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domingo, março 31, 2019

O CHIQUE ROSA. Charles Fonseca. Poesia.

O CHIQUE ROSA
Charles Fonseca

Joguei fora pasta rosa
sintoma de nó ausente
lá de passado recente
dos falsos, arquivo em prosa,

vou embora pro Québec
viver lá quase pobre
melhor que classe média esnobe
deste país mequetrefe

só volto pra Salvador
depois Rio de Janeiro
revigorado guerreiro
Cabo Frio salva a dor.

"A fraqueza do nosso intelecto está para as coisas mais evidentes como os olhos da coruja para a luz do sol"

PSDB e PT saqueando seu bolso

Suma Teológica. Art. 5 — Se a doutrina sagrada é mais digna que as outras ciências.

Art. 5 — Se a doutrina sagrada é mais digna que as outras ciências.
(IIa IIae, q. 66, a. 5, ad 3; I Sent., prol., a.1; II Cont. Gent., cap. IV)
O quinto discute-se assim — Parece não ser a doutrina sagrada mais digna que as outras ciências.
1. — Pois é digno o saber enquanto certo; e as demais ciências, que partem de princípios indubitáveis,
parecem mais certas que a doutrina sagrada, cujos princípios, ou artigos de fé, são sujeitos à dúvida.
Donde, as outras ciências parecem mais dignas que ela.
2. Demais — a ciência inferior aproveita-se da superior; assim, do aritmético, o músico. Ora, a doutrina
sagrada recebe algo das disciplinas filosóficas, pois, diz Jerônimo, os doutores antigos de tal modo
encheram os livros de doutrinas e sentenças dos filósofos, que não sabemos o que mais seja neles de
admirar: se a erudição secular ou a ciência das Escrituras. Logo, a doutrina sagrada é inferior às outras
ciências.
Mas, em contrário, as demais ciências são chamadas escravas desta, segundo a Escritura (Pr 9, 3): Enviou
as suas escravas a chamar à fortaleza.
SOLUÇÃO. — A dita ciência, por ser especulativa a um respeito e a outro, prática, sobreleva a todas as
demais, tanto especulativas como práticas. Pois, das ciências especulativas, uma é considerada mais
digna que outra, quer pela certeza, quer pela nobreza do assunto; e, de ambos os pontos-de-vista
excede esta ciência às outras especulativas. Quanto à certeza, porque as outras a têm pelo lume natural
da razão humana, que pode errar, e a possui esta pela luz da ciência divina, que se não pode enganar.
Quanto à nobreza do assunto, porque esta versa principalmente sobre matérias que, pela sua
profundeza, ultrapassam a razão; considerando as outras só aquilo que se pode alcançar racionalmente.
— Das ciências práticas, mais digna é aquela que não é subordinada a um fim ulterior; assim, a civil
supera a militar, pois o bem do exército se subordina ao do Estado. Ora, o fim da doutrina sagrada,
enquanto prática, é a eterna felicidade, para a qual se ordenam, como ao fim último, todos os outros
fins das ciências práticas. Por onde, é manifesto que, a todas as luzes, é mais digna que as outras.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Nada impede ser o mais certo, por natureza, menos
certo, pelo que nos toca, por causa da fraqueza do nosso intelecto, que está para as coisas mais
evidentes como os olhos da coruja para a luz do sol, como diz Aristóteles. Donde, a dúvida de certos
sobre os artigos da fé não provém da incerteza do assunto, senão da fraqueza do intelecto humano; se
bem o mínimo conhecimento que pudermos adquirir das coisas altíssimas é mais desejável que o
conhecimento certíssimo de coisas mínimas, conforme o Filósofo.
RESPOSTA À SEGUNDA. — Esta ciência pode receber auxílio das filosóficas, não por lhe serem
indispensáveis, mas para maior clareza dos assuntos de que trata. Porém, das outras ciências não
recebe os seus princípios, senão de Deus, por imediata revelação. Nem, portanto, recebe das outras
ciências como de superiores, senão que delas usa como inferiores e servas, como as arquitetônicas, das
auxiliares e a civil, da militar. E esse mesmo usar delas não é por defeito ou insuficiência sua, e sim por
imperfeição do nosso entendimento, que das coisas conhecidas pela razão natural (donde procedem as
outras ciências) mais facilmente é levado para aquelas que a sobrepujam e são o objeto desta ciência.

Evangelho segundo S. Lucas 15,1-3.11-32.

Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
Jesus disse-lhes ainda: «Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos.
Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta.
Tendo gastado tudo, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar privações.
Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos,
porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’.
Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

sábado, março 30, 2019

Vou embora pro Québec viver lá quase pobre melhor que classe média esnobe deste país mequetrefe

O papo furado de Toffoli

Igreja Rosário dos Pretos

A imagem pode conter: ar livre

FILHOS DO FOGO. Mariana Ianelli. Poesia.

FILHOS DO FOGO
Mariana Ianelli

Não foi o cansaço da jornada
Que de novo nessa noite nos venceu,
Mas um sofrimento antigo, igual a sempre,
A realidade com sua mão espadaúda
Juntando a poeira de uns castelos demolidos,
De tudo extraindo o que sobra de nosso, afinal:
O irreversível.

Cultivamos rituais silenciosos,
Temos dentro de nós a alma do mundo.
Fomos feitos para a solidão,
A mesma que sente um animal
Ao largar o seu rebanho
E esperar a morte suavemente
Numa longa tarde de chuva em Gibeon.

Damos calor às coisas enquanto é tempo
E mais tempo há enquanto estamos mudos.
Gozamos um amor tranqüilo, sem heroísmo.
Assim acontece certas vezes, por espanto:
De um golpe, o infinito nos apanha.






O pintor.


SIM E NÃO. Charles Fonseca. Poesia.

SIM E NÃO
Charles Fonseca

Uma blusa amarela
outra petit pois
camisola de voil
à francesa verso ela

uma calcinha rendada
um sapatinho de couro
um pingente todo d'oiro
antiga paixão acoitada

no meu peito de poeta
na minh'alma só, tesão,
sublimada sim e não
escondida no esteta.

Café Torrado. Jean Baptiste Debret. Pintura.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas em pé

Blog do Charles Fonseca: POEMA ESQUISITO. Adélia Prado

Clique:Blog do Charles Fonseca: POEMA ESQUISITO. Adélia Prado: POEMA ESQUISITO Adélia Prado Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos. Não é hábito. É rarissimamente que ela dói. Ninguém tem culpa. Meu...

sexta-feira, março 29, 2019

Amália Rodrigues - Coimbra - Letra

A Eucaristia

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Evangelho segundo S. Marcos 12,28b-34.

Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um escriba e perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»Jesus respondeu: «O primeiro é este: "Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor.Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças".O segundo é este: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Não há nenhum mandamento maior que estes».Disse-Lhe o escriba: «Muito bem, Mestre! Tens razão quando dizes: Deus é único e não há outro além d’Ele.Amá-l’O com todo o coração, com toda a inteligência e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais do que todos os holocaustos e sacrifícios».Ao ver que o escriba dera uma resposta inteligente, Jesus disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus».

Arcanjo Miguel. PIREZ D'ÉVORA, Alvaro. Pintura.


O painel atual faz parte de um grupo de pinturas que parecem ter sido pilastras do mesmo retábulo, todas aproximadamente das mesmas dimensões e com o trabalho correspondente.


Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

Blog do Charles Fonseca: Apropriação indébita. Freud.

Clique:Blog do Charles Fonseca: Apropriação indébita. Freud.: “Qualquer linha de investigação que reconheça esses dois fatos [transferência e resistência] e os torne como ponto de partida de seu trabalh...

O pacto dos suspeitos pela impunidade

CASTELOS. Charles Fonseca. Poesia.

CASTELOS
Charles Fonseca

Uma imagem muito estranha
homenagem a quem seria
morena de cor e esguia
estaria em variância?

outra vem no mesmo sonho
o pensamento do pensamento
cartas baralho ao vento
castelos acordo tristonho.

DIFÍCIL. Charles Fonseca. Poesia.

DIFÍCIL
Charles Fonseca

Agora estou em outra margem
Além vila nova no braga
onde a felicidade embriaga
no sonho, conto vantagem,

e quase é dia, acordo,
melhor se fossem todos
debaixo do mesmo toldo
mas não, há sempre o discordo

concorde só no edifício
assim chamado no céu
lugar de leite e mel
na terra, como é difícil!

