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sexta-feira, março 31, 2017

Photoshop doura pílula e espanta incautos

Meias Verdades. Wando. Música.

I Coríntios, 7

1.Agora, a respeito das coisas que me escrevestes. Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. 2.Todavia, considerando o perigo da incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu marido. 3.O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. 4.A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. 5.Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência. 6.Isto digo como concessão, não como ordem. 7.Pois quereria que todos fossem como eu; mas cada um tem de Deus um dom particular: uns este, outros aquele. 8.Aos solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu. 9.Mas, se não podem guardar a continência, casem-se. É melhor casar do que abrasar-se. 10.Aos casados mando (não eu, mas o Senhor) que a mulher não se separe do marido. 11.E, se ela estiver separada, que fique sem se casar, ou que se reconcilie com seu marido. Igualmente, o marido não repudie sua mulher. 12.Aos outros, digo eu, não o Senhor: se um irmão desposou uma mulher pagã (sem a fé) e esta consente em morar com ele, não a repudie. 13.Se uma mulher desposou um marido pagão e este consente em coabitar com ela, não repudie o marido. 14.Porque o marido que não tem a fé é santificado por sua mulher; assim como a mulher que não tem a fé é santificada pelo marido que recebeu a fé. Do contrário, os vossos filhos seriam impuros quando, na realidade, são santos. 15.Mas, se o pagão quer separar-se, que se separe; em tal caso, nem o irmão nem a irmã estão ligados. Deus vos chamou a viver em paz. 16.Aliás, como sabes tu, ó mulher, se salvarás o teu marido? Ou como sabes tu, ó marido, se salvarás a tua mulher? 17.Quanto ao mais, que cada um viva na condição na qual o Senhor o colocou ou em que o Senhor o chamou. É o que recomendo a todas as igrejas. 18.O que era circunciso quando foi chamado (à fé), não dissimule sua circuncisão. Quem era incircunciso, não se faça circuncidar. 19.A circuncisão de nada vale, e a incircuncisão de nada vale, o que importa é a observância dos mandamentos de Deus. 20.Cada um permaneça na profissão em que foi chamado por Deus. 21.Eras escravo, quando Deus te chamou? Não te preocupes disto. Mesmo que possas tornar-te livre, antes cuida de aproveitar melhor o teu chamamento. 22.Pois o escravo, que foi chamado pelo Senhor, conquistou a liberdade do Senhor. Da mesma forma, quem era livre por ocasião do chamado, fez-se escravo de Cristo. 23.Por alto preço fostes comprados, não vos torneis escravos de homens. 24.Irmãos, cada um permaneça diante de Deus na condição em que estava quando Deus o chamou. 25.A respeito das pessoas virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém, dou o meu conselho, como homem que recebeu da misericórdia do Senhor a graça de ser digno de confiança. 26.Julgo, pois, em razão das dificuldades presentes, ser conveniente ao homem ficar assim como é. 27.Estás casado? Não procures desligar-te. Não estás casado? Não procures mulher. 28.Mas, se queres casar-te, não pecas; assim como a jovem que se casa não peca. Todavia, padecerão a tribulação da carne; e eu quisera poupar-vos. 29.Mas eis o que vos digo, irmãos: o tempo é breve. O que importa é que os que têm mulher vivam como se a não tivessem; 30.os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; 31.os que usam deste mundo, como se dele não usassem. Porque a figura deste mundo passa. 32.Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor. 33.O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. 34.A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito; mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido. 35.Digo isto para vosso proveito, não para vos estender um laço, mas para vos ensinar o que melhor convém, o que vos poderá unir ao Senhor sem partilha. 36.Se alguém julga que é inconveniente para a sua filha ultrapassar a idade de casar-se e que é seu dever casá-la, faça-o como quiser: não há falta alguma em fazê-la casar-se. 37.Mas aquele que, sem nenhum constrangimento e com perfeita liberdade de escolha, tiver tomado no seu coração a decisão de guardar a sua filha virgem, procede bem. 38.Em suma, aquele que casa a sua filha faz bem; e aquele que não a casa, faz ainda melhor. 39.A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver. Mas, se morrer o marido, ela fica livre e poderá casar-se com quem quiser, contanto que seja no Senhor. 40.Contudo, na minha opinião, ela será mais feliz se permanecer como está. E creio que também eu tenho o Espírito de Deus."

Munch. Pintura

Two People on a Bench 1916 / Oil on canvas / 131 x 101 cm Munch Museum:

quarta-feira, março 29, 2017

DESEJO (II). Charles Fonseca. Poesia

DESEJO (II)
Charles Fonseca

Em minha mente, em meu ouvido interno
Vozes ressoam incessantemente
De não ao sim vindo de mim carente
Do eu profundo do desejo eterno.

