SAUDADES DE SALVADOR
Charles Fonseca
Saudades de Salvador
Da baixa dos Sapateiros
Das ruelas eu trigueiro
Adentrando inda em flor
A minh’alma entre opostos
Da pureza servidão
Da lascívia amplidão
Do sim do não propostos
Saudades do Pelourinho
Subida descida então
Na ida sobe o cristão
Na volta não mais arminho
Ai Forte de meu São Pedro
Tão fraco a ti cheguei
À Sião tão falsa grei
Só irmão rico segredo
Continhas em ti tão pobres
Arroubos da arrogância
Ai roubos da tarda infância
Ai pobres ricos esnobes
Graça tu bairro tão nobre
Rico em tantas ilusões
Tu plebe em ti senões
O falso ouro te cobre
Vou-me embora salvo a dor
Ficarei de ti distante
Dos desalmados instantes
Do infiel impostor
Destino do falso sonho
Vou-me embora Aracajú
Em teu lugar não mais tu
Salvador és-me bisonho.
quarta-feira, fevereiro 28, 2018
SAUDADES DE SALVADOR. Charles Fonseca. Poesia.
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terça-feira, fevereiro 27, 2018
Homilia Diária.781: São Gabriel de Nossa Senhora das Dores (27 de fevere...
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Não sou amigo de quem te magoou
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Charles Fonseca
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Parque do Ibirapuera. São Paulo.
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SAUDADE ( I ). Charles Fonseca. Poesia
SAUDADE ( I )
Charles Fonseca
Saudade é se ter no presente
Por ora o passado a limpo,
É viver o futuro indo
Pra trás, a amada ausente.
É morrer e ainda estar vivo,
É sofrer quando ainda há gozo,
É sorrir ainda com choro,
É chorar sem o paraíso.
Charles Fonseca
Saudade é se ter no presente
Por ora o passado a limpo,
É viver o futuro indo
Pra trás, a amada ausente.
É morrer e ainda estar vivo,
É sofrer quando ainda há gozo,
É sorrir ainda com choro,
É chorar sem o paraíso.
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Louis Armstrong - When The Saints Go Marching In
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Meios para receber formação cristã
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Quanto mais escura a noite, mais carrega em si a madrugada. Don Helder Câmara
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Fotografia. Julia Abreu.
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segunda-feira, fevereiro 26, 2018
Provérbios, 27
1.Não te gabes do dia de amanhã porque não sabes o que ele poderá engendrar. 2.Que seja outro que te louve, não a tua própria boca; um estranho, não teus próprios lábios. 3.Pesada é a pedra, pesada a areia, mais pesada ainda é a cólera de um tolo. 4.Crueldade do furor, ímpetos da cólera: mas quem pode suportar o ciúme? 5.Melhor é a correção manifesta do que uma amizade fingida. 6.As feridas do amigo são provas de lealdade, mas os beijos do que odeia são abundantes. 7.Saciado o apetite, calca aos pés o favo de mel; para o faminto tudo o que é amargo parece doce. 8.Um pássaro que anda longe do seu ninho: tal é o homem que vive longe da sua terra. 9.Azeite e incenso alegram o coração: a bondade de um amigo consola a alma. 10.Não abandones teu amigo, o amigo de teu pai; não vás à casa do teu irmão em dia de aflição. Vale mais um vizinho que está perto, que um irmão distante. 11.Sê sábio, meu filho, alegrarás meu coração e eu poderei responder ao que me ultrajar. 12.O homem prudente percebe o mal e se põe a salvo; os imprudentes passam adiante e agüentam o peso. 13.Toma a sua veste, porque ficou fiador de outrem, exige o penhor que deve aos estrangeiros. 14.Quem, desde o amanhecer, louva seu vizinho em alta voz é censurado de o ter amaldiçoado. 15.Goteira que cai de contínuo em dia de chuva e mulher litigiosa, tudo é a mesma coisa. 16.Querer retê-la, é reter o vento, ou pegar azeite com a mão. 17.O ferro com o ferro se aguça; o homem aguça o homem. 18.Quem trata de sua figueira, comerá seu fruto; quem cuida do seu senhor, será honrado. 19.Como o reflexo do rosto na água, assim é o coração do homem para o homem. 20.A morada dos mortos e o abismo nunca se enchem; assim os olhos do homem são insaciáveis. 21.Há um crisol para a prata, um forno para o ouro; assim o homem [é provado] pela sua reputação. 22.Ainda que pisasses o insensato num triturador, entre os grãos, com um pilão, sua loucura não se separaria dele. 23.Certifica-te bem do estado do teu gado miúdo; atende aos teus rebanhos, 24.porque a riqueza não é eterna e a coroa não permanece de geração em geração. 25.Quando se abre o prado, quando brotam as ervas, uma vez recolhido o feno das montanhas, 26.tens ainda cordeiros para te vestir e bodes para pagares um campo, 27.leite de cabra suficiente para teu sustento, para o sustento de tua casa e a manutenção das tuas servas."
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Homilia Diária.775: Terça-feira da 1.ª Semana da Quaresma - Oração: uma ...
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Outros poemas estão surgindo. Pensei que o veio havia acabado. Mas como o Véio está vivo o verbo inflamado crepita em desejo.
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«CURAI OS ENFERMOS...»
«CURAI OS ENFERMOS...»
1506. Cristo convida os discípulos a seguirem-no, tomando a sua cruz (113). Seguindo-O, eles adquirem uma nova visão da doença e dos doentes. Jesus associa-os à sua vida pobre e servidora. Fá-los participar no seu ministério de compaixão e de cura: E eles «partiram e pregaram que era preciso cada um arrepender-se. Expulsavam muitos demónios, ungiam com óleo numerosos doentes, e curavam-nos» (Mc 6, 12-13).
1507. O Senhor ressuscitado renova esta missão («em Meu nome... hão-de impor as mãos aos doentes, e estes ficarão curados»: Mc 16, 1 7-18) e confirma-a por meio dos sinais que a Igreja realiza invocando o seu nome (114). Estes sinais manifestam de modo especial, que Jesus é verdadeiramente «Deus que salva» (115).
1508. O Espírito Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (116) para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças. Assim, São Paulo deve aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha força actua plenamente» (2 Cor 12, 9), e que os sofrimentos a suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (Cl 1, 24).
1509. «Curai os enfermos!» (Mt 10, 8). A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha. Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna (117) e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo (118).
1510. Entretanto, a Igreja dos Apóstolos conhece um rito próprio em favor dos enfermos, atestado por São Tiago: «Alguém de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Ts; 5, 14-15). A Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja (119).
Catecismo
1506. Cristo convida os discípulos a seguirem-no, tomando a sua cruz (113). Seguindo-O, eles adquirem uma nova visão da doença e dos doentes. Jesus associa-os à sua vida pobre e servidora. Fá-los participar no seu ministério de compaixão e de cura: E eles «partiram e pregaram que era preciso cada um arrepender-se. Expulsavam muitos demónios, ungiam com óleo numerosos doentes, e curavam-nos» (Mc 6, 12-13).
1507. O Senhor ressuscitado renova esta missão («em Meu nome... hão-de impor as mãos aos doentes, e estes ficarão curados»: Mc 16, 1 7-18) e confirma-a por meio dos sinais que a Igreja realiza invocando o seu nome (114). Estes sinais manifestam de modo especial, que Jesus é verdadeiramente «Deus que salva» (115).
1508. O Espírito Santo confere a alguns o carisma especial de poderem curar (116) para manifestar a força da graça do Ressuscitado. Todavia, nem as orações mais fervorosas obtêm sempre a cura de todas as doenças. Assim, São Paulo deve aprender do Senhor que «a minha graça te basta: pois na fraqueza é que a minha força actua plenamente» (2 Cor 12, 9), e que os sofrimentos a suportar podem ter como sentido que «eu complete na minha carne o que falta à paixão de Cristo, em benefício do seu corpo, que é a Igreja» (Cl 1, 24).
1509. «Curai os enfermos!» (Mt 10, 8). A Igreja recebeu este encargo do Senhor e procura cumpri-lo, tanto pelos cuidados que dispensa aos doentes, como pela oração de intercessão com que os acompanha. Ela "crê na presença vivificante de Cristo, médico das almas e dos corpos, presença que age particularmente através dos sacramentos e de modo muito especial da Eucaristia, pão que dá a vida eterna (117) e cuja ligação com a saúde corporal é insinuada por São Paulo (118).
1510. Entretanto, a Igreja dos Apóstolos conhece um rito próprio em favor dos enfermos, atestado por São Tiago: «Alguém de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados» (Ts; 5, 14-15). A Tradição reconheceu neste rito um dos sete sacramentos da Igreja (119).
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Mãe do Bom Conselho de Genazzano
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Construa alternativas para tudo e todos na vida
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Elliot Erwit. Fotografia
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SOLIDÃO. Charles Fonseca. Poesia
SOLIDÃO
Charles Fonseca
Outra dessa você não aguenta
disse ao vê-lo abandonado
sem eira nem beira coitado
tão rico em solidão cinzenta
Mais uma e uma a mais
e tantas que a mais ninguém
deseja a que lhe advém
sorrateira igual jamais.
Charles Fonseca
Outra dessa você não aguenta
disse ao vê-lo abandonado
sem eira nem beira coitado
tão rico em solidão cinzenta
Mais uma e uma a mais
e tantas que a mais ninguém
deseja a que lhe advém
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domingo, fevereiro 25, 2018
O gesto
Não assuma o gesto do outro. Meu bem, meu bem, meu mal.
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Não estou só
Comecei em 2006 este blog. É meu passa tempo. Meu ganha tempo. Tempo precioso em que o que aprendo, o que vejo de belo bom e justo compartilho. Minha herança para quando me for. Você que está lendo faz parte desta história. Grato pela companhia. Não estou estou só.
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André Rieu - Olé Guapa (Live in Berlin)
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VERGONHA. Charles Fonseca. Poesia
VERGONHA
Charles Fonseca
Não falo introvertido
ou quem sabe tu que és
se o faço um revés
não te ouvir perco o sentido
De querer-te inda assim
a saudade em mim germina
a tristeza tu menina
já tão grande, vem pra mim
Pois agora a cerimônia
do adeus está bem perto
quem vai primeiro ao certo
eu sem ti, por ti vergonha.
Poesia
Charles Fonseca
Não falo introvertido
ou quem sabe tu que és
se o faço um revés
não te ouvir perco o sentido
De querer-te inda assim
a saudade em mim germina
a tristeza tu menina
já tão grande, vem pra mim
Pois agora a cerimônia
do adeus está bem perto
quem vai primeiro ao certo
eu sem ti, por ti vergonha.
Poesia
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Pascha Nostrum (Easter, Communion)
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Dalva de Oliveira - Estão Voltando as Flores (1970)
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Iluminados
Se você posta num grupo de Whatsapp o número de comentários é um. Se posta o mesmo separadamente para cada qual acresce e muito os comentários a respeito. Neste caso as pessoas preferem preservar sua individualidade a se submeter ao crivo censor de iluminados.
