Pesquisar este blog

segunda-feira, dezembro 31, 2018

TERRA LAVRADA. Charles Fonseca. Poesia.

TERRA LAVRADA
Charles Fonseca

Mais um ano que se vai
outro que bate à porta
é entrante e já se esgota
o que foi pra nunca mais

a não ser pra todo o sempre
nos desvãos da minha memória
a tristeza em moratória
espoucam vivas sementes

das esperanças douradas
dos vergéis a florescer
dos que se vão venham a ser
os frutos terra lavrada.

O Brasil não é uma granja, babacas!

Para pessoas de caráter pessimista. Rossini: William Tell Overture: Final

DUAS PARTICIPAÇÕES NO SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO

1546. Cristo, sumo sacerdote e único mediador, fez da Igreja «um reino de sacerdotes para Deus seu Pai» (18). Toda a comunidade dos crentes, como tal, é uma comunidade sacerdotal. Os fiéis exercem o seu sacerdócio baptismal através da participação, cada qual segundo a sua vocação própria, na missão de Cristo, sacerdote, profeta e rei. É pelos sacramentos do Baptismo e da Confirmação que os fiéis são «consagrados para serem [...] um sacerdócio santo» (19).

1547. O sacerdócio ministerial ou hierárquico dos bispos e dos presbíteros e o sacerdócio comum de todos os fiéis – embora «um e outro, cada qual segundo o seu modo próprio, participem do único sacerdócio de Cristo» (20) – são, no entanto, essencialmente diferentes ainda que sendo «ordenados um para o outro» (21). Em que sentido? Enquanto o sacerdócio comum dos fiéis se realiza no desenvolvimento da vida baptismal – vida de fé, esperança e caridade, vida segundo o Espírito – o sacerdócio ministerial está ao serviço do sacerdócio comum, ordena-se ao desenvolvimento da graça baptismal de todos os cristãos. É um dos meios pelos quais Cristo não cessa de construir e guiar a sua igreja. E é por isso que é transmitido por um sacramento próprio, que é o sacramento da Ordem.


Catecismo

PRA VOCÊ - NELSON GONÇALVES

Livro recomendado

Evangelho segundo S. João 1,1-18.

No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito.
N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu e os seus não O receberam.
Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d’Ele, exclamando: "Era deste que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’".
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

Hino 239 "A Luz do Céu"

A oligarquia do Nordeste resiste ao seu desmonte.

domingo, dezembro 30, 2018

Desafios para o herói Moro

Hino israelita.

Evangelho segundo S. Lucas 2,41-52.

Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa.Quando Ele fez doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados; e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?».
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe guardava todos estes acontecimentos em seu coração.
E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens.

Hino 381 "Amor Fraternal"

POEMA DA DEVASTAÇÃO. Carlos Nejar.

POEMA DA DEVASTAÇÃO
Carlos Nejar

Há uma devastação
nas coisas e nos seres,
como se algum vulcão
abrisse as sobrancelhas
e ali, sobre esse chão,
pousassem as inteiras
angústias, solidões,
passados desesperos
e toda a condição
de homem sem soleira,
ventura tão curta,
punição extrema.

Há uma devastação
nas águas e nos seres;
os peixes, com seus viços,
revolvem-se no umbigo
deste vulcão de escamas.

Há uma devastação
nas plantas e nos seres;
o homem recurvado
com a pálpebra nos joelhos.
As lavas soprarão,
enquanto nós vivermos.




Barroso atropela Gilmar Mendes em plenário

sábado, dezembro 29, 2018

O SACERDÓCIO ÚNICO DE CRISTO

1544. Todas as prefigurações do sacerdócio da Antiga Aliança encontram a sua realização em Jesus Cristo, «único mediador entre Deus e os homens» (1 Tm 2, 5). Melquisedec, «sacerdote do Deus Altíssimo» (Gn 14, 18), é considerado pela Tradição cristã como uma prefiguração do sacerdócio de Cristo, único «Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquisedec» (Heb 5, l0; 6, 20), «santo, inocente, sem mancha» (Heb 7, 26), que «com uma única oblação, tornou perfeitos para sempre os que foram santificados» (Heb 10, 14), isto é, pelo único sacrifício da sua cruz.

1545. O sacrifício redentor de Cristo é único, realizado uma vez por todas. E no entanto, é tornado presente no sacrifício eucarístico da Igreja. O mesmo se diga do sacerdócio único de Cristo, que é tornado presente pelo sacerdócio ministerial, sem diminuição da unicidade do sacerdócio de Cristo: «e por isso, só Cristo é verdadeiro sacerdote, sendo os outros seus ministros» (17).


Catecismo

Dirceu e sua turma logo estarão enjaulados e postos na lata de lixo da h...

"Você perdeu, babaca."

Francês: A expressão do dia.

Hino 83 "A Cruz de Cristo"

TRIÂNGULO. Charles Fonseca. Poesia.

TRIÂNGULO
Charles Fonseca

Hospedou em uma casa
aquele homenzarrão
quase em baldeação
com a mulher sua amada

um drama ali se hospedou
e um triângulo dramático
vítima perseguidor
um ângulo esquálido

este saiu à farmácia
a consorte entrou em cena
ouve então em cantilena
um ângulo com sua empáfia

aquele homenzarrão
até então salvador
sentado desmoronou
chorou em convulsão

consorte salva a intriga
com salvador contracena
chorou de fazer pena
salvou aquela alma caída

o homem refeito escapa
quedou-se então em silêncio
ensaio foi um proscênio
um triângulo de Karpman

esta estória a remir
chega o ator principal
poeta sem avental
conta, meninos, não vi.

Lindos. Fotografia.

PT Democratas de fancaria

MARIA. Charles Fonseca. Poesia.

MARIA
Charles Fonseca

Meu tempo é analógico
o teu não mais que é
o digital é que não é
do tempo o meu relógio

que anda pra frente e de lado
pra trás alça aos céus
volteia e anarquiado
repousa amante aos teus pés

mulher, ser temporal,
imagem tu me és por espelho
distorcida te assemelhas
Santa Maria imortal.


ILUSÃO... Charles Fonseca. Poesia.

ILUSÃO...
Charles Fonseca

Estação supermercado
à espera mantimentos
pro corpo eu sentimento
escrevo verso em ato

pra alma o alimento
assegurado o do corpo
da inspiração quero sopro,
vem musa ao pensamento,

vai-te embora velho ano
o ano novo por triz
ansio nova matriz
de ilusão aporte certo!






 

ROMANCE. Mário Faustino

ROMANCE
Mário Faustino

Para as Festas da Agonia
Vi-te chegar, como havia
Sonhado já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Em teu cavalo eu partira
Sem saudade, pena, ou ira;
Teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida e a dor
Que o Sono vinha trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena —

Não morri de mala sorte,
Morri de amor pela Morte.

ZORRO (Dublado) Capitulo - 10 - Missão Secreta de Garcia.

Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor,como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor",
e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor.
Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele.
O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor;
e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito,
Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo,
porque os meus olhos viram a vossa salvação,
que pusestes ao alcance de todos os povos:
luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo.
O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição;
– e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações".

sexta-feira, dezembro 28, 2018

RETROSPECTIVA 2018 - O ANTAGONISTA: Parte 5

THE UNENDING GIFT. Jorge Luis Borges. Poesia.

THE UNENDING GIFT
Jorge Luis Borges

Tradução de Carlos Nejar e Alfredo Jacques

Um pintor nos prometeu um quadro.
Agora, em New England, sei que morreu. Senti,
como outras vezes, a tristeza de
compreender que somos como um sonho.
Pensei no homem e no quadro perdidos.
(Só os deuses podem prometer, porque são
[ imortais.)
Pensei num lugar prefixado que a tela não
[ ocupará.
Pensei depois: se estivesse aí, seria com o tempo
uma coisa a mais, uma das vaidades ou
hábitos da casa; agora é ilimitada,
incessante, capaz de qualquer forma e
qualquer cor e a ninguém vinculada.
Existe de algum modo. Viverá e crescerá como
uma música e estará comigo até o fim.
Obrigado, Jorge Larco.
(Também os homens podem prometer, porque na
[ promessa há algo imortal.)


Hino 89 "O Poder do Sangue"

PASSARINHO. Charles Fonseca. Poesia.

PASSARINHO
Charles Fonseca

Saudade  menina piaba
praia de Itacaré
do meu nino e até
hoje um ser de bondade

do meu pé de fruta-pão
andorinha abacateiro
daquele velho coqueiro
eu passarinho passarão

todos ribeiro regato
em sequência pelas margens
a deixar pelas paragens
flor fruto amor em ato.

Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.

Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos, encheu-se de grande furor e mandou matar em Belém e no seu território todos os meninos de dois anos ou menos, conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer:
«Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim: Raquel chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem».

quinta-feira, dezembro 27, 2018

Um marreteiro na Alerj

NUCLEAR. Charles Fonseca. Poesia.

NUCLEAR
Charles Fonseca

A moda ser nuclear
a família pós moderna
os avós são uns palermas
só se for pra ajudar

pra suprir uma carência
pra mulher ir trabalhar
fora em qualquer lugar
pra remir a consciência

ou então pra ir pra luta
em busca do ganha pão
salvar filhos dos desvãos
da miséria, a sós labuta.

CHEGA MAIS. Charles Fonseca. Poesia.

