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sábado, setembro 30, 2017

Amor. Álvares de Azevedo. Poesia

Amor
Álvares de Azevedo

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

sexta-feira, setembro 29, 2017

COMO DEFENDER-SE EM UMA LUTA NO CHÃO, Técnicas de Luta Kung Fu, Artes Ma...

Moreno


O anseio de novidades impele o homem para a angústia extrema. Santo Agostinho

Homilia Diária.652: Festa de São Miguel, São Gabriel e São Rafael Arcanjos

Meu coração é só de Jesus e minha alegria é na Santa Cruz.

terça-feira, setembro 26, 2017

Atos dos Apóstolos, 23

1.Paulo, fitando os olhos nos membros do conselho, disse: Irmãos, eu tenho procedido diante de Deus com toda a boa consciência ate o dia de hoje... 2.Mas Ananias, sumo sacerdote, mandou aos que estavam ao seu lado que lhe batessem na boca. 3.Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá também a ti, hipócrita! Tu estás aí assentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido? 4.Os assistentes disseram: Tu injurias o sumo sacerdote de Deus. 5.Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que é o sumo sacerdote. Pois está escrito: Não falarás mal do príncipe do teu povo (Ex 22,28). 6.Paulo sabia que uma parte do Sinédrio era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos é que sou julgado. 7.Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os saduceus, e dividiu-se a assembléia. 8.(Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa.) 9.Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos fariseus e contestaram ruidosamente: Não achamos mal algum neste homem. (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo... 10.A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela. 11.Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma. 12.Quando amanheceu, coligaram-se alguns judeus e juraram com imprecações não comer nem beber nada, enquanto não matassem Paulo. 13.Eram mais de quarenta as pessoas que fizeram essa conjuração. 14.Foram apresentar-se aos sumos sacerdotes e aos cidadãos, dizendo: Juramos solenemente nada comer enquanto não matarmos Paulo. 15.Vós, pois, ide com o conselho requerer do tribuno que o conduza à vossa presença, como se houvésseis de investigar com mais precisão a sua causa; e nós estamos prontos para matá-lo durante o trajeto. 16.Mas um filho da irmã de Paulo, inteirado da cilada, dirigiu-se à cidadela e o comunicou a Paulo. 17.Este chamou a si um dos centuriões e disse-lhe: Leva este moço ao tribuno, porque tem alguma coisa a lhe transmitir. 18.Ele o introduziu à presença do tribuno e lhe disse: O preso Paulo rogou-me que trouxesse este moço à tua presença, porque tem alguma coisa a dizer-te. 19.O tribuno, tomando-o pela mão, retirou-se com ele à parte e perguntou: Que tens a dizer-me? 20.Respondeu-lhe ele: Os judeus têm combinado rogar-te amanhã que apresentes Paulo ao Grande Conselho, como se houvessem de inquirir dele alguma coisa com mais precisão. 21.Mas tu não creias, porque mais de quarenta homens dentre eles lhe armam traição. Juraram solenemente nada comer, nem beber, enquanto não o matarem. Eles já estão preparados e só esperam a tua permissão. 22.Então o tribuno despediu o moço, ordenando-lhe que a ninguém dissesse que o havia avisado. 23.Depois disso, chamou ele dois centuriões e disse-lhes: Preparai duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros para irem a Cesaréia à terceira hora da noite. 24.Aprontai também cavalgaduras para Paulo, que tendes de levar com toda a segurança ao governador Félix. 25.E ele escreveu uma carta nestes termos: 26.Cláudio Lísias ao excelentíssimo governador Félix, saúde! 27.Esse homem foi preso pelos judeus e estava a ponto de ser morto por eles, quando eu, sobrevindo com a tropa, o livrei, ao saber que era romano. 28.Então, querendo saber a causa por que o acusavam, levei-o ao Grande Conselho. 29.Soube que era acusado sobre questões da lei deles, sem haver nele delito algum que merecesse morte ou prisão. 30.Mas, como tivesse chegado a mim a notícia das traições que maquinavam contra ele, envio-o com urgência a ti, intimando também aos acusadores que recorram a ti. Adeus. 31.Os soldados, conforme lhes fora ordenado, tomaram Paulo e o levaram de noite a Antipátride. 32.No dia seguinte, voltaram para a guarnição, deixando que os soldados da cavalaria o escoltassem. 33.À sua chegada a Cesaréia, entregaram ao governador a carta e apresentaram-lhe também Paulo. 34.Ele, depois de lê-la e perguntar de que província ele era, sabendo que era da Cilícia, disse: 35.Ouvir-te-ei quando chegarem teus acusadores. Mandou, então, que Paulo fosse guardado no pretório de Herodes."

segunda-feira, setembro 25, 2017

Pintura

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e atividades ao ar livre

Tigre, Tigre. William Blake. Poesia

TIGRE,TIGRE
William Blake

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?

Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos?
Sobre que asas se atreveu a ascender?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração?

E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui?
Que martelo te forjou ? Que cadeia?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores?

Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou?

Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria?

William Blake
(Tradução de Ângelo Monteiro)

Rachmaninoff: Symphonic Dances op.45 - Live concert HD

domingo, setembro 24, 2017

Favela. Antonio Rizerio.

Nego-me a arquivar a bela palavra brasileira “favela”, substituindo-a pelo vocábulo “comunidade” (totalmente inadequado para descrever a Rocinha, por exemplo, com suas nítidas distinções econômicas internas e seus claros conflitos de interesses), em nome de frescuras infundadas do “politicamente correto”.
Favela é palavra que remete ao mundo vegetal sertanejo e à Guerra de Canudos; palavra que tem a sua própria densidade histórica e cultural, além de por cerca de um século vir frequentando com brilho criações textuais que se articulam e se movem na dimensão estética da linguagem, entre a poesia, a poemúsica e a prosa de ficção.
“Comunidade”, do latim communitas, não tem um referencial histórico, geográfico ou urbanístico delimitado com um mínimo de clareza. E, no plano semântico, designa (ou remete a ideias de) comunhão, fraternidade, grupos monásticos que cultivam hábitos e pensamentos comuns, pessoas ligadas pelos mesmos interesses materiais ou abstratos, conjunto de indivíduos vinculados por uma crença comum, irmandade, congregação, harmonia (parece que começou a ser aplicada às favelas por padres católicos, acentuando-se no âmbito da “teologia da libertação”, com suas “comunidades eclesiais de base”).
E é claro que nada disso serve para definir uma favela real, com pessoas de carne e osso, portadoras de idéias, posses e interesses díspares. De outra parte, nunca vi sentido em se tratar como “comunidade” um certo aglomerado populacional ou os moradores de determinada área ou região.
Por fim, há um segmento do espectro referencial da palavra que menos ainda se aplica a uma favela: o de conjunto de indivíduos que partilham uma característica comum, inserindo-se como grupo distinto e específico na sociedade envolvente, que, por sua vez, considera-o algo exótico, reduto à parte do mundo de todos, com práticas apenas suas, a exemplo das antigas comunidades hippies das décadas de 1960-1970.
Enfim, quem usa a palavra “comunidade”, recusando o sintagma “favela”, me parece adotar uma postura essencialmente manipuladora, seja visando a ativar a autoestima grupal, seja para driblar ou tentar ocultar aspectos incômodos da realidade. Mas minha viagem é outra. Falo favela, portanto.

Mestre Júlio. Fotografia

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sábado, setembro 23, 2017

São Lucas, 23

1.Levantou-se a sessão e conduziram Jesus diante de Pilatos, 2.e puseram-se a acusá-lo: Temos encontrado este homem excitando o povo à revolta, proibindo pagar imposto ao imperador e dizendo-se Messias e rei. 3.Pilatos perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Sim. 4.Declarou Pilatos aos príncipes dos sacerdotes e ao povo: Eu não acho neste homem culpa alguma. 5.Mas eles insistiam fortemente: Ele revoluciona o povo ensinando por toda a Judéia, a começar da Galiléia até aqui. 6.A estas palavras, Pilatos perguntou se ele era galileu. 7.E, quando soube que era da jurisdição de Herodes, enviou-o a Herodes, pois justamente naqueles dias se achava em Jerusalém. 8.Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele. 9.Dirigiu-lhe muitas perguntas, mas Jesus nada respondeu. 10.Ali estavam os príncipes dos sacerdotes e os escribas, acusando-o com violência. 11.Herodes, com a sua guarda, tratou-o com desprezo, escarneceu dele, mandou revesti-lo de uma túnica branca e reenviou-o a Pilatos. 12.Naquele mesmo dia, Pilatos e Herodes fizeram as pazes, pois antes eram inimigos um do outro. 13.Pilatos convocou então os príncipes dos sacerdotes, os magistrados e o povo, e disse-lhes: 14.Apresentastes-me este homem como agitador do povo, mas, interrogando-o eu diante de vós, não o achei culpado de nenhum dos crimes de que o acusais. 15.Nem tampouco Herodes, pois no-lo devolveu. Portanto, ele nada fez que mereça a morte. 16.Por isso, soltá-lo-ei depois de o castigar. 17.[Acontecia que em cada festa ele era obrigado a soltar-lhes um preso.] 18.Todo o povo gritou a uma voz: À morte com este, e solta-nos Barrabás. 19.(Este homem fora lançado ao cárcere devido a uma revolta levantada na cidade, por causa de um homicídio.) 20.Pilatos, porém, querendo soltar Jesus, falou-lhes de novo, 21.mas eles vociferavam: Crucifica-o! Crucifica-o! 22.Pela terceira vez, Pilatos ainda interveio: Mas que mal fez ele, então? Não achei nele nada que mereça a morte; irei, portanto, castigá-lo e, depois, o soltarei. 23.Mas eles instavam, reclamando em altas vozes que fosse crucificado, e os seus clamores recrudesciam. 24.Pilatos pronunciou então a sentença que lhes satisfazia o desejo. 25.Soltou-lhes aquele que eles reclamavam e que havia sido lançado ao cárcere por causa do homicídio e da revolta, e entregou Jesus à vontade deles. 26.Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. 27.Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam. 28.Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. 29.Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! 30.Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! 31.Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco? 32.Eram conduzidos ao mesmo tempo dois malfeitores para serem mortos com Jesus. 33.Chegados que foram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda. 34.E Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem. Eles dividiram as suas vestes e as sortearam. 35.A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam de Jesus, dizendo: Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus! 36.Do mesmo modo zombavam dele os soldados. Aproximavam-se dele, ofereciam-lhe vinagre e diziam: 37.Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo. 38.Por cima de sua cabeça pendia esta inscrição: Este é o rei dos judeus. 39.Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós! 40.Mas o outro o repreendeu: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? 41.Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum. 42.E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino! 43.Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso. 44.Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona. 45.Escureceu-se o sol e o véu do templo rasgou-se pelo meio. 46.Jesus deu então um grande brado e disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, dizendo isso, expirou. 47.Vendo o centurião o que acontecia, deu glória a Deus e disse: Na verdade, este homem era um justo. 48.E toda a multidão dos que assistiam a este espetáculo e viam o que se passava, voltou batendo no peito. 49.Os amigos de Jesus, como também as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia, conservavam-se a certa distância, e observavam estas coisas. 50.Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. 51.Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus. 52.Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. 53.Ele o desceu da cruz, envolveu-o num pano de linho e colocou-o num sepulcro, escavado na rocha, onde ainda ninguém havia sido depositado. 54.Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado. 55.As mulheres, que tinham vindo com Jesus da Galiléia, acompanharam José. Elas viram o túmulo e o modo como o corpo de Jesus ali fora depositado. 56.Elas voltaram e prepararam aromas e bálsamos. No dia de sábado, observaram o preceito do repouso. "

