda mais, quando foi entrevistado, ao longo de hora e meia, por alguns dos mais respeitados jornalistas brasileiros, em programa televisivo que bateu recorde de repercussão. Revelando conhecimento, destemor e equilíbrio, Sérgio Moro respondeu, sem titubeios, a todas as perguntas que lhe foram dirigidas, muitas delas, como esperado, destinadas a lhe criar embaraços. Imagino que na opinião da maioria o Grande Juiz foi aprovado com louvor no difícil teste a que se submeteu.
O episódio projetou no espírito dos brasileiros o gigantesco descompasso que pode haver entre um exemplar juiz federal de primeira instância, cioso de suas prerrogativas republicanas e constitucionais, e o pântano moral em que chafurda o Supremo Tribunal Federal, alvo do maior número de chacotas de que se tem notícia na memória dos povos. As iradas diatribes gravadas e disponibilizadas nas redes internéticas por cidadãos de todos os naipes sociais contra o que se considera o exercício de um papel bandido desempenhado pela Suprema Corte, distante, como nunca, dos elevados fins que estão na base de sua criação, elevam às nuvens o padrão de desapreço a que ela chegou na percepção popular. Amplamente identificados os indignados autores das ofensas, a direção do STF tem o dever mínimo de processá-los por injúria, difamação e calúnia, com a vantagem da posse de provas inquestionáveis das autorias. Se não o fizer, o Excelso Pretório estará demonstrando que reconhece merecer os insultos que rebaixam o seu prestígio aos olhos do mundo.
O vexatório papelão que o STF vem protagonizando, em vertiginosa sequência, para estupefação e desencanto gerais, é uma prova adicional de que o mais importante atributo de um servidor público, sobretudo quando membro do Judiciário, é a honradez, acima da inteligência e da erudição. A pessoa honrada, reconhecendo suas limitações, vai em busca do aconselhamento dos sábios. Ao que parece, porém, Suas Excelências comprazem-se em exibir um notório saber que, na maioria das vezes, lhes é soprado por uma assessoria jurídica de alta qualidade, integrada por doutores vocacionados para as lides jurídicas.
O mais grave do episódio recente em que, por maioria, os ministros decidiram não decidir sobre o que já haviam decidido, adiando o julgamento do feito, é que nada impedirá o avanço do oprobrioso conceito que desfruta a Suprema Corte junto à opinião pública, concedendo ou negando o Habeas Corpus. Uma prova a mais de como alguns ministros se encontram muito abaixo da posição que ocupam reside nas razões apresentadas como motivo suficiente para adiar a sessão, deixando o povo brasileiro na estupefaciente dúvida sobre o seu sistema legal: viagem, jantar, jogo de cartas, batizado de boneca.
A melhor opção a tomar, no próximo dia 4, a única cabível, se se quer agir com a mínima decência, é a manutenção da prisão de Lula, provando que todos são iguais perante a Lei. A impensável concessão do HC, legitimando a crença dominante de que no Brasil o crime compensa, fará o País mergulhar na maior crise institucional de sua história, paralelamente ao reconhecimento de que o Supremo Tribunal Federal é o valhacouto dos crimes mais hediondos.
Aconteça o que acontecer, não é possível a continuidade do sistema vigente de escolha em que os Ministros ficam reféns dos seus padrinhos, a serviço de quem se imola a dignidade da toga, no altar da mais ignominiosa (in)justiça. Por colocar a verdade acima dos interesses dos que o apoiaram para chegar à Suprema Corte, O Ministro Edson Fachin e sua família vêm recebendo ameaças de morte.

Joaci Góes"

Florianópolis

segunda-feira, março 26, 2018

A unção de Cristo (Homilia Diária.804: Segunda-feira Santa)

Carta Convite, desabafo, abraço, enfim.

Carta Convite, desabafo, abraço, enfim.

Não, não se batem mais com palmatórias nas escolas. Os mal tratos são de outras ordens e eu não tenho e nem quero colecionar ferramentas ou marcas reais para comparar a palmatória com as formas permitidas e endossadas por muitas instituições escolares do presente ou julgar o que é mais apropriado em cada abordagem. Eu quero é falar! Ou melhor, escrever sobre um grito abafado e quem sabe despertar e até mesmo acolher meus colegas professores e pais que trilham essa estrada comportamental escolar sem consciência ou com a pseudociência de que é assim mesmo, não tem outro jeito.

É fácil amar um aluno/filho ajustado, bem adaptado, concentrado, focado, esforçado, CDF(como dizia na minha época). É fácil cobrir este aluno de boas palavras, corrigir suas tarefas feitas e entregues pontualmente e elevar a sua autoestima, imprimindo nele, como tatuagem, a ideia de que ele é perfeito e que assim sempre será(?????). É fácil abraçar os alunos que são abertos ao afeto, que adoram um afago. É fácil também ser empático com eles em suas tristezas, são tão bonzinhos... não merecem sofrer. É tranquilo ser amigo da família da criança perfeita e cobri-los de elogios pelo grande presente que é aquela criança. É fácil e fluido ser professor num cenário de perfeitude normótica!

O desafio está em acolher os desajustados, os que não focam, não param na roda ou na carteira, aqueles que parecem não escutar ou não entender o que o professor diz, os agressivos, intempestivos, os que falam alto, os desorganizados, os indisciplinados, os inadequados. Desafio é acolher os da letra feia, os do caderno bagunçado, da aparência desajeitada, aqueles que já estão com 7 anos e não sabem uma letra do alfabeto, não reconhecem direito os números ou espelham todos quando escrevem. Difícil é ser empático com aquele que já tem 12 anos e se porta como aluno de fundamental 1 (como se isso tivesse já anos-luz de acontecido e como se os alunos de fundamental 1 fossem considerados uma estirpe mais baixa) e é severamente taxado de o bobo, o lerdo, o imaturo, pelos amigos e pelo professor. Acreditem que já foi natural para meu filho ser chamado de “lazy boy” por uma professora de atividades extras na escola em que ele estudava. E tantas outras coisas mais....

Para esses, os que fogem da Normose crônica aceita, ficam os rótulos, os castigos, a privação da hora do recreio(🤬🤬🤬), as chamadas corretivas do diretor da escola, o constrangimento frente aos outros colegas, a suspensão, o nome no quadro, o olhar torto, a vaia, o grito disfarçado no pé do ouvido, o medo, as marcas no coração, o enfraquecimento da autoestima, a vergonha de não ser perfeito, a raiva abafada, a sensação de inadequação, de não merecimento, de tristeza. Tudo isso que sobra pra eles pode transformar-se em uma pílula de tarja preta logo ali, ou em inacabáveis sessões de terapia ou ainda em um fim brusco da vida. Não vim aqui pra falar dos que pegam o limão e fazem uma limonada. Pra mim isso soa como acariciar um cacto no sertão.

O fato é que esse modelo de punição e enquadramento à qualquer custo tem produzido indivíduos encaixotados e cheios de marcas, medos e ansiedades. Crianças inseguras de mostrarem ao mundo o que vieram fazer aqui. O medo da espontaneidade afasta o indivíduo da sua essência e uma vez longe dela, a vida vira uma mera fábrica de parafusos. Vamos, eu e você ser a diferença para eles? Vamos, eu e você fazer a vida mais leve pra eles? Você que é mãe/pai, educador, professor, vamos?
Vamos parar de querer a perfeição em tudo?!