Em minha mente eu a busco assim
Longe de mim embora estando perto
Corre o desejo e a vejo certo
Que só em sonho ela está em mim.

Preferível o afeto continuado que a paixão fugaz

Ed Carlos. Obladi Obladá. Música

Vivien Maier. Fotografia

Nada mais instrutivo que a imensidão de mensagens de texto foto ou vídeo que seus contatos lhe enviam pelo WhatsApp dia e noite

sábado, março 25, 2017

quinta-feira, março 23, 2017

segunda-feira, março 20, 2017

Caravaggio. Pintura


As múltiplas formas da penitência na vida cristã

1434. A penitência interior do cristão pode ter expressões muito variadas. A Escritura e os Padres insistem sobretudo em três formas: o jejum, a oração e a esmola que exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros. A par da purificação radical operada pelo Baptismo ou pelo martírio, citam, como meios de obter o perdão dos pecados, os esforços realizados para se reconciliar com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo (27), a intercessão dos santos e a prática da caridade «que cobre uma multidão de pecados» (1 Pe 4, 8).

1435. A conversão realiza-se na vida quotidiana por gestos de reconciliação, pelo cuidado dos pobres, o exercício e a defesa da justiça e do direito (28), pela confissão das próprias faltas aos irmãos, pela correcção fraterna, a revisão de vida, o exame de consciência, a direcção espiritual, a aceitação dos sofrimentos, a coragem de suportar a perseguição por amor da justiça. Tomar a sua cruz todos os dias e seguir Jesus é o caminho mais seguro da penitência (29).

1436. Eucaristia e Penitência. A conversão e a penitência quotidianas têm a sua fonte e alimento na Eucaristia: porque na Eucaristia torna-se presente o sacrifício de Cristo, que nos reconciliou com Deus: pela Eucaristia nutrem-se e fortificam-se os que vivem a vida de Cristo: «ela é o antídoto que nos livra das faltas quotidianas e nos preserva dos pecados mortais» (30).

1437. A leitura da Sagrada Escritura, a oração da Liturgia das Horas e do Pai Nosso, todo o acto sincero de culto ou de piedade reavivam em nós o espírito de conversão e de penitência e contribuem para o perdão dos nossos pecados.

1438. Os tempos e os dias de penitência no decorrer do Ano Litúrgico (tempo da Quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja (31). Estes tempos são particularmente apropriados para os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias).

1439 O dinamismo da conversão e da penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do «filho pródigo», cujo centro é «o pai misericordioso» (32): o deslumbramento duma liberdade ilusória e o abandono da casa paterna: a miséria extrema em que o filho se encontra depois de delapidada a fortuna: a humilhação profunda de se ver obrigado a guardar porcos e, pior ainda, de desejar alimentar-se das bolotas que os porcos comiam: a reflexão sobre os bens perdidos: o arrependimento e a decisão de se declarar culpado diante do pai: o caminho do regresso: o acolhimento generoso por parte do pai: a alegria do pai: eis alguns dos aspectos próprios do processo de conversão. O fato novo, o anel e o banquete festivo são símbolos desta vida nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta para Deus e para o seio da família que é a Igreja. Só o coração de Cristo, que conhece a profundidade do amor do seu Pai, pôde revelar-nos o abismo da sua misericórdia, de um modo tão cheio de simplicidade e beleza. Catecismo

sábado, março 18, 2017

quarta-feira, março 15, 2017

ENTÃO. Charles Fonseca. Poesia

ENTÃO
Charles Fonseca

Não existe maior afeto
que o que se espera de um neto
nem o que nos dá um filho
até a adolescência em trilho
a não ser o de um cão pastor fiel
que te lambe a mão e é mel
mas ele é razão extinta
melhor será o de um filho aos trinta
ou então só aos quarenta
extinta a só razão, atenta,
onde à escura um coração
por ti palpita ainda, então.

Caravaggio. Pintura


terça-feira, março 14, 2017

Romanos, 7

1 Ignorais, irmãos (falo aos que têm conhecimentos jurídicos), que a lei só tem domínio sobre o homem durante o tempo que vive?

2 Assim, a mulher casada está sujeita ao marido pela lei enquanto ele vive; mas, se o marido morrer, fica desobrigada da lei que a ligava ao marido.

3 Por isso, enquanto viver o marido, se se tornar mulher de outro homem, será chamada adúltera. Porém, morrendo o marido, fica desligada da lei, de maneira que, sem se tornar adúltera, poderá casar-se com outro homem.