Sobrinhos.


Trump é o respiro do bom senso. RC

quarta-feira, setembro 20, 2017

São Mateus, 23

1.Dirigindo-se, então, Jesus à multidão e aos seus discípulos,disse: 2.Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. 3.Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. 4.Atam fardos pesados e esmagadores e com eles sobrecarregam os ombros dos homens, mas não querem movê-los sequer com o dedo. 5.Fazem todas as suas ações para serem vistos pelos homens, por isso trazem largas faixas e longas franjas nos seus mantos. 6.Gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas. 7.Gostam de ser saudados nas praças públicas e de ser chamados rabi pelos homens. 8.Mas vós não vos façais chamar rabi, porque um só é o vosso preceptor, e vós sois todos irmãos. 9.E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10.Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo. 11.O maior dentre vós será vosso servo. 12.Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado. 13.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar. 14.[Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Devorais as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso, sereis castigados com muito maior rigor.] 15.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos. 16.Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: Se alguém jura pelo templo, isto não é nada; mas se jura pelo tesouro do templo, é obrigado pelo seu juramento. 17.Insensatos, cegos! Qual é o maior: o ouro ou o templo que santifica o ouro? 18.E dizeis ainda: Se alguém jura pelo altar, não é nada; mas se jura pela oferta que está sobre ele, é obrigado. 19.Cegos! Qual é o maior: a oferta ou o altar que santifica a oferta? 20.Aquele que jura pelo altar, jura ao mesmo tempo por tudo o que está sobre ele. 21.Aquele que jura pelo templo, jura ao mesmo tempo por aquele que nele habita. 22.E aquele que jura pelo céu, jura ao mesmo tempo pelo trono de Deus, e por aquele que nele está sentado. 23.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. 24.Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo. 25.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. 26.Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo. 27.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. 28.Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. 29.Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais sepulcros aos profetas, adornais os monumentos dos justos 30.e dizeis: Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos manchado nossas mãos como eles no sangue dos profetas... 31.Testemunhais assim contra vós mesmos que sois de fato os filhos dos assassinos dos profetas. 32.Acabai, pois, de encher a medida de vossos pais! 33.Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo do inferno? 34.Vede, eu vos envio profetas, sábios, doutores. Matareis e crucificareis uns e açoitareis outros nas vossas sinagogas. Persegui-los-eis de cidade em cidade, 35.para que caia sobre vós todos o sangue inocente derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o templo e o altar. 36.Em verdade vos digo: todos esses crimes pesam sobre esta raça. 37.Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne seus pintinhos debaixo de suas asas... e tu não quiseste! 38.Pois bem, a vossa casa vos é deixada deserta. 39.Porque eu vos digo: já não me vereis de hoje em diante, até que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor."

Vivian Maier. Fotografia

Vivian Maier, fotografía callejera

terça-feira, setembro 19, 2017

Tratado De Deo Uno. Suma Teológica. São Tomás de Aquino

Questão 2: Deus existe?
O principal intento, pois, da doutrina sagrada é transmitir o conhecimento de Deus, não somente enquanto existente em si, mas ainda como princípio e fim dos seres, e, especialmente, da criatura racional, como é claro pelo que antes se disse. Ora, pretendendo fazer a exposição desta doutrina,

1o.
trataremos de Deus;

2o.
do movimento da criatura racional para Deus;

3o. de Cristo que, enquanto homem, é via para tendermos a Deus.

