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sábado, setembro 23, 2017

São Lucas, 23

1.Levantou-se a sessão e conduziram Jesus diante de Pilatos, 2.e puseram-se a acusá-lo: Temos encontrado este homem excitando o povo à revolta, proibindo pagar imposto ao imperador e dizendo-se Messias e rei. 3.Pilatos perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Sim. 4.Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma. 5.Mas eles insistiam fortemente: Ele revoluciona o povo ensinando por toda a Judéia, a começar da Galiléia até aqui. 6.A estas palavras, Pilatos perguntou se ele era galileu. 7.E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém. 8.Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. 9.Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. 10.Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência. 11.Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca e reenviou-o a Pilatos. 12.Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro. 13.Pilatos convocou então os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo, e disse-lhes: 14.Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais. 15.Nem tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte. 16.Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar. 17.[Acontecia que em cada festa ele era obrigado a soltar-lhes um preso.] 18.Todo o povo gritou a uma voz: À morte com este, e solta-nos Barrabás. 19.(Este homem fora lançado ao cárcere devido a uma revolta levantada na cidade, por causa de um homicídio.) 20.Pilatos, porém, querendo soltar Jesus, falou-lhes de novo, 21.mas eles vociferavam: Crucifica-o! Crucifica-o! 22.Pela terceira vez, Pilatos ainda interveio: Mas que mal fez ele, então? Não achei nele nada que mereça a morte; irei, portanto, castigá-lo e, depois, o soltarei. 23.Mas eles instavam, reclamando em altas vozes que fosse crucificado, e os seus clamores recrudesciam. 24.Pilatos pronunciou então a sentença que lhes satisfazia o desejo. 25.Soltou-lhes aquele que eles reclamavam e que havia sido lançado ao cárcere por causa do homicídio e da revolta, e entregou Jesus à vontade deles. 26.Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. 27.Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam. 28.Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. 29.Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! 30.Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! 31.Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco? 32.Eram conduzidos ao mesmo tempo dois malfeitores para serem mortos com Jesus. 33.Chegados que foram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda. 34.E Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Eles dividiram as suas vestes e as sortearam. 35.A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus! 36.Do mesmo modo zombavam dele os soldados. Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam: 37.Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. 38.Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: Este é o rei dos judeus. 39.Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós! 40.Mas o outro o repreendeu: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? 41.Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum. 42.E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino! 43.Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso. 44.Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona. 45.Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. 46.Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo isso, expirou. 47.Vendo o centurião o que acontecia, deu glória a Deus e disse: Na verdade, este homem era um justo. 48.E toda a multidão dos que assistiam a este espetáculo e viam o que se passava, voltou batendo no peito. 49.Os amigos de Jesus, como também as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, conservavam-se a certa distância, e observavam estas coisas. 50.Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. 51.Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus. 52.Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. 53.Ele o desceu da cruz, envolveu-o num pano de linho e colocou-o num sepulcro, escavado na rocha, onde ainda ninguém havia sido depositado. 54.Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado. 55.As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado. 56.Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos. No dia de sábado, observaram o preceito do repouso. "

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