Este é um caminho possível e eu estou aqui de coração aberto pra caminhar junto de quem quer sensibilizar a educação através da amorosidade. Menos rótulos, mais amor por favor 🙏🏽

Sou Bel Moura, mãe, educadora, palhaça, terapeuta e aprendiz da vida🌟💕

domingo, março 25, 2018

Réu: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros e outros

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
Comarca de Salvador
7ª Vara Cível e Comercial
Praça Dom Pedro II, Fórum Ruy Barbosa - Sala 202, Nazaré - CEP
40040-380, Fone: (71) 3320-6777, Salvador-BA - E-mail: salvador7vcivelcom@tjba.jus.br salvador7vcivelcom@tjba.jus.br DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Processo nº: 0505605-22.2018.8.05.0001
Classe Assunto: Ação Civil Pública - Seguro
Autor: SINDICATO DOS PETROLEIROS DO ESTADO DA
BAHIA - SINDIPETRO
Réu: Fundacao Petrobras de Seguridade Social - Petros e outro
Vistos, etc...
A parte autora ajuizou ação civil pública requerendo a concessão de tutela
provisória de urgência para determinar que a ré se abstenha de promover o
equacionamento do déficit técnico do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) pelo seu
valor total, eis que possível o seu equacionamento apenas pelo valor excedente do limite
técnico.
Alega, em síntese, que o Plano de Benefícios Plano Petros do Sistema
Petrobrás - PPSP apresentou insuficiência de reservas nos exercícios 2013, 2014 e 2015, demandando a realização de um plano de equacionamento de déficit, a ser aplicado a partir
de 2017, impondo a cobrança de contribuições extraordinárias aos participantes ativos e
assistidos por mais de 18 (dezoito) anos.
Aduz que existe uma margem que varia entre 16 e 27 bilhões para o
equacionamento segundo a Resolução CGPC 26/2008, mas os órgãos de gestão da
entidade optaram por equacionar o déficit no valor máximo, provocando a redução dos
benefícios dos participantes em cerca de 30% (trinta por cento).
Argumenta que o rateio definido pela Petros, sem atribuir o valor
correspondente ao compromisso exclusivo da Petrobras (e ainda pelo patamar máximo),
não observa a proporcionalidade e compromete o patrimônio dos participantes, provocando
dano irreparável.
Informa que a contribuição extraordinária incidente sobre o benefício dos
participantes está prevista para ser implementada a partir do mês de março de 2018, requerendo a concessão da tutela provisória de urgência inaudita altera partes, a fim de
evitar que os descontos ocorram no patamar máximo, até que se julgue o mérito da
demanda.
É o relatório. Decido.
A tutela provisória de urgência é um instituto processual por meio do qual o
juiz concede uma determinada prestação jurisdicional, antes de esgotadas todas as fases
processuais necessárias à formação definitiva do seu convencimento, a fim de evitar que a
demora natural do processo provoque danos irreparáveis ao requerente da medida.
Para a concessão da tutela provisória de urgência, seja ela cautelar ou
antecipada, exige-se a presença dos seguintes requisitos: a) a existência de elementos que
evidenciem a probabilidade do direito, b) o perigo de dano ou risco ao resultado útil do
processo. A esses requisitos, soma-se a possibilidade de exigência de prestação de caução
como condição para o deferimento da medida. No caso da tutela antecipada, exige-se ainda a reversibilidade da decisão
(art. 300, § 3º, do CPC), sendo certo que tal requisito pode ser afastado no caso concreto
com base na garantia de acesso à justiça (CF, art. 5º, XXXV).
In casu, entendo que a tutela pretendida é imprescindível para evitar dano de
difícil reparação, pois é incontestável que o desenrolar das fases processuais consumiria
razoável número de meses e, durante tal lapso, os participantes do plano teriam seus
benefícios reduzidos em cerca de 30% (trinta por cento), o que por certo causaria grande
impacto na renda familiar, comprometendo a sua subsistência e de suas famílias.
Por outro lado, a probabilidade do direito evocado pela parte está
suficientemente demonstrada, pelo menos num panorama de cognição sumária, própria da
fase em que nos encontramos. É que os documentos de fls. 308/312 demonstram que o
Conselho Deliberativo da Petros aprovou o plano de equacionamento do déficit técnico do
Plano Petros do Sistema Petrobras, no valor de R$ 27.739.334.120,00 (vinte e sete bilhões,
setecentos e trinta e nove milhões, trezentos e trinta e quatro mil e cento e vinte reais),
mediante a aplicação das taxas de contribuição adicional aos salários/benefícios, pelo
período de 215 meses, mesmo havendo previsão legal para que o equacionamento se
desse pelo valor mínimo (16 bilhões), provocando um menor impacto na renda dos
participantes.
Com efeito, a Resolução MPS/CGPC 26, de 28/09/08, com a redação dada
pela Resolução MTPS/CNPC 22, de 25/11/15 (consultada por este juízo nesta data no site
oficial da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – www.previc.gov.br - )
permite que o plano de equacionamento seja realizado pela parcela do déficit que
ultrapassar o Limite do Déficit Técnico Acumulado. No mesmo sentido, a Instrução
Previc/DC nº. 32, de 02 de setembro de 2016 dispõe que "o valor do déficit a ser
equacionado poderá, a critério da EFPC, ser corrigido entre a data de sua apuração e a
data de início do plano de equacionamento, desde que considerado, no mínimo, o seu valor
nominal..." (fls. 345/346).
Embora não haja ilegalidade no equacionamento do valor total do débito, conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo, tal medida afronta o princípio da
proporcionalidade, vez que representa a escolha mais gravosa para os participantes do
plano, pois quanto maior o valor a equacionar, maior será a redução nos benefícios dos
participantes, comprometendo o sustento deles próprios e de suas famílias, ainda mais no
cenário de crise econômica vivenciado atualmente pela sociedade brasileira. Frise-se que a desnecessidade do equacionamento pelo valor máximo foi,
inclusive, defendida no voto do conselheiro Norton Cardoso de Almeida, na reunião
extraordinária nº. 581 do Conselho Deliberativo da Petros, conforme documento de fls.
Dessa forma, na ponderação dos interesses em jogo, de um lado o direito
patrimonial da ré e do outro o direito à sobrevivência digna, afigura-se bem menos gravoso
restringir o direito da ré, pois sendo julgados improcedentes os pedidos autorais, ela poderá
cobrar retroativamente o quanto devido, inclusive com desconto em folha de pagamento, não havendo risco da irreversibilidade da decisão. Por outro lado, se mantida a cobrança no
patamar máximo e, por ocasião do julgamento da demanda restar provado que os
participantes não devem responder pelo déficit apurado, já terá ocorrido dano de difícil
reparação, tendo os substituídos e suas famílias sofrido abalos da sua qualidade de vida
por conta da redução indevida dos seus benefícios.
Ante o exposto, DEFIRO o pedido de tutela de urgência para determinar
que a ré limite o equacionamento ao excedente do limite técnico, nos termos do art.
28 da Resolução MPS/CGPC 26, de 28/09/08, com a redação dada pela Resolução
MTPS/CNPC 22, de 25/11/15, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais),
limitada a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
INTIMEM-SE os réus, através de seus procuradores, pela via postal,
para cumprirem a decisão proferida, advertindo-se que o descumprimento de ordem
judicial constitui ato atentatório à dignidade da justiça, punível com multa de até 20%
(vinte por cento) do valor da causa, sem prejuízo das sanções criminais, civil e
processuais cabíveis (CPC, art. 77, § 2º).
Tendo em vista a informação de que o sindicato autor não possui
autorização dos substituídos para transacionar sobre o direito material discutido (fls. 28), deixo de designar AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, nos termos do art. 334, § 4º, II,
do CPC, determinando a CITAÇÃO dos réus para responderem à demanda e se
manifestarem sobre o pedido de exibição de documentos, no prazo de 15 (quinze)
dias, contados da juntada aos autos do aviso de recebimento (CPC, art. 231, I).
Advirta-se que a falta de contestação da ação no prazo legal implicará
em revelia, podendo ser consideradas verdadeiras as alegações de fato formuladas
pela parte autora, nos termos do art. 344, do CPC.
Intime-se o Ministério Público pessoalmente, nos termos do art. 180, do
CPC.
P. I. Cumpra-se.
Salvador(BA), 23 de março de 2018
ITANA EÇA MENEZES DE LUNA REZENDE
Juíza de Direito

quinta-feira, março 22, 2018

quarta-feira, março 21, 2018

O perseguido. Padre Antonio Vieira

(…) Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos os estão comendo. Come-o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos. O triste que foi à forca, não o comem os corvos senão depois de executado e morto; e o que anda em juízo, ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido.
Padre Antonio Vieira

Ser ou não ser. Shakespeare

"Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem. Mas, silêncio! Aí vem vindo a bela Ofélia. Em tuas orações, ninfa, recorda-te de meus pecados."

