NO CAIS SOLIDÃO
Charles Fonseca
Há muitos vivos já mortos
outros há mortos que vivos
são almas jarros partidos
ficados em trincas postos
A viver no mundo à toa
a morrer em vida falsa
no cais solidão qual balsa
atados a popa e proa
A espera de ilusão
de amor em vão minguado
vivo morto no passado
barco sem leme timão.
sábado, setembro 15, 2018
NO CAIS SOLIDÃO. Charles Fonseca. Poesia.
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