O que acontece se NÃO APROVAR a previdência???

quinta-feira, março 28, 2019

ESTAFETA. Charles Fonseca. Poesia.

ESTAFETA
Charles Fonseca

Não tem jeito só alegria
toda vez que te vejo é claridade
ainda que distante só a bondade
consigo te desejar que alforria

a mim livre de saudade tanta
e no entanto é prisão perpétua
te querer bem vai, estafeta,
diz deste verso de paixão santa.

Homo Quidam Fecit (Blessed Sacrament, Responsory)

Honda/Fit à venda

Amigos,
Coloco à venda meu HONDA/FIT EXL CVT, 2016/2016, 5P/116CV, BRANCO. 15.600 km. Final da placa terminado em 1. IPVA e RENAVAN pagos. Bancos em couro. Preço: 60.000 reais. Pagamento Cash.
Meu e-mail: silvafonseca@gmail.com
















Pacote de Moro é prioridade zero

Blog do Charles Fonseca: Sermão do bom ladrão. Padre Antônio Vieira

Clique:Blog do Charles Fonseca: Sermão do bom ladrão. Padre Antônio Vieira: Sermão do Bom Ladrão Padre Antonio Vieira. 1655 V Suponho finalmente que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pob...

EVANGELHO DO DIA QUINTA-FEIRA 28 MARÇO

Naquele tempo, Jesus estava a expulsar um demónio que era mudo. Logo que o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada.
Mas alguns dos presentes disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os demónios».
Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu.
Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse: «Todo o reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre casa.
Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios.
Ora, se Eu expulso os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes.
Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós.
Quando um homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em segurança.
Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa.

quarta-feira, março 27, 2019

Constitues Eos (SS. Peter and Paul, Gradual)

Precisamos Unir o Nordeste

Clique:Precisamos Unir o Nordeste


Blog do Charles Fonseca: Sinfonia 40. Beethoven.

Clique: Blog do Charles Fonseca: Sinfonia 40. Beethoven.

FÉ - RELIGIÃO e DEPRESSÃO. PSIQUIATRA MARIA FERNANDA FALA SOBRE ESPIRIT...

O ESTRANHO. Alexandre Marino. Poesia.

O ESTRANHO
Alexandre Marino

Não passas de um intruso nesta manhã de sol,
mesmo que mil olhos abandonem os espelhos
e se acerquem de teu desespero inominado.

Inóspito é o mundo a construir-se à tua volta.
São anticorpos a expulsar o objeto estranho
porque todos os tempos são indecifráveis.

Entregam-te o caos para que o ordenes,
o circo onde duelam felicidades e tragédias,
destroços de vidas para que as reconstruas.

Não há volta ou refúgios para a viagem,
mas um horizonte trancado a chave.
Ali interromperam a tua eternidade.



Despedida do YouTube

terça-feira, março 26, 2019

A MEDICINA. I

Capítulo I

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.

II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.

III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.

IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão.

V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.

VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.

VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente.

VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficiência e a correção de seu trabalho.

IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio.

X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa.

XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei.

XII - O médico empenhar-se-á pela melhor adequação do trabalho ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos riscos à saúde inerentes às atividades laborais.

XIII - O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à vida.

XIV - O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.

XV - O médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Medicina e seu aprimoramento técnico-científico.

XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente.

XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente.

XVIII - O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que contrariem os postulados éticos.

XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, competência e prudência.

XX - A natureza personalíssima da atuação profissional do médico não caracteriza relação de consumo.

XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes, relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas.

XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.

XXIII - Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o médico agirá com isenção e independência, visando ao maior benefício para os pacientes e a sociedade.

XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa.

XXV - Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e integridade.

Tito Madi - CHOVE LÁ FORA - Tito Madi.

Exsurge (Sexagesima Sunday, Introit)

AO LONGE SOBRE UM PORTO CHEIO... Lawrence Ferlinghetti. Poesia.

AO LONGE SOBRE UM PORTO CHEIO...
Lawrence Ferlinghetti


Ao longe sobre um porto cheio
de casas sem calefação
em meio às chaminés de navio
de um telhado mastreado de varais
uma mulher hasteia velas
sobre o vento
expondo seus lençóis matinais
com pregadores de madeira
Oh mamífero adorável
seus seios seminus
arrojam sombras retesadas
quando ela se estica
para pendurar de alma lavada
seu último pecado
mas umidamente sensual
ele se enrola nela
agarrado à sua pele
Capturada assim de braços
erguidos
ela atira a cabeça para trás
numa gargalhada muda
e num gesto espontâneo
espalha então cabelo dourado

enquanto nas inatingíveis paisagens marinhas

entre lonas brancas e enfunadas

sobressaem radiantes os barcos a vapor

para o outro mundo



Blog do Charles Fonseca: "Deus é infinitamente poderoso, mas não nos pode d...

Clique:Blog do Charles Fonseca: "Deus é infinitamente poderoso, mas não nos pode d...

Vexame da Justiça no caso Temer

segunda-feira, março 25, 2019

Pintura. Martino Altomonte.


A composição desta pintura é próxima à de um grande retábulo pintado por Altomonte em 1723-24 para o altar-mor da igreja das Carmelitas (Karmeliterkirche) em Linz.
A pintura é assinada e datada no canto inferior direito: Martino Altomonte / Pinx. Ao. 1737



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

HÁ UMA GOTA DE SANGUE NO CARTÃO POSTAL. Cacaso. Poesia.

HÁ UMA GOTA DE SANGUE
NO CARTÃO POSTAL
Cacaso


eu sou manhoso eu sou brasileiro
finjo que vou mas não vou minha janela é
a moldura do luar do sertão
a verde mata nos olhos verdes da mulata

sou brasileiro e manhoso por isso dentro
da noite e de meu quarto fico cismando na beira
de um rio
na imensa solidão de latidos e araras
lívido
de medo e de amor



O homem da vassoura vem aí

Imagem

A POMBA FOGO APAGOU. Charles Fonseca. Poesia.

A POMBA FOGO APAGOU
Charles Fonseca

pega fogo em Brasília
o verbo está inflamado
os brasís, pobres coitados,
estremecem, a cartilha

já sabem do bê a bá
nem todos curso primário
curso médio tão precário
poucos o universitário

seguro contra o ladrão
não há e em todo lugar
mata e come o carcará
vou-me embora pro sertão

ou então pro Canadá
abrigo só para moços
ilustrados é o trôco
ou idoso aposentado

melhor lá como pobre
que aqui por classe média
café com pão uma média
só pra esmoler no orbe.


