sexta-feira, fevereiro 14, 2025

A minha estrela de Augusto dos Anjos A meu irmão Aprígio dos Anjos

E eu disse – Vai-te, estrela do Passado!

Esconde-te no Azul da Imensidade,

Lá onde nunca chegue esta saudade,

– A sombra deste afeto estiolado.


Disse, e a estrela foi p’ra o Céu subindo,

Minh’alma que de longe a acompanhava,

Viu o adeus que do Céu ela enviava,

E quando ela no Azul foi-se sumindo


Surgia a Aurora – a mágica princesa!

E eu vi o Sol do Céu iluminando

A Catedral da Grande Natureza.


Mas a noute chegou, triste, com ela

Negras sombras também foram chegando,

E nunca mais eu vi a minha estrela!

Nenhum comentário:

Postar um comentário