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sábado, fevereiro 24, 2018
Steve Mccurry. Fotografia,
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A UNÇÃO DOS ENFERMOS
1499. «Pela santa Unção dos Enfermos e pela oração dos presbíteros, toda a Igreja encomenda os doentes ao Senhor, sofredor e glorificado, para que os alivie e os salve: mais ainda, exorta-os a que, associando-se livremente à paixão e morte de Cristo, concorram para o bem do povo de Deus» (95).
I. Os seus fundamentos na economia da salvação
A DOENÇA NA VIDA HUMANA
1500. A doença e o sofrimento estiveram sempre entre os problemas mais graves que afligem a vida humana. Na doença, o homem experimenta a sua incapacidade, os seus limites, a sua finitude. Qualquer enfermidade pode fazer-nos entrever a morte.
1501. A doença pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele.
O DOENTE PERANTE DEUS
1502. O homem do Antigo Testamento vive a doença à face de Deus. É diante de Deus que desafoga o seu lamento pela doença que lhe sobreveio (97) e é d'Ele. Senhor da vida e da morte, que implora a cura (98). A doença torna-se caminho de conversão (99) e o perdão de Deus dá início à cura (100). Israel faz a experiência de que a doença está, de modo misterioso, ligada ao pecado e ao mal, e de que a fidelidade a Deus em conformidade com a sua Lei restitui a vida: «porque Eu, o Senhor, é que sou o teu médico» (Ex 15, 26). O profeta entrevê que o sofrimento pode ter também um sentido redentor pelos pecados dos outros (101). Finalmente, Isaías anuncia que Deus fará vir para Sião um tempo em que perdoará todas as faltas e curará todas as doenças (102).
CRISTO-MÉDICO
1503. A compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos de toda a espécie (103) são um sinal claro de que «Deus visitou o seu povo» (104) e de que o Reino de Deus está próximo. Jesus tem poder não somente para curar, mas também para perdoar os pecados (105): veio curar o homem na sua totalidade, alma e corpo: é o médico de que os doentes precisam (106). A sua compaixão para com todos os que sofrem vai ao ponto de identificar-Se com eles: «Estive doente e visitastes-Me» (Mt 25, 36). O seu amor de predilecção para com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis esforços para os aliviar.
1504. Frequentemente, Jesus pede aos doentes que acreditem (107). Serve-se de sinais para curar: saliva e imposição das mãos (108), lodo e lavagem (109). Por seu lado, os doentes procuram tocar-Lhe (110), «porque saía d'Ele uma força que a todos curava» (Lc 6, 19). Por isso, nos sacramentos, Cristo continua a «tocar-nos» para nos curar.
1505. Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças» (Mt 8, 17) (111). Ele não curou todos os doentes. As curas que fazia eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e sobre a morte, mediante a sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal (112) e tirou «o pecado do mundo» (Jo 1, 29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz. Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.
Catecismo
I. Os seus fundamentos na economia da salvação
A DOENÇA NA VIDA HUMANA
1500. A doença e o sofrimento estiveram sempre entre os problemas mais graves que afligem a vida humana. Na doença, o homem experimenta a sua incapacidade, os seus limites, a sua finitude. Qualquer enfermidade pode fazer-nos entrever a morte.
1501. A doença pode levar à angústia, ao fechar-se em si mesmo e até, por vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar uma pessoa mais amadurecida, ajudá-la a discernir, na sua vida, o que não é essencial para se voltar para o que o é. Muitas vezes, a doença leva à busca de Deus, a um regresso a Ele.
O DOENTE PERANTE DEUS
1502. O homem do Antigo Testamento vive a doença à face de Deus. É diante de Deus que desafoga o seu lamento pela doença que lhe sobreveio (97) e é d'Ele. Senhor da vida e da morte, que implora a cura (98). A doença torna-se caminho de conversão (99) e o perdão de Deus dá início à cura (100). Israel faz a experiência de que a doença está, de modo misterioso, ligada ao pecado e ao mal, e de que a fidelidade a Deus em conformidade com a sua Lei restitui a vida: «porque Eu, o Senhor, é que sou o teu médico» (Ex 15, 26). O profeta entrevê que o sofrimento pode ter também um sentido redentor pelos pecados dos outros (101). Finalmente, Isaías anuncia que Deus fará vir para Sião um tempo em que perdoará todas as faltas e curará todas as doenças (102).
CRISTO-MÉDICO
1503. A compaixão de Cristo para com os doentes e as suas numerosas curas de enfermos de toda a espécie (103) são um sinal claro de que «Deus visitou o seu povo» (104) e de que o Reino de Deus está próximo. Jesus tem poder não somente para curar, mas também para perdoar os pecados (105): veio curar o homem na sua totalidade, alma e corpo: é o médico de que os doentes precisam (106). A sua compaixão para com todos os que sofrem vai ao ponto de identificar-Se com eles: «Estive doente e visitastes-Me» (Mt 25, 36). O seu amor de predilecção para com os enfermos não cessou, ao longo dos séculos, de despertar a atenção particular dos cristãos para aqueles que sofrem no corpo ou na alma. Ele está na origem de incansáveis esforços para os aliviar.
1504. Frequentemente, Jesus pede aos doentes que acreditem (107). Serve-se de sinais para curar: saliva e imposição das mãos (108), lodo e lavagem (109). Por seu lado, os doentes procuram tocar-Lhe (110), «porque saía d'Ele uma força que a todos curava» (Lc 6, 19). Por isso, nos sacramentos, Cristo continua a «tocar-nos» para nos curar.
1505. Comovido por tanto sofrimento, Cristo não só Se deixa tocar pelos doentes, como também faz suas as misérias deles: «Tomou sobre Si as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças» (Mt 8, 17) (111). Ele não curou todos os doentes. As curas que fazia eram sinais da vinda do Reino de Deus. Anunciavam uma cura mais radical: a vitória sobre o pecado e sobre a morte, mediante a sua Páscoa. Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal (112) e tirou «o pecado do mundo» (Jo 1, 29), do qual a doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz. Cristo deu novo sentido ao sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora.
Catecismo
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A flor da carambola.
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RODA VIVA. Charles Fonseca. Poesia
RODA VIVA
Charles Fonseca
Dois sós e um cão pastor
roda viva nós a girar
não mais aqui lado de lá
em nós viceja um grande amor
Quando será quando há de ser
nossa partida mundo pião
gira zunindo demora não
outros amores, até mais ver.
Charles Fonseca
Dois sós e um cão pastor
roda viva nós a girar
não mais aqui lado de lá
em nós viceja um grande amor
Quando será quando há de ser
nossa partida mundo pião
gira zunindo demora não
outros amores, até mais ver.
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ROSAS VERMELHAS Charles Fonseca. Poesia
ROSAS VERMELHAS
Charles Fonseca
Tu que de mim te arrancas,
Meu peito já tão dorido,
Onde o primeiro sentido
Do teu amor, onde o lanças?
Não quero dar-te as brancas
Rosas que acaso a ti cubras
Ainda quero as rubras
Dar-te eu sempre, criança.
As brancas transmitem paz
Amarelas desalentos,
Roxas azuis, só lamentos,
Rubras, o amor que em mim jaz.
Charles Fonseca
Tu que de mim te arrancas,
Meu peito já tão dorido,
Onde o primeiro sentido
Do teu amor, onde o lanças?
Não quero dar-te as brancas
Rosas que acaso a ti cubras
Ainda quero as rubras
Dar-te eu sempre, criança.
As brancas transmitem paz
Amarelas desalentos,
Roxas azuis, só lamentos,
Rubras, o amor que em mim jaz.
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Ella Fitzgerald - Summertime (1968)
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Tenho que chegar aos 90 e poucos
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É pegar pelas orelhas um cão que passa envolver-se num debate que não interessa.
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Salomão
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Provérbios, 26
1.Assim como a neve é imprópria no estio e a chuva na ceifa, do mesmo modo não convém ao insensato a consideração. 2.Como um pássaro que foge, uma andorinha que voa: uma maldição injustificada permanece sem efeito. 3.O açoite para o cavalo, o freio para o asno: a vara para as costas do tolo. 4.Não respondas ao néscio segundo sua insensatez, para não seres semelhante a ele. 5.Responde ao tolo segundo sua loucura para que ele não se julgue sábio aos seus olhos. 6.Corta os pés, bebe aflições quem confia uma mensagem a um tolo. 7.As pernas de um coxo não têm força: do mesmo modo uma sentença na boca de um tolo. 8.É colocar pedra na funda cumprimentar um tolo. 9.Um espinho que cai na mão de um embriagado: tal é uma sentença na boca dos insensatos. 10.Um arqueiro que fere a todos: tal é aquele que emprega um tolo ou um embriagado. 11.Um cão que volta ao seu vômito: tal é o louco que reitera suas loucuras. 12.Tu tens visto um homem que se julga sábio? Há mais a esperar de um tolo do que dele. 13.Há um leão no caminho, diz o preguiçoso, um leão na estrada! 14.A porta gira sobre seus gonzos: assim o preguiçoso no seu leito. 15.O preguiçoso põe sua mão no prato e custa-lhe muito levá-la à boca. 16.O preguiçoso julga-se mais sábio do que sete homens que respondem com prudência. 17.É pegar pelas orelhas um cão que passa envolver-se num debate que não interessa. 18.Um louco furioso que lança chamas, flechas e morte: 19.tal é o homem que engana seu próximo e diz em seguida: mas, era para brincar. 20.Sem lenha o fogo se apaga: desaparecido o relator, acaba-se a questão. 21.Carvão sobre a brasa, lenha sobre o fogo: tal é um intrigante para atiçar uma disputa. 22.As palavras do mexeriqueiro são como guloseimas: penetram até o fundo das entranhas. 23.Uma liga de prata sobre o pote de argila: tais são as palavras ardentes com um coração malévolo. 24.O que odeia, fala com dissimulação; no seu interior maquina a fraude; 25.quando ele falar com amabilidade, não te fies nele porque há sete abominações em seu coração; 26.pode dissimular seu ódio sob aparências, e sua malícia acabará por ser revelada ao público. 27.Quem cava uma fossa, ali cai; quem rola uma pedra, cairá debaixo dela. 28.A língua mendaz odeia aqueles que ela atinge, a boca enganosa conduz à ruína."
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Homilia Diária.778: Sexta-feira da 1.ª Semana da Quaresma - Como amar o ...
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sexta-feira, fevereiro 23, 2018
Pierre Verger. Fotografia
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Pierre Verger
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A Rendeira da Lagoa da Conceição. Tiago Costa.
A Rendeira da Lagoa da Conceição
Padre tiago Costa
Segunda passada tive a grata alegria de passar por Florianópolis. Uma passadinha de meio dia, pois, estava indo em direção a Nova Tento, onde participaria de um encontro.
Tendo chegado à cidade pela manhazinha, fui acolhido por amigo queridos, destes de longas datas que as circunstâncias da vida ao mesmo tempo em que afasta propicia encontros. Eles gentilmente fizeram questão de me mostra a Ilha, visto que eu não a conhecia. Fiquei encantado!