Resultado de imagem para imagem pomba fogo apagou

domingo, março 24, 2019

Se não há aliança a anular é uma farsa

Êxito ou fracasso de Bolsonaro - William Waack comenta

História da Igreja Católica 16

História da Igreja Católica 16. Vida de fé e sacramentos Quem vai a Roma atrás de atrações turísticas quase certamente vai querer conhecer as catacumbas, cemitérios subterrâneos na periferia da cidade antiga. Lá os cristãos enterravam seus mortos. Nessas galerias subterrâneas gerações de fiéis oraram pelos seus entes queridos. Nas suas paredes existem várias pinturas relembrando cenas bíblicas: Moisés batendo no rochedo, Daniel na cova dos leões, Jonas saindo das entranhas do peixe ou o Bom Pastor... O rito de iniciação cristã, como já vimos, era o batismo, geralmente ministrado para adultos (só quando o cristianismo se tornar religião majoritária a prática do batismo de crianças será a praxe comum). Os conversos tinham um período de preparação, o catecumenato, durante o qual se preparavam para receber este sacramento. Os que eram aprovados, recebiam o batismo nas correntezas de algum rio. Quando não houvesse rio, era utilizada uma piscina. E, na falta de uma piscina, batizava-se derramando a água sobre a fronte, como se faz hoje em dia em nossas igrejas. Ao receber o batismo o fiel já pode se aproximar da eucaristia, a carne e o sangue de Jesus Cristo. Eucaristia é uma palavra grega que quer dizer "ação de graças". Todos os domingos os cristãos se reuniam na casa de alguém - podia ser a casa de um rico convertido - para celebrar a Santa Missa (o termo missa parece ser oriundo do latim - "ite missa est", "ide, é o fim", dizia o diácono, despedindo os fiéis - e é usado a partir do século IV). Em tempos de perseguição ou no aniversário de morte de um mártir, os fiéis se dirigiam às catacumbas, onde era mais seguro. Faziam-se leituras do Antigo Testamento ou das cartas dos apóstolos. Em seguida o presidente exortava a assembléia, com base na Palavra proclamada. Após esta "homilia", os fiéis faziam suas preces e ofertavam no altar o pão, o vinho e a água. O presidente então dizia preces e ações de graças, repetia as palavras de Jesus na última ceia (consagrando o pão e o vinho), e iniciava a distribuição da Eucaristia. Os diáconos levavam parte do alimento consagrado para os ausentes. Os fiéis mais generosos entregavam suas doações ao presidente, que as dividia entre os orfãos, as viúvas, os doentes, os estrangeiros e encarcerados. Pouco a pouco começa a se organizar um ciclo litúrgico. No segundo século a festa da Páscoa era comemorada anualmente. Jesus era o centro da fé. Orava-se várias vezes ao dia, erguendo-se as mãos e voltando-se para o Oriente, ajoelhando-se, prostrando-se. Orava-se antes das refeições, ao levantar, na hora de dormir, quando se fazia alguma ação especial, enquanto se trabalhava ou antes de sair para visitar alguém. Havia também o costume, herdado dos judeus, de rezar na hora terceira, na hora sexta e na nona. Rezava-se o Pai Nosso, salmos extraídos das Escrituras, hinos, como o Magnificat e o Benedictus, além de orações espontâneas. À medida que o cristianismo crescia em número, aumentavam os casos de fiéis que cediam às tentações da cobiça, da luxúria, da apostasia... A penitência era algo levado muito a sério. Quem pecasse gravemente depois do batismo podia não mais voltar para a comunhão da Igreja. No século II duas correntes se enfrentam: uma mais rigorista e outra mais tolerante. A primeira recusava o perdão em todos os casos, deixando os fiéis em pecado grave entregues à própria sorte. O poder de perdoar, concedido a Pedro e aos demais apóstolos, era usado com muito critério naqueles tempos. No fim do século II, o cristão em pecado grave era obrigado a oferecer algum tipo de reparação para a Igreja. Durante algum tempo era excluído da liturgia eucarística e precisava fazer jejuns, dar esmolas, submeter-se a severas mortificações até o dia em que o bispo lhe concederia a absolvição. O casamento era vivido pelos cristãos com um sentido inteiramente novo. Para eles a relação entre marido e mulher devia refletir a relação entre Cristo e a Igreja. O casamento era um sacramento no qual o mistério do amor humano era assumido e elevado pela graça. Apesar deste caráter sobrenatural, no entanto, não havia nenhuma cerimônia litúrgica especial para o casamento. "Os cristãos se casam como todo mundo", diz a epístola a Diogneto. O aborto e o abandono de crianças, práticas comuns entre os pagãos, eram totalmente condenados. O matrimônio, para os seguidores de Jesus, era indissolúvel. Da maior parte dos papas deste século não restou senão o nome (Evaristo, Alexandre, Sixto, Telésforo, Higino, Pio, Aniceto, Sóter, Eleutério...). Mesmo assim, o primado da Igreja de Roma e do seu bispo, o Sucessor de Pedro, era amplamente reconhecido e aos poucos ia ganhando maior destaque. Embora houvesse várias igrejas espalhadas pelo orbe, todos os fiéis tinham consciência de pertencerem à grande Igreja, a Igreja de Jesus Cristo. "
- Bíblia Católica Online

Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/historia-da-igreja/16/

Caetano Veloso - A filha da Chiquita Bacana [Ao vivo - 1981]

Blog do Charles Fonseca: Eufronio. Pintura.

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Sacred Music From Medieval Spain: The Llibre Vermell And The Cantigas De...

Ansiedade

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DEMO! Charles Fonseca. Poesia.

DEMO!
Charles Fonseca

Desligo, adeus meu celular
meu amado telemóvel
nunca mais contigo, ignóbil,
volto ao abc tabuada

nunca mais emoticon
prefiro um assobio
pra morena fiu fiu
ao vivo abraço bom

com um beijo e ademais
um amasso, quero menos,
tem gente olhando atrás
no coqueirinho, foi, demo!

Diana Panton - Tu sais je vais t´aimer

Hoc Corpus (1st Sunday of the Passion, Communion)

DESVÃOS. Charles Fonseca. Poesia.

DESVÃOS
Charles Fonseca

Estes teus cabelos brancos
junto aos meus encanecidos
revelam juntos os idos
os por vir não são mais tantos
refletem o longo caminho
de vitórias e derrotas
todos são nossa história
caminhos e descaminhos
onde outros a passar vão
não em vão pois é mister
que os trilhem pra quem quer
ir longe, com poucos desvãos.

sábado, março 23, 2019

Temer ficará preso até quarta-feira

Tonico & Tinoco - Chico Mineiro

Blog do Charles Fonseca: TODAS AS COUSAS DO MUNDO TÊM HISTÓRIA. Fernando Pe...

Clique:Blog do Charles Fonseca: TODAS AS COUSAS DO MUNDO TÊM HISTÓRIA. Fernando Pe...: TODAS AS COUSAS DO MUNDO TÊM HISTÓRIA Fernando Pessoa Todas as cousas que há neste mundo Têm uma história, Excepto estas rãs que coaxam...

Alleluia: Jesus Autem (Christ the Eternal High Priest)

OUTRO CACTO. Eduardo Sterzi.

OUTRO CACTO
Eduardo Sterzi

Abstrai, se alcanças, o cacto de Bandeira,
imponente em sua queda de colosso.
Abstrai toda paisagem
e, sobretudo,
toda contaminação
humana.
Pondera o cacto
pequeno,
sem flor mas também sem deserto:
cacto de vaso,
de apartamento:
cacto sem metáfora.
Em sua matriz esquálida,
mas por isso ideal,
molda, a partir de agora,
teu viver —
Tu, forma vaga,
pretensão
de aspereza.



Tom Jobim - Chega de saudade (Ao Vivo em Montreal)

OH VÓS! Charles Fonseca. Poesia.

OH VÓS!
Charles Fonseca

Deus abençoe Magdalena
arrependida. A infâmia,
a injúria, a difamação,
lhe foi soprada dia sim dia não,
entrou de cabeça em cizânia,
chora baixinho ou a plenas
noites ficadas tão longe e só
dias sorri nos outros nem tanto
só sucessores lhe emprestam encanto
quero a paz, repete. Oh Vós!






É direito do médico: I - Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de religião, etnia, sexo, nacionalidade, cor, orientação sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza.

sexta-feira, março 22, 2019

O NOME DA ROSA. Charles Fonseca. Poesia.

O NOME DA ROSA
Charles Fonseca

Não sei o nome da flor
mas ela inspira tristeza
toda ela é beleza
saudade de um grande amor?

Por que és rosa tão negra
qual a asa da graúna
acaso tua alma é bruma
o cravo fugiu-te, princesa?



A imagem pode conter: planta, flor e natureza

“A paz que anunciais com a boca, mais deveis tê-la em vossos corações. Ninguém seja por vós provocado à ira ou ao escândalo, mas todos por vossa mansidão sejam levados à paz, a benignidade e à concórdia. Pois é para isso que fomos chamados: para curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro”.

EP 7 - O Teatro das Tesouras | 2014

QUERO MAIS. Charles Fonseca. Poesia.

QUERO MAIS
Charles Fonseca

Saudade do meu Cuba libre
do Rumba Dancing Days
respeitoso Meia Três
Maciel de baixo estive

a pastorear madrugada
nunca fui ao Taboão
barra pesada, irmão,
Barroquinha a tabuada

me ensinou o carurú
vez em quando vatapá
diabo louro, vai pra lá,
gosto mesmo seio nú

como a asa da graúna
cabelo em pixaim
cheiro forte, ai de mim,
quero fogo pra mais uma.

CHÃO DE ESTRELAS com NELSON GONÇALVES.

MENINA. Charles Fonseca. Poesia.

MENINA
Charles Fonseca

Não há ser igual a esta mulher
ultrapassa o plano físico e é bela
uma alma linda, ai quem me dera,
tê-la sempre ao lado e é mister

que a compreenda altos campinas
arroios cascatas plena rio mar
noite escura ou à luz do luar
aragem ventania, doce menina.

As quatro estações pagando homenagem ao Chronos. Bartolomeo Altomonte. Pintura.