CHEGA MAIS
Charles Fonseca

Se não fora a mulher
acho que ia ser padre
tive em meu pai por herdade
um gosto por bem-me-quer

também por rosa orvalhada
por flor do maracujá
um tal chego já chego já
um chamego, minha amada!

“Um mundo que confia seu futuro ao discernimento dos jovens é um mundo velho e cansado, que já não tem futuro algum.”

CEIFA. Ésio Macedo Ribeiro. Poesia.

CEIFA
Ésio Macedo Ribeiro

A Léia Garcia Ribeiro


A lâmina, pronta, impune,
atrai a menina para o fio.

A lâmina da cortadeira
colhe seu corpo contorcido.

O vermelho tinge
a alvura dos laranjais floridos.






Hino 579 "Olhando para Cristo"

A ROSA. Charles Fonseca

A ROSA
Charles Fonseca

De volta recebo esta rosa
tão bela quanto a dona
quem me dera 'star à sombra
lá distante alterosas

ou então lá pelos vales
olhando escuros do céu
quem sabe então num batel
na proa, a noite invade.

Explicações de Queiroz em entrevista são insatisfatórias | Felipe Moura ...

MONTE SERRAT. Charles Fonseca. Poesia.

MONTE SERRAT
Charles Fonseca

Quano nós for na Bahia
vamo no Monte Serrat
de mão dada a sós ficá
oiando a lua alumia

ou intão nós num abraço
na preamá da ilusão
sozinho só mão na mão
se num tiver mais um laço

a nos prendê a atenção
olhá só as estrela
baixamar nois na arêa
a sonhá só ilusão.

ANÁLISE - Queiróz no SBT.

Evangelho segundo S. João 20,2-8.

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ter com Simão Pedro e com o discípulo predileto de Jesus e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.

Tela "No Terraço", de Renoir

quarta-feira, dezembro 26, 2018

Medley de Hinos Natalinos (CC 28 Nasceu o Redentor - CC 33 Nasceu Jesus)

Como são feitos ministros do STF

MOCINHA 2. Charles Fonseca. Poesia.

MOCINHA 2
Charles Fonseca

Com fome saio pro almoço
vou comer u'a  comidinha
logo lembro de Mocinha
com fome em alvoroço

moça de boa estirpe
geme e contorce em vão
deseja um comilão
a ela ninguém resiste

a sentir o seu sacio
penetrar na sua gruta
onde molhar a enxuta
pensa o gato vadio

tem ela cheiro de mar
consistência de caqui
a doçura de um oiti
preamar ou baixamar.

ZORRO - Episódio 9: Um Julgamento Justo (DUBLADO)

ETERNA. Charles Fonseca. Poesia.

ETERNA
Charles Fonseca

Uma viagem ao passado
passeio a sonhos futuros
confusos até obscuros
o real papel almaço

embrulha tudo e todos
sabonete ou sabão massa
toda ventura ou desgraça
no palácio ou sob um toldo

assim este andarilho
me faço de astronauta
escrevo poema sem pauta
canto cantem o estribilho

sou somos nave terra
de passagem à outra vida
no além já finda a lida
ao celeste vida eterna.

Mário Ferreira dos Santos. Biografia.

Clique:
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Ferreira_dos_Santos

MEU PAI. Ferreira Gullar. Poesia.

MEU PAI
Ferreira Gullar


meu pai foi
ao Rio se tratar de
um câncer (que
o mataria) mas
perdeu os óculos
na viagem

quando lhe levei
os óculos novos
comprados na Ótica
Fluminense ele
examinou o estojo com
o nome da loja dobrou
a nota de compra guardou-a
no bolso e falou:
quero ver
agora qual é o
sacana que vai dizer
que eu nunca estive
no Rio de Janeiro


O QUE É A VERDADE???

Extraordinária

Clique
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10156023466779760&id=32616834014

Caetano Veloso - Lamento Borincano (Ao Vivo)

Evangelho segundo S. Mateus 10,17-22.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Tende cuidado com os homens: hão de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas.Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações.Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer;porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós.O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte.E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.

terça-feira, dezembro 25, 2018

SERÃO DO MENINO POBRE. Ascânio Lopes. Poesia.

SERÃO DO MENINO POBRE
Ascânio Lopes

Na sala pobre da casa da roça
papai lia os jornais atrasados.
Mamãe cerzia minhas meias rasgadas.
A luz frouxa do lampião iluminava a mesa
e deixava nas paredes um bordado de sombras.
Eu ficava a ler um livro de histórias impossíveis
— desde criança fascinou-me o maravilhoso.
Às vezes, Mamãe parava de costurar
— a vista estava cansada, a luz era fraca,
e passava de leve a mão pelos meus cabelos,
numa carícia muda e silenciosa.

Quando Mamãe morreu
o serão ficou triste, a sala vazia.
Papai já não lia os jornais
e ficava a olhar-nos silencioso.
A luz do lampião ficou mais fraca
e havia muito mais sombra pelas paredes...
E, dentro em nós, uma sombra infinitamente
[ maior.


A VERDADE. Charles Fonseca. Poesia.

A VERDADE
Charles Fonseca

Não me banque o gato mestre
nem a gata borralheira
além do mais é besteira
rabo preso acontece,

às vezes escondida
no silêncio acoitada
bambeia pra todo lado
a verdade a perigo,

pelas barbas do profeta
o passado a ti condena
dá dó é de dar pena
não minta a mim poeta.

Hino 454 "Vitória nas Lutas"

FRIO NA ALMA. Charles Fonseca. Poesia.

FRIO NA ALMA
Charles Fonseca

Não quero "Feliz Natal"
nem dizeres pro forma
vencido, bate então em outra porta,
fechei a minha ao final

sempre esteve bem aberta
aos poucos saudade entrou
de cansada se deitou,
cochilo, eis que há festa

um real que fantasio
em sonho acalmo a alma
em paz estendo a palma
do perdão, a noite esfria.

UM FONSECA EM FOLIA. Charles Fonseca. Poesia

UM FONSECA EM FOLIA
Charles Fonseca

Mais uma Natal em família
que tão logo me acolheu
do deserto filho seu
exemplo pra homilia

de afeto é tenro ninho
um em todos todos num
abraços beijos fartum
respeito mútuo carinho

são Marinato Monteiro
com eles haja alegria,
Fonseca, entro em folia
'stão de fato em meu peito.

segunda-feira, dezembro 24, 2018

Por um Natal de 2019 mais feliz do que este

“Lula confunde direito à ampla defesa com direito a defesa ilimitada”.

PERSONAS. Charles Fonseca. Poesia.

PERSONAS
Charles Fonseca

Olho uma e é solidão
um outra é fantasia
uma terceira agonia
partiu já há um tempão.

uma por si é discreta
se aliena com a dor
insuportável o amor
por alguém mais que pateta

há a que quase que é
de capa se fantasia
a sofrer ri alegria
claudica manqueja até

assim correm os dias
de insônia em noites longas
fantasmas em arrelias
acorda, é dia, sonhas.

COICE. Charles Fonseca. Poesia.

COICE
Charles Fonseca

Fecho o livro em vão crepito
volto ao Magnificat
no enlevo de um Bach
solução pra um agito

de menino feito homem
de mulher só a pensar
como é lado de lá
quem me dá eu lobisomem

fico insone e é noite
me sinto tal qual um potro
corcoveio por um outro
quero a égua sem coice.




CANÇÃO. Tasso da Silveira. Poesia.

CANÇÃO
Tasso da Silveira


No fim de contas, um pássaro
cantando na noite densa
é coisa que a gente encontra
muitas vezes, mesmo longe
do vago mundo da lenda.

Alma é dor, mas também êxtase.
E quando menos se espera
da areia surge uma fonte,
nasce uma rosa na sombra,
canta um pássaro na treva.

A amada chegando tímida
é a rosa por que esperamos,
o amigo, uma fonte fresca,
e a lua no céu acesa
vale um pássaro cantando.

Solta um pássaro notívago
profunda e grave cantiga
no entanto pura e singela:
isto ocorre quando o Poeta
canta na noite da vida.


Bach: Magnificat

Evangelho segundo S. Lucas 2,1-14.

Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra.Este primeiro recenseamento efetuou-se quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz
e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles, e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».

VETUSTAS. Charles Fonseca. Poesia.

VETUSTAS
Charles Fonseca

tarde preguiça domingo
sei que está no muito longe
se perto de mim se esconde
por ela já não me domino

sei que anda oculta
que há muito já partiu
espero a volta, quem viu?
sobram lembranças vetustas.

domingo, dezembro 23, 2018

SINA. Charles Fonseca. Poesia.

SINA
Charles Fonseca

Vai embora, meu bom velho,
Disse o neto em despedida
Que audaz foi tua vida
Um farol, um evangelho!

A razão a plena carga
Um senão um sim ainda
Quero eu ficar infinda
A saudade enfim amarga

De me ir, pensou o geronte,
Eu ainda quero mais
Um pouquinho olhar pra trás
Antes que o sol trás monte

Se ponha, é cedo ainda,
Quero luz ainda que cego
Ouvir meus filhos, não nego,
Que ser pai pra sempre é sina.

MACCARUZZI, Bernardino Italian architect (b. ca. 1728, Venezia, d. 1800, Venezia)

Não more perto de inimigo.

Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano - FIZ A CAMA NA VARANDA - Dilú Mello...

QUARTO DE LUA. Charles Fonseca. Poesia.