Mas a consideração sobre Deus será tripartida. Assim,
1o. trataremos do que pertence à essência divina;
2o. do que pertence à distinção das pessoas; 3o. do que pertence à processão, que de Deus têm as criaturas.

Sobre a essência divina, porém, devemos considerar:
1o. se Deus existe;
2o. como é, ou antes, como não
é;
3o. devemos considerar o que pertence à operação de Deus, a saber, a ciência, a vontade e o poder.

(continua)

Evandro Teixeira. Fotografia


segunda-feira, setembro 18, 2017

Roger Fenton. Fotografia

Resultado de imagem para roger fenton

Apocalipse, 22

1.Mostrou-me então o anjo um rio de água viva resplandecente como cristal de rocha, saindo do trono de Deus e do Cordeiro. 2.No meio da avenida e às duas margens do rio, achava-se uma árvore da vida, que produz doze frutos, dando cada mês um fruto, servindo as folhas da árvore para curar as nações. 3.Não haverá aí nada de execrável, mas nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Seus servos lhe prestarão um culto. 4.Verão a sua face e o seu nome estará nas suas frontes. 5.Já não haverá noite, nem se precisará da luz de lâmpada ou do sol, porque o Senhor Deus a iluminará, e hão de reinar pelos séculos dos séculos. 6.Ele me disse: Estas palavras são fiéis e verdadeiras, e o Senhor Deus dos espíritos dos profetas enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos o que deve acontecer em breve. 7.Eis que venho em breve! Felizes aqueles que põem em prática as palavras da profecia deste livro. 8.Fui eu, João, que vi e ouvi estas coisas. Depois de as ter ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que as mostrava. 9.Mas ele me disse: Não faças isto! Sou um servo como tu e teus irmãos, os profetas, e aqueles que guardam as palavras deste livro. Prostra-te diante de Deus. 10.Disse ele ainda: Não seles o texto profético deste livro, porque o momento está próximo. 11.O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais. 12.Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras. 13.Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. 14.Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas. 15.Fora os cães, os envenenadores, os impudicos, os homicidas, os idólatras e todos aqueles que amam e praticam a mentira! 16.Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos atestar estas coisas a respeito das igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, a estrela radiosa da manhã. 17.O Espírito e a Esposa dizem: Vem! Possa aquele que ouve dizer também: Vem! Aquele que tem sede, venha! E que o homem de boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida! 18.Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; 19.e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, descritas neste livro. 20.Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus! 21.A graça do Senhor Jesus esteja com todos."

Livros recomendados

«Ilíada» e «Odisseia» — Homero

A quarta guerra mundial

Pouco tempo depois da Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista, Albert Einstein declarou famosamente, referindo-se à ameaça nuclear: “não sei como a Terceira Guerra será lutada, mas a Quarta será com paus e pedras”.

sábado, setembro 16, 2017

Linda


Igreja Católica: Construtora da civilização ocidental Parte 1.1

Atos dos Apóstolos, 22

1.Irmãos e pais, ouvi o que vos tenho a dizer em minha defesa.

2.Quando ouviram que lhes falava em língua hebraica, escutaram-no com a maior atenção.

3.Continuou ele: Eu sou judeu, nasci em Tarso da Cilícia, mas criei-me nesta cidade, instruí-me aos pés de Gamaliel, em toda a observância da lei de nossos pais, partidário entusiasta da causa de Deus como todos vós também o sois no dia de hoje.

4.Eu persegui de morte essa doutrina, prendendo e metendo em cárceres homens e mulheres.

5.O sumo sacerdote e todo o conselho dos anciãos me são testemunhas. E foi deles que também recebi cartas para os irmãos de Damasco, para onde me dirigi, com o fim de prender os que lá se achassem e trazê-los a Jerusalém, para que fossem castigados.

6.Ora, estando eu a caminho, e aproximando-me de Damasco, pelo meio-dia, de repente me cercou uma forte luz do céu.

7.Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?

8.Eu repliquei: Quem és tu, Senhor? A voz me disse: Eu sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues.

9.Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem falava.

10.Então eu disse: Senhor, que devo fazer? E o Senhor me respondeu: Levanta-te, vai a Damasco e lá te será dito tudo o que deves fazer.

11.Como eu não pudesse ver por causa da intensidade daquela luz, guiado pela mão dos meus companheiros, cheguei a Damasco.

12.Um certo Ananias, homem piedoso e observador da lei, muito bem conceituado entre todos os judeus daquela cidade,

13.veio ter comigo e disse-me: Irmão Saulo, recobra a tua vista. Naquela mesma hora pude enxergá-lo.

14.Continuou ele: O Deus de nossos pais te predestinou para que conhecesses a sua vontade, visses o Justo e ouvisses a palavra da sua boca,

15.pois lhe serás, diante de todos os homens, testemunha das coisas que tens visto e ouvido.