PONTOS NOS II'S. Charles Fonseca. Poesia

PONTOS NOS II'S
Charles Fonseca

Há tantos pontos quantos i existem
Amores tantos quanto ódios vários
Saudades turvas em peito sacrários
Do mais amar inda que dores fiquem

Homilia Diária.798: Solenidade de São José, Esposo da Virgem Maria

O confisco. Jair Gomes

O confisco das aposentadorias pagas pela Petros é por si só um absurdo inominável e inaceitável. Mas além disso está sendo feito da forma mais incompetente e canalha possível; Estão descontando como tivéssemos recebido o valor integral e com isso somos obrigados a pagar imposto de renda sobre os valores confiscados.

De nenhuma forma este confisco para pagar o roubo dos facínoras deveria ser admitido, a Petrobras que sempre indicou e nomeou todos os gestores e conselheiros pelos quem tem que se responsabilizar pelos mal feitos deles;

Mas se por absurdo se pudesse supor tal desconto este teria que ser feito no valor do benefício e não como parcela de pagamento ou contribuição extraordinária;

Se o valor fosse descontado do valor bruto do benefício, isto é pagando-se um benefício menor, diminuído do mesmo montante, o imposto de renda seria devido somente sobre este valor já descontado e nós aposentados pagaríamos menos imposto e a Petros também pagaria menos imposto

Além disso insto impactaria positivamente no cálculo atuarial pois com benefícios menores, diminuiria o endividamento da Petros e o com isso o resultado seria muito mais positivo.

O canalhas que administraram a Petrobras e a Petros no passado fizeram o Rombo que estamos sendo compelidos a pagar.

Mas são os administradores da Petrobras e Petros de hoje que estão aumentando o nosso prejuízo adotando uma forma canalha e perversa de desconto que só faz prejudicar o aposentado e beneficiar a Petrobras e arrecadaçõ de imposto do Governo.

Temos que abrir novas ações contra a Petrobras e Petros exigindo que seja alterada a forma do desconto para que: enquanto o absurdo desconto estiver sendo feito, este seja abatido do benefício a ser pago, pelo menos enquanto a Justiça não dá o veredito final sobre o assunto, pagaremos menos imposto, o que significa 27,5% do valor abatido. Isto é muito significativo

Vamos mobilizar todas as associações e sindicatos para encamparem está luta.
--
Jair Gomes

Freud


Como lidar com a ansiedade? | Adriana Carneiro

Em tempo de murici, cada um cuida de si.

domingo, março 18, 2018

Amigos toda a vida


Uma rosa amarela. Fotografia. Charles Fonseca.


LÁGRIMA. Charles Fonseca. Poesia

LÁGRIMA
Charles Fonseca

Um mundo todo agito
Shopping Barra um homem só
Tão triste de fazer dó
Dentro da alma um grito

Não, não, é cedo ainda,
Não cedo a vida à morte
Sim, ainda tenho um norte
Ansio por vida infinda.

Amiga, foi uma barra,
Um jarro cristal partido
Um coração só doído
Amiga, restou uma lágrima.


sexta-feira, março 16, 2018

A nenhum cidadão é dado cometer ilícito penal

LAMELA

LAMELA
Charles Fonseca

Tão bela esta menina
E no entanto tão longe
Do meu olhar de geronte
Do meu amar minha estima

Tanto que eu amei por ela
Maior querer já não há
Esperança inda virá
De novo pra mim à lamela?

Sebastião Salgado. Fotografia.

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Clique: https://charlesfonseca.blogspot.com

Praça da Sé. Salvador. Bahia

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

quinta-feira, março 15, 2018

Há três coisas que me são mistério, quatro mesmo, que não compreendo: O vôo da águia nos céus, o rastejar da cobra no rochedo, a navegação de um navio em pleno mar, o caminho de um homem junto a uma jovem.

Provérbios, 30

1.Palavras de Agur, filho de Jaque, de Massa. Palavras desse homem: Eu me fatiguei por Deus, estou esgotado por Deus, eis-me entregue. 2.Porque eu sou o mais insensato dos homens, não tenho a inteligência de um homem. 3.Não aprendi a sabedoria e não conheci a ciência do Santo. 4.Quem subiu ao céu e quem dele desceu? Quem reteve o vento em suas mãos? Quem envolveu as águas em seu manto? Quem determinou as extremidades da terra? Qual é o seu nome, qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? 5.Toda a palavra de Deus é provada, é um escudo para quem se fia nele. 6.Não acrescentes nada às suas palavras, para que ele não te corrija e sejas achado mentiroso. 7.Eu te peço duas coisas, não mas negues antes de minha morte: 8.afasta de mim falsidade e mentira, não me dês nem pobreza nem riqueza, concede-me o pão que me é necessário, 9.para que, saciado, eu não te renegue, e não diga: Quem é o Senhor? Ou que, pobre, eu não roube, e não profane o nome do meu Deus. 10.Não calunies um escravo junto de seu senhor, para que ele não te amaldiçoe e sofras o castigo. 11.Há uma raça que amaldiçoa seu pai e que não abençoa sua mãe. 12.Há uma raça que se julga pura e que não está limpa de sua mancha. 13.Há uma raça , oh, cujos olhos são altivos, com pálpebras levantadas! 14.Há uma raça cujos dentes são espadas e os maxilares, facas, para devorar os desvalidos da terra e os indigentes dentre os homens. 15.A sanguessuga tem duas filhas: Dá! Dá! Há três coisas insaciáveis, quatro mesmo, que nunca dizem: Basta! 16.A habitação dos mortos, o seio estéril, o solo que a água jamais sacia e o fogo que nunca diz: Basta! 17.Os olhos de quem zomba do pai, de quem se recusa obedecer sua mãe: os corvos da torrente o arrebatarão, os filhos da águia o devorarão. 18.Há três coisas que me são mistério, quatro mesmo, que não compreendo: 19.O vôo da águia nos céus, o rastejar da cobra no rochedo, a navegação de um navio em pleno mar, o caminho de um homem junto a uma jovem. 20.Tal é o procedimento da mulher adúltera: come, depois limpa a boca, dizendo: Não fiz mal algum. 21.Três coisas fazem tremer a terra, há mesmo quatro que ela não pode suportar: 22.um escravo que se torna rei, um tolo que está farto de pão, 23.uma filha desprezada que se casa, uma serva que suplanta sua senhora. 24.Há quatro animais pequenos na terra que, entretanto, são sábios, muito sábios: 25.as formigas, povo sem força, que, durante o verão, preparam suas provisões, 26.os arganazes, povo sem poder, que fazem sua habitação nos rochedos, 27.os gafanhotos, que não têm rei e avançam todos em bandos, 28.a lagartixa, que se pode pegar na mão e penetra nos palácios reais. 29.Há três coisas que têm bela aparência, quatro mesmo, que andam garbosamente: 30.O leão, o mais bravo dos animais, que não recua diante de nada, 31.o animal cingido pelos rins, o bode e o rei acompanhado de seu exército. 32.Se tiveres a asneira de elevar-te a ti mesmo, refletindo nisso, depois, põe tua mão à boca, 33.porque quem comprime o leite, tira dele a manteiga, quem aperta o nariz, faz jorrar o sangue, quem provoca a cólera, promove a disputa. "

SOLOS DE VIOLÃO DAS MELHORES MÚSICAS BRASILEIRAS

Sarah Vaughan: Shadow of Your Smile 1964

Homilia Diária.794: Quarta-feira da 4.ª Semana da Quaresma - Um Deus que...

quarta-feira, março 14, 2018

Ticiano. Pintura

PREFÁCIO. POEMAS.