QUARTO DE LUA
Charles Fonseca

Menininha avoroçada
galinhada à cabidela
um coração porta ela
êta menina danada

já me deixou meio confuso
quadros de Coubert no quarto
quarto de lua exulto
por ela caio de quatro

pura imaginação
não mais que um devaneio
volto ao real de permeio
faço poema em vão.

Hino 92 "Substituição"

OREMOS PELOS BANDIDOS. Charles Fonseca. Prosa.

OREMOS PELOS BANDIDOS
Charles Fonseca

No princípio houve um verbo.  Nenhum empregado demitido deveria ser admitido pela empresa ao lado. No princípio houve um trato. Um trato entre sacanas. Polo Petroquímico da Bahia. Eram opressores. Ainda posam de bom moço. A terra os espera como a todos. Oremos.

sábado, dezembro 22, 2018

Francês: Les gentils pirates - chanson enfant - monde des petits

[OUTRO SOL 1]. Júlio Polidoro. Poesia.

[OUTRO SOL 1]

A Adriana Rebelo


dizei
a casa do homem

a pátria
da cabeça sobre a pedra

ditai sua homilia,
gárgula,
o jorro do princípio

tornamo-nos aquele
que cresceu sem conhecer-se

tornamo-nos fieira de urzes
no quintal sem tranca,
do mundo a porteira
que o gume afia

revelai seus esplendores
saciados
com mel, lagartos

cegai-nos, para que vejamos
ecce homo
a cabeça sobre a pedra

calai-nos ainda que falemos
buscar bater pedir

dizei a casa do homem

ditai, por amor, sua homilia








MOCINHA 1. Charles Fonseca. Poesia.

MOCINHA 1
Charles Fonseca

Retorna à casa paterna
quem dela saiu mocinha
terna como é ela
mistério, uma epopeia?

como ficaram seus pais
saudosos em Paiaiá
que viu do lado de lá
volta ao sertão tendo paz?

Hino 436 "Dai-nos Luz!"

ALUCINADO. Charles Fonseca. Poesia.

ALUCINADO
Charles Fonseca

Tens dois meigos biquinhos
que parecem de andorinhas
em teu colo quando caminhas
os acompanho durinhos

numa boca bem cercada
entre elas tua língua
me arrebata e à míngua
suga a minha lambuzada

em volta do teu pescoço
mil pousos de borboleta
arrodeio em retreta
ponho o resto em alvoroço

arrepia a tua pele
passo a mão está tudo em Braille
fervilham os teus entalhes
devagar como se deve

inscrevo em ti, amada,
o teu corpo em labaredas
qual vulcão lavas acesas
de ti escorrem às beiradas

algo que é doce e salgado
te premio em pleno gozo
algo branco leitoso
desmaio alucinado.






sexta-feira, dezembro 21, 2018

Hino 39. Alvo Mais que a Neve

Evangelho segundo S. Lucas 1,39-45.

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santoe exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor»."

SEUS OLHOS SEMPRE PUROS Paul Éluard. Poesia.

SEUS OLHOS SEMPRE PUROS
Paul Éluard

Tradução: José Paulo Paes


Dias de lentidão, dias de chuva,
Dias de espelhos quebrados e agulhas perdidas,
Dias de pálpebras fechadas ao horizonte
[ dos mares,
De horas em tudo semelhantes, dias de cativeiro.

Meu espírito que brilhava ainda sobre as folhas
E as flores, meu espírito é desnudo feito o amor,
A aurora que ele esquece o faz baixar a cabeça
E contemplar seu próprio corpo obediente e vão.

Vi, no entanto, os olhos mais belos do mundo,
Deuses de prata que tinham safiras nas mãos,
Deuses verdadeiros, pássaros na terra
E na água, vi-os.

Suas asas são as minhas, nada mais existe
Senão o seu vôo a sacudir minha miséria.
Seu vôo de estrela e luz,
Seu vôo de terra, seu vôo de pedra
Sobre as vagas de suas asas.

Meu pensamento sustido pela vida e pela morte.



LEURS YEUX TOUJOURS PURS

Jours de lenteur, jours de pluie,
Jours de miroirs brisés e d'aiguilles perdues,
Jours de paupières closes a l'horizon des mers,
D'heures toutes semblables, jours de captivité,

Mon esprit qui brillait encore sur les feuilles
E les fleurs, mon esprit est nu comme l'amour,
L'aurore qu'il oublie lui fait baisser la tête
Et contempler son corps obéissant et vain.

Pourtant, j'ai vu les plus beux yeaux du monde,
Dieux d'argent qui tenaient des saphirs dans
[ leurs mains,
De véritables dieux, des oiseaux dans la terre
E dans l'eau, je les ai vus.

Leus ailes sont les miennes, rien n'existe
Que leur vol qui secoue ma misère,
Leur vol d'étoile e de lumière
Leur vol de terre, leur vol de pierre
Sur les flots de leurs ailes,

Ma pensée soutenue par la vie e la mort.






BORDERLINE: Uma explosão de emoções

quinta-feira, dezembro 20, 2018

Hino 190 "Para Salvar-te"

IDÉIAS. Charles Fonseca. Poesia.

IDÉIAS
Charles Fonseca

A foto de alguém fúnebre
evoca lembranças tantas
desde cedo em criança
quanto em adulto lúgrube

que vivências já se foram
quem as viu chorou por elas
quando ouviu erro a capela
quantas vezes já ressoam

em consciências despertas
antes tão absortas
em si mesmas tranças soltas
hoje presas e as idéias.

quarta-feira, dezembro 19, 2018

FERRÃO. Charles Fonseca. Poesia.

FERRÃO
Charles Fonseca

Difícil suportar os vermes
que inda medram no pântano
os que inda choram aos cântaros
apetralhados solertes

idiotas sem visão
viseiras mostram a estrada
imbecís andam em manada
tocados rêlho ferrão.

URGENTÍSSIMO!!! MARCO AURÉLIO SOLTA LULA

A imagem pode conter: 2 pessoas, fato e texto

URGENTE: MARCO AURELIO SOLTA LULA E SAI DE FÉRIAS

Hino 545 "Vamos à Escola"

BRASÍS. Charles Fonseca. Poesia.

BRASÍS
Charles Fonseca

Este é um país sacana
bandidos a guerrear
ladrões em todo lugar
vão soltar as ratazanas

pra mim já é demais
conviver entre petralhas
pra estes só tenho a metralha
do meu verbo não há paz

quando o grito é de guerra
cada qual use sua arma
uso a minha que é faca
posto letras ainda que cega

pra abrir por cirurgia
drenar tanto abcesso
nunca entrar em recesso
o país será um dia

menos pobre e infeliz,
ignorante manada
miséria inculta praga
ladrões em mil brasís.

terça-feira, dezembro 18, 2018

DEVANEIO. Charles Fonseca. Poesia.

DEVANEIO
Charles Fonseca

Muito se escreve e é catarse
pouco há que vem a lume
pra alguns tem cheiro curtume
outros destino descarga

Mas pro autor é esteio
pro leitor pode ser asa
por onde voa qual garça
sua alma em devaneio.

Continuamos. É muito bom.


CARMIM. Charles Fonseca. Poesia.

CARMIM
Charles Fonseca

Uma boca em carmim
dentes riso nacar
língua mel a destilar
mulher, tem pena de mim,

preciso eu sublimar
tu me prendes à terra
meu corpo em ti encerra
cheiras qual beira de mar.

CUMBUCA. Charles Fonseca. Prosa.

CUMBUCA
Charles Fonseca

Adentraram de súbito o empregado, o líder sindical e a enfermeira de olhos arregalados. Só o líder a falar. Os demais mudos. Que o empregado tinha se contaminado com uma substância. E o empregado nada dizia... A enfermeira também. Todos fora dali bem falantes. Jamais no meu passado teriam feito algo igual. Entrar  num consultório médico em comitiva sem aviso prévio e sem autorização para tanto se o médico achasse necessário. Tinha por costume ouvir separadamente um a um.  Os tempos eram outros. Emiti parecer de que fosse encaminhado à entidade seguradora (INSS) uma solicitação de perícia técnica.  Silentes, saíram levando o que escrevi. Nunca mais me voltaram com o assunto. Também nunca perguntei mais nada sobre o caso.

"Os homens procuram tratamento quando as doenças interferem no trabalho"

IMPRESSIONANTE! Maior esquema de segurança da história é montado para sa...

O'CONNOR, James Arthur Irish painter (b. 1792, Dublin, d. 1841, London)

OPUS III. Maria José Giglio. Poesia.

OPUS III
Maria José Giglio

O luar invade a casa
como uma serenata para cordas.

Na memória
essa lua olha
naquela sala antiga
o amor.

Minto.
Não era a mesma lua.
Nem a mesma sou.


Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.

O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz:«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado Emanuel, que quer dizer Deus connosco».Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa."

Hino 305 "Consagrar Tudo"

DITO COMO SE FORA. Charles Fonseca. Poesia.

DITO COMO SE FORA
Charles Fonseca

Uma dor sobre a espádua
onde carrego nas costas
um peso é minha quota
de mãe ser inda que esquálida

à tarefa já passada
de ter filhos adultos
nunca sermos estultos
de não amar pela estrada

da vida que é luta renhida
cheia de altos e baixos
rio acima aos riachos
às nascentes,  dei-lhes vida.

segunda-feira, dezembro 17, 2018

TIÇÃO. Charles Fonseca. Poesia.