16.E agora, por que tardas? Levanta-te. Recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome.

17.Voltei para Jerusalém e, orando no templo, fui arrebatado em êxtase.

18.E vi Jesus que me dizia: Apressa-te e sai logo de Jerusalém, porque não receberão o teu testemunho a meu respeito.

19.Eu repliquei: Senhor, eles sabem que eu encarcerava e açoitava com varas nas sinagogas os que crêem em ti.

20.E quando se derramou o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu estava presente, consentia nisso e guardava os mantos dos que o matavam.

21.Mas ele me respondeu: Vai, porque eu te enviarei para longe, às nações...

22.Haviam-no escutado até essa palavra. Então levantaram a voz: Tira do mundo esse homem! Não é digno de viver!

23.Como vociferassem, arrojassem de si as vestes e lançassem pó ao ar,

24.o tribuno mandou recolhê-lo à cidadela, açoitá-lo e submetê-lo a torturas, para saber por que causa clamavam assim contra ele.

25.Quando o iam amarrando com a correia, Paulo perguntou a um centurião que estava presente: É permitido açoitar um cidadão romano que nem sequer foi julgado?

26.Ao ouvir isso, o centurião foi ter com o tribuno e avisou-o: Que vais fazer? Este homem é cidadão romano.

27.Veio o tribuno e perguntou-lhe: Dize-me, és romano? Sim, respondeu-lhe.

28.O tribuno replicou: Eu adquiri este direito de cidadão por grande soma de dinheiro. Paulo respondeu: Pois eu o sou de nascimento.

29.Apartaram-se então dele os que iam torturá-lo. O tribuno alarmou-se porque o mandara acorrentar, sendo ele um cidadão romano.

30.No dia seguinte, querendo saber com mais exatidão de que os judeus o acusavam, soltou-o e ordenou que se reunissem os sumos sacerdotes e todo o Grande Conselho. Trouxe Paulo e o mandou comparecer diante deles.

quinta-feira, setembro 14, 2017

Assim foi na nossa infância

Todas as manhãs aquela família antes do desjejum ouvia um trecho do evangelho e fazia uma prece em comum. Assim foi na nossa infância.

Bando de Lampião fotografado por Benjamin Abrahão - Cangaço - Nordeste - Brasil

Bando de Lampião fotografado por Benjamin Abrahão - Cangaço - Nordeste - Brasil

São Lucas, 22

1.Aproximava-se a festa dos pães sem fermento, chamada Páscoa.

2.Os príncipes dos sacerdotes e os escribas buscavam um meio de matar Jesus, mas temiam o povo.

3.Entretanto, Satanás entrou em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, um dos Doze.

4.Judas foi procurar os príncipes dos sacerdotes e os oficiais para se entender com eles sobre o modo de lho entregar.

5.Eles se alegraram com isso, e concordaram em lhe dar dinheiro.

6.Também ele se obrigou. E buscava ocasião oportuna para o trair, sem que a multidão o soubesse.

7.Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa.

8.Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa.

9.Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos?

10.Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água; segui-o até a casa em que ele entrar,

11.e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?

12.Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos.

13.Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa.

14.Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos.

15.Disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer.

16.Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus.

17.Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribuí-o entre vós.

18.Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.

19.Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.

20.Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós...

21.Entretanto, eis que a mão de quem me trai está à mesa comigo.

22.O Filho do Homem vai, segundo o que está determinado, mas ai daquele homem por quem ele é traído!

23.Perguntavam então os discípulos entre si quem deles seria o que tal haveria de fazer.

24.Surgiu também entre eles uma discussão: qual deles seria o maior.

25.E Jesus disse-lhes: Os reis dos pagãos dominam como senhores, e os que exercem sobre eles autoridade chamam-se benfeitores.

26.Que não seja assim entre vós; mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo.

27.Pois qual é o maior: o que está sentado à mesa ou o que serve? Não é aquele que está sentado à mesa? Todavia, eu estou no meio de vós, como aquele que serve.

28.E vós tendes permanecido comigo nas minhas provações;

29.eu, pois, disponho do Reino a vosso favor, assim como meu Pai o dispôs a meu favor,

30.para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.

31.Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo;

32.mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos.

33.Pedro disse-lhe: Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisão como para a morte.

34.Jesus respondeu-lhe: Digo-te, Pedro, não cantará hoje o galo, até que três vezes hajas negado que me conheces.

35.Depois ajuntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem mochila e sem calçado, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada.

36.Mas agora, disse-lhes ele, aquele que tem uma bolsa, tome-a; aquele que tem uma mochila, tome-a igualmente; e aquele que não tiver uma espada, venda sua capa para comprar uma.

37.Pois vos digo: é necessário que se cumpra em mim ainda este oráculo: E foi contado entre os malfeitores (Is 53,12). Com efeito, aquilo que me diz respeito está próximo de se cumprir.

38.Eles replicaram: Senhor, eis aqui duas espadas. Basta, respondeu ele.