VERO. Charles Fonseca. Poesia

VERO
Charles Fonseca

Como é alva a cútis dela, arminho,
E ela se diz tão branquela, ebúrnea,
E eu à borda, na lamela, hercúlea
A vontade de vê-la nua, carinho,

Faço em versos o que em prosa quero
Premi-la, roçar-me em seu corpo vela
Por mim, minha nossa senhora, quem dera,
Protege-me de enlouquecer laço, vero!

Cântico à Natureza

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A vida é arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida.

terça-feira, março 13, 2018

LIMINARES DO PED – O RISCO DAS FORMIGAS SE COMPORTAREM COMO CIGARRAS. Raul Rechden.

LIMINARES DO PED – O RISCO DAS FORMIGAS SE COMPORTAREM COMO CIGARRAS
12/03/2018 por S.O.S. PETROS
Raul Rechden

Como sempre, Sérgio Salgado é o primeiro a interpretar com realismo o momento e as perspectivas do plano de complementação de aposentadoria em que os petroleiros depositaram sua certeza de uma velhice tranquila.

A chuva de liminares concedidas, cuja abrangência não está clara, pode ser uma solução momentânea para o problema dos que foram beneficiados por elas; trata-se, no entanto, de um remédio que alivia os sintomas às custas de agravar a doença, com prazo definido para matar o paciente.

Que não reste a menor dúvida sobre dois pontos, pelo menos:

1 – Se a suspensão dos descontos não se aplicar à totalidade dos participantes, em poucos meses teremos instalada uma situação insustentável de transferência de recursos dos não beneficiados para os beneficiados pelas liminares. Se não entrarem recursos adicionais no plano que compensem essa assimetria, os beneficiários dessas medidas em algum momento serão chamados a indenizar os outros. Em se tratando de assistidos, haverá extrema dificuldade em realizar essa operação, pois certamente a grande maioria não terá condições de suportar essa restituição a não ser em prazo mais longo. Essa devolução em longo prazo será onerosa, pois deverá pagar a meta atuarial para não prejudicar quem não foi beneficiado.

2 – Sob o ponto de vista do equilíbrio atuarial, a concessão de liminares suspendendo o PED é um fator de perturbação que, se mantido sem resolução no médio prazo, levará o plano à insolvência. Na prática, as liminares permitem que os assistidos gastem acima de suas posses com base em créditos futuros incertos. Os recursos efetivamente disponíveis para o pagamento de benefícios resumem-se às contribuições normais das patrocinadoras, ao patrimônio do plano e aos valores do AOR, cujo principal tem montante incerto e só estará disponível daqui a dez anos. Qualquer recurso adicional somente entrará no plano por via negocial – submetido ao crivo das instâncias de governo que fiscalizam a aplicação de recursos das empresas de economia mista – ou por execução de sentença judicial transitada em julgado. À luz da experiência pregressa, não é prudente pressupor que qualquer desses caminhos seja trilhado com rapidez e chegue a bom termo. A manutenção das liminares sem solução pelo prazo de alguns anos instalará o caos no plano, ao consumir recursos sem a garantia da entrada do numerário necessário para pagá-los. Não acontecendo a reposição desses valores, os sobreviventes compensarão mais este rombo com reduções adicionais dos seus proventos. Uma amostra do que está por vir já foi dada: sem iniciar o equacionamento, o déficit aumentou em 4 bilhões de reais no ano de 2017, em que pese a meta atuarial ter sido ligeiramente superada. Ocorre que grande percentual do patrimônio está aplicado em ativos de má qualidade, o que não permitiu capturar adequadamente a recuperação do setor de renda variável. Isso, considerado ainda o tamanho do déficit, impede uma recuperação como a que os planos da Previ apresentaram, por renderem bem acima da meta. Essa é a nossa realidade, esse é o resultado final da prática sustentada de má gestão dos ativos que nosso pequeno grupo vem há anos apontando.

Também não esqueçamos que os recursos que estão no PPSP servem à subsistência de cidadãos idosos, sem condições de recomeçar suas vidas. Não há espaço para atitudes de risco, como ignorar que existe uma insuficiência de fundos crescente, alegadamente superior a 30% das reservas matemáticas, associada com a certeza da colisão logo à frente com um sério problema de liquidez. Talvez não sejam precisos todos os dedos de uma mão para contar os anos que faltam para esgotar-se a parte líquida do patrimônio caso algo não seja feito.

O fato incontestável é que somos nós, e não as patrocinadoras ou a Petros, que estamos pagando pelo cumprimento dessas liminares e assumindo o risco delas decorrentes. A Petros, mais do que ninguém, tem consciência do potencial de dano patrimonial que elas embutem e do caos crescente que se instala ao descontar de uns e não descontar de outros com o plano em situação de déficit crescente. É obrigação de seus gestores providenciar a respeito. O ideal seria levarem para as audiências de conciliação propostas concretas de correção do PED que pudessem suscitar a suspensão das medidas. Caso não estejam dispostos a fazer o que seria o correto face às visíveis ilegalidades do PED, que entrem com recursos contra todas. Permanecendo inertes, das duas uma: ou concordam que o PED não é necessário, ou estão se omitindo de seu dever fiduciário de agir na preservação do patrimônio em benefício dos participantes. O dever fiduciário também os obriga a tomar outras medidas que estão se eximindo de tomar, como exigir das patrocinadoras que paguem o regresso de ações já ganhas, o mesmo valendo para o montante que resulta da aplicação do art. 48 do regulamento do plano. Neste caso, bastaria trocar o nome da ré numa ação que a própria Petros move contra uma patrocinadora, na qual busca justamente o cumprimento desse artigo.

Seria ótimo que Petrobras, BR, Petros e participantes sentassem à mesa para encontrar alternativas. Com esse suposto objetivo foi criado um grupo de trabalho. Infelizmente, no entanto, me parece demonstrado que essa iniciativa em nada resultará. Resta admitir que há um jogo sem regras sendo jogado. Um dos times está afinado; o outro está dividido em múltiplas estratégias, que carecem de coordenação e, acima de tudo, de uma perfeita compreensão da estratégia do adversário para fazer-lhe o enfrentamento. Nesse sentido, creio que uma das estratégias da Petros (cujos gestores estão visivelmente alinhados com as patrocinadoras no que diz respeito ao PED) é a sonegação de informações. Se me fosse solicitada uma sugestão para encaminhar o problema, essa seria a de exigir judicialmente a publicação em detalhe das memórias do cálculo atuarial do PPSP, já contemplando o recente recadastramento, assim como os estudos de ALM (gestão da correlação ativo vs. passivo) do plano, auditados por entidade independente.

Este é um direito dos participantes que está sendo sonegado. Sem ter essas informações, não temos como avaliar o que nos está sendo cobrado, e somos induzidos a medidas cautelares cujos reflexos negativos a própria falta de informações nos impede de dimensionar. O patrimônio do PPSP é nosso, assim como seus débitos e créditos, e é nosso direito que seus gestores nos demonstrem com transparência a situação de todas as suas rubricas. É isso que vai nos dizer com certeza o quanto realmente é justo que paguemos, e o quanto nos devem as patrocinadoras. É isso que interessa, sem prejuízo da perseguição aos que danificaram nosso patrimônio.

Tão importante como obter um PED mais justo é colocá-lo em prática no menor prazo possível, com a contribuição de todos. Se assim não for feito, mais incerto se torna nosso futuro.

