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terça-feira, novembro 13, 2018

POR ENQUANTO. Charles Fonseca. Poesia.

POR ENQUANTO
Charles Fonseca

Pra quem esteve nas garras
foi presa joão ninguém
por amar quem foi alguém
hoje liberto de amarras

Ainda restam sementes
trazidas lá do passado
ervas daninhas, coitado,
teimam ainda serpentes

Aves de rapinagem
eu pomba arribaçã
ruflo asas pro amanhã
descortino só paisagem

Passagem desta que é boa
pra outra ainda melhor
antes de dar o corpo ao pó
que saudade, fico à toa

A pensar nos que eu amo
na mulher de todo o dia
eu e ela na alforria
ela e eu nós por enquanto.

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