Dentre risos, fotos e lembranças, deparei-me com um simples e afetuoso monumento junto ao porto na Lagoa da Conceição. Trata-se da estátua de uma Rendeira de Bilros. Mas, o que aquela estátua estava fazendo ali, junto ao porto? A minha curiosidade, me fez buscar entender... Estão, descobri que ela foi uma forma encontrada para homenagear aquelas que dão nome a principal Avenida da Lagoa da Conceição (Avenidas das Rendeiras). Uma forma de trazer viva a lembrança de uma atividade artesanal que aportou ao Brasil no século XVIII com a chegada da primeira família açoriana.
Homenagem mais que justa. Justa do ponto de vista cultural, mas acima de tudo, do ponto de vista do afeto.
Contemplar aquela estátua me trouxe afetos, lembranças que trago na mente e no coração. Cresci ouvindo o tac, tac dos bilros se encontrando e dando origem a belos bicos de rendas. Bicos estes que eram cuidadosamente confeccionados pelas mãos habilidosas de Dona Antônia, minha avó paterna. Ela, passava horas, dias, semanas no tac, tac dos seus bilros produzindo lindas franjas que enfeitavam seus panos de pratos e serviam de presentes para suas netas.
Ali, sentada tecendo seus bicos, ela ouvia seu programa de rádio favorito (Vida do Povo de Deus, história da BÍblia) e muitas vezes a víamos cantarolando e balbuciando orações.
Fé e trabalho manual se misturavam junto ao rebolo de bilros de dona Antônia. Vida, fé e arte se se encontravam naquela habilidosa senhora que não sabia ler nem escrever, mas que com o seu jeito simples de bordar deixou escrito na nossa memória o tamanho dos seus afetos.
Já fazem dez anos que “Tonha da Renda” nos deixou, mas o seu tac, tac, continuam vivos em minha memória e corações.
Descanse em paz querida vó, que lá do céu você continue a tecer lindas franjas com suas orações em favor dos seus.
.............
Curiosidade sobre as Renda de Bilros
A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura chamada de rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, cujas dimensões dependem da dimensão da peça a realizar, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino. A almofada fica sobre um suporte de madeira, ajustável, de forma a ficar à altura do trabalho da rendeira. No rebolo, é colocado um cartão perfurado, o "pinicado", onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos. As rendeiras mais experientes produzem sem o cartão onde a peça vai saindo no visual mesmo. Nos furos da zona do desenho que está a ser realizada, a rendeira espeta alfinetes, que desloca à medida que o trabalho progride. Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada (ou de outros materiais, como o osso), os "bilros". Uma das extremidades do bilro tem a forma de pera ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade. Os Bilros são manejados aos pares pela rendeira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.
Padre tiago Costa
Segunda passada tive a grata alegria de passar por Florianópolis. Uma passadinha de meio dia, pois, estava indo em direção a Nova Tento, onde participaria de um encontro.
Tendo chegado à cidade pela manhazinha, fui acolhido por amigo queridos, destes de longas datas que as circunstâncias da vida ao mesmo tempo em que afasta propicia encontros. Eles gentilmente fizeram questão de me mostra a Ilha, visto que eu não a conhecia. Fiquei encantado!
Dentre risos, fotos e lembranças, deparei-me com um simples e afetuoso monumento junto ao porto na Lagoa da Conceição. Trata-se da estátua de uma Rendeira de Bilros. Mas, o que aquela estátua estava fazendo ali, junto ao porto? A minha curiosidade, me fez buscar entender... Estão, descobri que ela foi uma forma encontrada para homenagear aquelas que dão nome a principal Avenida da Lagoa da Conceição (Avenidas das Rendeiras). Uma forma de trazer viva a lembrança de uma atividade artesanal que aportou ao Brasil no século XVIII com a chegada da primeira família açoriana.
Homenagem mais que justa. Justa do ponto de vista cultural, mas acima de tudo, do ponto de vista do afeto.
Contemplar aquela estátua me trouxe afetos, lembranças que trago na mente e no coração. Cresci ouvindo o tac, tac dos bilros se encontrando e dando origem a belos bicos de rendas. Bicos estes que eram cuidadosamente confeccionados pelas mãos habilidosas de Dona Antônia, minha avó paterna. Ela, passava horas, dias, semanas no tac, tac dos seus bilros produzindo lindas franjas que enfeitavam seus panos de pratos e serviam de presentes para suas netas.
Ali, sentada tecendo seus bicos, ela ouvia seu programa de rádio favorito (Vida do Povo de Deus, história da BÍblia) e muitas vezes a víamos cantarolando e balbuciando orações.
Fé e trabalho manual se misturavam junto ao rebolo de bilros de dona Antônia. Vida, fé e arte se se encontravam naquela habilidosa senhora que não sabia ler nem escrever, mas que com o seu jeito simples de bordar deixou escrito na nossa memória o tamanho dos seus afetos.
Já fazem dez anos que “Tonha da Renda” nos deixou, mas o seu tac, tac, continuam vivos em minha memória e corações.
Descanse em paz querida vó, que lá do céu você continue a tecer lindas franjas com suas orações em favor dos seus.
.............
Curiosidade sobre as Renda de Bilros
A renda de bilros é realizada sobre uma almofada dura chamada de rebolo, cilindro de pano grosso, cheio com palha ou algodão, cujas dimensões dependem da dimensão da peça a realizar, coberto exteriormente por um saco de tecido mais fino. A almofada fica sobre um suporte de madeira, ajustável, de forma a ficar à altura do trabalho da rendeira. No rebolo, é colocado um cartão perfurado, o "pinicado", onde se encontra o desenho da renda, feito com pequenos furos. As rendeiras mais experientes produzem sem o cartão onde a peça vai saindo no visual mesmo. Nos furos da zona do desenho que está a ser realizada, a rendeira espeta alfinetes, que desloca à medida que o trabalho progride. Os fios são manejados por meio de pequenas peças de madeira torneada (ou de outros materiais, como o osso), os "bilros". Uma das extremidades do bilro tem a forma de pera ou de esfera, conforme a região. O fio está enrolado na outra extremidade. Os Bilros são manejados aos pares pela rendeira que imprime um movimento rotativo e alternado a cada um, orientando-se pelos alfinetes. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho.
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ROSA. Charles Fonseca. Poesia
ROSA
Charles Fonseca
Num tapete só vermelho
Tarde fria mês de julho
Veio ao mundo em debuxo
Um rebento meio a meio
Uma nina consangüínea
Pr’um amor pra toda a vida
O poeta deu guarida
À morena longilínea
Que lhe veio tão mimosa
Qual gatinha ronronante
Ou, quem sabe, perfumante
De sua vida, qual uma rosa.
Charles Fonseca
Num tapete só vermelho
Tarde fria mês de julho
Veio ao mundo em debuxo
Um rebento meio a meio
Uma nina consangüínea
Pr’um amor pra toda a vida
O poeta deu guarida
À morena longilínea
Que lhe veio tão mimosa
Qual gatinha ronronante
Ou, quem sabe, perfumante
De sua vida, qual uma rosa.
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Homilia Diária.776: Quarta-feira da 1.ª Semana da Quaresma - A Quaresma ...
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Só ponha seu chapéu onde sua mão alcança
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quinta-feira, fevereiro 22, 2018
Incrível Restos do Supermercado Viram Pomar e Horta! Aprenda como!
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RODA D'ÁGUA. Charles Fonseca. Poesia
RODA D'ÁGUA
Charles Fonseca
As águas passadas após o moinho
Antigas são elas, moveram a roda
Do tempo, da vida, e vão-se embora
E agora eu fico a cismar no caminho.
Virá nova água, o tempo não pára,
Tampouco a vida, há sempre algo novo,
Nas voltas que a vida nos dá há tesouros
Que movem meu peito, moinho sob águas.
Charles Fonseca
As águas passadas após o moinho
Antigas são elas, moveram a roda
Do tempo, da vida, e vão-se embora
E agora eu fico a cismar no caminho.
Virá nova água, o tempo não pára,
Tampouco a vida, há sempre algo novo,
Nas voltas que a vida nos dá há tesouros
Que movem meu peito, moinho sob águas.
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Difícil.
Muito difícil ao homem amar sem corpo. Sem ver, premir, rostir, cheirar. Sem nela fremente afundar. A procura dele nela, gôzo.
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Sarah Vaughan - Lullaby of Birdland
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A flor do quiabo. Charles Fonseca. Fotografia
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quarta-feira, fevereiro 21, 2018
CANETA. Charles Fonseca. Poesia
Uma coisa é caso sério
Outra é só vez em quando
Beijar abraçar quando quando
Vem chega mais quero quero
Andar feliz de mão dada
Um terno amor foi destino
Minha senhora sorrindo
Beijei mulher sobre a escada
Do sucesso Apipema
Isca salmão da Marina
Praia do Forte menina
Mão do poeta não trema
Que o faça a caneta
Ao leve farfalho doçura
Da emoção pura dura
Mais quero mais, satisfeita.
Outra é só vez em quando
Beijar abraçar quando quando
Vem chega mais quero quero
Andar feliz de mão dada
Um terno amor foi destino
Minha senhora sorrindo
Beijei mulher sobre a escada
Do sucesso Apipema
Isca salmão da Marina
Praia do Forte menina
Mão do poeta não trema
Que o faça a caneta
Ao leve farfalho doçura
Da emoção pura dura
Mais quero mais, satisfeita.
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MINHA VIDA! Charles Fonseca. Poesia
Há um compasso de espera
u'a fome se aproxima
um ai meu Deus que menina
que demora quero ela
bem junto a mim eu de oitiva
ainda que seja fim da tarde
boca da noite que vontade
de vê-la em sonhos, minha vida!
u'a fome se aproxima
um ai meu Deus que menina
que demora quero ela
bem junto a mim eu de oitiva
ainda que seja fim da tarde
boca da noite que vontade
de vê-la em sonhos, minha vida!
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Os falcões de fogo espalham incêndios para desentocar suas presas.
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Há passados que encobrem outros piores
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Charles Fonseca
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RISOS. Charles Fonseca. Poesia
RISOS
Charles Fonseca
Meu filho és invejado
Disse-me o velho sábio
Nada a mais e de modo hábil
Silenciou pois que ao lado
Havia ouvido em paredes
Olhos por sobre o muro
Narizes em faro monturo
Gargalhantes réus em rede
Assim me faço de bobo
Sábia a resolução
Em aprender a lição
De esquecer o engodo
Do falso amor contrito
Do gargarejo com juras
Do muito afeto com turras
Do ódio encoberto em risos.
Charles Fonseca
Meu filho és invejado
Disse-me o velho sábio
Nada a mais e de modo hábil
Silenciou pois que ao lado
Havia ouvido em paredes
Olhos por sobre o muro
Narizes em faro monturo
Gargalhantes réus em rede
Assim me faço de bobo
Sábia a resolução
Em aprender a lição
De esquecer o engodo
Do falso amor contrito
Do gargarejo com juras
Do muito afeto com turras
Do ódio encoberto em risos.
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A rendeira. Florianópolis.