Óbito do autor. Machado de Assis. Prosa

Óbito do autor
Machado de Assis

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro logar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adoptar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escripto ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia -- peneirava -- uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéa no discurso que proferiu à beira de minha cova: -- «Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.»Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego, como quem se retira tarde do espectáculo. Tarde e aborrecido. Viram-me ir umas nove ou dez pessoas, entre elas três senhoras, minha irmã Sabina, casada com o Cotrim, -- a filha, um lírio do vale, -- e... Tenham paciência! daqui a pouco lhes direi quem era a terceira senhora. Contentem-se de saber que essa anônima, ainda que não parenta, padeceu mais do que as parentas. É verdade, padeceu mais. Não digo que se carpisse, não digo que se deixasse rolar pelo chão, convulsa. Nem o meu óbito era cousa altamente dramática... Um solteirão que expira aos sessenta e quatro anos, não parece que reúna em si todos os elementos de uma tragédia. E dado que sim, o que menos convinha a essa anônima era aparentá-lo. De pé, à cabeceira da cama, com os olhos estúpidos, a boca entreaberta, a triste senhora mal podia crer na minha extincção.

-- Morto! morto! dizia consigo.

E a imaginação dela, como as cegonhas que um ilustre viajante viu desferirem o vôo desde o Ilisso às ribas africanas, sem embargo das ruínas e dos tempos, -- a imaginação dessa senhora também voou por sobre os destroços presentes até às ribas de uma África juvenil... Deixá-la ir; lá iremos mais tarde; lá iremos quando eu me restituir aos primeiros anos. Agora, quero morrer tranquilamente, metodicamente, ouvindo os soluços das damas, as falas baixas dos homens, a chuva que tamborila nas folhas de tinhorão da chácara, e o som estrídulo de uma navalha que um amolador está afiando lá fora, à porta de um correeiro. Juro-lhes que essa orquestra da morte foi muito menos triste do que podia parecer. De certo ponto em deante chegou a ser deliciosa. A vida estrebuchava-me no peito, com uns ímpetos de vaga marinha, esvaía-se-me a consciência, eu descia à imobilidade física e moral, e o corpo fazia-se-me planta, e pedra, e lodo, e cousa nenhuma.

Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma idéa grandiosa e útil, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo.

Nem todo o que fala em Deus a qualquer tempo e lugar aceita Jesus como nosso Redentor.

Homilia Diária.793: Terça-feira da 4.ª Semana da Quaresma - Uma preguiça...

segunda-feira, março 12, 2018

TABA DOS ORIXÁS. Charles Fonseca. Poesia.

TABA DOS ORIXÁS
Charles Fonseca

Na taba dos orixás
Ladeira das libações
Cachacinha de tostões
Atabaques a ruflar

Requebros de ancas morenas
Violões ao dedilhar
Peito livre a balançar
Beliscões em carnes plenas

Cheiro de mar de sargaço
Pensamento em rodopio
Cheiro de carne no cio
De gatinho um churrasco

Ai, que saudades de lá
Vale do Canela amores
O vento jogando flores
Morenas cheirando a mar.

A placidez operosa do copista

[Escriba.jpg]

Como se celebra este sacramento?

III. Como se celebra este sacramento?

1517. Como todos os sacramentos, a Unção dos Enfermos é uma celebração litúrgica e comunitária (127) quer tenha lugar no seio da família, quer no hospital ou na igreja, para um só doente ou para um grupo deles. É muito conveniente que seja celebrada durante a Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor. Se as circunstâncias a tal convidarem, a celebração do sacramento pode ser precedida pelo sacramento da Penitência e seguida pelo da Eucaristia. Enquanto sacramento da Páscoa de Cristo, a Eucaristia deveria ser sempre o último sacramento da peregrinação terrestre, o «viático» da «passagem» para a vida eterna.

1518. Palavra e sacramento formam um todo inseparável. A liturgia da Palavra, precedida dum acto penitenciai, abre a celebração. As palavras de Cristo e o testemunho dos Apóstolos despertam a fé do doente e da comunidade, para pedir ao Senhor a força do seu Espírito.

1519. A celebração do sacramento compreende principalmente os seguin­tes elementos: «Os presbíteros da Igreja» (128) impõem em silêncio - as mãos sobre os enfermos; rezam por eles na fé da Igreja (129); é a epiclese própria deste sacramento; então, conferem a unção com óleo, benzido, se possível, pelo bispo.

Estes actos litúrgicos indicam a graça que este sacramento confere aos doentes.


Catecismo

Roger Fenton. Fotografia.

domingo, março 11, 2018

Quem vai "destruir" este médico? Marcelo Caixeta.

Sei que vou ser “destruído” pela opinião que vou emitir , mas acho isso bom, estou em busca é de críticas mesmo ( claro, desde que sejam construtivas e com respeito ). Minha opinião - que é a de todo mundo que ainda não entrou em Medicina, ou não passou em Residência - é abominada por aqueles que já passaram ou já entraram.
A tese é a seguinte : o Brasil precisa, sim, de mais médicos e mais especialistas ( não sou diretor de faculdade, não sou diretor de pós-graduação médica, não sou empresário de ensino médico ou pós-graduado, ou seja, não ganho dinheiro com isso – é bom ir avisando, nesses tempos de necessária transparência) .
Na viagem vertiginosa e caótica que se segue abaixo, tento demonstrar como a mente do médico brasileiro foi distorcida por um modelo que associa uma grande intervenção estatal ( políticas de “esquerda”) com um grande corporativismo ( políticas de “direita” ).
Não me preocupo muito com os “absurdos” que vou dizer abaixo porque, como o raciocínio é extremamente longo e “enfadonho”, poucos médicos irão ter “paciência com o textão”, irão pulá-lo rapidamente. Isso só fará corroborar uma de minhas teses : o intelecto do médico brasileiro é “treinado na Universidade para ser rasteiro”, ser superficial.

Como sempre gosto de fazer, começo meu “estudo” a partir de “casos clínicos reais”, recolhidos via depoimentos nas redes sociais, ou via nosso grupo de pesquisas em psicologia médica. Vou dar alguns dados práticos :