Este esboço de óleo é um estudo para um afresco de teto no salão cerimonial do palácio Neuwartenburg perto de Timelkam / Vocklabruck. O palácio foi construído entre 1730 e 1732 pelo arquiteto Anton Erhard Martinelli (c. 1684-1747) em homenagem ao imperador Carlos VI, que visitou Vocklabruck para ir às falcões.


Ref.: https://www.wga.hu/index1.html



Juravit (Christ the Eternal High Priest, Introit)

PRESTIDIGITAÇÃO. Márcia Maia. Poesia.

PRESTIDIGITAÇÃO
Márcia Maia

sou a que se perdeu
a ausente
e embora esteja quase
sempre aqui
aparentemente presente
não sou eu a que me vêem
— tu e toda essa gente —
mas o esboço
a sombra
o rastro
ou talvez apenas o reflexo
nas águas turvas de junho
da que fui
quando o inverno era
ainda
uma improvável e longínqua
possibilidade



Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade TDAH em Adultos com Ma...

Blog do Charles Fonseca: Guilherme Tell. Escultura.

Clique: Blog do Charles Fonseca: Guilherme Tell. Escultura.

quinta-feira, março 21, 2019

A prisão de Temer e a Politica - William Waack comenta

Blog do Charles Fonseca: Cântico dos Cânticos, 5. Rei Salomão. Poesia..

Clique: Blog do Charles Fonseca: Cântico dos Cânticos, 5. Rei Salomão. Poesia..: Cântico dos Cânticos, 5 Rei Salomão. Venha o meu amado ao seu jardim e saboreie os seus melhores frutos. Já vou ao meu jardim, ó minha ...

Cantate Domino (5th Sunday after Easter, Communion)

O MATRIMÔNIO SOB O REGIME DO PECADO

O MATRIMÔNIO SOB O REGIME DO PECADO

1606. Todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura. Esta desordem pode manifestar-se de um modo mais ou menos agudo e ser mais ou menos ultrapassada, conforme as culturas, as épocas, os indivíduos. Mas parece, sem dúvida, ter um carácter universal.

1607. Segundo a fé, esta desordem, que dolorosamente comprovamos, não procede da natureza do homem e da mulher, nem da natureza das suas relações, mas do pecado. Ruptura com Deus, o primeiro pecado teve como primeira consequência a ruptura da comunhão original do homem e da mulher. As suas relações são distorcidas por acusações recíprocas (106); a atracção mútua, dom próprio do Criador (107), converte-se em relação de domínio e de cupidez (108): a esplêndida vocação do homem e da mulher para serem fecundos, multiplicarem-se e submeterem a terra (109) fica sujeita às dores do parto e do ganha-pão (110).

1608. No entanto, a ordem da criação subsiste, apesar de gravemente perturbada. Para curar as feridas do pecado, o homem e a mulher precisam da ajuda da graça que Deus, na sua misericórdia infinita, nunca lhes recusou (111). Sem esta ajuda, o homem e a mulher não podem chegar a realizar a união das suas vidas para a qual Deus os criou «no princípio».


Catecismo

Nostalgie Française - Les Plus Belles Chansons des Années 20 & 30

Barroco. ALTOBELLO, Francesco Antonio. Pintura.


Biografia

Pintor italiano. Ele recebeu sua primeira formação artística na oficina de Carlo Rosa na Apúlia, embora seus primeiros trabalhos conhecidos, a Sagrada Família (1675; Barletta, Santa Maria della Vittoria) e uma pintura do mesmo assunto atribuída a ele (Barletta, Palazzo Monte di Pietà), revelam a influência de Cesare Fracanzano (c. 1605-1651) e Francesco Cozza (1605-1682).

Altobello provavelmente foi para Nápoles durante a década de 1670 e certamente estava morando lá em 1687. Obras atribuídas a ele a partir deste período são a visão de Santo Inácio (Nápoles, San Ferdinando) e uma Visitação e Visão de São Francisco (c. 1680; ambos Nápoles Santa Maria la Nuova). Mostram sua plena aclimatação ao barroco napolitano, refletindo claramente a monumentalidade de Giovanni Lanfranco, os contrastes tonais de Luca Giordano e o chiaroscuro de Mattia Preti; eles representam a altura do desenvolvimento artístico de Altobello.

Também atribuído ao seu período napolitano é São Jerônimo (Nápoles, Pinacoteca del Pio Monte della Misericordia). Numerosas telas, listadas no inventário de Stefano Carrillo y Salsedo, Regente da Chancelaria Real, não foram localizadas, assim como Danaë e a Chuva de Ouro, que pertenceu aos Orsini, Duques de Gravina, na Puglia.

As últimas obras conhecidas de Altobello são a visão de São Roque (1684; Montella, Santa Maria a Libera) e uma Virgem e Criança (1692; Bitonto, Palazzo Vescovile). Ambos parecem indicar uma regressão estilística, condicionada talvez pelo atraso do clima provincial no qual ele estava trabalhando.



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

Quase silêncio. Ricardo Lima. Poesia.

Quase silêncio
Ricardo Lima


sei que as coisas têm forma
em todos os olhos há como aprendê-las.

sorriso falta,
dezembros são cancelados assim.

nas curtas tônicas da tarde
sei,
há matizes de amor.

e que sujo a unha de roxo
no plano das portas.



Maia chuta Moro

A PROVIDÊNCIA. Charles Fonseca. Poesia.

A PROVIDÊNCIA
Charles Fonseca

Desisto de equações
prefiro vida além lógica
com seus sins e seus senões
decisão escatológica

esta a grande decisão
confesso sou apoucado
mal cozido e mal passado
a providência é meu timão

Roberto Carlos - Cavalgada Especial 2005

Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24a.

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.

quarta-feira, março 20, 2019

Cristóvão Colombo. Cristofano dell' Altissimo. Pintura.


Cristóvão Colombo (c. 1451-1506) foi um navegador, colonizador e explorador cujas viagens através do Oceano Atlântico levaram à consciência geral européia dos continentes americanos no Hemisfério Ocidental. Este retrato foi pintado meio século após a sua morte. Não há certas imagens contemporâneas do navegador, que foi apenas um entre muitos quando ele partiu em navios financiados em parte pelo dinheiro de Medici.



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

GUIAS. Charles Fonseca. Poesia.

GUIAS
Charles Fonseca

Hoje foi dia sem igual
rasguei papéis decenários
pendurados em claviculários
da memória e ao final
ficou aquela sensação
de nada dever ao passado
em carregar tanto atraso
neste meu trilhar mundão
trouxe dele comigo imagens
tão caras, tantos afetos,
que as guardei, novos restos
benditos na minha bagagem
até que chegue o dia,
quem sabe em fria noite
pode ser morna, a foice
a me levar cepa fica
a rebrotar pelas trilhas
nas margens dos meus herdeiros
dos meus amigos brejeiros
ou inimigos sem guias.

Alleluia: Qui Posuit (Mass for Peace)

RELÓGIO DE PONTO. Alberto da Cunha Melo. Poesia.

RELÓGIO DE PONTO
Alberto da Cunha Melo

Tudo que levamos a sério
torna-se amargo. Assim os jogos,
a poesia, todos os pássaros,
mais do que tudo: todo o amor.

De quando em quando faltaremos
a algum compromisso na Terra,
e atravessaremos os córregos
cheios de areia, após as chuvas.

Se alguma súbita alegria
retardar o nosso regresso,
um inesperado companheiro
marcará o nosso cartão.

Tudo que levamos a sério
torna-se amargo. Assim as faixas
da vitória, a própria vitória,
mais do que tudo: o próprio Céu.

De quando em quando faltaremos
a algum compromisso na Terra,
e lavaremos as pupilas
cegas com o verniz das estrelas.



NO CLUBE DOS RICOS

ELIS REGINA - CASA NO CAMPO

Blog do Charles Fonseca: Síndrome da alienação parental, o que é isso? Mari...

Clique: Blog do Charles Fonseca: Síndrome da alienação parental, o que é isso? Mari...: Síndrome da alienação parental, o que é isso? Elaborado em 07.2006. Maria Berenice Dias desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Gra...

Trump e Bolsonaro 2 - William Waack comenta

terça-feira, março 19, 2019

AFAGOS. Charles Fonseca. Poesia.