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Tem o teu inimigo fome? Dá-lhe de comer. Tem sede? Dá-lhe de beber: assim amontoarás brasas ardentes sobre sua cabeça e o Senhor te recompensará
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Provérbios
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Põe raramente o pé na casa do vizinho: enfastiado de ti, ele te viria a aborrecer.
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Trata teu negócio com teu próximo de maneira a não revelar o segredo de outro, para que não sejas repreendido por aquele que o ouviu nem incorras em descrédito irreparável.
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Provérbios, 25
1.Ainda alguns provérbios de Salomão, recolhidos pelos homens de Ezequias, rei de Judá. 2.A glória de Deus é ocultar uma coisa; a glória dos reis é esquadrinhá-la. 3.A altura dos céus, a profundeza da terra são impenetráveis, bem como o coração dos reis. 4.Tira as escórias da prata e terás um vaso para o ourives; 5.afasta o mau de presença do rei e seu trono se firmará na justiça. 6.Não te faças de pretensioso diante do rei, não te ponhas no lugar dos grandes. 7.É melhor que te digam: Sobe aqui!, do que seres humilhado diante de um personagem. O que teus olhos viram, 8.não o descubras com precipitação numa contenda, pois, no final das contas, que farás tu quando o outro te houver confundido? 9.Trata teu negócio com teu próximo de maneira a não revelar o segredo de outro, 10.para que não sejas repreendido por aquele que o ouviu nem incorras em descrédito irreparável. 11.Maçãs de ouro sobre prata gravada: tais são as palavras oportunas. 12.Anel de ouro, jóia de ouro fino: tal é o sábio que admoesta um ouvido atento. 13.Frescor de neve no tempo da colheita, tal é um mensageiro fiel para quem o envia: ele restaura a alma de seu senhor. 14.Nuvens e vento sem chuva: tal é o homem que se gaba falsamente de dar. 15.Pela paciência o juiz se deixa aplacar: a língua que fala com brandura pode quebrantar ossos. 16.Achaste mel? Come o que for suficiente: se comeres demais, tu o vomitarás. 17.Põe raramente o pé na casa do vizinho: enfastiado de ti, ele te viria a aborrecer. 18.Clava, espada, flecha penetrante: tal é o que usa de falso testemunho contra seu próximo. 19.Dente arruinado, pé que resvala: tal é a confiança de um pérfido no dia da desventura. 20.Tirar a capa num dia de frio, derramar vinagre numa ferida: isso faz aquele que canta canções a um coração atribulado. 21.Tem o teu inimigo fome? Dá-lhe de comer. Tem sede? Dá-lhe de beber: 22.assim amontoarás brasas ardentes sobre sua cabeça e o Senhor te recompensará. 23.O vento norte traz chuva e a língua detratora anuvia os semblantes. 24.É melhor habitar um canto do terraço do que viver com uma mulher impertinente. 25.Água fresca para uma garganta sedenta: tal é uma boa nova vinda de terra longínqua. 26.Fonte turva e manancial contaminado: tal é o justo que cede diante do ímpio. 27.Comer mel em demasia não é bom: usa de moderação nas palavras elogiosas. 28.Como uma cidade desmantelada, sem muralhas: tal é o homem que não é senhor de si."
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terça-feira, fevereiro 20, 2018
Santo Antonio de Lisboa. Florianópolis. Fotografia
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.....Dois mil e dezoito
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Michelangelo Buonarroti. Pintura
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O SACRAMENTO DA PENITÊNCIA E DA RECONCILIAÇÃO
1485. «Na tarde da Páscoa, o Senhor Jesus apareceu aos seus Apóstolos e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos"» (Jo 20, 22-23).
1486. 0 perdão dos pecados cometidos depois do Baptismo é concedido por meio dum sacramento próprio, chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação.
1487. Quem peca, ofende a honra de Deus e o seu amor, a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus, e o bem-estar espiritual da Igreja, da qual cada fiel deve ser pedra viva.
1488. Aos olhos da fé, não existe mal mais grave do que o pecado; nada tem piores consequências para os próprios pecadores, para a Igreja e para todo o mundo.
1489. Voltar à comunhão com Deus, depois de a ter perdido pelo pecado, é um movimento nascido da graça do mesmo Deus misericordioso e cheio de interesse pela salvação dos homens. Deve pedir-se esta graça preciosa, tanto para si mesmo como para os outros.
1490. O movimento de regresso a Deus, pela conversão e arrependimento, implica dor e aversão em relação aos pecados cometidos, e o propósito firme de não tornar a pecar no futuro. Portanto, a conversão refere-se ao passado e ao futuro: alimenta-se da esperança na misericórdia divina.
1491. O sacramento da Penitência é constituído pelo conjunto de três actos realizados pelo penitente e pela absolvição do sacerdote. Os actos do penitente são: o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a reparação e as obras de reparação.
1492. O arrependimento (também chamado contrição) deve inspirar-se em motivações que brotam da fé. Se for motivado pelo amor de caridade para com Deus, diz-se «perfeito»; se fundado em outros motivos, diz-se «imperfeito».
1493. Aquele que quer obter a reconciliação com Deus e com a Igreja, deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não tiver confessado e de que se lembre depois de ter examinado cuidadosamente a sua consciência. A confissão das faltas veniais, sem ser em si necessária, é todavia vivamente recomendada pela Igreja.
1494. O confessor propõe ao penitente o cumprimento de certos actos de «satisfação» ou «penitência», com o fim de reparar o mal causado pelo pecado e restabelecer os hábitos próprios dum discípulo de Cristo.
1495. Só os sacerdotes que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver; podem perdoar os pecados em nome de Cristo.
1496. Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:
– a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recupera a graça;
– a reconciliação com a Igreja;
– a remissão da pena eterna, em que incorreu pelos pecados mortais;
– a remissão, ao menos em parte, das penas temporais, consequência do pecado;
– a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual;
– o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.
1497. A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua a ser o único meio ordinário para a reconciliação com Deus e com a Igreja.
1498. Por meio das indulgências, os fiéis podem obter para si próprios, e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, consequência do pecado.
Catecismo
1486. 0 perdão dos pecados cometidos depois do Baptismo é concedido por meio dum sacramento próprio, chamado sacramento da Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação.
1487. Quem peca, ofende a honra de Deus e o seu amor, a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus, e o bem-estar espiritual da Igreja, da qual cada fiel deve ser pedra viva.
1488. Aos olhos da fé, não existe mal mais grave do que o pecado; nada tem piores consequências para os próprios pecadores, para a Igreja e para todo o mundo.
1489. Voltar à comunhão com Deus, depois de a ter perdido pelo pecado, é um movimento nascido da graça do mesmo Deus misericordioso e cheio de interesse pela salvação dos homens. Deve pedir-se esta graça preciosa, tanto para si mesmo como para os outros.
1490. O movimento de regresso a Deus, pela conversão e arrependimento, implica dor e aversão em relação aos pecados cometidos, e o propósito firme de não tornar a pecar no futuro. Portanto, a conversão refere-se ao passado e ao futuro: alimenta-se da esperança na misericórdia divina.
1491. O sacramento da Penitência é constituído pelo conjunto de três actos realizados pelo penitente e pela absolvição do sacerdote. Os actos do penitente são: o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a reparação e as obras de reparação.
1492. O arrependimento (também chamado contrição) deve inspirar-se em motivações que brotam da fé. Se for motivado pelo amor de caridade para com Deus, diz-se «perfeito»; se fundado em outros motivos, diz-se «imperfeito».
1493. Aquele que quer obter a reconciliação com Deus e com a Igreja, deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não tiver confessado e de que se lembre depois de ter examinado cuidadosamente a sua consciência. A confissão das faltas veniais, sem ser em si necessária, é todavia vivamente recomendada pela Igreja.
1494. O confessor propõe ao penitente o cumprimento de certos actos de «satisfação» ou «penitência», com o fim de reparar o mal causado pelo pecado e restabelecer os hábitos próprios dum discípulo de Cristo.
1495. Só os sacerdotes que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver; podem perdoar os pecados em nome de Cristo.
1496. Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são:
– a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recupera a graça;
– a reconciliação com a Igreja;
– a remissão da pena eterna, em que incorreu pelos pecados mortais;
– a remissão, ao menos em parte, das penas temporais, consequência do pecado;
– a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual;
– o acréscimo das forças espirituais para o combate cristão.
1497. A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua a ser o único meio ordinário para a reconciliação com Deus e com a Igreja.
1498. Por meio das indulgências, os fiéis podem obter para si próprios, e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas temporais, consequência do pecado.
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segunda-feira, fevereiro 19, 2018
A vida é bela. Charles Fonseca. Fotografia
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.....A vida é bela ( II )
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Homilia Diária.774: Segunda-feira da 1.ª Semana da Quaresma - O próximo ...
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QUE SOPREM AS CINZAS. Charles Fonseca. Poesia
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.....QUE SOPREM AS CINZAS
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O ofensor gosta de atuar com público assistente
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...O ofensor gosta de atuar com público assistente,
Charles Fonseca
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domingo, fevereiro 18, 2018
Lésbia. Cruz e Sousa. Poesia
LÉSBIA
Cruz e Sousa
Cróton selvagem, tinhorão lascivo,
Planta mortal, carnívora, sangrenta,
Da tua carne báquica rebenta
A vermelha explosão de um sangue vivo.
Nesse lábio mordente e convulsivo,
Ri, ri risadas de expressão violenta
O Amor, trágico e triste, e passe, lenta,
A morte, o espasmo gélido, aflitivo...
Lésbia nervosa, fascinante e doente,
Cruel e demoníaca serpente
Das flamejantes atrações do gozo.
Dos teus seios acídulos, amargos,
Fluem capros aromas e os letargos,
Os ópios de um luar tuberculoso...
-- Cruz e Sousa / Broquéis (1893).
Cruz e Sousa
Cróton selvagem, tinhorão lascivo,
Planta mortal, carnívora, sangrenta,
Da tua carne báquica rebenta
A vermelha explosão de um sangue vivo.
Nesse lábio mordente e convulsivo,
Ri, ri risadas de expressão violenta
O Amor, trágico e triste, e passe, lenta,
A morte, o espasmo gélido, aflitivo...
Lésbia nervosa, fascinante e doente,
Cruel e demoníaca serpente
Das flamejantes atrações do gozo.
Dos teus seios acídulos, amargos,
Fluem capros aromas e os letargos,
Os ópios de um luar tuberculoso...
-- Cruz e Sousa / Broquéis (1893).
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Teto. Fotografia.Charles Fonseca
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Se a existência de Deus é por si mesma conhecida. São tomas de Aquino
Art. 1 — Se a existência de Deus é por si mesma conhecida.
(I Sent., dist. 3, q. 1, a. 2; Cont. Gent. I, 10, 11; III, 38; De Verit., q. 10, a. 12; De Pot., q. 7, a. 2, ad 2; in Os
8; in Boet. De Trin., q. 1, a. 3, ad 6)
O primeiro discute-se assim — Parece que a existência de Deus é conhecida por si mesma.