1. O colega médico me diz : “ontem, ao levar meu pai em uma UTI, fui recebido pelo médico de plantão, que me atendeu no corredor, me ouviu 3 minutos, e já disse que “tinha entendido tudo”. Ora, é um caso complicadíssimo, de uma insuficiência cardíaca grau IV, acidente vascular encefálico, hipopotassemia, hiperaldosteronismo, anemia perniciosa macrocítica, hipovitaminose cianocobalamínica/hidroxicobalamínica, hiperhomocisteinemia com síndrome de hipercoagulabilidade, betabloqueador necessário para ICC bradicardizando demais, espironolactona levando a anorexia, etc, etc. Era caso para um relato de no mínimo 40 minutos, o colega me ouviu por 3 minutos, no corredor”. Como sempre, , como todo médico brasileiro, “corrido”, cheio de pacientes, correndo de um lado para outro, ganhando pouco em todos esses lugares, etc.
2. Quando eu fiz residência na França ( R4 Pq Inf) , um residente de psiquiatria tinha sob seus cuidados hospitalares ( internados ) dois, três, no máximo quatro pacientes. A média que se vê no Brasil é de 25 pacientes por cada residente...
3. Retirando-se a Africa, o Brasil é o único país onde se ouve : “nossa , atendi hoje, em 12 horas de plantão, 85 pacientes”.
4. As sessões clínicas ( discussões de caso ) que eu via na França duravam até 8 horas... sim, um dia todo !. No Brasil, passou de 20 minutos, o pessoal começa a “cansar”.
5. Na França, pelos idos de 1988/89 (especifico isso porque pode ter mudado ), a dialética, a discussão, a oposição, eram a tônica de um serviço médico. No Brasil, se você “ousa” discordar de um colega, ele te julga como “inimigo”, ou no mínimo um “chato”.
6. No Brasil, rarissimamente, ( acho que , na verdade, nunca vi isso ), um médico que fez um diagnóstico, propõe um tratamento, muda de opinião, mesmo que lhe mostrem que esteja errado, que está prejudicando o paciente, mesmo que o paciente morra. Nunca ouvi a frase : “é, colega, acho que você está certo, sabe mais que eu, tem mais experiência que eu, vou mudar meu diagnóstico e tratamento”. Há um orgulho médico indestrutível , entre nós.
7. Dirijo um serviço hospitalar com residentes médicos. Um dos nossos residentes, que obrigatoriamente fazem psicoterapia com os pacientes, com as famílias, conversam sobre os problemas, a doença, etc, consegue atender , no máximo, 3 pacientes internados. Se fosse apenas para “tacar remédio no paciente”, “dopar o paciente”, um residente desses, então, poderia, de fato, atender até 25 pacientes...
8. O Brasil é o único país do mundo onde os casos mais complexos, graves, difíceis ( casos hospitalares/casos de emergência médica ) estão nas mãos dos profissionais menos capacitados ( geralmente recém-formados, geralmente quem não passou em residências médicas, geralmente os que “não conseguiram outra coisa”, etc), menos numerosos, com menos recursos.
9. É o único país do mundo onde uma família paga 900 reais em uma consulta com um “grande especialista”, mas , na hora de hospitalizar seu ente querido, acha “certo” pagar ( ou o convênio pagar ) um honorário médico de 50 reais para que um médico olhe seu parente grave em 24 horas, e em meio a uns 25 outros pacientes, pois com esse preço de honorários médicos, o hospital não consegue pagar mais médicos... ( estou falando da maioria dos hospitais pequenos/médicos Brasil afora, não nos padrão Einstein/Sírio, etc) .
10. Talvez seja o único país do mundo ( excetuando-se Cuba) onde o médico forma-se com um modelo de “saúde pública”, “saúde coletiva”, voltado para um péssimo atendimento, o SUS. Sim, TODO programa de ensino médico ( graças às políticas esquerdistas do MEC) é voltado para formar o “médico de pés-descalços”, aquele que, no máximo, vai passar vermífugo na periferia e dar palestras de “hipertensão” no postinho de saúde ou de “drogas e sexo na adolescência na escola pública do bairro”.
11. Este médico, “formado para ser médico do SUS na periferia”, é também formado para pensar e trabalhar como um médico de periferia, sem hospital, sem “aparelhos”, sem “grandes complexidades”, sem “doenças raras”. É pensado para ser como aquele garoto atendente de balcão de farmácia : “para febre, um antitérmico”, “para dor, um analgésico”, “para cólica um antiespasmódico”, para “depressão um antidepressivo”, para “psicose um antipsicótico”, e assim por diante.
12. Ou seja, é formado na superficialidade, na “rapidez” ( uma consulta a cada 3 minutos, a média do SUS ), na base de “sintomas e tratamento”. A medicina científica é uma coisa totalmente diferente. Sintoma é só o início de uma longuíssima cadeia de raciocínio, cuja parte principal, inclusive, é uma coisa chamada “fisiopatologia”( algo complicado que não vou explicar aqui ), coisa que muitíssimos poucos médicos brasileiros sabem pensar... O raciocínio é sempre em cima do “sintoma e tratamento”, não em cima de como um sintoma se relaciona com outro, como um sintoma se liga a esta ou aquela alteração biológica, como uma lesão ou disfunção liga-se a outros sistemas orgânicos, etc.
13. Esse tipo de raciocínio exige tempo, profundidade, estudo complexo, coisas que os estudantes e residentes no Brasil não são treinados. Isso acontece por vários motivos : modelo de “saúde pública”, faculdades gananciosas que tem alunos demais, não dão prática, residentes que só tocam serviço, não tem tempo para estudar, debruçar-se sobre cada caso, estudantes/residentes sem professores suficientes, capacitados ( p.ex., aprox. 60% dos professores dos cursos de medicina não são médicos !!).
14. Todos os fatores acima impactam enormemente no tema principal desse artigo : a necessidade de mais e mais médicos. Isso acontece por dois motivos básicos : como são mal-formados, a resolutividade é péssima, então, para resolver um único problema – que exigiria um único médico – são necessários 10... E o outro problema é que, com estes médicos superficiais, que dão pouca atenção ao paciente, que pensam pouco sobre o paciente, debruçam-se pouco sobre cada caso, acontece que onde um único médico cuida de 25 pacientes, seria, na verdade, necessário que houvesse 6 médicos !!
15. Em psiquiatria, em hospitais, que é onde exerço minha atividade, vejo muito isso, a toda hora, como já especifiquei acima. Fico sabendo , por exemplo, de um médico residente atendendo 25, 30, pacientes, e, é claro, atendendo mal, só “tacando remédio”, “dopando”, “colocando para dormir”, quando, na verdade, deveriam haver 6 ou 7 médicos para este tanto de pacientes, de modo a fazer psicoterapia, atenção familiar, estudar o caso, pedir exames adequados, acompanhar e estudar os exames, etc, etc.
16. As distorções apontadas acima estão tão enraizadas na mente do médico e na cultura brasileira que ninguém se dá conta delas. Todo mundo acha que é “assim mesmo”, que o “normal mesmo é ver um médico esbaforido, correndo , grosso, frio, estressado, rejeitante, “sem tempo para ouvir isso”, “sem tempo para ler isso tudo”, “sem tempo para conversar tanto sobre isso”. O Brasil acostumou com o “padrão SUS do médico”. E este padrão se repete em todos os níveis, não só nos convênios médicos mas até nos níveis particulares. É a “fôrma” dentro da qual o médico se formou. Mesmo para os médicos que a gente paga particular, quase sempre o padrão é esse mesmo, “pressa”, grosseria, impaciência, sarcasmos ( “você quer saber mais que eu”? “você quer me ensinar”? ), orgulhos, condutas intempestivas e superficiais, “pouco raciocinadas”. O SUS moldou a “mente médica brasileira”, todos acham : “é assim mesmo”. É tudo na base da “correria”, na base “daquele tanto de gente”, na base do “hospitais lotados”, “hospitais no limite”, sem-condições, “mal-atendido”, etc. O Governo implantou o padrão-SUS de ser na Saúde.
17. Mesmo que esses médicos acima descritos fossem bem-formados, com alta resolutividade, mesmo assim seriam necessários mais médicos do que os que há no Brasil. Faça um teste simples : quantos médicos você conhece que não “estejam corridos” ? “apressados” ? “estressados”? “não tenham tempo para conversar o necessário”? “não te escutem o necessário”? “não vejam e estudem todos os seus exames e todos os seus relatórios médicos”? Nas minhas contas, seriam uns 10% dos médicos que se enquadram nisso, e olhe lá... Portanto, se 90% está apressado, é porque o atendimento está falho em algum lugar, de algum modo. E isso indica que há necessidade de mais médicos.
18. É claro que os médicos, com razão, irão chiar com esta minha tese : “mas a gente corre porque ganha pouco”. Sim, é correto, para muitos ( não para todos, pois há aqueles que , por ganância, mesmo ganhando bem, irão correr muito também).
19. A solução para isso seria desmontar toda essa máquina pérfida que o Governo ( associado a Grandes Empresas /Grupos Médicos-Hospitalares-Convênios ) montaram contra o médico brasileiro, a começar da mais completa desvalorização do principal Ato Médico, o ato onde todo o “raciocínio fino” é feito, a famigerada “consultinha” ( até o termo é pejorativo , além de extremamente mal-remunerado). Mas, mesmo se os honorários médicos fossem bem pagos, o que aconteceria ? Os médicos teriam de se dedicar mais e mais profundamente a cada paciente, e aí sobrariam muitos outros pacientes necessitando de atendimento. Daí a necessidade de mais médicos e mais especialistas, como que queria demonstrar desde o começo.
.......................................
Marcelo Caixeta, médico psiquiatra. (hospitalasmigo@gmail.com)

Zacimba

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sábado, março 10, 2018

Minha vida é um barquinho


Um sorvetinho


“Nascer de novo” não é reencarnar!


Clique:
https://padrepauloricardo.org/blog/nascer-de-novo-nao-e-reencarnar?mc_cid=591b06b4e3&mc_eid=0794891ad1

Homilia Diária.791: Sábado da 3.ª Semana da Quaresma - Ou somos humildes...