AFAGOS
Charles Fonseca

Todos os dias são belos
só os que sonho acordado
os a dormir são o fado
inalcançado e espero

quem sabe fruir um dia
ou em fugidia noite
sob ventania em açoite
ou beira mar calmaria

assim preencho a falta
a fazer versos simplórios
musa eterna te imploro
nunca me deixes, me afaga.

Virgo Prudentissima (Assumption, Antiphon)

Trump e Bolsonaro 1 - William Waack comenta

Afrescos em Sant'Antonio, Pádua (1376-79). ALTICHIERO da Zevio.


Esta vista mostra a parede do altar da capela com a Coroação da Virgem (em cima) e a Crucificação (em baixo), bem como a parede nordeste com cenas da Vida de São Jorge. Parte da abóbada de berço, na qual os afrescos sofreram consideravelmente durante os séculos, também pode ser vista.


Ref.: https://www.wga.hu/index1.html
CASO DO VESTIDO
Carlos Drummond de Andrade

Nossa mãe, o que é aquele
vestido, naquele prego?

Minhas filhas, é o vestido
de uma dona que passou.

Passou quando, nossa mãe?
Era nossa conhecida?

Minhas filhas, boca presa.
Vosso pai evém chegando.

Nossa mãe, esse vestido
tanta renda, esse segredo!

Minhas filhas, escutai
palavras de minha boca.

Era uma dona de longe,
vosso pai enamorou-se.

E ficou tão transtornado,
se perdeu tanto de nós,

se afastou de toda vida,
se fechou, se devorou.

Chorou no prato de carne,
bebeu, gritou, me bateu,

me deixou com vosso berço,
foi para a dona de longe,

mas a dona não ligou.
Em vão o pai implorou,

dava apólice, fazenda,
dava carro, dava ouro,

beberia seu sobejo,
lamberia seu sapato.

Mas a dona nem ligou.
Então vosso pai, irado,

me pediu que lhe pedisse,
a essa dona tão perversa,

que tivesse paciência
e fosse dormir com ele...

Nossa mãe, por que chorais?
Nosso lenço vos cedemos.

Minhas filhas, vosso pai
chega ao pátio. Disfarcemos.

Nossa mãe, não escutamos
pisar de pé no degrau.

Minhas filhas, procurei
aquela mulher do demo.

E lhe roguei que aplacasse
de meu marido a vontade.

Eu não amo teu marido,
me falou ela se rindo.

Mas posso ficar com ele
se a senhora fizer gosto,

só para lhe satisfazer,
não por mim, não quero homem.

Olhei para vosso pai,
os olhos dele pediam.

Olhei para a dona ruim,
os olhos dela gozavam.

O seu vestido de renda,
de colo mui devassado,

mais mostrava que escondia
as partes da pecadora.

Eu fiz meu pelo-sinal,
me curvei... disse que sim.

Saí pensando na morte,
mas a morte não chegava.

Andei pelas cinco ruas,
passei ponte, passei rio,

visitei vossos parentes,
não comia, não falava,

tive uma febre terçã,
mas a morte não chegava.

Fiquei fora de perigo,
fiquei de cabeça branca,

perdi meus dentes, meus olhos,
costurei, lavei, fiz doce,

minhas mãos se escalavraram,
meus anéis se dispersaram,

minha corrente de ouro
pagou conta de farmácia.

Vosso pai sumiu no mundo.
O mundo é grande e pequeno.

Um dia a dona soberba
me aparece já sem nada,

pobre, desfeita, mofina,
com sua trouxa na mão.

Dona, me disse baixinho,
não te dou vosso marido,

que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido,

última peça de luxo
que guardei como lembrança

daquele dia de cobra,
da maior humilhação.

Eu não tinha amor por ele,
ao depois amor pegou.

Mas então ele enjoado
confessou que só gostava

de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas,

fiz toda sorte de dengo,
no chão rocei minha cara,

me puxei pelos cabelos,
me lancei na correnteza,

me cortei de canivete,
me atirei no sumidouro,

bebi fel e gasolina,
rezei duzentas novenas,

dona, de nada valeu:
vosso marido sumiu.

Aqui trago minha roupa
que recorda meu malfeito

de ofender dona casada
pisando no seu orgulho.

Recebei esse vestido
e me dai vosso perdão.

Olhei para a cara dela,
quede os olhos cintilantes?

quede graça de sorriso,
quede colo de camélia?

quede aquela cinturinha
delgada como jeitosa?

quede pezinhos calçados
com sandálias de cetim?

Olhei muito para ela,
boca não disse palavra.

Peguei o vestido, pus
nesse prego da parede.

Ela se foi de mansinho
e já na ponta da estrada

vosso pai aparecia.
Olhou para mim em silêncio,

mal reparou no vestido
e disse apenas: Mulher,

põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou,

comeu, limpou o suor,
era sempre o mesmo homem,

comia meio de lado
e nem estava mais velho.

O barulho da comida
na boca, me acalentava,

me dava uma grande paz,
um sentimento esquisito

de que tudo foi um sonho,
vestido não há... nem nada.

Minhas filhas, eis que ouço
vosso pai subindo a escada.



Caetano Veloso - Carolina

Blog do Charles Fonseca: O FALECIDO MATTIA PASCAL. Pirandello

Clique: Blog do Charles Fonseca: O FALECIDO MATTIA PASCAL. Pirandello: O FALECIDO MATTIA PASCAL Pirandello "Cada objeto, em nós, costuma transformar-se consoante as imagens que evoca e agrupa, por assim ...

Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24a.

Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Quando despertou do sono, José fez como lhe ordenara o Anjo do Senhor.

Blog do Charles Fonseca: Nelson Gonçalves - Carlos Gardel. Música

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segunda-feira, março 18, 2019

TIMÃO. Charles Fonseca. Poesia.

TIMÃO
Charles Fonseca

De que foge o jovem calado
onde procura socorro em torno
o que achou volta ao renovo
do seu passado não enterrado

só o que não foi repensado
foi recalcado fantasia
sublima errado agonia
parece feliz, pobre coitado,

assim é assim será vão
aqui tá fundo aqui tá raso
vau ou perau barco furado
rodopia nau sem timão

Kate Ryan - La Promesse com Legenda em PT e FR

Benedicta Es Tu (Immaculate Conception, Gradual)

História da Igreja Católica. 13

13. Perseguições do 2º século - a gesta dos mártires Os Antoninos, Adriano (117-138), Antonino Pio (138-161) e Marco Aurélio (161-180) não fizeram mudanças na legislação anticristã. Esporadicamente eclodiam novas perseguições e a Igreja ganhava novos mártires. Muitas vezes era a turba que, fanatizada, levada pela inveja ou pelo patriotismo, denunciava e entregava os cristãos ao poder público. Na Gália temos os mártires de Lyon, em 177. Uma revolta popular arrastou para a morte cinqüenta cristãos, entre eles Potino, o bispo, que contava na ocasião 90 anos, o diácono Sanctus e a escrava Blandina. Esta última suportou com incrível coragem inúmeros tormentos antes de entrar no repouso de Cristo. Depois de queimarem os corpos dos mártires, lançaram suas cinzas no Ródano. Os algozes comentavam, em tom de zombaria: "Vejamos se agora o seu Deus os ressuscita". Em Roma temos a pequena Cecília. Jovem, de família nobre, quis consagrar-se a Cristo e fez voto de virgindade. O cutelo do carrasco precisou ser usado várias vezes antes de conseguir tirar-lhe a vida. Também muitos papas morreram mártires ao longo do século II. Em Scili, na África, doze fiéis foram presos. O interrogatório ao qual foram submetidos ficou registrado para a História. Todos receberam a coroa do martírio. Não se deve imaginar, no entanto, que os mártires não tinham medo das torturas e da morte. Muitos cristãos preferiram renegar a própria fé, caindo na apostasia, a morrer por Cristo. Porém, "o sangue dos mártires é semente de cristãos" (Tertuliano). A coragem dos que preferiam o Senhor à própria vida ajudava na propagação da fé."


Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/historia-da-igreja/13/

DANDARA. Iracema Macedo. Poesia.

DANDARA
Iracema Macedo

Eu só acreditava em Drummond:
o amor chega tarde
Não conhecia o amor que fulgura sem aviso
esse que se sabe proibido
o amor que já se sabe perdido desde o início
Eu não acreditava no impossível
vinha tão sóbria, tão cheia de medidas
não conhecia o esplendor da queda
nem a violência dos abismos



A família medieval

Blog do Charles Fonseca: Ne me quitte pas.