TIÇÃO
Charles Fonseca

Gosto de ver o arrebol
prefiro à areia da praia
fofa ou dura onde espraia
a onda branco lençol

melhor ainda com lua
com seus cochichos o vento
no escuro nós ao relento
de mãos dadas toda nua

esta imagem morena
ai, aroma que ascende
ao menestrel se acende
fogaréu lambe a lenha

que arde à beira vulcão
que se contorce crepita
que treme todo e se agita
e ao fim repousa tição.

O sacramento da Ordem na economia da salvação

II. O sacramento da Ordem na economia da salvação

O SACERDÓCIO DA ANTIGA ALIANÇA

1539. O povo eleito foi constituído por Deus como «um reino de sacerdotes e uma nação consagrada» (Ex 19, 6) (6). Mas, dentro do povo de Israel, Deus escolheu uma das doze tribos, a de Levi, segregada para o serviço litúrgico (7) o próprio Deus é a sua parte na herança (8). Um rito próprio consagrou as origens do sacerdócio da Antiga Aliança (9). Nela, os sacerdotes são «constituídos em favor dos homens, nas coisas respeitantes a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados» (10).

1540. Instituído para anunciar a Palavra de Deus (11) e para restabelecer a comunhão com Deus pelos sacrifícios e a oração, aquele sacerdócio é, no entanto, impotente para operar a salvação, precisando de repetir sem cessar os sacrifícios, sem poder alcançar uma santificação definitiva (12) a qual só o sacrifício de Cristo havia de conseguir.

1541. Apesar disso, no sacerdócio de Aarão e no serviço dos levitas, assim como na instituição dos setenta «Anciãos» (13), a liturgia da Igreja vê prefigurações do ministério ordenado da Nova Aliança. Assim, no rito latino, a Igreja pede, na oração consecratória da ordenação dos bispos:

«Senhor Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo [...] por vossa palavra e vosso dom instituístes a Igreja com as suas normas fundamentais, eternamente predestinastes a geração dos justos que havia de nascer de Abraão, estabelecestes príncipes e sacerdotes, e não deixastes sem ministério o vosso santuário...» (14).

1542. Na ordenação dos presbíteros, a Igreja reza:

«Senhor, Pai santo, [...] já na Antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo. Do mesmo modo, as graças abundantes concedidas a Aarão. Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros...» (15).

1543. E na oração consecratória para a ordenação dos diáconos, a Igreja confessa:

«Senhor, Pai santo, [...] é o novo templo que se edifica quando estabeleceis os três graus dos ministros sagrados para servirem ao vosso nome, como já na primeira Aliança escolhestes os filhos de Levi, para o serviço do templo antigo» (16).


Catecismo

"As mulheres apresentam índices mais elevados de sintomas asssim como de consultas médicas em atendimento preventivo."

NA SELVA ( II ). Charles Fonseca. Poesia.

NA SELVA
Charles Fonseca

traidora alagoana
baiana te segue atrás
tens parte com satanás
cascavel cobra cainana

bufo arenarum coaxa
cricri pula o inseto
garça pousou no incerto
bico longo avis rara.

"A lenda que só os homens podem entrar na mesquita para rezar tem uma razão de ser. As mulheres desviam a atenção dos homens que não conseguem se concentrar. Elas ficam no andar de cima, nas balaustradas e vêem os homens, “ajoelhados a seus pés”. "

No reino de Banânia

A imagem pode conter: texto

Fountain of Santa Lucia 1606 Marble Villa Comunale, Naples

Os hinos que publico são recordações que trago de minha mãe que os cantava, tocava ao órgão na igreja e nos ensinava na nossa igreja doméstica.

O TEMPO. Ronaldo Costa Fernandes. Poesia.

O TEMPO
Ronaldo Costa Fernandes

O tempo e sua matéria
a máquina dos meus humores
tão rica e mineral
enquanto lá for
a sonata dos desatinos
orquestra o boi que se estende no varal.

O tempo e sua miséria,
deus negro que não encontra o sono.

O tempo e sua morfologia
feita de nada e de tudo
como alguém que anda
com os calcanhares para a frente.

O tempo e sua bílis negra,
atrabiliário e perverso,
monstro do Loch Ness,
ó profundeza feita de vazio.

O tempo e sua caixa de música
o lugar dos sons prisioneiro,
o que se escuta é o silêncio das horas
lambendo o ar rarefeito.

O tempo — animal que não envelhece,
nós é que passamos por ele
como alguém que acena de um ônibus
para a imobilidade saudosa
de um bar à beira da estrada.




Hino 26 "Rei Excelso"

ALADO. Charles Fonseca. Poesia.

ALADO
Charles Fonseca

Quanta poda foi restolho
adubo desperdiçado
em terreno cascalhado
teimoso fez-se renovo

água por sob a ponte
começou mal um chuvisco
rio mais do que pisco
o mar além do horizonte

o céu de estrelas qualhado
a lua a mim alumia
oásis pós agonia
oh asas, poema alado!

Catedral de Bristol

domingo, dezembro 16, 2018

La Mer, Beyond the Sea, Singer&writer Charles Trenet -1946 original wi...

Quase 74


Fita Amarela - Noel Rosa

A mortalidade das mulheres é mais baixa na maioria das áreas.

Os efeitos do sacramento do Matrimônio

1638. « Do Matrimônio válido origina-se entre os cônjuges um vínculo de sua natureza perpétuo e exclusivo: no matrimónio cristão, além disso, são os cônjuges robustecidos e como que consagrados por um sacramento peculiar para os deveres e dignidade do seu estado» (156).


Catecismo

Para favorecer à interiorização e à meditação. Edvard Grieg / Piano Concerto in Aminor,op.16 / Julia Fischer

ALMANÁRQUICO. Luiz Roberto Guedes. Poesia.

ALMANÁRQUICO
Luiz Roberto Guedes

verlaine na prisão escrevia
com um palito de fósforo
molhado em café

rimbaud cultivava piolhos
e forjava brilhos homicidas
com frios olhos azuis

baudelaire tinha cabelos verdes
e nerval passeava um lagostim
pelas ruas de paris |pour épater.
c'est le style, celéstine|

edgar lúgubre poe
mallarmé enigmático
valéry lúcido
trakl drogado

o fantasmário mascarado
baila no sarau do século
e até agora te assombra
poète qualquer, mon frère





Hino 580 "Vem, Visita a tua Igreja!"

Evangelho segundo S. Lucas 3,10-18.

Naquele tempo, as multidões perguntavam a João Baptista: «Que devemos fazer?».Ele respondia-lhes: «Quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma; e quem tiver mantimentos faça o mesmo».
Vieram também alguns publicanos para serem batizados e disseram: «Mestre, que devemos fazer?».
João respondeu-lhes: «Não exijais nada além do que vos foi prescrito».
Perguntavam-lhe também os soldados: «E nós, que devemos fazer?». Ele respondeu-lhes: «Não pratiqueis violência com ninguém nem denuncieis injustamente; e contentai-vos com o vosso soldo».
Como o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias,
João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas está a chegar quem é mais forte do que eu, e eu não sou digno de desatar as correias das suas sandálias. Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo».
Tem na mão a pá para limpar a sua eira e recolherá o trigo no seu celeiro; a palha, porém, queimá-la-á num fogo que não se apaga».
Assim, com estas e muitas outras exortações, João anunciava ao povo a Boa Nova».

sábado, dezembro 15, 2018

Como é a vida de um psiquiatra que vive no mundo liberal

"Em 33 anos de profissão , raramente tirei férias....

Posso afirmar com certeza que nunca tirei férias integralmente pois há pacientes graves que tem vínculo emocional comigo e acabam telefonando .

Atendo telefones mesmo de madrugada, se identifico que quem está chamando é um paciente de risco de morte ou represente risco para terceiros .

Já cheguei , do exterior , mobilizar a Guarda Municipal da minha cidade para arrombar a porta da casa de uma mulher que ligou para mim referindo que ia suicidar-se .

E ia mesmo!

Quem trabalha como psiquiatra tem que ter muita disponibilidade, especialmente quem trabalha com dependência de substâncias...

É comum dormir mal preocupado com algum caso grave que está na minha enfermaria .
É que o que prescrevo : "vigilância 24 hs", inclui a mim .

Quem atendeu está com"voz de sono " ?
O paciente dormiu ?
Está sendo vítima de hostilidades de outros pacientes ?
Estão tramando fuga para usar drogas?
Todos os meios possíveis para matar-se estão longe do paciente?

Eles , os pacientes , não vão ao ambulatório para seguimento...

Então temos uma agenda para ligar e ver porque não compareceu .
Já fui xingado, chamado de "mercenário" por pegar no pé.

Mesmo exausto , tenho que sentar na frente do Notebook e escrever páginas e páginas de material escrito , o prontuário, para documentar a retidão e a conduta técnica que tomei.

Financeiramente consigo viver bem , mesmo dando "vagas sociais" para pessoas que iam certamente morrer se não tomasse esta atitude .
Fui acusado de "superlotação" por estar com cinco pacientes a mais , sendo que seis eram "não pagantes" , mesmo sabendo que o "serviço de referência" estatal mais próximo atua com 600?% de sua capacidade!

Muitos fins de semana passo debruçado sobre os números da insana "política fiscal" do governo .
Uma vez fui assaltado com o dinheiro em espécie para pagar a primeira parcela do décimo terceiro de funcionários que não tinham conta em banco.
O ladrão ficou uns bons intermináveis cinco minutos me olhando e olhando para a porta, mesmo todo mundo do escritório tendo entregado tudo.