Quando você descobre o real motivo de tanta paixão você fica menos apaixonado

Quem recebe e quem administra este sacramento?

II. Quem recebe e quem administra este sacramento?

EM CASO DE GRAVE ENFERMIDADE...

1514. A Unção dos Enfermos «não é sacramento só dos que estão prestes a morrer. Por isso, o tempo oportuno para a receber é certamente quando o fiel começa, por doença ou por velhice, a estar em perigo de morte» (125).

1515. Se um doente que recebeu a Unção recupera a saúde, pode, em caso de nova enfermidade grave, receber outra vez este sacramento. No decurso da mesma doença, este sacramento pode ser repetido se o mal se agrava. É conveniente receber a Unção dos Enfermos antes duma operação cirúrgica importante. E o mesmo se diga a respeito das pessoas de idade, cuja fragilidade se acentua.

«... CHAME OS PRESBÍTEROS DA IGREJA»

1516. Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos (126). É dever dos pastores instruir os fiéis acerca dos benefícios deste sacramento. Que os fiéis animem os enfermos chamarem o sacerdote para receberem este sacramento. E que os doentes se preparem para o receber com boas disposições, com a ajuda do seu pastor e de toda a comunidade eclesial, convidada a rodear, de um modo muito especial, os doentes, com as suas orações e atenções fraternas.


Catecismo

quinta-feira, março 08, 2018

Provérbios, 29

1.O homem que, apesar das admoestações, se obstina será logo irremediavelmente arruinado. 2.Quando dominam os justos, alegra-se o povo; quando governa o ímpio, o povo geme. 3.Quem ama a sabedoria alegra seu pai; o que freqüenta as prostitutas dissipa sua fortuna. 4.É pela justiça que um rei firma seu país, mas aquele que o sobrecarrega com muitos impostos, o arruína. 5.O homem que adula seu próximo estende redes aos seus pés. 6.No delito do ímpio há um ardil, mas o justo corre alegremente. 7.O justo conhece a causa dos pobres; o ímpio a ignora. 8.Os escarnecedores ateiam fogo na cidade, mas os sábios acalmam o furor. 9.Discute um sábio com um tolo? Que ele se zangue ou que ele se ria, não terá paz. 10.Os homens sanguinários odeiam o íntegro, mas os homens retos tomam cuidado com sua vida. 11.O insensato desafoga toda sua ira, mas o sábio a domina e a recalca. 12.Quando um soberano presta atenção às mentiras, todos os seus servidores tornam-se maus. 13.O pobre e o opressor se encontram: é o Senhor que ilumina os olhos de cada um. 14.Um rei que julga com eqüidade os humildes terá seu trono firmado para sempre. 15.Vara e correção dão a sabedoria; menino abandonado à sua vontade se torna a vergonha da mãe. 16.Quando se multiplicam os ímpios, multiplica-se o crime, mas os justos contemplarão sua queda. 17.Corrige teu filho e ele te dará repouso e será as delícias de tua vida. 18.Por falta de visão, o povo vive sem freios; ditoso o que observa a instrução! 19.Não é com palavras que se corrige um escravo, porque ele compreende, mas não se atém a elas. 20.Viste um homem precipitado no falar: há mais esperança num tolo do que nele. 21.Um escravo mimado desde sua juventude, acaba por se tornar desobediente. 22.Um homem irascível excita contendas; o colérico acumula as faltas. 23.O orgulho de um homem leva-o à humilhação, mas o humilde de espírito obtém a glória. 24.Quem partilha com o ladrão, odeia-se a si mesmo; ouve a maldição e nada denuncia. 25.O temor dos homens prepara um laço, mas quem confia no Senhor permanece seguro. 26.Muitos buscam o favor dum príncipe, mas é do Senhor que cada homem alcança justiça 27.O homem iníquo é abominado pelos justos; o ímpio abomina aquele que anda pelo caminho certo."

Começando um Pomar do ZERO ! TUTORIAL PARA INICIANTES

Amado pelos limpos de mãos e puros de coração

Banco. Fotografia

Marcio Vasconcelos. Fotografia.

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O maior sofrimento é saber o filho sofrendo

quarta-feira, março 07, 2018

Leopoldina só afeto

Homilia Diária.789: Quinta-feira da 3.ª Semana da Quaresma - A dureza de...

De tanto não falar vomitou sangue

Dinheiro na mão é tentação

Minha fotógrafa me protege


SÓ UM POUQUINHO. Charles Fonseca. Poesia.

SÓ UM POUQUINHO
Charles Fonseca

É doce ver a face de Deus
Disse o pai em desalento
Ao ver-se só, ao relento,
Quase a dizer adeus.

É doce ver teu rosto
Pensei comigo, emoção,
Ter-te por pai, uma bênção,
Ver-te partir, um desgosto.

Fica mais, só um pouquinho,
É cedo, eterno é o além,
Teus filhos choram também,
Choram por ti todos cinco.

Pronunciamento do Padre Paulo Ricardo a respeito das polêmicas envolvend...

Vivien Maier. Fotografia.

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terça-feira, março 06, 2018

TORTURAS. Charles Fonseca. Poesia.

TORTURAS
Charles Fonseca

Há encontros sem futuro
passados há sem presente
há almas em corpo ausente
há corpos nús no escuro

que se contorcem querentes
que se erigem em procura
que se abrem gostosura
que se encolhem dementes

de tanto querer ser poder
de tanto poder ilusão
ao menos um toque de mão
torturas do bem querer.

Se é demonstrável a existência de Deus

Art. 2 — Se é demonstrável a existência de Deus.
(Infra, q. 3, a. 5; III Sent., dist. 24, q. 1, a. 2, q. 1ª 2; Cont. Gent. I, 12; De Pot., q. 7, a. 3; in Boet. De Trin, q. 1, a. 2)

O segundo discute-se assim — Parece que não é demonstrável a existência de Deus.

1. Pois, tal existência é artigo de fé. Ora, as coisas da fé não são demonstráveis, porque a demonstração dá a ciência, e a fé é própria do que não é aparente, como se vê no Apóstolo (Heb 11,1). Logo, a existência de Deus não é demonstrável.

2. Demais — O termo médio da demonstração é a quididade. Ora, não podemos saber o que é Deus, como diz Damasceno1. Logo, não lhe podemos demonstrar a existência.

3. Demais — Se se demonstrasse a existência de Deus, só poderia sê-lo pelos seus efeitos. Ora, sendo Deus infinito e estes, finitos, e não havendo proporção entre o finito e o infinito, os efeitos não lhe são proporcionados. E, como a causa se não pode demonstrar pelo efeito, que não lhe é proporcionado, conclui-se que não se pode demonstrar a existência de Deus.

Mas, em contrário, diz a Escritura (Rm 1, 20): As coisas invisíveis de Deus se vêm depois da criação do mundo, consideradas pelas obras que foram feitas. Ora, isto não se daria, se a existência de Deus não se pudesse demonstrar pelas coisas feitas, pois o que primeiro se deve inteligir de um ser é se existe.

SOLUÇÃO. — Há duas espécies de demonstração. Uma, pela causa, pelo porquê das coisas, a qual se apóia simplesmente nas causas primeiras. Outra, pelo efeito, que é chamada a posteriori, embora se baseie no que é primeiro para nós; quando um efeito nos é mais manifesto que a sua causa, por ele chegamos ao conhecimento desta. Ora, podemos demonstrar a existência da causa própria de um efeito, sempre que este nos é mais conhecido que aquela; porque, dependendo os efeitos da causa, a existência deles supõe, necessariamente, a preexistência desta. Por onde, não nos sendo evidente, a existência de Deus é demonstrável pelos efeitos que conhecemos.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A existência de Deus e outras noções semelhantes que, pela razão natural, podem ser conhecidas de Deus, não são artigos de fé, como diz a Escritura (Rm 1,19), mas preâmbulos a eles; pois, como a fé pressupõe o conhecimento natural, a graça pressupõe a natureza, e a perfeição, o perfectível. Nada, entretanto, impede ser aquilo, que em si é demonstrável e cognoscível, aceito como crível por alguém que não compreende a demonstração.