Clique:Blog do Charles Fonseca: Ne me quitte pas.

Carinhoso (Pixinguinha) - Orlando Silva

GOZOSOS. Charles Fonseca. Poesia.

GOZOSOS
Charles Fonseca

Longe de ti em meu corpo físico
tu no meu na imagem surreal
tanta a emoção que sem igual
pra tanto amor em mim um tanto tísico

fico a pensar como é bom
estar distante em fogo lento
a crepitar sozinho ao relento
à espera do teu no mesmo tom

vamos a viver assim saudosos
até que subam labaredas
abrace as tuas macias tetas
do norte em ti, ao sul gozosos.

domingo, março 17, 2019

Lindos


Depois do tiro na Lava Jato um churrasco

Gaudeamus Omnes (All Saints, Introit)

O ataque de Gilmar Mendes a Deltan Dallagnol

INFERNO. Dante Alighieri. Poesia.

INFERNO
Dante Alighieri

CANTO I (trecho inicial)


No meio do caminho desta vida
me vi perdido numa selva escura,
solitário, sem sol e sem saída.

Ah, como armar no ar uma figura
desta selva selvagem, dura, forte,
que, só de eu a pensar, me desfigura?

É quase tão amargo como a morte;
mas para expor o bem que encontrei,
outros dados darei da minha sorte.

Não me recordo ao certo como entrei,
tomado de uma sonolência estranha,
quando a vera vereda abandonei.

Sei que cheguei ao pé de uma montanha,
lá onde aquele vale se extinguia,
que me deixara em solidão tamanha,

e vi que o ombro do monte aparecia
vestido já dos raios do planeta
que a toda gente pela estrada guia.

Então a angústia se calou, secreta,
lá no lago do peito onde imergira
a noite que tomou minha alma inquieta;

e como náufrago, depois que aspira
o ar, abraçado à areia, redivivo,
vira-se ao mar e longamente mira,

o meu ânimo, ainda fugitivo,
voltou a contemplar aquele espaço
que nunca ultrapassou um homem vivo.


(...)



7 Fatos sobre suicídio | Psiquiatra Fernando Fernandes

A SILVANA. Charles Fonseca. Poesia.

A SILVANA
Charles Fonseca

Parabéns pra você muito amada
para os pais por consequência
de te acolher na adolescência
desde a tua vida chegada

parabéns pelos que recebeste
que sejam acolhidos também
desde sempre e até mais além
junto aos teus na vida celeste.

Evangelho segundo S. Lucas 9,28b-36.

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, João e Tiago e subiu ao monte, para orar.
Enquanto orava, alterou-se o aspeto do seu rosto e as suas vestes ficaram de uma brancura refulgente.
Dois homens falavam com Ele: eram Moisés e Elias,
que, tendo aparecido em glória, falavam da morte de Jesus, que ia consumar-se em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele.
Quando estes se iam afastando, Pedro disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que estava a dizer.
Enquanto assim falava, veio uma nuvem que os cobriu com a sua sombra; e eles ficaram cheios de medo, ao entrarem na nuvem.
Da nuvem saiu uma voz, que dizia: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O».
Quando a voz se fez ouvir, Jesus ficou sozinho. Os discípulos guardaram silêncio e, naqueles dias, a ninguém contaram nada do que tinham visto.

Sergio Reis - Canoeiro

sábado, março 16, 2019

Caetano Veloso - Cancão De Amor

AUTORAMA. Charles Fonseca. Poesia.

AUTORAMA
Charles Fonseca

Uma senhora encurvada
um casal petit gateau
a trocar juras de amor
outra a face empinada

passa agora uma ruiva
uma mãe bebê ao colo
quero mamar se não choro
uma morena tatoo

que se passa nestes peitos
quem esconde o seu drama
neste shopping autorama
coração jogado ao eito?

In Medio Ecclesiae (Common of Doctors, Introit)

DEPOIS EU CONTO Charles Fonseca

DEPOIS EU CONTO
Charles Fonseca

Joguei fora pasta rosa
sintoma de clã ausente
lá do passado fui crente
d'um incrível arquivo prosa

morei num sobrado rosa
sede de um assassinato
mal assombrado passado
uma puta vaidosa

ali fazia seu ponto
uma potranca mísera
roubava até a víscera
desta depois eu conto.

A paciência é a companheira da sabedoria

Lindos


Blog do Charles Fonseca: Em tempos de guerra. Goya.

Clique:Blog do Charles Fonseca: Em tempos de guerra. Goya.

Lindo

AS PALAVRAS. Eugénio de Andrade. Poesia.

AS PALAVRAS
Eugénio de Andrade

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam;
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?



Evangelho segundo S. Mateus 5,43-48.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ouvistes que foi dito: "Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo".Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem,para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus; pois Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover sobre justos e injustos.Se amardes aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem a mesma coisa os publicanos?E se saudardes apenas os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não o fazem também os pagãos?Portanto, sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito»

sexta-feira, março 15, 2019

O império da toga

Quem está ouvindo pouco também deve consultar o neurologista

Lindo

Evangelho segundo S. Mateus 5,20-26.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se a vossa justiça não superar a dos escribas e fariseus, não entrareis no reino dos Céus.Ouvistes que foi dito aos antigos: "Não matarás; quem matar será submetido a julgamento".Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra o seu irmão será submetido a julgamento. Quem chamar imbecil a seu irmão será submetido ao Sinédrio, e quem lhe chamar louco será submetido à geena de fogo.Portanto, se fores apresentar a tua oferta ao altar e ali te recordares que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,deixa lá a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e vem depois apresentar a tua oferta.Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto vais com ele a caminho, não seja caso que te entregue ao juiz, o juiz ao guarda, e sejas metido na prisão.Em verdade te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».

A CAMISOLA DO DIA NELSON GONÇALVES HD 1080

FAZ DE CONTA. Charles Fonseca. Poesia.

FAZ DE CONTA
Charles Fonseca

Me escondem um assassino
morre em mim a certeza
de o saber, que tristeza,
eu sei, não sou asinino,

escondem por caridade
uma cortina silêncio
e tudo por um convênio
me livram já tenho idade

de não querer confissões
já alcancei por idade
esquecer por piedade
um faz de conta em senões.

Cristo na cruz entre Maria e São João. ALTDORFER, Albrecht. Pintura.


Keeling em oração sob a cruz são as pequenas figuras do casal desconhecido que doou este painel de crucificação, que teria pendurado acima da tumba da família em uma igreja ou claustro de Regensburg. Aos pés da cruz, onde em outras obras desse tipo se encontra o crânio de Adão, que se diz ter sido enterrado no Gólgota e cujos pecados Cristo expia pela sua morte, é o seu brasão de armas, com um hexagrama. De cada lado de Cristo, que não é representado de maneira idealizada, mas com os sinais de seus ferimentos, a paisagem se estende para longe.



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

TRÉGUA. Charles Fonseca. Poesia.

TRÉGUA
Charles Fonseca

Já versei sobre a varanda
o meu pai disse também
quero morrer o além
é melhor que este drama

não, meu pai de bondade,
a viver ainda há muito
não agora tu defunto,
longe o mar, te quero em idade

de ver netos bisnetos
a ti prestando homenagem
mais que eu meio à voragem
alegria não me negue;

lembranças filtradas em névoa
de todos os naipes de cores
dias felizes, de horrores,
destes, enfim, quero trégua.

Vocem Jucunditatis (Fifth Sunday after Easter, Introit)

AO MENOS. Charles Fonseca. Poesia.

AO MENOS
Charles Fonseca

Cada vez mais pareço com o pai
um tanto atrasado podia ser antes
a lhe retribuir muito e mais diante
de tanta ternura bondade paz

cada vez menos sou completo em tudo
muito queria deixei já para trás
jaz cada vez mais ódio quero a paz
só teu amor desejo contudo

o pouco que me deres já é pleno
olhar, toque, abraço, beijo,
o que vier a mais também almejo
verso vai-te, espero ao menos.

quinta-feira, março 14, 2019

O JOGO. Charles Fonseca. Poesia.

O JOGO
Charles Fonseca

Tu que o viste em palácios
em castelos de cartas no ar
no encandeado ao luar
fundo do céu azul em posfácio

digo a ti, tudo ilusão,
a doirar imagem vil metal
ao desalento tudo ao final
louco jogo, os pés pelas mãos.

Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração.

Uriel em pé ao sol. Washington Allston. Pintura.


Pintor e escritor americano, considerado a mais importante personalidade artística da primeira geração do romantismo nos EUA. Samuel Taylor Coleridge, que o conheceu em Roma e cujo retrato Allston pintou (National Portrait Gallery, Londres), o considerou "um homem de ... alto e raro gênio ... se eu o contemplo no caráter de um Poeta, um Pintor, ou um analista filosófico.

Filho de uma proeminente plantação de descendência inglesa na Carolina do Sul, ele começou a desenhar por volta dos seis anos e mudou-se para a casa de seu tio em Newport, RI, aos oito anos de idade. Lá, ele entrou em contato com o pintor de retratos Samuel King, mas foram os retratos expostos de Robert Edge Pine que lhe ofereceram modelos inspiradores de vitrificação e coloração.

Allston passou sua vida trabalhando em Boston, além de duas longas visitas à Europa: durante a primeira, de 1801 a 1808, estudou com Benjamin West na Royal Academy, visitando depois a França com John Vanderlyn; a segunda estadia na Inglaterra foi de 1811 a 1818. Até c. 1818 seu romantismo expressou-se no grandioso e dramático, e suas grandes telas exploraram os aspectos misteriosos, monumentais e terríveis da natureza {The Rising of a Thunderstorm at Sea, Museu de Belas Artes, Boston, 1804). Em seu período posterior, ele foi um precursor da tendência subjetiva e visionária na pintura de paisagem americana, que se baseava mais no humor e no devaneio do que na observação ou no drama, como em sua famosa Paisagem ao Luar (Museum of Fine Arts, Boston, 1819). Através de seu pupilo Morse esse tipo de pintura de paisagem tornou-se indígena para os EUA.

Os escritos de Allston incluíam poesia, um romance gótico intitulado Monaldi (1841) e o postumamente publicado Lectures on Art (1850).



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

Quem mandou matar Marielle e Bolsonaro?

Blog do Charles Fonseca: A falta de justiça. Ruy Barbosa. Prosa.

Clique:Blog do Charles Fonseca: A falta de justiça. Ruy Barbosa. Prosa.: VERGONHA "A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidade...

quarta-feira, março 13, 2019

FEIRA DA FODA. Charles Fonseca. Poesia.

FEIRA DA FODA
Charles Fonseca

Não vou à feira da foda
tão comum em Portugal
prefiro algo frugal
no escurinho na porta

da cozinha do banheiro
porta da rua janela
nós dois e eu em ela,
ela em mim baixo chuveiro

beira mar ou Alagoas
no sertão ladeira acima
ela sabe, sobe, empina,
desmaios nós dois à toa.

A CAROCHINHA. Charles Fonseca. Poesia.

A CAROCHINHA
Charles Fonseca

Uma voz enternecida
suave doce melosa
conta estória primosa
caridade primitiva

daquela de antigos cristãos
antes do capitalismo
industrial, joio e trigo,
agora oremos irmãos

pelos irmãos retardados
também inocentes úteis
de saber docente fúteis
são como paus mandados.

5 Fatos sobre Medicações psiquiátricas | Psiquiatra Fernando Fernandes

À MEIA. Charles Fonseca. Poesia.

À MEIA
Charles Fonseca

Esta rosa de tez negra
ofereço às matrizes
mães de leite nutrizes
filhos brancos bancos meia

Que fizeram das iaiás
filhas do branco opressor
parceiras do mais amor,
mulheres vindas da África.

Nelson Gonçalves- Caminhemos

Alleluia: Dominus in Sina (Ascension)

O Gordo e o Magro Dublado(AIC) Noite de Paz(Herança Assombrada)[restaurado]

Não é por coincidência que o pai do filho pródigo não o era.

terça-feira, março 12, 2019

Judith with the Head of Holofernes. ALLORI, Cristofano


Judith com o chefe de Holofernes foi descrito como o mais célebre de todas as imagens de seicento florentino. Existe em numerosas versões, sendo a mais conhecida a que no Palazzo Pitti, Florença, pintou para o Grão-Duque Cosimo II. A primazia da versão na Coleção Real, no entanto, depende principalmente da vivacidade da caracterização, do frescor da coloração e das numerosas mudanças efetuadas durante o curso da pintura, mesmo depois de vários desenhos preparatórios terem sido feitos. Muitas dessas mudanças são visíveis a olho nu e estão de acordo com as primeiras descrições dos métodos de trabalho de Allori. Em contrapartida, a versão no Palazzo Pitti é mais flexível e mais segura, como resultado de seguir um design estabelecido.

A reputação da pintura é derivada do aspecto autobiográfico do tratamento do sujeito, conforme relatado por Filippo Baldinucci (1625-96) em seu "Notizie de 'professori del disegno da Cimabue in qua". Baldinucci registra que Allori era essencialmente um libertino que era dado a ataques ocasionais de piedade. Quanto ao assunto do quadro atual, ele afirma que a figura de Judith é um retrato do amante dos pintores, Maria di Giovanni Mazzafirri (falecido em 1617), conhecido como 'La Mazzafirra', que as características do servo são as da mãe de La Mazzafirra, e que o chefe dos Holofernes decapitados é um auto-retrato do artista. Em essência, a composição comemora uma ligação infeliz e simboliza o sofrimento que Allori experimentou nas mãos de La Mazzafirra.

A história da heroína judia Judith, que salva as pessoas da sua cidade, os habitantes de Bethul, cortando a cabeça do general assírio Holofernes, está registrada no Livro de Judith, encontrado em Os apócrifos. O assunto era frequentemente representado, às vezes como uma narrativa direta, às vezes com um significado alegórico (geralmente político). O duplo sentido da pintura de Allori é confirmado por um poema de Giovanbattista Marino (La Galena, 1619), escrito em Paris, onde ele viu uma das versões. Marino escreve que Holofernes é morto duas vezes, primeiro pelos dardos de Cupido e depois pela espada. É um tema que continua na literatura, certamente até La Belle Dame sans Merci, de John Keats. As artistas femininas Lavinia Fontana e Artemisia Gentileschi se descreveram como Judith, e há um elemento autobiográfico na Judith por Jacopo Ligozzi de 1602 (Florença, Palazzo Pitti). Oportunidades semelhantes surgiram no tratamento dos temas de David e Salomé. Caravaggio, por exemplo, no Davi e em Golias, datado de 1605-06 (Roma, Galleria Borghese), usou suas próprias feições para a cabeça de Golias. Esta última é uma composição que Allori conhecia.


Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

O CHARCO. Charles Fonseca. Poesia.

O CHARCO
Charles Fonseca

Parte dos eventos são bobos
também os nossos pensamentos
pré reflexivos tormentos
quer em palácios ou toldos

os gozosos ora são parcos
raros os que nos elevam
mais ainda os que nos levam
ao além do infinito. O charco.

MILTON NASCIMENTO " CALIX BENTO "

O urso e a raposa. Esopo.

O urso e a raposa
Um urso passava o tempo contando como gostava dos homens.
- Não vou lá perturbar nem estraçalhar os homens - disse ele.
A raposa respondeu com um sorriso:
- Eu ia ficar mais convencida com sua bondade se você não comesse eles vivos!

Moral da Estória:
Mais vale ter pena dos vivos do que respeito com os mortos.

Esopo

Soneto do amor total Vinicius de Moraes

Ad Te Levavi (First Sunday of Advent, Introit)

As Caras do Governo - William Waack comenta

PIEDADE. Charles Fonseca. Poesia.

PIEDADE
Charles Fonseca

Uma dama em negra veste
se recolhe a meditar
o que perdeu o que virá
o que fica, a noite desce,

de si própria tem saudade
tem dó de si e do outro
em transtorno, há retorno,
ida ou volta, piedade?




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segunda-feira, março 11, 2019

Nada tenho a te mandar a não ser uma noite boa sonhos dourados à toa barco em remanso. Luar.

SÓ AGORA. Charles Fonseca. Poesia.

SÓ AGORA
Charles Fonseca

Foi tanta a sua loucura
que agarrei a suicida
desta pra outra vida
vate silente augura

muitos anos adiante
ver que ainda há progresso
no haver, agora verso,
mais que dever a jusante

desta vida que é qual rio
que tem a sua nascente
chega ao mar e depoente
tem seu leito. Agora eu rio.