4 Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei, pelo sacrifício do corpo de Cristo, para pertencerdes a outrem, àquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos frutos para Deus.

5 De fato, quando estávamos na carne, as paixões pecaminosas despertadas pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarmos para a morte.

6 Agora, mortos para essa lei que nos mantinha sujeitos, dela nos temos libertado, e nosso serviço realiza-se conforme a renovação do Espírito e não mais sob a autoridade envelhecida da letra.

7 Que diremos, então? Que a lei é pecado? De modo algum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei. Porque não teria idéia da concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás (Ex 20,17).

8 Foi o pecado, portanto, que, aproveitando-se da ocasião que lhe foi dada pelo preceito, excitou em mim todas as concupiscências; porque, sem a lei, o pecado estava morto.

9 Quando eu estava sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, o pecado recobrou vida,

10 e eu morri. Assim o mandamento, que me devia dar a vida, conduziu-me à morte.

11 Porque o pecado, aproveitando da ocasião do mandamento, seduziu-me, e por ele me levou à morte.

12 Por conseguinte, a lei é santa e o mandamento é santo, e justo, e bom...

13 Então o que é bom tornou-se causa de morte para mim? De certo que não. Foi o pecado que, para se mostrar realmente pecado, acarretou para mim a morte por meio do que é bom, a fim de que, pelo mandamento, o pecado se fizesse excessivamente pecaminoso.

14 Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado.

15 Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço.

16 E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa.

17 Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita.

18 Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo.

19 Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.

20 Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita.

21 Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, o que se me depara é o mal.

22 Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser.

23 Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros.

24 Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?...

25 Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!

26 Assim, pois, de um lado, pelo meu espírito, sou submisso à lei de Deus; de outro lado, por minha carne, sou escravo da lei do pecado.

Jardim. Charles Fonseca. Fotografia


segunda-feira, março 13, 2017

PSYIMPOSSÍVEL. Charles Fonseca. Poesia

PSYIMPOSSÍVEL
Charles Fonseca

Ela sempre desejante
Ele sempre esperançoso
Ficou ao fim rançoso
Ficou ela na minguante.

Ela toda autoridade
Ele só condescendente
Ficou sozinho somente
Ficou ela só, saudade

Do impossível, do gozo
De só estar no imaginário
Dele só um rebotalho
Dela adeus presunçoso.

Evandro Teixeira. Fotografia


A Penitência Interior


1430. Como já acontecia com os profetas, o apelo de Jesus à conversão e à penitência não visa primariamente as obras exteriores, «o saco e a cinza», os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência interior: Sem ela, as obras de penitência são estéreis e enganadoras; pelo contrário, a conversão interior impele à expressão dessa atitude cm sinais visíveis, gestos e obras de penitência (18).
1431. A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal, com repugnância pelas más acções que cometemos. Ao mesmo tempo, implica o desejo e o propósito de mudar de vida, com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda da sua graça. Esta conversão do coração é acompanhada por uma dor e uma tristeza salutares, a que os Santos Padres chamaram animi cruciatus (aflição do espírito), compunctio cordis (compunção do coração) (19).
1432. O coração do homem é pesado e endurecido. É necessário que Deus dê ao homem um coração novo (20). A conversão é, antes de mais, obra da graça de Deus, a qual faz com que os nossos corações se voltem para Ele: «Convertei-nos, Senhor, e seremos convertidos» (Lm 5, 21). Deus é quem nos dá a coragem de começar de novo. É ao descobrir a grandeza do amor de Deus que o nosso coração é abalado pelo horror e pelo peso do pecado, e começa a ter receio de ofender a Deus pelo pecado e de estar separado d'Ele. O coração humano converte-se, ao olhar para Aquele a quem os nossos pecados trespassaram (21).
«Tenhamos os olhos fixos no sangue de Cristo e compreendamos quanto Ele é precioso para o seu Pai, pois que, derramado para nossa salvação, proporcionou ao mundo inteiro a graça do arrependimento» (22).
1433. Depois da Páscoa, é o Espírito Santo que «confunde o mundo no tocante ao pecado», isto é, faz ver ao mundo o pecado de não ter acreditado n'Aquele que o Pai enviou (23). Mas este mesmo Espírito, que desmascara o pecado, é o Consolador (24) que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão (25). Catecismo

domingo, março 12, 2017

sábado, março 11, 2017

Rua de comércio. Vera Lúcia de Oliveira. Poesia

RUA DE COMÉRCIO
Vera Lúcia de Oliveira

Sou poeta da cidade magra
da cidade que não
caminha
sou dessa planicidade
sou da violência das vidas
poeta da cidade que afunda casas
e pessoas
sou da puta da cidade que só tem
superfície

amanheço todo dia nua e estreita
como uma rua de comércio

D. Nenem. 106 anos. Fotografia


Alfred Steiglitz. Fotografia


Romanos, 6

1 Então que diremos? Permaneceremos no pecado, para que haja abundância da graça?

2 De modo algum. Nós, que já morremos ao pecado, como poderíamos ainda viver nele?

3 Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?

