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sábado, dezembro 31, 2016

Arquejo (II). Charles Fonseca. Prosa

ARQUEJO (II)
Charles Fonseca

Um bom lugar pra navegar, pra se amar, pra um luar, um por de sol. Lugar de ficar numa boa esta minha Lagoa da Conceição. Aqui também quero que seja a lagoa da ressurreição dos vivos mortos, dos mortos vivos que não sabem que aqui bate um coração, fingem que não, riem assim, mentira vã. Quando vierem quem sabe ainda foi-se a restinga, a Praia Mole, a Joaquina que me console, adeus amores, sem chororô, ai Jurerê, penar pra que? Restam os mares, os meus luares, o estrelejo, quando te vejo, tenho saudade, distante a hora, vem sem demora, de amar arquejo.

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