1. — Pois são assim conhecidas de nós as coisas cujo conhecimento temos naturalmente, como é claro
quantos aos primeiros princípios. Ora, diz Damasceno: O conhecimento da existência de Deus é
naturalmente ínsito em todos. Logo, a existência de Deus é conhecida por si mesma.
2. Demais — Dizem-se por si mesmas conhecidas as proposições que, conhecidos os termos,
imediatamente se conhecem, o que o filósofo atribui aos primeiros princípios da demonstração; pois
sabido o que são o todo e a parte, imediatamente se sabe ser qualquer todo maior que a parte. Ora,
inteligida a significação do nome Deus, imediatamente se intelige o que é Deus. Pois, tal nome significa
aquilo do que se não pode exprimir nada maior; ora, maior é o existente real e intelectualmente, do que
o existente apenas intelectualmente. Donde, como o nome de Deus, uma vez inteligido, imediatamente
existe no intelecto, segue-se que também existe realmente. Logo, a existência de Deus é por si mesma
conhecida.
3. Demais — A existência da verdade é por si mesma conhecida, pois quem lhe nega a existência a
concede; porquanto, se não existe, é verdade que não existe. Portanto, se alguma coisa é verdadeira, é
necessária a existência da verdade. Ora, Deus é a própria verdade, como diz a Escritura (Jo 14, 6): Eu sou
o caminho, a verdade e a vida. Logo, a existência de Deus é por si mesma conhecida.
Mas, em contrário — Ninguém pode pensar o contrário do que é conhecido por si, como se vê no
Filósofo, sobre os primeiros princípios da demonstração. Ora, podemos pensar o contrário da existência
de Deus, segundo a Escritura (Sl 52, 1): Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Logo, a existência
de Deus não é por si conhecida.
SOLUÇÃO. — De dois modos pode uma coisa ser conhecida por si: absolutamente, e não relativamente
a nós; e absolutamente e relativamente a nós. Pois qualquer proposição é conhecida por si, quando o
predicado se inclui em a noção do sujeito, p. ex.: O homem é um animal, pertencendo animal à noção
de homem. Se, portanto, for conhecido de todos o que é o predicado e o sujeito, tal proposição será
para todos evidente; como se dá com os primeiros princípios da demonstração, cujos termos — o ser e
o não ser, o todo e a parte e semelhantes — são tão comuns que ninguém os ignora. Mas, para quem
não souber o que são o predicado e o sujeito, a proposição não será evidente, embora o seja,
considerada em si mesma. E por isso, como diz Boécio, certas concepções de espírito são comuns e
conhecidas por si, mas só para os sapientes, como p. ex.: os seres incorpóreos não ocupam lugar.
Digo, portanto, que a proposição Deus existe, quanto à sua natureza, é evidente, pois o predicado se
identifica com o sujeito, sendo Deus o seu ser, como adiante se verá (q. 3, a. 4). Mas, como não
sabemos o que é Deus, ela não nos é por si evidente, mas necessita de ser demonstrada, pelos efeitos
mais conhecidos de nós e menos conhecidos por natureza.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Conhecer a existência de Deus de modo geral e com
certa confusão, é-nos naturalmente ínsito, por ser Deus a felicidade do homem: pois, este naturalmente
deseja a felicidade e o que naturalmente deseja, naturalmente conhece. Mas isto não é pura e
simplesmente conhecer a existência de Deus, assim como conhecer quem vem não é conhecer Pedro,
embora Pedro venha vindo. Pois, uns pensam que o bem perfeito do homem, a felicidade, consiste nas
riquezas; outros, noutras coisas.
RESPOSTA À SEGUNDA. — Talvez quem ouve o nome de Deus não o intelige como significando o ser,
maior que o qual nada possa ser pensado; pois, alguns acreditam ser Deus corpo. Porém, mesmo
concedido que alguém intelija o nome de Deus com tal significação, a saber, maior do que o qual nada
pode ser pensado, nem por isso daí se conclui que intelija a existência real do que significa tal nome,
senão só na apreensão do intelecto. Nem se poderia afirmar que existe realmente, a menos que se não
concedesse existir realmente algum ser tal que não se possa conceber outro maior, o que não é
concedido pelos que negam a existência de Deus.
RESPOSTA À TERCEIRA. — A existência da verdade em geral é conhecida por si; mas a da primeira
verdade não o é, relativamente a nós
(I Sent., dist. 3, q. 1, a. 2; Cont. Gent. I, 10, 11; III, 38; De Verit., q. 10, a. 12; De Pot., q. 7, a. 2, ad 2; in Os
8; in Boet. De Trin., q. 1, a. 3, ad 6)
O primeiro discute-se assim — Parece que a existência de Deus é conhecida por si mesma.
1. — Pois são assim conhecidas de nós as coisas cujo conhecimento temos naturalmente, como é claro
quantos aos primeiros princípios. Ora, diz Damasceno: O conhecimento da existência de Deus é
naturalmente ínsito em todos. Logo, a existência de Deus é conhecida por si mesma.
2. Demais — Dizem-se por si mesmas conhecidas as proposições que, conhecidos os termos,
imediatamente se conhecem, o que o filósofo atribui aos primeiros princípios da demonstração; pois
sabido o que são o todo e a parte, imediatamente se sabe ser qualquer todo maior que a parte. Ora,
inteligida a significação do nome Deus, imediatamente se intelige o que é Deus. Pois, tal nome significa
aquilo do que se não pode exprimir nada maior; ora, maior é o existente real e intelectualmente, do que
o existente apenas intelectualmente. Donde, como o nome de Deus, uma vez inteligido, imediatamente
existe no intelecto, segue-se que também existe realmente. Logo, a existência de Deus é por si mesma
conhecida.
3. Demais — A existência da verdade é por si mesma conhecida, pois quem lhe nega a existência a
concede; porquanto, se não existe, é verdade que não existe. Portanto, se alguma coisa é verdadeira, é
necessária a existência da verdade. Ora, Deus é a própria verdade, como diz a Escritura (Jo 14, 6): Eu sou
o caminho, a verdade e a vida. Logo, a existência de Deus é por si mesma conhecida.
Mas, em contrário — Ninguém pode pensar o contrário do que é conhecido por si, como se vê no
Filósofo, sobre os primeiros princípios da demonstração. Ora, podemos pensar o contrário da existência
de Deus, segundo a Escritura (Sl 52, 1): Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Logo, a existência
de Deus não é por si conhecida.
SOLUÇÃO. — De dois modos pode uma coisa ser conhecida por si: absolutamente, e não relativamente
a nós; e absolutamente e relativamente a nós. Pois qualquer proposição é conhecida por si, quando o
predicado se inclui em a noção do sujeito, p. ex.: O homem é um animal, pertencendo animal à noção
de homem. Se, portanto, for conhecido de todos o que é o predicado e o sujeito, tal proposição será
para todos evidente; como se dá com os primeiros princípios da demonstração, cujos termos — o ser e
o não ser, o todo e a parte e semelhantes — são tão comuns que ninguém os ignora. Mas, para quem
não souber o que são o predicado e o sujeito, a proposição não será evidente, embora o seja,
considerada em si mesma. E por isso, como diz Boécio, certas concepções de espírito são comuns e
conhecidas por si, mas só para os sapientes, como p. ex.: os seres incorpóreos não ocupam lugar.
Digo, portanto, que a proposição Deus existe, quanto à sua natureza, é evidente, pois o predicado se
identifica com o sujeito, sendo Deus o seu ser, como adiante se verá (q. 3, a. 4). Mas, como não
sabemos o que é Deus, ela não nos é por si evidente, mas necessita de ser demonstrada, pelos efeitos
mais conhecidos de nós e menos conhecidos por natureza.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Conhecer a existência de Deus de modo geral e com
certa confusão, é-nos naturalmente ínsito, por ser Deus a felicidade do homem: pois, este naturalmente
deseja a felicidade e o que naturalmente deseja, naturalmente conhece. Mas isto não é pura e
simplesmente conhecer a existência de Deus, assim como conhecer quem vem não é conhecer Pedro,
embora Pedro venha vindo. Pois, uns pensam que o bem perfeito do homem, a felicidade, consiste nas
riquezas; outros, noutras coisas.
RESPOSTA À SEGUNDA. — Talvez quem ouve o nome de Deus não o intelige como significando o ser,
maior que o qual nada possa ser pensado; pois, alguns acreditam ser Deus corpo. Porém, mesmo
concedido que alguém intelija o nome de Deus com tal significação, a saber, maior do que o qual nada
pode ser pensado, nem por isso daí se conclui que intelija a existência real do que significa tal nome,
senão só na apreensão do intelecto. Nem se poderia afirmar que existe realmente, a menos que se não
concedesse existir realmente algum ser tal que não se possa conceber outro maior, o que não é
concedido pelos que negam a existência de Deus.
RESPOSTA À TERCEIRA. — A existência da verdade em geral é conhecida por si; mas a da primeira
verdade não o é, relativamente a nós
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sábado, fevereiro 17, 2018
Confissão. Charles Fonseca. Poesia.
Confesso que muito és
Acho também que és tão
Que eu pio peço perdão
De não dizer aos teus pés
Contrito quero com beijo
Subir da ponta do pé
Pelas pernas ancas té
Cobrir teu seio sem pejo
Ou então eu em reverso
Te permito em desalinho
Subir deixar que teu ninho
Me esconda em ti confesso.
Acho também que és tão
Que eu pio peço perdão
De não dizer aos teus pés
Contrito quero com beijo
Subir da ponta do pé
Pelas pernas ancas té
Cobrir teu seio sem pejo
Ou então eu em reverso
Te permito em desalinho
Subir deixar que teu ninho
Me esconda em ti confesso.
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Quem de si espalha o bem a colhê-lo vem
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Charles Fonseca
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O ódio mais intenso é o que viceja em silêncio
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Charles Fonseca
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Homilia Diária.773: Sábado depois das Cinzas - Maria, compadecida de Cri...
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Madame Michel-Levi. Monet. Pintura
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MAIS NADA. Charles Fonseca. Poesia
MAIS NADA
Charles Fonseca
Que pena morreu a mingua
Poeta meu pai silente
Das dores leito dormente
Madeiro eito sem língua
Pra dizer espera tanta
Por mim a face em ferro
Minh'alma presa em mistério
O corpo lá pelas tantas
Já a meio de jornada
O dele em seu final
Aos céus norte fanal
Eu só, em volta mais nada!
Charles Fonseca
Que pena morreu a mingua
Poeta meu pai silente
Das dores leito dormente
Madeiro eito sem língua
Pra dizer espera tanta
Por mim a face em ferro
Minh'alma presa em mistério
O corpo lá pelas tantas
Já a meio de jornada
O dele em seu final
Aos céus norte fanal
Eu só, em volta mais nada!
