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domingo, dezembro 18, 2016

Moçoila. Charles Fonseca. Prosa

MOÇOILA
Charles Fonseca

Será que estou perdendo o rebolado eu bailarino do verso? Agora só quero escrever sem rima, sem métrica, só musicalidade, será chegou a idade? Fico a meditar a liberdade da escrita ao teclar bem piano neste meu note book catando milho eu que nunca aprendi a dactilografia que era como se escrevia. A professora calorenta só usava uma blusa leve sem nada por baixo e eu cabisbaixo olhava pra ela. Ou ela não ligava ou era desligada, quem sabe, pudera, palpar tetas dela! Os dedos tremiam as letras trocava poiuy, asdfg, e eu sem nada aprender, meu caso era perdido, era só de apreender. Ai meu Deus, quanta tesão, era duro meu irmão, pensava em nossa senhora nos anjos e nos arcanjos, aí o sonho acabou, fui tirado da escola, aula particular com a moçoila, que palavra quanta rima ela encerra e eu em cima!

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