Acho que queria me sequestrar.

Tenho que mudar de carro com frequência, de trajeto , e contratar seguranças pois há muitos delinquentes neste meio e o risco é constante ..

Tenho meta de aposentar em dois anos .

Rezo que nada de mal aconteça, seja eu vítima de criminosos, seja eu vítima de algum processo ....

Tenho fé:

"Deus protege os loucos" ! "

SAUDADES DE FREUD. Charles Fonseca. Poesia.

SAUDADES DE FREUD
Charles Fonseca

Saudades deste meu cão
tão belo com pedigree
não posso tê-lo aqui
doei a amigo e então

Anda ele a latir
com seus amigos de lá
do sul anda a uivar
será que lembra de mim?


Evangelho segundo S. Mateus 17,10-13.

Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?»Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as coisas.
Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles».
Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista.

Francês: Petit Père Noël - Chansons et comptines de Noël pour bébés - Titounis

Justiça aceita denúncia para classificar o PT como Facção Criminosa


Justiça aceita denúncia para classificar o PT como Facção Criminosa

RAMALHETE ( IV ). Charles Fonseca. Poesia.

RAMALHETE ( IV )
Charles Fonseca

Retribuo a uma dama
um ramalhete de flores
lembrança de tantos amores
dados a quem se ama

sejam distintos amigos
ou no altar dos cristãos
também aos que já se vão
ou a queridos maridos.

Hino 324 "Refúgio Verdadeiro"

FLORÕES. Charles Fonseca. Poesia.

FLORÕES
Charles Fonseca

Escrevo retalhos d'alma
alegrias desejos mil
tragédias o céu de anil
saudades, da paz a palma,
variadas emoções
da vida colcha retalhos
por forro amor em pedaços
ainda vindo florões.

sexta-feira, dezembro 14, 2018

Estudantina Universitária de Coimbra - Meia Noite Ao Luar

BALANÇO. Charles Fonseca. Poesia.

BALANÇO
Charles Fonseca

numa tarde muito sono
qual num tranquilo remanso
em cadeira de balanço
acordado vem o sonho

de estar em paz ainda
que venha um pouco tarde
uma chama infinda arde
de ver de novo a menina

que ficou beira da estrada
na alma mil ilusões
no eito tantos senões
é só isso e mais nada.

A corrupção no Brasil

Hino 578 "Sonda-me, ó Deus"

Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Acrílico sobre papel. Almandrade. Poesia.

O percurso dos séculos
espelha rugas
na geografia da pele
e atrai o silêncio
das notas musicais
os que vão nascer
não vão experimentar
o futuro
vão se render
ao presente.

quinta-feira, dezembro 13, 2018

Pintura. MACCARI, Cesare


Decoration of the Sala del Risorgimento
1886
Fresco and marble
Palazzo Pubblico, Siena

CLIVAGEM. Charles Fonseca. Poesia.

CLIVAGEM
Charles Fonseca

A mão cheia de anéis
pingente focinho de porco
brinco orelha d'oiro
caviar ou então pastéis

no corpo a tatuagem
à pele da alma aflora
a falta, o furo agora
reminiscência, clivagem.

O rabo de palha do PT

ODE SOBRE UMA URNA GREGA. John Keats. Poesia.

ODE SOBRE UMA URNA GREGA
John Keats

Tradução: Augusto de Campos

I

Inviolada noiva de quietude e paz,
Filha do tempo lento e da muda harmonia,
Silvestre historiadora que em silêncio dás
Uma lição floral mais doce que a poesia:
Que lenda flor-franjada envolve tua imagem
De homens ou divindades, para sempre errantes.
Na Arcádia a percorrer o vale extenso e ermo?
Que deuses ou mortais? Que virgens vacilantes?
Que louca fuga? Que perseguição sem termo?
Que flautas ou tambores? Que êxtase selvagem?


II

A música seduz. Mas ainda é mais cara
Se não se ouve. Dai-nos, flautas, vosso tom;
Não para o ouvido. Dai-nos a canção mais rara,
O supremo saber da música sem som:
Jovem cantor, não há como parar a dança,
A flor não murcha, a árvore não se desnuda;
Amante afoito, se o teu beijo não alcança
A amada meta, não sou eu quem te lamente:
Se não chegas ao fim, ela também não muda,
É sempre jovem e a amarás eternamente.


III

Ah! folhagem feliz que nunca perde a cor
Das folhas e não teme a fuga da estação;
Ah! feliz melodista, pródigo cantor
Capaz de renovar para sempre a canção;
Ah! amor feliz! Mais que feliz! Feliz amante!
Para sempre a querer fruir, em pleno hausto,
Para sempre a estuar de vida palpitante,
Acima da paixão humana e sua lida
Que deixa o coração desconsolado e exausto,
A fronte incendiada e língua ressequida.


IV

Quem são esses chegando para o sacrifício?
Para que verde altar o sacerdote impele
A rês a caminhar para o solene ofício,
De grinalda vestida a cetinosa pele?
Que aldeia à beira-mar ou junto da nascente
Ou no alto da colina foi despovoar
Nesta manhã de sol a piedosa gente?
Ah, pobre aldeia, só silêncio agora existe
Em tuas ruas, e ninguém virá contar
Por que razão estás abandonada e triste.


V

Ática forma! Altivo porte! em tua trama
Homens de mármore e mulheres emolduras
Como galhos de floresta e palmilhada grama:
Tu, forma silenciosa, a mente nos torturas
Tal como a eternidade: Fria Pastoral!
Quando a idade apagar toda a atual grandeza,
Tu ficarás, em meio às dores dos demais,
Amiga, a redizer o dístico imortal:
"A beleza é a verdade, a verdade a beleza"
— É tudo o que há para saber, e nada mais.

Hino 417 "Brilha no Viver"

ARRULHOS ( II ). Charles Fonseca. Poesia.

ARRULHOS
Charles Fonseca

Quando em vão eu fantasio
ando com ela mãos dadas
sem mais ninguém nem mais nada
luar em noite de estio

mão na mão um olhar no outro
enxergo nela mil astros
no céu azul entre abraços
beijinhos no seu pescoço

quando discreta me toca
sobem mil labaredas
caem candentes estrelas
lua a nós bisbilhota

atrás de uma palmeira
ou duma nuvem que escura
torna maior a ventura
do nosso leito na areia

lagoa do Abaeté
na ponta de Humaitá
esconde esconde vem lá
outro par desce a maré

no Morro do Bom Conselho
na praia Porto da Barra
sós onde o mar se espraia
a lua se olha no espelho

e assim nossos escuros
lugares escondidinhos
mil beijinhos nós no ninho
dois pombinhos em arrulhos.

quarta-feira, dezembro 12, 2018

Você confia?


NATAL. Charles Fonseca. Poesia.

NATAL
Charles Fonseca

Como fantasio mal
quanto desejo o futuro
que passado obscuro
quem amo no presente
por que presente é ausente
onde terei um Natal?

Francês:Pourquoi le prix du carburant augmente ? (EP. 662) - 1 jour, 1 question

Evangelho segundo S. Mateus 11,28-30.

Naquele tempo, Jesus exclamou: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve»."

Hino 7 "Maravilhas Divinas"

Cala a boca, moleque!

ANTI EPOPEIA. Charles Fonseca. Poesia.

ANTI EPOPÉIA
Charles Fonseca

Esteve na buraqueira.
chacoalhando as certezas
dúvidas a voejar
sem teto, pouso ou lar
sem rumo tudo tristeza
esteve perto à beira

de um lugar precipício
tudo em volta só penhasco
só o céu acima, fiasco,
só, voltando ao início

assim foi ele acolhido
de volta à casa paterna
ainda doce e tão terna
cansado de esperar sofrido

por seu filho entristecido
tudo em volta a girar mundo
girou roleta bem fundo
ressurgiu agradecido.

terça-feira, dezembro 11, 2018

Vira-latas estão mudos as serpentes se entocam as cigarras se espoucam pirilampos estão turvos.

Rachmaninoff: Piano Concerto no.2 op.18 - Anna Fedorova - Complete Live Concert - HD

Para fovorecer à interiorização e à meditação

Nas famílias com renda mais alta e pessoas casadas seus membros tendem a morrer em casa.

MADREPÉROLA. Charles Fonseca. Poesia.

MADREPÉROLA
Charles Fonseca.

Entre a onda e o rochedo
por fora é só uma ostra.
dura, pétrea como as outras,
o seu núcleo é só brilho.

Entre a onda e o rochedo,
maré alta, fundo ao mar,
maré baixa, o luar
a beijá-la sem segredo.

Hino 283 "Mais Perto"

MIUDEZAS. Charles Fonseca. Poesia.

MIUDEZAS
Charles Fonseca

Tantos sonhos ficam à beira
deste mundo circunférico
que por pouco estratosfericos
não se perdem na esteira

qual asteróides errantes
em direção às profundezas
do universo miudezas
ou são estrelas brilhantes?

VADE RETRO. Charles Fonseca. Poesia.

VADE RETRO
Charles Fonseca

Que belo voa o urubu
planando por entre nuvens
a olhar coisas que surgem
a seus olhos ao azul

dos céus subiram almas
na terra corpos ao pó
voltaram tal qual um Jó
ou quem sabe desalmadas

pessoas mais que más
outras puras como as pombas
ternas que pousam à sombra
outras, vade retro, zás.