39.Conforme o seu costume, Jesus saiu dali e dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos.

40.Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: Orai para que não caiais em tentação.

41.Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava:

42.Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua.

43.Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo.

44.Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.

45.Depois de ter rezado, levantou-se, foi ter com os discípulos e achou-os adormecidos de tristeza.

46.Disse-lhes: Por que dormis? Levantai-vos, orai, para não cairdes em tentação.

47.Ele ainda falava, quando apareceu uma multidão de gente; e à testa deles vinha um dos Doze, que se chamava Judas. Achegou-se de Jesus para o beijar.

48.Jesus perguntou-lhe: Judas, com um beijo trais o Filho do Homem!

49.Os que estavam ao redor dele, vendo o que ia acontecer, perguntaram: Senhor, devemos atacá-los à espada?

50.E um deles feriu o servo do príncipe dos sacerdotes, decepando-lhe a orelha direita.

51.Mas Jesus interveio: Deixai, basta. E, tocando na orelha daquele homem, curou-o.

52.Voltando-se para os príncipes dos sacerdotes, para os oficiais do templo e para os anciãos que tinham vindo contra ele, disse-lhes: Saístes armados de espadas e cacetes, como se viésseis contra um ladrão.

53.Entretanto, eu estava todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim; mas esta é a vossa hora e do poder das trevas.

54.Prenderam-no então e conduziram-no à casa do príncipe dos sacerdotes. Pedro seguia-o de longe.

55.Acenderam um fogo no meio do pátio, e sentaram-se em redor. Pedro veio sentar-se com eles.

56.Uma criada percebeu-o sentado junto ao fogo, encarou-o de perto e disse: Também este homem estava com ele.

57.Mas ele negou-o: Mulher, não o conheço.

58.Pouco depois, viu-o outro e disse-lhe: Também tu és um deles. Pedro respondeu: Não, eu não o sou.

59.Passada quase uma hora, afirmava um outro: Certamente também este homem estava com ele, pois também é galileu.

60.Mas Pedro disse: Meu amigo, não sei o que queres dizer. E no mesmo instante, quando ainda falava, cantou o galo.

61.Voltando-se o Senhor, olhou para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra do Senhor: Hoje, antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes.

62.Saiu dali e chorou amargamente.

63.Entretanto, os homens que guardavam Jesus escarneciam dele e davam-lhe bofetadas.

64.Cobriam-lhe o rosto e diziam: Adivinha quem te bateu!

65.E injuriavam-no ainda de outros modos.

66.Ao amanhecer, reuniram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, e mandaram trazer Jesus ao seu conselho.

67.Perguntaram-lhe: Dize-nos se és o Cristo! Respondeu-lhes ele: Se eu vo-lo disser, não me acreditareis;

68.e se vos fizer qualquer pergunta, não me respondereis.

69.Mas, doravante, o Filho do Homem estará sentado à direita do poder de Deus.

70.Então perguntaram todos: Logo, tu és o Filho de Deus? Respondeu: Sim, eu sou.

71.Eles então exclamaram: Temos nós ainda necessidade de testemunho? Nós mesmos o ouvimos da sua boca.

quarta-feira, setembro 13, 2017

Nunca se dobre à infâmia

Quem vê cara não vê coração

A minha flor


Rato cuida do que rói

Você gosta do espetáculo protestante?

segunda-feira, setembro 11, 2017

sexta-feira, setembro 08, 2017

São Mateus, 22

1.Jesus tornou a falar-lhes por meio de parábolas:

2.O Reino dos céus é comparado a um rei que celebrava as bodas do seu filho.

3.Enviou seus servos para chamar os convidados, mas eles não quiseram vir.

4.Enviou outros ainda, dizendo-lhes: Dizei aos convidados que já está preparado o meu banquete; meus bois e meus animais cevados estão mortos, tudo está preparado. Vinde às bodas!

5.Mas, sem se importarem com aquele convite, foram-se, um a seu campo e outro para seu negócio.

6.Outros lançaram mãos de seus servos, insultaram-nos e os mataram.

7.O rei soube e indignou-se em extremo. Enviou suas tropas, matou aqueles assassinos e incendiou-lhes a cidade.

8.Disse depois a seus servos: O festim está pronto, mas os convidados não foram dignos.

9.Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas todos quantos achardes.

10.Espalharam-se eles pelos caminhos e reuniram todos quantos acharam, maus e bons, de modo que a sala do banquete ficou repleta de convidados.

11.O rei entrou para vê-los e viu ali um homem que não trazia a veste nupcial.

12.Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma.

13.Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes.

14.Porque muitos são os chamados, e poucos os escolhidos.

15.Reuniram-se então os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.

16.Enviaram seus discípulos com os herodianos, que lhe disseram: Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares com ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.

17.Dize-nos, pois, o que te parece: É permitido ou não pagar o imposto a César?

18.Jesus, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me tentais, hipócritas?

19.Mostrai-me a moeda com que se paga o imposto! Apresentaram-lhe um denário.