Blog do Charles Fonseca: Michelangelo. Pintura.

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TRÉGUA. Charles Fonseca. Poesia.

TRÉGUA
Charles Fonseca

Já versei sobre a varanda
o meu pai disse também
quero morrer o além
é melhor que este drama

não, meu pai de bondade,
a viver ainda há muito
não agora tu defunto,
longe o mar, te quero em idade

de ver netos bisnetos
a ti prestando homenagem
mais que eu meio à voragem
alegria não me negue;

lembranças filtradas em névoa
de todos os naipes de cores
dias felizes, de horrores,
destes, enfim, quero trégua.



L'investiture de Thomas Becket en 1162

domingo, março 10, 2019

RECONVEXO. Charles Fonseca. Poesia.

RECONVEXO
Charles Fonseca

Como pôde ter um lar
concorde com os desenganos
estando em tantos planos
e mesmo assim ser feliz lá?

como pôde ser estágio
de uma vida ser um terço
tantos frutos em apreço
ao final foi fogo fátuo?

pôde como ser reverso
de um sonho em vivo morto
morto e vivo noutro em torno
de motivo reconvexo?

Aula de Francês #01 | Francês Básico

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

1601. «O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os baptizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento» (93) .

I. O matrimónio no desígnio de Deus

1602. A Sagrada Escritura começa pela criação do homem e da mulher, à imagem e semelhança de Deus (94), e termina com a visão das «núpcias do Cordeiro» (Ap 19, 9) (95). Do princípio ao fim, a Escritura fala do matrimónio e do seu «mistério», da sua instituição e do sentido que Deus lhe deu, da sua origem e da sua finalidade, das suas diversas realizações ao longo da história da salvação, das suas dificuldades nascidas do pecado e da sua renovação «no Senhor» (1 Cor 7, 39), na Nova Aliança de Cristo e da Igreja (96).

O MATRIMÓNIO NA ORDEM DA CRIAÇÃO

1603. «A íntima comunidade da vida e do amor conjugal foi fundada pelo Criador e dotada de leis próprias [...]. O próprio Deus é o autor do matrimónio» (97). A vocação para o matrimónio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, tais como saíram das mãos do Criador. O matrimónio não é uma instituição puramente humana, apesar das numerosas variações a que esteve sujeito no decorrer dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Tais diversidades não devem fazer esquecer os traços comuns e permanentes. Muito embora a dignidade desta instituição nem sempre e nem por toda a parte transpareça com a mesma clareza (98), existe, no entanto, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união matrimonial. Porque «a saúde da pessoa e da sociedade está estreitamente ligada a uma situação feliz da comunidade conjugal e familiar» (99).

1604. Deus, que criou o homem por amor, também o chamou ao amor, vocação fundamental e inata de todo o ser humano. Porque o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (100) que é amor (1 Jo 4, 8.16). Tendo-os Deus criado homem e mulher, o amor mútuo dos dois torna-se imagem do amor absoluto e indefectível com que Deus ama o homem. É bom, muito bom, aos olhos do Criador (101). E este amor, que Deus abençoa, está destinado a ser fecundo e a realizar-se na obra comum do cuidado da criação: «Deus abençoou-os e disse-lhes: "Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a"» (Gn 1, 28).

1605. Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, afirma-o a Sagrada Escritura: «Não é bom que o homem esteja só» (Gn 2, 18). A mulher, «carne da sua carne» (102), isto é, sua igual, a criatura mais parecida com ele, é-lhe dada por Deus como uma ,auxiliar» (103), representando assim aquele «Deus que é o nosso auxílio» (104). «Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher: e os dois serão uma só carne» (Gn 2, 24). Que isto significa uma unidade indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, «no princípio», o desígnio do Criador (105): «Portanto, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6).


Catecismo

Roberto Carlos - Café da Manhã (Vídeo Ao Vivo)

Blog do Charles Fonseca: CABELOS BRANCOS - SILVIO CALDAS E OS BOÊMIOS DA CI...

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Qui Sedes Domine (Third Sunday of Advent, Gradual)

Globo Rural – Edição de 10/03/2019

EP 2 - O Teatro das Tesouras | 1994

Blog do Charles Fonseca: Paulinho da Viola - Foi Um Rio Que Passou Em Minha...

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The Banquet of Syphax. Pintura.


O Banquete de Syphax, de Allori, está localizado na longa parede do Salone, que contém O Retorno de Cícero, de Franciabigio, a Roma. Allori colocou o evento em um grande salão com colunas que se abre para uma paisagem. Ele talvez tenha encontrado sua inspiração na pintura veneziana, em particular, nas representações de banquetes de Paolo Veronese.

Syphax era um rei da antiga tribo númida Masaesyli da Numídia Ocidental durante o último quartel do século III aC. Sua história é contada em Liv's Ab Urbe Condita (escrito de 27 a 25 aC). Em seu vigésimo oitavo livro, Livy registra que Cipião, vindo de Cartago, ficou surpreso ao encontrar Asdrúbal, que se retirara da Espanha antes dos romanos, na corte do príncipe Syphax, da Numídia. Seu anfitrião ficou lisonjeado por ambos os combatentes terem procurado seu apoio. Ele convidou Cipião e Asdrúbal para compartilhar uma refeição, onde a cena retratada por Allori ocorreu. Os dois inimigos amargos tomaram sua refeição no mesmo triclínio.



Ref.: https://www.wga.hu/index1.html

Evangelho segundo S. Lucas 4,1

Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão.
Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome.
O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão».
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’».
O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra
e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser.
Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu».
Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’».
Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo,
porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’;
e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’».
Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’».
Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

"E agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer e te querendo eu vou tentando te encontrar"

sábado, março 09, 2019

1 Erro Clássico de Quem Aprende Francês Sozinho

Nikolaiev, o Adélio de Stalin

Populus Sion (Second Sunday of Advent, Introit)

Evangelho segundo S. Lucas 5,27-32.

Naquele tempo, Jesus viu um publicano chamado Levi, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-Me».
Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu Jesus.
Levi ofereceu-lhe um grande banquete em sua casa. Havia grande número de publicanos e de outras pessoas com eles à mesa.
Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo aos discípulos: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?»
Então Jesus, tomando a palavra, disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam».

Francês Analisa Bradley Cooper Falando em Francês | Jérôme Guinet

Assumption of the Virgin. Pintura.


Nascido em Correggio, uma pequena cidade equidistante entre Mântua e Parma, no norte da Itália, de onde tira seu nome, Antonio Allegri é agora talvez o menos conhecido dos grandes pintores do Renascimento italiano. Suas obras mais importantes - abóbadas e cúpulas inovadoras e muitos retábulos - permanecem em Parma, a cidade natal de seu seguidor, Parmigianino. Apenas um número relativamente pequeno de outras imagens religiosas, dois quadros alegóricos e seis pinturas eróticas do artista sobre temas mitológicos - incluindo "A Escola do Amor" - para Federigo II Gonzaga, Senhor de Mântua, entraram em grandes museus europeus. Se um pintor tão talentoso e influente como Correggio foi empregado em um centro artístico mais autoconsciente e autopublicado, como Florença ou Roma, ele certamente teria sido melhor documentado em sua vida. Se Parma ainda estivesse na rota turística, como era no século mais agradável do Grande Turismo, ele poderia ser mais conhecido hoje. Poucos dos milhões de visitantes a Roma agora percebem, por exemplo, que a grande cúpula barroca e as abóbadas das igrejas da cidade, inundadas de luz celestial e multidão de santos e anjos, emulam os afrescos de Correggio de cem anos antes, através da agência de Lanfranco, um pintor de Parma. Igualmente, a sensualidade lúdica da arte rococó do século XVIII deve muito às pinturas de cavalete de Correggio nas coleções reais francesas.

O afresco da Assunção da Virgem na cúpula da catedral de Parma marca o culminar da carreira de Correggio como pintor de murais. Este afresco (uma pintura em gesso com pigmentos solúveis em água) antecipa o estilo barroco da pintura do teto dramaticamente ilusionista. Toda a superfície arquitetônica é tratada como uma única unidade pictórica de vastas proporções, igualando a cúpula da igreja à abóbada celeste. A maneira realista como as figuras nas nuvens parecem se projetar no espaço dos espectadores é um uso audacioso e surpreendente para o tempo do escorço.


Ref.: https://www.wga.hu/index1.html