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sexta-feira, fevereiro 16, 2018
Pra todo lado. Ewerton Mendonça. Poesia
PRA TODO LADO
(Pra não dizer que não falei de política)
Ewerton Mendonca
O Brasil está mordido
Literalmente tomado
Ocupado por bandido
Pra todo lado cercado
O Rio está entupido
De traficante armado
O Estado está falido
Com salário atrasado
O poder tá corrompido
O bandido instalado
Da favela e do presídio
Eles mandam o recado
O povo está aturdido
Pelo bandido cercado
Por um não é assistido
Pelo outro violentado
O povo está exaurido
Bandido pra todo lado
Uns assaltam bem vestidos
Outros roubam disfarçados
Em casa está inibido
O povo desconfiado
A mulher e seu marido
Um e outro assutado
O pobre, povo sofrido
Não dorme, preocupado
Até mulher de bandido
Não sabe quem mora ao lado
O país está falido
Muito mal representado
O Judiciário tem tido
Seu salário aumentado
Para aumentar o salário
Do pobre que tem destino
Um bando de salafrário
Tiram o máximo do mínimo
Para aumentar a bolada
Nós não somos consultados
De noite, é na calada
Que eles fazem a jogada
Eles próprios determinam
O valor percentual
Dobram o valor normal
Duas vezes o atual
Pra o povo é dez por cento
Pra não causar inflação
Pois pobre é como jumento
Que atrapalha a nação
Duzentos, trezentos mil
Recebe um Juiz na conta
O pobre menos de mil
Ainda imposto desconta
Sem falar na mordomia
Mais de 50 na lista
Dinheiro na conta não mia
Político aqui é turista
Prá eles tá tudo normal
Recebem o bambá em dia
Eles são cara de pau
Muitos ou a maioria
O pobre luta legal
Vive intenso o seu dia
Pra casa leva o mingau
Que ganha na correria
O povo não foge do pau
Não sabe o que é mordomia
Difícil prender um Lalau
Rico têm defensoria
A fila dobra a esquina
Na fila morre o doente
A febre amarela aniquila
O povo, pobre indigente
Assim é o meu país
Com eles que elegí
Está quase a explodir
Virou pólvora em barril
O Brasil está sentido
Muito decepcionado
Há muito bandido vestido
Com belo terno importado
O povo não quer o partido
Quer político honrado
Daqueles comprometidos
Ficha limpa no passado
Não importa o partido
Na Câmara ou no Senado
Se gritar pega bandido
Saí ladrão prá todo lado
(Em 16-02-2018, pensando no meu país)
(Pra não dizer que não falei de política)
Ewerton Mendonca
O Brasil está mordido
Literalmente tomado
Ocupado por bandido
Pra todo lado cercado
O Rio está entupido
De traficante armado
O Estado está falido
Com salário atrasado
O poder tá corrompido
O bandido instalado
Da favela e do presídio
Eles mandam o recado
O povo está aturdido
Pelo bandido cercado
Por um não é assistido
Pelo outro violentado
O povo está exaurido
Bandido pra todo lado
Uns assaltam bem vestidos
Outros roubam disfarçados
Em casa está inibido
O povo desconfiado
A mulher e seu marido
Um e outro assutado
O pobre, povo sofrido
Não dorme, preocupado
Até mulher de bandido
Não sabe quem mora ao lado
O país está falido
Muito mal representado
O Judiciário tem tido
Seu salário aumentado
Para aumentar o salário
Do pobre que tem destino
Um bando de salafrário
Tiram o máximo do mínimo
Para aumentar a bolada
Nós não somos consultados
De noite, é na calada
Que eles fazem a jogada
Eles próprios determinam
O valor percentual
Dobram o valor normal
Duas vezes o atual
Pra o povo é dez por cento
Pra não causar inflação
Pois pobre é como jumento
Que atrapalha a nação
Duzentos, trezentos mil
Recebe um Juiz na conta
O pobre menos de mil
Ainda imposto desconta
Sem falar na mordomia
Mais de 50 na lista
Dinheiro na conta não mia
Político aqui é turista
Prá eles tá tudo normal
Recebem o bambá em dia
Eles são cara de pau
Muitos ou a maioria
O pobre luta legal
Vive intenso o seu dia
Pra casa leva o mingau
Que ganha na correria
O povo não foge do pau
Não sabe o que é mordomia
Difícil prender um Lalau
Rico têm defensoria
A fila dobra a esquina
Na fila morre o doente
A febre amarela aniquila
O povo, pobre indigente
Assim é o meu país
Com eles que elegí
Está quase a explodir
Virou pólvora em barril
O Brasil está sentido
Muito decepcionado
Há muito bandido vestido
Com belo terno importado
O povo não quer o partido
Quer político honrado
Daqueles comprometidos
Ficha limpa no passado
Não importa o partido
Na Câmara ou no Senado
Se gritar pega bandido
Saí ladrão prá todo lado
(Em 16-02-2018, pensando no meu país)
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A última crônica. Fernando Sabino
A última crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura — ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido — vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
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QUASE A SORRIR. Charles Fonseca. Poesia
QUASE A SORRIR
Charles Fonseca
Ai, este teu olhar triste
Tão terno quanto distante
De mim ainda que dantes
Alegre, pra mim sorriste
Já na aurora da vida
Tu infante eu herói,
Que saudade, ainda dói
Do teu amor a partida
Pra bem longe e estás aqui
Quedo eu em meu pesar
Rezo aos céus, hás de voltar
Para mim, ponho-me a rir.
Charles Fonseca
Ai, este teu olhar triste
Tão terno quanto distante
De mim ainda que dantes
Alegre, pra mim sorriste
Já na aurora da vida
Tu infante eu herói,
Que saudade, ainda dói
Do teu amor a partida
Pra bem longe e estás aqui
Quedo eu em meu pesar
Rezo aos céus, hás de voltar
Para mim, ponho-me a rir.
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Charles Fonseca
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Paul Klee. Pintura
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quinta-feira, fevereiro 15, 2018
Urgente: Nunca mais regue suas plantas da mesma forma! Entenda!
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1964 - John Coltrane - A Love Supreme
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QUANDO VOLTARES. Charles Fonseca
QUANDO VOLTARES
Charles Fonseca
Quando voltares, meu amor primeiro,
Quanta água passou por sob a ponte.
Fui junco que se desgarrou da fonte
Do amor, posto ao fundo, derradeiro.
Quando voltares, meu amor segundo,
Quanta terra andei sem minha amada,
Quanto céu sem lua, sem estrela, nada
Do brilho que há no teu olhar, meu mundo.
Quando voltares, meus amores, rindo,
De há muito já me verti em choro
Da falta que enfrentei, serei um novo
Amado, que posto ao lado, findo.
Charles Fonseca
Quando voltares, meu amor primeiro,
Quanta água passou por sob a ponte.
Fui junco que se desgarrou da fonte
Do amor, posto ao fundo, derradeiro.
Quando voltares, meu amor segundo,
Quanta terra andei sem minha amada,
Quanto céu sem lua, sem estrela, nada
Do brilho que há no teu olhar, meu mundo.
Quando voltares, meus amores, rindo,
De há muito já me verti em choro
Da falta que enfrentei, serei um novo
Amado, que posto ao lado, findo.
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quarta-feira, fevereiro 14, 2018
Desejo. Carlos Drumond de Andrade
"Desejo a você fruto do mato,
cheiro de jardim, namoro no portão,
domingo sem chuva, segunda sem mau humor,
sábado com seu amor, filme de Carlitos,
chope com os amigos, crônica de Rubem Braga,
viver sem inimigos, filme antigo na tv,
ter uma pessoa especial, e que ela goste de você,
música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão no interior,
ouvir uma palavra agradável, ter uma surpresa agradável,
ver a banda passar, noite de lua cheia,
rever uma velha amizade, te fé em Deus,
não ter que ouvir a palavra “não”,
nem nunca, nem jamais adeus.
Rir como criança, ouvir canto de passarinho,
sarar de resfriado, escrever um poema de amor que nunca será rasgado,
formar um par ideal, tomar banho de cachoeira,
pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção,
esperar alguém na estação, queijo com goiabada,
pôr de sol na roça, uma festa, um violão, uma seresta,
recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo,
bater palmas de alegria, uma tarde amena,
calçar um velho chinelo, sentar numa velha poltrona,
ouvir a chuva no telhado, vinho branco, Bolero de Ravel . . ."
e muito carinho meu !!!
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terça-feira, fevereiro 13, 2018
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PROCISSÃO. Charles Fonseca. Poesia.
PROCISSÃO
Charles Fonseca
Corre lento o São Francisco
Lambe as terras que assoreia
As margens nuas, areia,
Sem matas, ao sacrifício
Da morte anunciada
Agoniza ele então
O pouco que resta vão
Querer levar sobre escada
Em obra, qual Ramsés,
Tornar mais rico empreiteiro
Oh meu Deus, salve ligeiro,
Dobra o joelho aos teus pés
O povo bom do sertão
Crente então no São Francisco
Noutras eras era pisco
Salve o rio, pedem então
O bispo com seus irmãos
Os protestantes com causa
Espíritas, ateus na cauda,
Todos pedem em procissão.
Charles Fonseca
Corre lento o São Francisco
Lambe as terras que assoreia
As margens nuas, areia,
Sem matas, ao sacrifício
Da morte anunciada
Agoniza ele então
O pouco que resta vão
Querer levar sobre escada
Em obra, qual Ramsés,
Tornar mais rico empreiteiro
Oh meu Deus, salve ligeiro,
Dobra o joelho aos teus pés
O povo bom do sertão
Crente então no São Francisco
Noutras eras era pisco
Salve o rio, pedem então
O bispo com seus irmãos
Os protestantes com causa
Espíritas, ateus na cauda,
Todos pedem em procissão.
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Paul Klee, o grande explorador das formas
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Igreja Católica: Construtora da civilização ocidental 3.1
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segunda-feira, fevereiro 12, 2018
Homilia Diária.768: Segunda-feira da 6.ª Semana do Tempo Comum (P) - Por...
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Minha sogra 87
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domingo, fevereiro 11, 2018
Pintura
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O que é a santidade? Bem resumido
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O que é a santidade?
Ser santos significa parecer-se com Jesus Cristo em tudo: pensamentos, sentimentos, palavras e ações. O traço mais característico da santidade é a caridade (amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo), que dá forma a todas as virtudes: humildade, justiça, laboriosidade, castidade, obediência, alegria... É uma meta a que todos os batizados são chamados, e que só é alcançada no Céu, depois de lutar a vida inteira, contando com a ajuda de Deus.
http://opusdei.org/pt-br/faq/#sobre-o-opus-dei
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Carlos José - ESMERALDA - Filadelfo Nunes e Fernando Barreto - Gravação ...
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Evangelho segundo S. Marcos 1,40-45.
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe: «Se quiseres, podes curar-me».Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse: «Quero: fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
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sábado, fevereiro 10, 2018
Cartas a um jovem poeta. Ranier Maria Rilke
O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe.
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Ranier Maria Rilke
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Homilia Diária.767: Sábado da 5.ª Semana do Tempo Comum (P) - O preço da...
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O médico brasileiro. Caixeta
As políticas públicas “contaminam” toda a Medicina : o médico brasileiro, de modo geral é completamente contaminado pelo “jeito Governo de gerir a Saúde”. Por exemplo, todo médico brasileiro é “treinado” para atender dezenas de pacientes em consultórios numa manhã. É “treinado” para atender dezenas de pacientes graves hospitalizados. Isso distorce sua mente, o faz dele um “profissional atendente de balcão de farmácia” : “ta com dor ? – analgésico”. “Tá com cólica ? –antiespasmódico”. “Tá com depressão ?- antidepressivo”. “Tá com psicose ? – antipsicótico”.
