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quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Adeus, meu cão amado. Flávia Davies. Prosa

Essa é uma das minhas fotos favoritas suas, filho. Você estava na casa da sua bisa e deveria ter uns 2 anos, no máximo. E hoje, com 14, você se foi. E levou um pedaço meu com você. Um bem grande. Acabo de voltar para casa e ainda te sentir em cada cantinho que você gostava de ficar. Ainda paro pra pensar se você estaria deitado no sol ou na sombra, e pensar se você tinha bebido ou comido água suficientes para ficar bem durante o dia. Ainda escuto também os seus passos. Incrível que com 4 cachorros em casa, atualmente, eu reconheça os passos e o jeitinho de caminhar de cada um. Dói bastante. Muito. Mas também respiro aliviada - bem no fundo - em saber que agora você finalmente descansou. Os últimos meses não estavam sendo nada divertidos, não é? E qual o sentido da vida a partir do momento em que não se vive mais? Mesmo que por pouco tempo, consegui cumprir a promessa de te dar uma vida ao ar livre, no mato. Sem muitos carros, confusão e elevadores (você só entrava pelo lado esquerdo e, ainda assim, odiava). As únicas palavras que me vêm a cabeça são amor e agradecimento. Poder conhecer o que é o amor e fidelidade, de verdade. E sem nadinha em troca. Meu Jejão, Didi, Jojo e mais alguns milhões de apelidos que eu te dava a cada instante. E o melhor era que você me olhava em todas as vezes que eu te chamava por um mais estranho que o outro. Eu te amo MUITO. Você ainda está aqui comigo.

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