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segunda-feira, novembro 05, 2018

FANAL. Charles Fonseca. Poesia.

FANAL
Charles Fonseca

Dá pena estar por refém
de vingança extemporânea
fico à beira litorânea
olho o mar vejo ninguém

Olho em terra e há algoz
a mirar eu já liberto
das garras destino certo
cego surdo mudo a sós

Estou além da fronteira
do mar do céu ou da terra
o afeto em mim se encerra
nova paz por derradeira

Num plano espiritual
no mais além o aquém só
rasteja, serpente ao pó,
em mim há norte fanal.

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