O CAPOEIRA

Voando com o pássaro. Ana Cristina Cesar. Poesia.

Voando com o pássaro
Ana Cristina Cesar



Tu queres sono: despe-te dos ruídos, e
dos restos do dia, tira da tua boca
o punhal e o trânsito, sombras de
teus gritos, e roupas, choros, cordas e
também as faces que assomam sobre a
tua sonora forma de dar, e os outros corpos
que se deitam e se pisam, e as moscas
que sobrevoam o cadáver do teu pai, e a dor
[ (não ouças)
que se prepara para carpir tua vigília, e os
[ cantos que
esqueceram teus braços e tantos movimentos
que perdem teus silêncios, o os ventos altos
que não dormem, que te olham da janela
e em tua porta penetram como loucos
pois nada te abandona nem tu ao sono.

Leituras do dia Evangelho segundo S. Mateus 18,12-14.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada? E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam.Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos»."

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Hino 412 "A Música dos Salvos"

Diplomação de Jair Messias Bolsonaro


ROSA DE SARON. Charles Fonseca. Poesia.

ROSA DE SARON
Charles Fonseca

A ti, rosa de Saron,
dou-te este lírio do vale
pois pra mim ele equivale
em ti, filha de Sion,

àquela que por ti veio
tão terna, minha enteada,
também por mim bem amada
qual filha de outro veio.



Contexto social e étnico da morte

As famílias costumam apelar para hospitais e enfermeiras somente se não têm uma pessoa cuidadora principal

Andrew Atroshenko, russo, Esperando

Andrew Atroshenko - Awaiting

COMO DESFAZER BAGAGENS. Fernando Fábio Fiorese Furtado. Poesia.

COMO DESFAZER BAGAGENS
Fernando Fábio Fiorese Furtado

Como quem de viagem
demora a acomodar-se
ao clima, ao horário,
às vogais de outra sintaxe,
também escrever estranha
quando muda de paisagem.

Como quem de viagem,
o que carrega apouca
a dicionários, passagens
e alguma muda de roupa,
também escrever exige
aprender a descartar-se.

Como quem de viagem
pouco ou nada decifra
do manuscrito-cidade
(mal soletra as esquinas),
também escrever ensina,
menos importa encontrar-se.

Como quem de viagem
evita, quando sabe,
os apelos do fóssil,
do que é fausto adrede,
também escrever prefere
o que se dá sem salvas.

Como quem de viagem
sabe o prazer de andar
sem endereço ou idade,
com a roupa amassada,
também escrever comparte
esse corpo sem abas.

Como quem de viagem,
para rever a janela onde
lhe sorriu uma criança,
o embarque adiaria,
também escrever alcança
os vestígios desse dia.

Como quem de viagem,
das malas faz relicário
de rostos, ruídos e mares,
de balas, livros e ácidos,
escrever também seria
como desfazer bagagens.

Curso de francês pra iniciantes ao vivo - 3S2E

domingo, dezembro 09, 2018

Lindos


O sigilo da Justiça e o tempo da política

GÊNIO DO CRISTIANISMO - EUROPA EM GUERRA

Fatores que afetam o impacto da morte sobre o sistema familiar

"Fatores que afetam o impacto da morte sobre o sistema familiar
- contexto social e étnico da morte
- história das perdas anteriores
- timing da morte no ciclo de vida
- natureza da morte
- posição e função da pessoa"

STRIP TEASE. Soares Feitosa. Poesia.

STRIP TEASE
Soares Feitosa

Jamais eu ficaria quieto
sob o teu olhar;

que muito menos quietos,
no direito de ir e vir,
sobre o teu corpo,
seriam os meus olhos lívidos.

Porque sobre mim,
bastam os sons
dos teus vestidos:
já me desvestem a alma.

Hino 324 "Refúgio Verdadeiro"

sábado, dezembro 08, 2018

RECEITA. Charles Fonseca. Poesia.

RECEITA
Charles Fonseca

Pra esquecer só xarope
feito de bem de raiz
infuso em álcool matriz
tomado apenas um gole

todos os dias à noite
bem antes de ir pra cama
antes que a velha chama
em tua alma se acoite

se a guarda cansada dormita
baixa a sua vigilância
vêm desejos da infância
em fantasia de chita.

Evangelho segundo S. Lucas 1,26-38.

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». "

Os chiliques de Onyx

Hino 366 "Firmeza"

SONETO XIV. Elizabeth Barrett Browning. Poesia.

SONETO XIV
Elizabeth Barrett Browning

Tradução: Manuel Bandeira

Ama-me por amor do amor somente
Não digas: «Amo-a pelo seu olhar,
O seu sorriso, o modo de falar
Honesto e brando. Amo-a porque se sente

Minh'alma em comunhão constantemente
Com a sua.» Porque pode mudar
Isso tudo, em si mesmo, ao perpassar
Do tempo, ou para ti unicamente.

Nem me ames pelo pranto que a bondade
De tuas mãos enxuga, pois se em mim
Secar, por teu conforto, esta vontade

De chorar, teu amor pode ter fim!
Ama-me por amor do amor, e assim
Me hás de querer por toda a eternidade.

sexta-feira, dezembro 07, 2018

ANCESTRAIS. Charles Fonseca. Poesia.

ANCESTRAIS
Charles Fonseca

Esqueço que já sou velho
'star criança penso ainda
é uma ilusão infinda
por isto 'inda no prelo

inscrevo assim as idéias
que brotam no imaginário
o bom e o seu contrário
numa vera panacéia

assim escorrem as horas
pelo mundo em seus meandros
qual rio que voltas dando
chega ao mar a qualquer hora

nas profundas abissais
onde correntes marinhas
escondem dos céus peinhas
meus passados ancestrais.

Música relajante y cautivadora de Chopin directo para el alma

Privilégio

"Acabei de ver no site do Banco do Brasil linha de crédito para finaciamento imobiliário, extensivo aos que tem união estável e os que tem relação homoafetiva. Ora, para comprovar união estável, tem que esperar um bom tempo; para comprovar relação homoafetiva basta dizer que foi amor à primeira vista?
Assim é privilégio... "

"Muito lindinha, minha mãe, bochechudinha... Se destacou na família dela pelo altruismo, a busca do saber. " "Era tudo isso que vocês disseram, e muito mais: Honesta, sincera, verdadeira. Beleza interior e exterior, como Raquel (Gênesis 29.17b)."

BORRÕES. Charles Fonseca. Poesia.

BORRÕES
Charles Fonseca

Vejo infantes sem mancha
inocentes me pergunto
quando a eles o mundo
dos seus pais desesperança

saberão do todo ao certo
das lutas das agruras
revezes outra cultura
virão a eles cegos

imagens por outros borradas
por toda a parte versões
desencontradas visões
virtudes desesperadas

mentiras meias verdades
aqui fundo aqui foi raso
miséria de todo azo
amor, ódio, bondade.


ZORRO (Dublado) Capitulo - 08 - Zorro Domina O terror.

OPÇÕES. Charles Fonseca. Poesia.

OPÇÕES
Charles Fonseca

Vou almoçar agora
tarefa do dia a dia
à noite, o que diria,
sopa de ervilha abóbora

assim ao café da manhã
que tal uma parte de fruta
ou um mingau de araruta
pêra uva ou maçã?

o alimento pro corpo
e o que aporto à alma
um barco remanso há calma
ou nau em mar que é revolto?

"O impacto da morte não é somente intenso e frequentemente prolongado; seus efeitos muitas vezes tambem não são reconhecidos pela família como relacionados à perda."

Hino 245 "Cristo vai passar"

quinta-feira, dezembro 06, 2018

Viuvez: três fases.

ASPAS

- admitir o fato que o cônjuge morreu (primeiro ano)
- demandas da realidade, manejo da estrutura doméstica (segundo ano)
- atividades e interesse pelos outros.

ASPAS

Hino 329 "Sou Feliz com Jesus"

E o Supremo tem honra?

PEDRA RETORCIDA. João de Moraes Filho. Poesia.

PEDRA RETORCIDA
João de Moraes Filho

Durante algum tempo,
hesitei abrir aquela porta.

O sentido de toda cidade
estava atado, como um nó,
lá dentro. Talvez fosse
o que jamais procurasse:
o sentido das coisas
explicadas por trás das portas.

Algumas Ruas também
hesitei atravessar.
Eram incansáveis e longas,
como as noites brincadas
lá fora, onde tudo mais cabia.

Em verdade,
nada procurava
além de um pequeno gole
guardado ou esquecido
por trás daquela porta verde:
sem trancas, maçanetas e levemente arranhada
com a dor de abri-la.

Os olhos esverdeados
acompanhavam a inquietação do vento
se infiltrando pela porta exilada
com quem fala: ó de casa!

(As Ruas atravessam o tempo não vencido.)

Aquela porta que hesitei abrir
largou mão de sua fronteira
e deu lugar a janelas
que me assombram pacientes,
até que o frio as feche novamente.

Faz frio por detrás das portas retorcidas;
o outro nos decifra,
enquanto se esconde.

Francês: Comptines et chansons - 3h - Monde des Titounis - Ah les crocodiles

quarta-feira, dezembro 05, 2018

MAL-ME-QUER. Charles Fonseca. Poesia.