4 Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.

5 Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição.

6 Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado.

7 (Pois quem morreu, libertado está do pecado.)

8 Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele,

9 pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele.

10 Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus!

11 Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus.

12 Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites.

13 Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço.

14 O pecado já não vos dominará, porque agora não estais mais sob a lei, e sim sob a graça.

15 Então? Havemos de pecar, pelo fato de não estarmos sob a lei, mas sob a graça? De modo algum.

16 Não sabeis que, quando vos ofereceis a alguém para lhe obedecer, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado para a morte, quer da obediência para a justiça?

17 Graças a Deus, porém, que, depois de terdes sido escravos do pecado, obedecestes de coração à regra da doutrina na qual tendes sido instruídos.

18 E, libertados do pecado, vos tornastes servos da justiça.

19 Vou-me servir de linguagem corrente entre os homens, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois, como pusestes os vossos membros a serviço da impureza e do mal para cometer a iniqüidade, assim ponde agora os vossos membros a serviço da justiça para chegar à santidade.

20 Quando éreis escravos do pecado, éreis livres a respeito da justiça.

21 Que frutos produzíeis então? Frutos dos quais agora vos envergonhais. O fim deles é a morte.

22 Mas agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santidade; e o termo é a vida eterna.

23 Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Gaguin. Pintura


quinta-feira, março 09, 2017

ESPELHO. Charles Fonseca. Poesia

ESPELHO
Charles Fonseca

Além, muito além das estrelas,
Por trás do oculto infinito,
Do espelho quebrado, negrito,
Está minha alma a querê-la.

Além, muito além do profundo
Dos mares, dos ares, estás
Aqui, minha amada, aliás,
Em mim, eu em ti, nosso mundo.

Michelangelo. Pintura


sábado, março 04, 2017

Monet. Pintura


A conversão dos batizados

1427. Jesus chama à conversão. Tal apelo é parte essencial do anúncio do Reino: «O tempo chegou ao seu termo, o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e acreditai na boa-nova» (Mc 1, 15). Na pregação da Igreja, este apelo dirige-se, em primeiro lugar, àqueles que ainda não conhecem Cristo e o seu Evangelho. Por isso, o Baptismo é o momento principal da primeira e fundamental conversão. É pela fé na boa-nova e pelo Baptismo (10) que se renuncia ao mal e se adquire a salvação, isto é, a remissão de todos os pecados e o dom da vida nova.
1428. Ora, o apelo de Cristo à conversão continua a fazer-se ouvir na vida dos cristãos. Esta segunda conversão é uma tarefa ininterrupta para toda a Igreja, que «contém pecadores no seu seio» e que é, «ao mesmo tempo, santa e necessitada de purificação, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e de renovação» (11). Este esforço de conversão não é somente obra humana. É o movimento do «coração contrito» (12) atraído e movido pela graça (13) para responder ao amor misericordioso de Deus, que nos amou primeiro (14).
1429. Testemunho disto mesmo, é a conversão de Pedro, depois de três vezes ter negado o seu mestre. O olhar infinitamente misericordioso de Jesus provoca-lhe lágrimas de arrependimento (15) e, depois da ressurreição do Senhor, a tríplice afirmação do seu amor para com Ele (16). A segunda conversão tem, também, uma dimensão comunitária. Isto aparece no apelo dirigido pelo Senhor a uma Igreja inteira: «Arrepende-te!» (Ap 2, 5-16).
Santo Ambrósio diz, a respeito das duas conversões que, na Igreja, «existem a água e as lágrimas: a água do Baptismo e as lágrimas da Penitência» Catecismo

sexta-feira, março 03, 2017

Mulher. Fotografia. Steve Mccurry


Só quando o poeta dorme. Charles Fonseca. Poesia

SÓ QUANDO O POETA DORME
Charles Fonseca

Quando o poeta dorme,
Acordam restos diurnos
Em sonhos, um tanto confusos,
Desejos pequenos enormes.

Quando o poeta dorme
Dorme também sua fome.
Mordem desejos de homem,
Pede que a amada acorde.

Quando o poeta acorda
Todo o sonho está desfeito.
Em cinzas, pós fogo do leito,
O cobrem. Fecham-se portas.