20.Perguntou Jesus: De quem é esta imagem e esta inscrição?

21.De César, responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

22.Esta resposta encheu-os de admiração e, deixando-o, retiraram-se.

23.Naquele mesmo dia, os saduceus, que negavam a ressurreição, interrogaram-no:

24.Mestre, Moisés disse: Se um homem morrer sem filhos, seu irmão case-se com a sua viúva e dê-lhe assim uma posteridade (Dt 25,5).

25.Ora, havia entre nós sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu. Como não tinha filhos, deixou sua mulher ao seu irmão.

26.O mesmo sucedeu ao segundo, depois ao terceiro, até o sétimo.

27.Por sua vez, depois deles todos, morreu também a mulher.

28.Na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, uma vez que todos a tiveram?

29.Respondeu-lhes Jesus: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus.

30.Na ressurreição, os homens não terão mulheres nem as mulheres, maridos; mas serão como os anjos de Deus no céu.

31.Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que Deus vos disse:

32.Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó (Ex 3,6)? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas Deus dos vivos.

33.E, ouvindo esta doutrina, as turbas se enchiam de grande admiração.

34.Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se

35.e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:

36.Mestre, qual é o maior mandamento da lei?

37.Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5).

38.Este é o maior e o primeiro mandamento.

39.E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).

40.Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas.

41.Como os fariseus se agrupassem, Jesus interrogou-os:

42.Que pensais vós de Cristo? De quem é filho? Responderam: De Davi!

43.Como então, prosseguiu Jesus, Davi, falando sob inspiração do Espírito, chama-o Senhor, dizendo:

44.O Senhor disse a meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que eu ponha teus inimigos por escabelo dos teus pés (Sl 109,1)?

45.Se, pois, Davi o chama Senhor, como é ele seu filho?

46.Ninguém pôde responder-lhe nada. E, depois daquele dia, ninguém mais ousou interrogá-lo.

A alegria. Sebastião Salgado. Fotografia


quinta-feira, setembro 07, 2017

Seu tripé

a) relação de descendência, que é a relação entre pai e filho e mãe e filho;
b) relação de consangüinidade, que é a relação entre irmãos.
c) relação de afinidade que se realiza no casamento.

quarta-feira, setembro 06, 2017

Vivian Maier. Fotografia


O cão. Charles Fonseca. Prosa

Um cão fareja e ouve a centenas de metros. Conhece a fisionomia do mau caráter. Não entra em férias nem dá encargos trabalhistas. É o melhor vigilante da sua segurança. Alegra-se com você e se entristece se lhe vê triste. Grande ou pequeno não importa. Este, para dentro de casa. Aquele, do lado de fora. Ambos para lhe alegrar e espantar os marginais.

Atenção, menina.


terça-feira, setembro 05, 2017

domingo, setembro 03, 2017

Art. 10 — Se na Sagrada Escritura uma mesma letra tem vários sentidos. Suma Teológica. São Tomas de Aquino