RESPOSTA À SEGUNDA. — Quando se demonstra a causa pelo efeito, é necessário empregar este em lugar da definição daquela, cuja existência se vai provar: e isto sobretudo se dá em relação a Deus. Pois, para provar a existência de alguma coisa, é necessário tomar como termo médio o que significa o nome e não o que a coisa é, porque a questão — o que é — segue-se à outra — se é. Ora, os nomes a Deus se impõe pelos efeitos, como depois se mostrará; donde, demonstrando a existência de Deus, pelo efeito, podemos tomar como termo médio a significação do nome de Deus.

RESPOSTA À TERCEIRA. — Efeitos não proporcionados à causa não levam a um conhecimento perfeito dela; todavia, por qualquer efeito nos pode ser, manifestamente, demonstrada a existência da causa, como se disse. E assim, pelos seus efeitos, pode ser demonstrada a existência de Deus, embora por eles não possamos perfeitamente conhecê-lo na sua essência.


1. De fide Orth., I, 4

SÓ QUANDO O POETA DORME. Charles Fonseca. Poesia.

SÓ QUANDO O POETA DORME
Charles Fonseca

Quando o poeta dorme,
Acordam restos diurnos
Em sonhos, um tanto confusos,
Desejos pequenos enormes.

Quando o poeta dorme
Dorme também sua fome.
Mordem desejos de homem,
Pede que a amada acorde.

Quando o poeta acorda
Todo o sonho está desfeito.
Em cinzas, pós fogo do leito,
O cobrem. Fecham-se portas.

Quem eram os fariseus, os saduceus, os essênios e os zelotes?


http://opusdei.org/pt-br/article/quem-eram-os-fariseus-os-saduceus-os-essenios-e-os-zelotes/

UM SACRAMENTO DOS ENFERMOS


1511. A Igreja crê e confessa que, entre os sete sacramentos, há um, especialmente destinado a reconfortar os que se encontram sob a provação da doença: a Unção dos enfermos:

«Esta santa unção dos enfermos foi instituída por Cristo nosso Senhor como sacramento do Novo Testamento, verdadeira e propriamente dito, insinuado por São Marcos (120), mas recomendado aos fiéis e promulgado por São Tiago, apóstolo e irmão do Senhor» (121).

1512. Na tradição litúrgica, tanto no Oriente como no Ocidente, temos, desde os tempos antigos, testemunhos de unções de doentes praticadas com óleo benzido. No decorrer dos séculos, a Unção dos enfermos começou a ser conferida cada vez mais exclusivamente aos que estavam prestes a morrer. Por causa disso, fora-lhe dado o nome de «Extrema-Unção». Porém, apesar dessa evolução, a liturgia nunca deixou de pedir ao Senhor pelo doente, para que recuperasse a saúde, se tal fosse conveniente para a sua salvação

1513. A Constituição Apostólica «Sacram Unctionem Infirmorum», de 30 de Novembro de 1972, na sequência do II Concílio do Vaticano (123), estabeleceu que, a partir de então, se observasse o seguinte no rito romano:

«O sacramento da Unção dos Enfermos é conferido aos que se encontram enfermos com a vida em perigo, ungindo-os na fronte e nas mãos com óleo de oliveira ou, segundo as circunstância, com outro óleo de origem vegetal, devidamente benzido, proferindo uma só vez, as palavras: "Por esta santa unção e pela sua infinita misericórdia o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus pecados, Ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos"» (124).


Catecismo

segunda-feira, março 05, 2018

Homilia Diária.786: Segunda-feira da 3.ª Semana da Quaresma - A suave pr...

Mosteiro de St-Benoît-sur-Loire

Mosteiro de St-Benoît-sur-Loire onde repousam os restos do Patriarca da Cristandade.

FURO. Charles Fonseca. Poesia.

FURO
Charles Fonseca

Quando te vejo, que desalento,
Quanto amor, eu quase paixão,
Me deixas assim perto do chão
Tão longe tu em mim pensamento

Eu que tanto de esperar cansei
De tanto relevar me fui
Tão longe de ti, intue,
Me has de chorar e eu hei

De em ti lamentar orgulho
Dos teus desejar perdão
Por me tirares deles e então
Ficar só na minh'alma um furo.

sábado, março 03, 2018

O coração aquecido

fotos do inverno

João Gilberto - Este Seu Olhar

Provérbios, 28

1.O ímpio foge sem que ninguém o persiga, mas o justo sente-se seguro como um leão. 2.Por causa do pecado de um país, multiplicam-se os chefes, mas sob um homem sábio e sensato [a ordem] perdura. 3.Um pobre que oprime miseráveis é qual chuva torrencial, causa de fome. 4.Quem abandona a instrução, louva o ímpio; quem a observa, faz-lhe guerra. 5.Os homens maus não compreendem o que é justo; os que buscam o Senhor tudo entendem. 6.Mais vale um pobre que caminha na integridade do que um rico em caminhos tortuosos. 7.Um filho inteligente segue a instrução; quem convive com os devassos, torna-se a vergonha de seu pai. 8.Quem aumenta sua fortuna por usuras e logro, ajunta para o que tem piedade dos pequenos. 9.Aquele que afasta o ouvido para não ouvir a instrução, até em sua oração é um objeto de horror. 10.Quem seduz os homens corretos para um mau caminho, cairá no fosso que ele mesmo cavou e para os íntegros caberá a herança da felicidade. 11.O rico julga-se sábio, mas o pobre inteligente penetra-o a fundo. 12.Quando os justos triunfam, há muita alegria; quando os ímpios se erguem, cada qual se esconde. 13.Quem dissimula suas faltas, não há de prosperar; quem as confessa e as detesta, obtém misericórdia. 14.Feliz daquele que vive em temor contínuo; mas o que endurece seu coração, cairá na desgraça. 15.Leão rugidor, urso esfaimado: tal é o ímpio que domina sobre um povo pobre. 16.Um príncipe, destituído de senso, é rico em extorsões, mas o que odeia o lucro viverá longos dias. 17.O homem sobre o qual pesa o sangue de outro fugirá até o fosso: não o retenhas. 18.O que caminha na integridade, será salvo; quem seguir por caminhos tortuosos cairá no fosso. 19.O que cultiva seu solo, terá pão à vontade; o que corre atrás das vaidades fartar-se-á de miséria. 20.O homem leal será cumulado de bênçãos; o que, porém, tem pressa de se enriquecer, não ficará impune. 21.Não é bom mostrar-se parcial: há quem cometa este pecado por um pedaço de pão. 22.O homem invejoso precipita-se atrás da fortuna: não sabe que vai cair sobre ele a indigência. 23.Quem corrige alguém, encontra no fim mais gratidão do que lisonjas. 24.Quem furta de seu pai ou de sua mãe, dizendo: Isto não é pecado!, é colega do bandoleiro. 25.O homem cobiçoso provoca contendas, mas o que se fia no Senhor, será saciado. 26.O que se fia em seu próprio coração, é um tolo; quem caminha com sabedoria, escapará do perigo. 27.O que dá ao pobre, não padecerá penúria, mas quem fecha os olhos ficará cheio de maldições. 28.Quando se erguem os ímpios, cada qual se oculta; quando eles perecem, multiplicam-se os justos."

O homem sobre o qual pesa o sangue de outro fugirá até o fosso: não o retenhas.


SERTÃO. Charles Fonseca. Poesia.

SERTÃO
Charles Fonseca

Na cacimba das almas os bichos bebem
De um lado, do outro essas saciam
Com a água os viventes que aliviam
Os corpos, fonte limpa, todos se servem.

É o sertão, as almas pedem socorro
Ao bom Deus a implorar misericórdia.
Quando a água da fonte for embora
Umbuzeiro dispõe dela ao pé do morro.


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