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sexta-feira, novembro 18, 2016

Logos. Charles Fonseca. Prosa

LOGOS
Charles Fonseca

Mas que coisa! Ela quer que diga algo mas como conseguir sem falo, sem o dito, o cujo? Fujo. Frontal, não, só pra cabecinha que doi sem vez, sem linha. Debando, da banda, não. Sou virtuose, ou seja sofro dessa ose na virtude. Como cantar sem assoviar se como maestro quero mesmo a maestrina a desfilar com sua banda bumbo, um prato cheio de emoção, com meu trombone de vara eu que toco flauta doce, reco reco é muito áspero, prefiro o gemido da cuica? A banda é doce, às vezes agridoce, pelas campinas espraia aroma sargaço e eu cabeçudo ordeno à batuta, és pequena, vai à luta, vibra, és de carvalho, fende os ares, a musa suscita, a musa excita, ela alaga, alagoas em flores, toca as dobras, transpõe dobrado, devagarinho.

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