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sexta-feira, janeiro 26, 2018

OLHARES. Charles Fonseca. Poesia

OLHARES
Charles Fonseca

Se não me podes amar
Deixa então que sem demora
Fuja eu da prisão, senhora,
Do teu olhar verde mar.

Quero estar noutros espaços
Singrar até mar bravio
Cujas ondas tenham traços
De céus, de olhos de anil.

Ou, quem sabe, olhos castanhos
Olharão este vate errante
D'onde brotam entre versos,
Ternuras de um peito amante.

Que olhos negros até
Acompanhem os meus passos,
Contanto que clareiem
Deste vate os olhos baços.

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