4/ Tais profissionais de “balcão de farmácia”, não entendem a doença como uma fisiopatologia, a entendem como “diagnóstico e tratamento”. Isso distorce completamente a prática médica. Eu vejo isso toda hora, pois lido com estudantes de Graduação, Residência, Pós-Graduação, toda hora, isso desde 1981. É muito difícil fazer um médico/estudante “parar e pensar”, “parar e raciocinar sobre a fisiopatologia, a farmacodinâmica, a farmacocinética, a psicopatologia”. O médico brasileiro é formado no “vapt-vupt”, tudo bem ao contrário do que vivi na minha formação neuropsiquiátrica na França, onde um médico atendia 2-3 pacientes numa manhã, tinha 2 ou 3 pacientes hospitalizados sob seus cuidados. Isso “aprofundava” o raciocínio, “aprofundava a discussão”. O médico brasileiro tem dificuldade para “aprofundar” o que quer que seja. Muitos dão “diagnósticos às cegas”, e o que é pior, não aceitam discutir ou modificar suas opiniões e condutas. Raramente lêem relatórios longos, compulsam exames numerosos, debruçam-se muito tempo sobre cada caso.
4/ Tais profissionais de “balcão de farmácia”, não entendem a doença como uma fisiopatologia, a entendem como “diagnóstico e tratamento”. Isso distorce completamente a prática médica. Eu vejo isso toda hora, pois lido com estudantes de Graduação, Residência, Pós-Graduação, toda hora, isso desde 1981. É muito difícil fazer um médico/estudante “parar e pensar”, “parar e raciocinar sobre a fisiopatologia, a farmacodinâmica, a farmacocinética, a psicopatologia”. O médico brasileiro é formado no “vapt-vupt”, tudo bem ao contrário do que vivi na minha formação neuropsiquiátrica na França, onde um médico atendia 2-3 pacientes numa manhã, tinha 2 ou 3 pacientes hospitalizados sob seus cuidados. Isso “aprofundava” o raciocínio, “aprofundava a discussão”. O médico brasileiro tem dificuldade para “aprofundar” o que quer que seja. Muitos dão “diagnósticos às cegas”, e o que é pior, não aceitam discutir ou modificar suas opiniões e condutas. Raramente lêem relatórios longos, compulsam exames numerosos, debruçam-se muito tempo sobre cada caso.
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Ribeira
RIBEIRA
Charles Fonseca
O idoso tem uma imaginação erótica refinada ao longo dos anos. Consola a si. Não duvide que aos outros. Questão de uma boa conversa. Um faz que olha. Um sussurro. O cicio, a aragem, o toque, o torque, um céu estrelado, sorvete na Ribeira, o azul de Humaitá.
Charles Fonseca
O idoso tem uma imaginação erótica refinada ao longo dos anos. Consola a si. Não duvide que aos outros. Questão de uma boa conversa. Um faz que olha. Um sussurro. O cicio, a aragem, o toque, o torque, um céu estrelado, sorvete na Ribeira, o azul de Humaitá.
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E
Telefone só pra ter o prazer de ouvir a voz dos teus filhos. E desejar que estejam felizes. E que estejam vivendo bem como casal. E que teus netos estejam crescendo em estatura e em graça. E que abram tempo pra dar resposta aos pais quando forem estes já avós a voz cansada enrouquecida alma em partida, após.
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sexta-feira, fevereiro 09, 2018
Homilia Diária.766: Sexta-feira da 5.ª Semana Comum (P) - Abre-te a Deus...
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Tristeza normal e depressão | Psiquiatra Fernando Fernandes
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Ela
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quinta-feira, fevereiro 08, 2018
Além muito além das estrelas eu tenho um lugar
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XI. A celebração do sacramento da Penitência
1480. Tal como todos os sacramentos, a Penitência é uma ação litúrgica. Ordinariamente, os elementos da sua celebração são os seguintes: saudação e bênção do sacerdote, leitura da Palavra de Deus para iluminar a consciência e suscitar a contrição e exortação ao arrependimento: a confissão que reconhece os pecados e os manifesta ao sacerdote; a imposição e aceitação da penitência; a absolvição do sacerdote; o louvor de ação de graças e a despedida com a bênção do sacerdote.
1481. A liturgia bizantina tem várias fórmulas de absolvição, em forma deprecativa, que exprimem admiravelmente o mistério do perdão: «Deus, que pelo profeta Natan perdoou a David, quando ele confessou os seus próprios pecados, a Pedro depois de ele ter chorado amargamente, à pecadora depois de ela ter derramado lágrimas a seus pés, ao publicano e ao pródigo, este mesmo Deus vos perdoe, por intermédio de mim pecador, nesta vida e na outra, e vos faça comparecer, sem vos condenar no seu temível tribunal: Ele que é bendito pelos séculos dos séculos. Ámen» (89).
1482. O sacramento da Penitência pode também ter lugar no âmbito duma celebração comunitária, na qual se faz uma preparação conjunta para a confissão e conjuntamente se dão graças pelo perdão recebido. Neste caso, a confissão pessoal dos pecados e a absolvição individual são inseridas numa liturgia da Palavra de Deus, com leituras e homilia, exame de consciência feito em comum, pedido comunitário de perdão, oração do Pai Nosso e acção de graças em comum. Esta celebração comunitária exprime mais claramente o carácter eclesial da penitência. No entanto, seja qual for a forma da sua celebração, o sacramento da Penitência é sempre, por sua própria natureza, uma acção litúrgica, portanto eclesial e pública (90).
1483. Em casos de grave necessidade, pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação, com confissão geral e absolvição geral. Tal necessidade grave pode ocorrer quando há perigo iminente de morte, sem que o sacerdote ou os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confissão de cada penitente. A necessidade grave pode existir também quando, tendo em conta o número dos penitentes, não há confessores bastantes para ouvir devidamente as confissões individuais num tempo razoável, de modo que os penitentes, sem culpa sua, se vejam privados, durante muito tempo, da graça sacramental ou da sagrada Comunhão. Neste caso, para a validade da absolvição, os fiéis devem ter o propósito de confessar individualmente os seus pecados graves em tempo oportuno (91). Pertence ao bispo diocesano julgar se as condições requeridas para a absolvição geral existem (92). Uma grande afluência de fiéis, por ocasião de grandes festas ou de peregrinações, não constitui um desses casos de grave necessidade (93).
1484. «A confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja: somente a impossibilidade física ou moral o escusa desta forma de confissão» (94). Há razões profundas para que assim seja. Cristo age em cada um dos sacramentos. Ele dirige-Se pessoalmente a cada um dos pecadores: «Meu filho, os teus pecados são-te perdoados» (Mc 2, 5); Ele é o médico que Se inclina sobre cada um dos doentes com necessidade d'Ele (95) « para os curar: alivia-os e reintegra-os na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja.
Catecismo
1481. A liturgia bizantina tem várias fórmulas de absolvição, em forma deprecativa, que exprimem admiravelmente o mistério do perdão: «Deus, que pelo profeta Natan perdoou a David, quando ele confessou os seus próprios pecados, a Pedro depois de ele ter chorado amargamente, à pecadora depois de ela ter derramado lágrimas a seus pés, ao publicano e ao pródigo, este mesmo Deus vos perdoe, por intermédio de mim pecador, nesta vida e na outra, e vos faça comparecer, sem vos condenar no seu temível tribunal: Ele que é bendito pelos séculos dos séculos. Ámen» (89).
1482. O sacramento da Penitência pode também ter lugar no âmbito duma celebração comunitária, na qual se faz uma preparação conjunta para a confissão e conjuntamente se dão graças pelo perdão recebido. Neste caso, a confissão pessoal dos pecados e a absolvição individual são inseridas numa liturgia da Palavra de Deus, com leituras e homilia, exame de consciência feito em comum, pedido comunitário de perdão, oração do Pai Nosso e acção de graças em comum. Esta celebração comunitária exprime mais claramente o carácter eclesial da penitência. No entanto, seja qual for a forma da sua celebração, o sacramento da Penitência é sempre, por sua própria natureza, uma acção litúrgica, portanto eclesial e pública (90).
1483. Em casos de grave necessidade, pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação, com confissão geral e absolvição geral. Tal necessidade grave pode ocorrer quando há perigo iminente de morte, sem que o sacerdote ou os sacerdotes tenham tempo suficiente para ouvir a confissão de cada penitente. A necessidade grave pode existir também quando, tendo em conta o número dos penitentes, não há confessores bastantes para ouvir devidamente as confissões individuais num tempo razoável, de modo que os penitentes, sem culpa sua, se vejam privados, durante muito tempo, da graça sacramental ou da sagrada Comunhão. Neste caso, para a validade da absolvição, os fiéis devem ter o propósito de confessar individualmente os seus pecados graves em tempo oportuno (91). Pertence ao bispo diocesano julgar se as condições requeridas para a absolvição geral existem (92). Uma grande afluência de fiéis, por ocasião de grandes festas ou de peregrinações, não constitui um desses casos de grave necessidade (93).
1484. «A confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário pelo qual o fiel, consciente de pecado grave, se reconcilia com Deus e com a Igreja: somente a impossibilidade física ou moral o escusa desta forma de confissão» (94). Há razões profundas para que assim seja. Cristo age em cada um dos sacramentos. Ele dirige-Se pessoalmente a cada um dos pecadores: «Meu filho, os teus pecados são-te perdoados» (Mc 2, 5); Ele é o médico que Se inclina sobre cada um dos doentes com necessidade d'Ele (95) « para os curar: alivia-os e reintegra-os na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja.
Catecismo
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73 anos. Em pleno carnaval.
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Pra que machucar seu coração?
O cidadão foi acionado na justiça. Pensão alimentícia em causa. Prorrogação. O que foi dito ao juiz pela parte reinvindicante nunca soube. Num gesto de grandiosidade a advogada do mesmo pediu-lhe que não lhe revelasse o texto do que disseram contra ele. Se a causa foi ganha a seu favor pra que machucar seu coração?
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...Pra que machucar seu coração?,
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quarta-feira, fevereiro 07, 2018
Homilia Diária.764: Quarta-feira da 5.ª Semana do Tempo Comum (P) - O qu...
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PÉTALA ( II ). Charles Fonseca. Poesia
PÉTALA ( II )
Charles Fonseca
Uma pétala que caia
Da corola que balouça
No ar sem que se ouça
De ti flor, ai, não me esvaia
Um ai em mim eu soluço
No incerto do destino
És flora não te vás indo
Imploro a ti convulso
Não te vás agora flor
Eu tristonho colibri
Sozinho adejo a ti
Se te vais esvaio em dor.
Charles Fonseca
Uma pétala que caia
Da corola que balouça
No ar sem que se ouça
De ti flor, ai, não me esvaia
Um ai em mim eu soluço
No incerto do destino
És flora não te vás indo
Imploro a ti convulso
Não te vás agora flor
Eu tristonho colibri
Sozinho adejo a ti
Se te vais esvaio em dor.