MAL-ME-QUER
Charles Fonseca

Apaguei trova inteira
saudade papel almaço
papel pardo no braço
lápis tinteiro caneta

numa a ponta afina
pedaço meia gilette
cega pra barba ainda serve
bilhete namoro menina

borracha mata-borrão
à mão o vate escreve
coisas de amor, não me esquece,
mal-me-quer não queira não.

CUIDADO COM DEZEMBRO. Fernando Gabeira.

Clique:
http://gabeira.com.br/cuidado-com-dezembro/

Evangelho segundo S. Mateus 15,29-37.

Naquele tempo, foi Jesus para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-se.Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os, de modo que a multidão ficou admirada, ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver; e todos davam glória ao Deus de Israel. Então Jesus, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho». Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete, e alguns peixes pequenos». Jesus ordenou então às pessoas que se sentassem no chão. Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos."

TDAH em Adultos: Como diagnosticar e tratar? Entenda com a psiquiatra Ma...

MAPA MUNDI. Charles Fonseca. Poesia.

MAPA MUNDI
Charles Fonseca

Uma casa Ibicuí
de amor muito trabalho
filharada bate o malho
na bigorna a matriz

Jequié pouca a farinha
pouca grana pé no chão
na caatinga arribação
nambu juriti rolinha

De aluguel logo outra
hospedaria pra famintos
do saber 'irmãos' distintos
aparentados, uns trouxas

Mais acima um patamar
casa própria adobão
terra batida por chão
reboco caiada alvar

Baixa dos Sapateiros
troca troca pela prima
pardieiro quarto em cima
embaixo "êpa rei"

Acima pós Pelourinho
pensionato de família
Campo Grande junto à Bíblia
Canela sótão carinho

Casa Universitário
seis monges contidos no claustro
na surdina todos safos
de douto a abecedário

Largo 2 de Julho Ap
bate asas um pós outro
irmãos pra outros pousos
ninho vazio a sofrer

Um ficou no imaginário
mais um sonho gostoso
uma marido ditoso
outra pro seminário

Resta agora a este vate
um ser agora só móvel
pousa aqui ali ser novel
já idoso e em combate

Uma vida tão renhida
um passado trabalhoso
um futuro quer ditoso
aqui e após noutra vida.

Francês: Tête, épaules, genoux et pieds - Comptines et chansons Noel pour bébé Ti...

terça-feira, dezembro 04, 2018

ERA SÓ UM SONHO. Charles Fonseca. Poesia.

ERA SÓ UM SONHO
Charles Fonseca

Era sobe à cabeça
Era pousa na cama
Era aperta a mama
Era não agora desça

Só foi tudo um sonho
Só agora o real
Só pra depois um miau
Só um gemido medonho

Um agora é demais
Um o cão face ao cio
Um o gata no estio
Um tá bom quero mais

Sonho só real sossobra
Sonho estou acordado
Sonho repete o passado
Sonho encolho a cobra.

QUAL É A TUA? Charles Fonseca. Poesia.

QUAL É A TUA?
Charles Fonseca

De repente vai o dia
cai a luz, lá vem a sombra,
noite escura se anuncia
a treva a todos assoma

no seu céu do interior
menos a que vem do orbe
que a todos também cobre
pisca estrela multicor

vermelha se for antiga
amarela meia idade
azul se em mocidade
qual a tua minha amiga?

Cristo Satisfaz

Evangelho segundo S. Lucas 10,21-24.

Naquele tempo, Jesus exultou de alegria pela ação do Espírito Santo e disse: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque isto foi do teu agrado.Tudo Me foi entregue por meu Pai; e ninguém sabe o que é o Filho senão o Pai, nem o que é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar». Voltando-Se depois para os discípulos, disse-lhes: «Felizes os olhos que veem o que estais a ver, porque Eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram»."

Francês: Ta Douleur Camille

COMUNHÃO. Ilka Brunhilde Laurito. Poesia.

COMUNHÃO
Ilka Brunhilde Laurito

Já que me sinto muito digna
de me assentar à tua mesa,
não quero migalhas, não,
eu quero o pão inteiro.

Tu e eu, massa e fermento
em ávido silêncio:
casca e miolo,
o bolo
e o seu recheio

Vem.
Estende os lençóis sobre esta
mesa
com cheiro de suor e de
alfazema.
E vamos trabalhar a noite
e o seu levedo
com as mãos,
a boca,
o corpo aceso,
para que a aurora nos en-
tregue,
ainda quentes,
as últimas fatias de amor
amanhecente
com gosto de café, de leite
e de manteiga.

Pelourinho. Salvador. Bahia.

A imagem pode conter: ar livre

Curso de francês pra iniciantes ao vivo - 3S1E

Dez horas de Francês. Edition spéciale RTFrance : suivez en direct les manifestations des Gile...

"A perda precoce ou trumática de um membro da família é, tipicamente, um luto extremamente difícil para as famílias: padrões disfuncionais se desenvolvem em resposta a tais perdas."

ZORRO (Dublado) Capitulo - 07- Monastário Prepara Uma Armadinha.

RÔTAS. Charles Fonseca. Poesia.

RÔTAS
Charles Fonseca

De repente rasga o céu
um raio retalha o orbe
um trovão lhe segue e cobre
assustada, cai o véu,

aquela alma que pura
inda está entre os mortais
de emoção sofre que tais
rasga o terno, a doçura,

e cai em respingos gotas
da alma que chora olhos
marejados, vida abrolhos,
dividida, almas rôtas.





segunda-feira, dezembro 03, 2018

A CATEDRAL SE IMPÕE (ÀS 17H45). Heitor Ferraz Mello. Poesia.

A CATEDRAL SE IMPÕE (ÀS 17H45)
Heitor Ferraz Mello

O que observo deste 9° andar
de um prédio comercial
em São Paulo, na alameda
Ministro Rocha Azevedo

É o lilás de um fim de tarde
em contraste com o resíduo
dourado do sol se pondo
em algum lugar, atrás dos prédios

É a forma de uma catedral
que se desenha no asfalto úmido
com suas agulhas espichadas
pelos pneus dos carros

O que observo com o corpo
levemente apoiado na janela
é que o dia acaba do lado de fora
contra a continuidade do mercúrio

Leituras do dia Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem"

Hino 456 "O Estandarte"

Não ponhas o chapéu onde a mão não alcança

"Não é tanto um indivíduo que está morrendo e sim um membro da família - isto é, parte de um organismo está morrendo"

SEIXOS ( II ). Charles Fonseca. Poesia.

SEIXOS ( II )
Charles Fonseca

O sorriso teu, infante,
remonta ao do teu pai
que me vem tão doce, ai,
me alegra num instante

é da alma refrigério
neste corpo habitado
fez num mundo conturbado
buscar nele desidério

de ser feliz como ti
depois de lutos passados
seixos à margem deixados
rio da vida, sorrí.


Espiritualidade e saúde mental | Psiquiatra Fernando Fernandes

domingo, dezembro 02, 2018

A ESMO. Charles Fonseca. Poesia.

A ESMO
Charles Fonseca

Espalho flores a esmo
sem tempo para cheirá-las
espero que quem achá-las
as coloquem sobre o peito

de mulheres virtuosas
daquelas muitas ou poucas
de cultura mesmo loucas
que amem o belo sestrosas

que delas venham em frutos
pólem suaves sementes
caidas a esmo somente
verdade gozos futuros.

Portinari: Sancho Pança Armando Dom Quixote (1956)

Portinari - Sancho Pança Armando Dom Quixote (1956)

SONETO DA LOUCURA. Carlos Drummond de Andrade.

SONETO DA LOUCURA
Carlos Drummond de Andrade

A minha casa pobre é rica de quimera
e se vou sem destino a trovejar espantos,
meu nome há de romper as mais nevoentas eras
tal qual Pentapolim, o rei dos Garamantas.

Rola em minha cabeça o tropel de batalhas
jamais vistas no chão ou no mar ou no inferno.
Se da escura cozinha escapa o cheiro de alho,
o que nele recolho é o olor da glória eterna.

Donzelas a salvar, há milhares na Terra
e eu parto em meu rocim, corisco, espada, grito,
o torto endireitando, herói de seda e ferro,

e não durmo, abrasado, e janto apenas nuvens,
na férvida obsessão de que enfim a bendita
Idade de Ouro e Sol baixe lá das alturas.

CÉU E INFERNO. Charles Fonseca. Poesia.

CÉU E INFERNO
Charles Fonseca

Um nariz arrebitado
um cabelo a Chanel
revoltados a granel
um pedaço de pecado

cabelo asa graúna
na alma porca ambição
vezes sim outras que não
à sorrir cravava a unha

arranhou meu peito ínvia
dilacerou minha fama
angelical menos na cama
moral impoluta tímida

na vida um retrocesso
no tempo foi buraqueira
precipício estive à beira
hoje é céu adeus inferno.

"O segredo quase sempre estabiliza a disfunção e aumenta a ansiedade no sistema" familiar.

RESUMÃO ANTAGONISTA: O indulto imperdoável

Gonzaguinha - Sangrando.mp4

Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem».

Folhas ao vento.( valsa). Vicente Celestino

DESEJO. Charles Fonseca. Poesia.

DESEJO
Charles Fonseca

O corpo todo reclama
sob lençóis se contorce
o desejo, morena, é mais forte
que lá na praia, em chamas,

és rainha de um castelo
de onde miro o mar
tuas arfadas e eu lá
por tuas arcadas anelo

falar contigo por língua
no vai e vem dos sinais
num mais um pouco e em ais
ouvir-te, me pões a míngua

por novo voltar aos lençóis
o olhar embevecido
como sendo sem ter sido
consigo, nós dois sem nós.

sábado, dezembro 01, 2018

"A tristeza é o resíduo da parte não elaborada de um relacionamento"

Waldick Soriano - Quem eu quero não me quer

PT. Charles Fonseca. Poesia.