Se na Sagrada Escritura uma mesma letra tem vários sentidos:
o histórico ou literal, o alegório, o tropológico ou moral e o anagógico.
(I Sent., prol., a. 5; IV, dist XXI, q.1, a.2, qa 1, ad 3; De Pot., q. 4, a. 1; Quodlib., III, q. 14, a. 1; VIII, q. 6; ad
Gal., c. IV, lect. VII)
O décimo discute-se assim — Parece que na Sagrada Escritura, uma mesma letra não tem vários
sentidos: o histórico ou literal, o alegórico, o tropológico ou moral e o anagógico.
1. — Pois a multiplicidade dos sentidos, num escrito, gera a confusão e o engano e obsta à segurança da
argüição. Donde, não resulta nenhuma argumentação da multiplicidade de proposições, causa esta,
antes, de sofismas. Ora, a Escritura Sagrada deve ser eficaz para mostrar a verdade, sem nenhuma
falácia. Logo, nela não deve haver, numa mesma letra, vários sentidos.
2. Demais — diz Agostinho: A Escritura chamada Antigo Testamento transmite-se quadriformemente:
pela história, pela etiologia, pela analogia e pela alegoria. Ora, essas quatro formas são completamente
diferentes das quatros supra enumeradas. Logo, não é admissível que a mesma letra da Escritura
Sagrada se exponha nos quatro sentidos preditos.
3. Demais — além dos sentidos preditos, há o parabólico, não contido nos quatro.
Mas, em contrário, Gregório: A Sagrada Escritura, pelo modo mesmo da sua locução, transcende todas
as ciências; pois, com a mesma expressão, assim narra o feito como expõe o mistério.
SOLUÇÃO. — O autor da Sagrada Escritura é Deus, em cujo poder está dar significação não só às
palavras, o que também o homem pode fazer, mas ainda às próprias coisas. Por isso, além do que se dá
com todas as ciências, nas quais as palavras têm significação, esta ciência tem de próprio que as coisas
mesmas significadas pelas palavras, por sua vez, também significam. Ora, a primeira significação, pela
qual as palavras exprimem as coisas, é a do primeiro sentido, que é o histórico ou literal. E a significação
pela qual as coisas expressas pelas palavras têm ainda outras significações, chama-se sentido espiritual,
que se funda no literal e o supõe. Mas, este sentido espiritual tem três subdivisões. Pois, como diz o
Apóstolo (Heb 7, 19), a lei antiga é figura da nova e esta, por sua vez, como diz Dionísio, o é da glória
futura; e, demais, na lei nova, as coisas feitas pelo chefe são sinais das que nós devemos fazer. Ora,
quando as coisas da lei antiga significam as da nova, o sentido é alegórico; quando as realizadas em
Cristo, ou nos que o que significam, são sinais das que devemos fazer, o sentido é moral; e quando
significam as coisas da glória eterna, o sentido é anagógico.
Mas como o sentido literal é o que o autor tem em vista, e o autor da Sagrada Escritura é Deus, cuja
inteligência tudo compreende simultaneamente, não há inconveniente, como diz Agostinho, se, mesmo
no sentido literal, uma expressão da Sagrada Escritura tem vários sentidos.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — A multiplicidade de tais sentidos não gera o equívoco
nem nenhuma outra espécie de multiplicidade; pois, como já se disse, esses sentidos se multiplicam,
não por ter uma palavra muitas significações, mas porque as próprias coisas significadas pelas palavras
podem ser sinais de outras coisas. Donde o não haver nenhuma confusão na Sagrada Escritura, por se
fundarem todos os sentidos em um, o literal, com o qual somente se pode argumentar, e não com o
sentido alegórico, como diz Agostinho. Mas, nem por isso, nada se perde da Escritura Sagrada; pois, não
há nada de necessário à fé, contido no sentido espiritual, que ela não explique manifestamente, alhures,
no sentido literal.
RESPOSTA À SEGUNDA. — A história, a etiologia, a analogia pertencem a um mesmo sentido literal.
Pois, como expôs o próprio Agostinho, a história propõe algo pura e simplesmente; a etiologia assinala a
causa de uma expressão, como quando o Senhor assinalou a causa por que Moisés deu licença de
repudiar as mulheres, isto é, pela dureza do coração dos hebreus; a analogia mostra que a verdade de
um passo da Escritura não repugna à de outro. Ora, dentre as quatro divisões propostas, só a alegoria
abrange os três sentidos espirituais. E, assim, Hugo de São Vitor compreende, no sentido alegórico,
também o anagógico, admitindo somente três sentidos: o histórico, o alegórico e o tropológico.
RESPOSTA À TERCEIRA. — O sentido parabólico se contém no literal, pois as palavras têm uma
significação própria e outra figurada; e nem é o sentido literal a figura, mas o figurado. Pois, quando a
Escritura se refere ao braço de Deus, o sentido literal não é que, em Deus, há esse membro corpóreo,
mas o que é por tal membro significado, i.e, a virtude operativa.
Por onde se vê que nunca pode haver falsidade no sentido literal da Escritura Sagrada.

A felicidade a dois


Nora Ney - De Cigarro em Cigarro (1957)

sexta-feira, setembro 01, 2017

Sobrinha


A SATISFAÇÃO

1459. Muitos pecados prejudicam o próximo. Há que fazer o possível por reparar esse dano (por exemplo: restituir as coisas roubadas, restabelecer a boa reputação daquele que foi caluniado, indemnizar por ferimentos). A simples justiça o exige. Mas, além disso, o pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como as suas relações com Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não remedeia todas as desordens causadas pelo pecado (57). Aliviado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a perfeita saúde espiritual. Ele deve, pois, fazer mais alguma coisa para reparar os seus pecados: «satisfazer» de modo apropriado ou «expiar» os seus pecados. A esta satisfação também se chama «penitência».

1460. A penitência que o confessor impõe deve ter em conta a situação pessoal do penitente e procurar o seu bem espiritual. Deve corresponder, quanto possível, à gravidade e natureza dos pecados cometidos. Pode consistir na oração, num donativo, nas obras de misericórdia, no serviço do próximo, em privações voluntárias, sacrifícios e, sobretudo, na aceitação paciente da cruz que temos de levar. Tais penitências ajudam-nos a configurar-nos com Cristo, que, por Si só, expiou os nossos pecados (58) uma vez por todas. Tais penitências fazem que nos tornemos co-herdeiros de Cristo Ressuscitado, «uma vez que também sofremos com Ele» (Rm 8, 17) (59):

«Mas esta satisfação, que realizamos pelos nossos pecados, não é possível senão por Jesus Cristo: nós que, por nós próprios, nada podemos, com a ajuda "d'Aquele que nos conforta, podemos tudo" (60). Assim, o homem não tem nada de que se gloriar. Toda a nossa «glória» está em Cristo [...] em quem nós satisfazemos, "produzindo dignos frutos de penitência" (61), os quais vão haurir n'Ele toda a sua força, por Ele são oferecidos ao Pai, e graças a Ele são aceites pelo Pai» (62).

Catecismo