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.....PÉTALA ( II )
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Aceitamos ser visitados por quem cultiva amor por nós
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Soneto CV. William Shakespeare
SONETO CV
William Shakespeare
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
William Shakespeare
Não chame o meu amor de Idolatria
Nem de ídolo realce a quem eu amo,
Pois todo o meu cantar a um só se alia,
E de uma só maneira eu o proclamo.
É hoje e sempre o meu amor galante,
Inalterável, em grande excelência;
Por isso a minha rima é tão constante
A uma só coisa e exclui a diferença.
'Beleza, Bem, Verdade', eis o que exprimo;
'Beleza, Bem, Verdade', todo o acento;
E em tal mudança está tudo o que primo,
Em um, três temas, de amplo movimento.
'Beleza, Bem, Verdade' sós, outrora;
Num mesmo ser vivem juntos agora.
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William Shakespeare
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Homilia Diária.763: Terça-feira da 5.ª Semana do Tempo Comum (P) - Prudê...
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terça-feira, fevereiro 06, 2018
PERGUNTO AO RELÓGIO. Charles Fonseca. Poesia.
PERGUNTO AO RELÓGIO
Charles Fonseca
Por que não te adiantas relógio
Por que não a posso logo ver
Ao menos ouvi-la, alegra o ser
Por que não te adiantas relógio?
Por que não te atrasas relógio
No tempo do meu passado
Quando a ouvi, toquei, bom fado
Por que não te atrasas relógio?
Por me opões tão longa prova
De ficar dela só com a imagem
Longa estrada, longa viagem,
Até que a abrace a beije em nova?
Charles Fonseca
Por que não te adiantas relógio
Por que não a posso logo ver
Ao menos ouvi-la, alegra o ser
Por que não te adiantas relógio?
Por que não te atrasas relógio
No tempo do meu passado
Quando a ouvi, toquei, bom fado
Por que não te atrasas relógio?
Por me opões tão longa prova
De ficar dela só com a imagem
Longa estrada, longa viagem,
Até que a abrace a beije em nova?
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segunda-feira, fevereiro 05, 2018
Tens mais dúvidas do meu amor?. José de Alencar
Um dia irás errante pelas vastas solidões dos mares ou pelos cimos elevados das montanhas, longe do mundo, sob o olhar protetor de Deus, à sombra dos cuidados de nossa mãe, mas até isso viveremos tanto um com o outro, encheremos de tanta afeição os nossos dias, as nossas horas, os nossos instantes juntos, que, por mais curto que seja o nosso tempo juntos, teremos vivido por cada minuto séculos de
amor e de felicidade.
Eu espero; mas temo.
Espero-te como a flor desfalecida espera o raio de sol que deve aquecê-la, a gota de orvalho que pode animá-la, o hálito da brisa que vem bafejá-la.
Porque para mim o único céu que hoje me sorri, são teus olhos;
o calor que pode me fazer viver, é o do teu seio.
Tens mais dúvidas do meu amor?
amor e de felicidade.
Eu espero; mas temo.
Espero-te como a flor desfalecida espera o raio de sol que deve aquecê-la, a gota de orvalho que pode animá-la, o hálito da brisa que vem bafejá-la.
Porque para mim o único céu que hoje me sorri, são teus olhos;
o calor que pode me fazer viver, é o do teu seio.
Tens mais dúvidas do meu amor?
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Sonho de velhos carnavais
SONHO DE VELHOS CARNAVAIS
Charles Fonseca
Quero estar longe carnaval
Perto quero estar alterosas
Abraçado a ti tão gostosa
Cheirar teu corpo etc e tal
Ou quem sabe à beira mar
Também Chapada Diamantina
Volta e meia rio piscina
Ou então beijo ao luar
Também serve no Xingó
Navegar no São Franciso
Morder de leve petisco
Beber teu mel nós dois sós
Charles Fonseca
Quero estar longe carnaval
Perto quero estar alterosas
Abraçado a ti tão gostosa
Cheirar teu corpo etc e tal
Ou quem sabe à beira mar
Também Chapada Diamantina
Volta e meia rio piscina
Ou então beijo ao luar
Também serve no Xingó
Navegar no São Franciso
Morder de leve petisco
Beber teu mel nós dois sós
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...Sonho de velhos carnavais,
Charles Fonseca,
Poesia
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PERFUMES. Charles Fonseca. Poesia.
PERFUMES
Charles Fonseca
Desce o tempo pelo rio
Das contas buscando os mares,
Amantes trocam olhares
Em vagas, nas noites de frio.
Sobem soluços do peito,
Desejos em chamas crepitam,
Sobem ardores, suscitam
Gemidos em ondas no leito.
Sobem à lua queixumes,
Desce cândido o luar,
O rio dá contas ao mar,
No leito recendem perfumes.
Charles Fonseca
Desce o tempo pelo rio
Das contas buscando os mares,
Amantes trocam olhares
Em vagas, nas noites de frio.
Sobem soluços do peito,
Desejos em chamas crepitam,
Sobem ardores, suscitam
Gemidos em ondas no leito.
Sobem à lua queixumes,
Desce cândido o luar,
O rio dá contas ao mar,
No leito recendem perfumes.
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.....PERFUMES
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COMANDANTES MILITARES BARRAM NOVA VOTAÇÃO DO STF SOBRE CONDENAÇÃO EM 2ª...
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Homilia Diária.762: Segunda-feira da 5.ª Semana do Tempo Comum (P) - A g...
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UOL - Matéria sobre depressão
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domingo, fevereiro 04, 2018
OBTER A INDULGÊNCIA DE DEUS MEDIANTE A IGREJA
1478. A indulgência obtém-se mediante a Igreja que, em virtude do poder de ligar e desligar que lhe foi concedido por Jesus Cristo, intervém a favor dum cristão e lhe abre o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos, para obter do Pai das misericórdias o perdão das penas temporais devidas pelos seus pecados. É assim que a Igreja não quer somente vir em ajuda deste cristão, mas também incitá-lo a obras de piedade, penitência e caridade» (88).
1479. Uma vez que os fiéis defuntos, em vias de purificação, também são membros da mesma comunhão dos santos, nós podemos ajudá-los, entre outros modos, obtendo para eles indulgências, de modo que sejam libertos das penas temporais devidas pelos seus pecados.
Catecismo
1479. Uma vez que os fiéis defuntos, em vias de purificação, também são membros da mesma comunhão dos santos, nós podemos ajudá-los, entre outros modos, obtendo para eles indulgências, de modo que sejam libertos das penas temporais devidas pelos seus pecados.
Catecismo
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Uma no martelo e outra na bigorna
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"Escultura" - Nelson Gonçalves, do filme "O camelô da Rua Larga" - 1958
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Nelson Gonçalves
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PERFUME DE MULHER. Charles Fonseca. Poesia.
PERFUME DE MULHER
Charles Fonseca
Se queres do amor um só na vida
Não exales pra outro teu perfume
Pois que se és rosa e a um seduz
A outro intriga e o põe na cruz.
Este que do amor fazes calvário
É cravo que por ti desabrochou.
Soluça triste, em modo vário,
Mas lágrima lhe enxuga o beija flor.
Charles Fonseca
Se queres do amor um só na vida
Não exales pra outro teu perfume
Pois que se és rosa e a um seduz
A outro intriga e o põe na cruz.
Este que do amor fazes calvário
É cravo que por ti desabrochou.
Soluça triste, em modo vário,
Mas lágrima lhe enxuga o beija flor.
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sábado, fevereiro 03, 2018
PENSANDO NELA. Charles Fonseca. Poesia.
PENSANDO NELA
Charles Fonseca
Na janela pensativo
Nada vejo ou acontece.
Dormitei e ela aparece
De Morfeu tirou-me o siso.
Alisou-me as cãs revoltas,
Seu sorriso enternece.
Ah, se a outra aqui estivesse!
Que bobagem, rio à toa.
Todo dia penso nela
Dia claro, noite escura
No poente a procuro,
Nasce o sol, volto à janela.
Charles Fonseca
Na janela pensativo
Nada vejo ou acontece.
Dormitei e ela aparece
De Morfeu tirou-me o siso.
Alisou-me as cãs revoltas,
Seu sorriso enternece.
Ah, se a outra aqui estivesse!
Que bobagem, rio à toa.
Todo dia penso nela
Dia claro, noite escura
No poente a procuro,
Nasce o sol, volto à janela.
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ESTRO. Charles Fonseca. Poesia
ESTRO
Charles Fonseca
Tu és qual mal me quer
Só que ao contrário do nome
Bem te quis, linda mulher,
Ai que saudade, que fome!
Como foi bom de lamber
Aquele favo molhado
Naquele jardim tão florado
Num sonho amanhecer
Neste instante eu em deserto
Me espreguiço e alevanto
Em paixão, ai que quebranto,
Quero à vela ver-te em estro.
Charles Fonseca
Tu és qual mal me quer
Só que ao contrário do nome
Bem te quis, linda mulher,
Ai que saudade, que fome!
Como foi bom de lamber
Aquele favo molhado
Naquele jardim tão florado
Num sonho amanhecer
Neste instante eu em deserto
Me espreguiço e alevanto
Em paixão, ai que quebranto,
Quero à vela ver-te em estro.
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Vidas consagradas
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sexta-feira, fevereiro 02, 2018
CEDIÇO. Charles Fonseca. Poesia
CEDIÇO
Charles Fonseca
Tu que me viste, amigo,
Em pranto modo convulso
Lembra, ainda há soluço
Contido no peito retido
Por tanto amar à distância
De querer bem e em silêncio
Tu que me olhas sem lenço
Vê minha face na infância
Também choraram por mim
E eu por eles cediço
Em os querer desde o início
Reze por todos, enfim.
Charles Fonseca
Tu que me viste, amigo,
Em pranto modo convulso
Lembra, ainda há soluço
Contido no peito retido
Por tanto amar à distância
De querer bem e em silêncio
Tu que me olhas sem lenço
Vê minha face na infância
Também choraram por mim
E eu por eles cediço
Em os querer desde o início
Reze por todos, enfim.
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quinta-feira, fevereiro 01, 2018
Carrinho de mão
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PAI CORUJA. Charles Fonseca. Poesia.
PAI CORUJA
Charles Fonseca
A cortina em voil
Teu berço todo alvinho
O lençol todo arminho
Eu teu pai só bacurau
De noite te corujando
De dia eu tico-tico
Não sei se vou ou se fico
Ao teu lado só ninando
Será te verei já adulta
Tu já mãe e eu avô
Não, antes eu não me vou,
Oh Deus dá-me esta ventura!
Charles Fonseca
A cortina em voil
Teu berço todo alvinho
O lençol todo arminho
Eu teu pai só bacurau
De noite te corujando
De dia eu tico-tico
Não sei se vou ou se fico
Ao teu lado só ninando
Será te verei já adulta
Tu já mãe e eu avô
Não, antes eu não me vou,
Oh Deus dá-me esta ventura!
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O Brasil embrutece
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