PT
Charles Fonseca.

Não esqueço o PT
pois que ainda há incautos
zé povinho 'té haraldicos
ingênuos sem pé nem cabeça

há de tudo nesta estória
mortadela apaniguados
elite de apetralhadas
numa luta tão inglória

que fico em meditação
de joelhos peço a Deus
tem pena dos filhos teus
esta é minha oração.


AO PIANO. Charles Fonseca. Poesia.

AO PIANO
Charles Fonseca

Um doce a pianista
dedilha como uma fada
quero ouvir uma cantata
minha alma estribilha

Brilha linda partitura
cantorolo menestrel
levito quase infiel
realejo pela rua.

Zé da Zilda e Zilda do Zé - SACA-ROLHA - Zé da Zilda-Zilda do Zé-Waldir ...

ESTETA. Charles Fonseca. Poesia.

ESTETA
Charles Fonseca

Tu pouco a mim escreves
mas a ti leio e releio.
me embalo no enlevo
o meu amar não prescreve

tu muito pouco me vês
mas só quando te olho
bóiam lágrimas meus olhos
turvam mas tu não revez

tampouco escutas o poeta
na vida por ti menestrel
por teu amor sou fiel
por tua imagem esteta.

SURTO PSICÓTICO: O que é e como agir?

Aldemir Martins, Galo

Aldemir Martins - Galo

DIA DE FESTA
Edimilson de Almeida Pereira

A Maria Alice de Melo

Com sobrenome dia de festa
a mulher mora no cóccix da
máquina de escrever morte.

A mulher mora no cóccix da
máquina de escrever inverno.
Com sobrenome dia de festa

a mulher resolve o dilema da
máquina de escrever isto ou
aquilo remédio impaciência.

Um céu propício lá fora e a
mulher insiste na máquina de
escrever como se fiação fosse.

Isso aquilo luminária e sorte
são variações da mulher no
cóccix da máquina do mundo.

Evangelho segundo S. Lucas 21,34-36.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele atingirá todos os que habitam a face da terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de tudo o que vai acontecer e comparecer diante do Filho do homem»."

Hino 226 "Dá teu Coração"

À CHEGADA. Charles Fonseca. Poesia.

À CHEGADA
Charles Fonseca

Por que amamos tanto
por que volta sempre o ódio
por que saudade tem pódio
por que lamento enquanto

nascemos e já é vida
crescidos outros nos seguem
a nós os tempos já urgem
abraços a todos, partida?

sexta-feira, novembro 30, 2018

MONTURO I. Charles Fonseca. Poesia.

MONTURO I
Charles Fonseca

Cai a tarde bem-ti-vis
posam na minha varanda
cantam, ainda há  esperança,
não sei que sentimentos vis
se escondem se acoitam
trás da porta no sótão
sei que sim também que não
recalques às vezes se afoitam
vêm a lume no escuro
enquanto reina Morfeu
do real que não morreu
imagens, fogo monturo.

O MOTIM Charles Fonseca

O MOTIM
Charles Fonseca

Freud se amotinou
uma cadela no cio
no peito só um vazio
não deixei, não vasou.

Eu quero uma cadela
pastora todo o carinho
com ela terá meu bichinho
cadê ela, onde ela?

ZORRO (Dublado) Capitulo - 06 - Zorro Salva Um Amigo.

POR TRÁS DO POEMA. José Chagas. Poesia.

POR TRÁS DO POEMA
José Chagas


Por trás do poema
não se respira

Ventos se quebram
rolam onde o chão trabalha
um verde de outra cor

Por trás do poema
devemos estar mortos
inoticiados

Palavras emigram
vão para o labor de espessas
emoções

Por trás do poema
as chuvas se gastam
gastam-se os vôos os frutos
a alegria branca das praias

O tempo inicia seus escombros
por trás do poema

Uma rua de estátuas
cai sua cinza
cai o seu nada
de muitos séculos

E um rio em si mesmo se afoga
seca em suas areias
a vontade de mar

Não olheis nunca por trás do poema

podem vossos olhos
em sal tornar-se

quinta-feira, novembro 29, 2018

Leituras do dia Evangelho segundo S. Lucas 21,20-28.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias, porque haverá grande angústia na terra e indignação contra este povo. Cairão ao fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima». "

MARINGÁ (letra e vídeo) com ORLANDO SILVA e JACOB DO BANDOLIM, vídeo MOA...

GLÓRIA AO PAI AO FILHO AO NETO. Charles Fonseca.

GLÓRIA AO PAI AO FILHO AO NETO
Charles Fonseca

Uma luta quase inglória
de consertar o país
para os nossos infantis
netos, filhos, já, agora

Um final pra esta história
de arrancar esta espinheira
que medra toda rasteira
uma luta quase inglória

É luta mesmo simplória
tão sofrida que não há
como ficar no vagar
desta luta quase inglória

Glória ao pai, ao filho, ao neto
antes de se ir ao pó
não há pejo que pior
fugir da luta encoberto.



NÃO MAIS. Czeslaw Milosz. Poesia.

NÃO MAIS
Czeslaw Milosz

Preciso contar um dia como mudei
Minha opinião sobre a poesia e por que
Me considero hoje um dos muitos
Mercadores e artesãos do Império do Japão
Compondo versos sobre a floração da cerejeira,
Sobre crisântemos e a lua cheia.

Se eu pudesse descrever as cortesãs
De Veneza, como incitam com uma vareta o
[ pavão no pátio
E desfolhar do tecido sedoso, da cinta nacarina
Os seios pesados, a marca
Avermelhada no ventre onde o vestido se
[ abotoa,
Ao menos assim como as viu o dono das
[ galeotas
Arribadas àquela manhã carregando ouro;
E se ao mesmo tempo pudesse encerrar seus
[ pobres ossos
No cemitério, onde o mar oleoso lambe
[ o portão,
Em palavras mais duráveis que o derradeiro
[ pente
Que entre carcomas sob a lápide, só, espera
[ pela luz
Não duvidaria. Da resistência da matéria
O que se retém? Nada, quando muito o belo.
Então devem nos bastar as flores da cerejeira
E os crisântemos e a lua cheia.

ZORRO (Dublado) Capitulo - 05 - O Romance de Zorro.

"Ocorreu mais mudanças nas famílias no ano seguinte à morte de um membro da família do que depois de qualquer outro ponto nodal do ciclo de vida"

O EMBATE. Charles Fonseca Poesia.

O EMBATE
Charles Fonseca

Fundo do baú por sonhos
afloram tantas histórias
uma caixa de Pandora
também eventos risonhos

quanto mais um arlequim
por vezes um pierrô
alegram o que por horror
no real foi tão ruim

sonhos há muito desfeitos
recalcados trás da porta
tramela, cadeado, que importa,
o inconsciente rejeitos

guarda com todo zelo
nada aí morre, dormita,
à noite o sonho agita
voltam à tona mil segredos

E assim vive este vate
por louco pensou trapaça
ter feito, oh que desgraça,
mentiu, perdeu o embate.




quarta-feira, novembro 28, 2018

PAIXÃO. Charles Fonseca. Poesia.

PAIXÃO
Charles Fonseca

Ando todo remendado
alinhavado fio de ouro
sonho morena gostoso
durmo e acordo coitado
energia por estofo
a escapar qualquer hora
acordado sem demora
o super-ego em esforço
me faz usar a razão
sossega o meu instinto
sonho então bem distinto
fantasio a paixão.

Entrevista -Transtornos de personalidade | Psiquiatra Fernando Fernandes

Hino 101 "Ressurgiu"

SOL NASCENTE. Charles Fonseca. Poesia.

SOL NASCENTE
Charles Fonseca

Um poeminha apressado
agora vou estudar
mamãe me disse vai lá
saudade do meu passado

Da professora Zulmina
escola da Rua Apertada
palmatória nunca usada
pra mim num cavalinho

ela vinha lá da roça
montada no seu alazão
fui-me embora desde então
de Ibicuí faço prosa

agora já senescente
escrevo o meu versinho
chegado a muito carinho
oh vida o sol nascente!

Justo és, Senhor - Hino 22

ESCUTA. Maria da Conceição Paranhos. Poesia.

ESCUTA
Maria da Conceição Paranhos



Ocorre que há uns lapsos na história,
há uns lapsos. Então vêm, videntes,
relatar histórias conhecidas
em noites longas de calor, insônia.
Ouvimos. Pacientemente.
Sob discursos jazem outras vozes.

Necessário cantar.
Animais se aninham ao nosso ânimo,
baixam seu brado à espera da canção.
E os leões de pedra dos portões
deixam rolar os globos que os sustentam.

Falamos línguas obscenas.
Não. Endureceu-se o ouvir.
Indefinidamente?
Afrontar a rija espada dos confrontos,
permitir soluções, se o peito arfa
curvado de rajadas imprudentes.
Se não se deixa a alma nesses lances
em que transidos vagamos dementes,
como afrontar as rugas, decifrar mensagens
(não correm ventos nas paisagens mortas,
largadas ao relento)?

Necessário é amar.
Primeiro e último tormento.