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quarta-feira, novembro 30, 2016

DJ Shah - Mellomaniac (Chillout MIx)

I São João, 5

1.Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado.

2.Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos.

3.Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos,

4.porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

5.Quem é o vencedor do mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?

6.Ei-lo, Jesus Cristo, aquele que veio pela água e pelo sangue; não só pela água, mas pela água e pelo sangue. E o Espírito é quem dá testemunho dele, porque o Espírito é a verdade.

7.São, assim, três os que dão testemunho:

8.o Espírito, a água e o sangue; estes três dão o mesmo testemunho.

9.Aceitamos o testemunho dos homens. Ora, maior é o testemunho de Deus, porque se trata do próprio testemunho de Deus, aquele que ele deu do seu próprio Filho.

10.Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho de Deus. Aquele que não crê em Deus, o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de seu Filho.

11.E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho.

12.Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida.

13.Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus.

14.A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, ele nos atenderá.

15.E se sabemos que ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos.

16.Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza à morte, reze, e Deus lhe dará a vida; isto para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado que é para morte; não digo que se reze por este.

17.Toda iniqüidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte.

18.Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o Maligno não o toca.

19.Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno.

20.Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

21.Filhinhos, guardai-vos dos ídolos!

Vivien Maier. Fotografia

maier3:

Vero. Charles Fonseca. Poesia

VERO
Charles Fonseca

Como é alva a cútis dela, arminho,
E ela se diz tão branquela, ebúrnea,
E eu à borda, na lamela, hercúlea
A vontade de vê-la nua, carinho,

Faço em versos o que em prosa quero
Premi-la, roçar-me em seu corpo vela
Por mim, minha nossa senhora, quem dera,
Protege-me de enlouquecer laço, vero!

terça-feira, novembro 29, 2016

Pink Floyd - Shine On You Crazy Diamond 1990 Live Video

Goya. Pintura

Colossus - Francisco Goya Style: Romanticism Genre: mythological painting:

Sabões e sabonetes. Charles Fonseca. Prosa

Eu usei Lever, o sabonete das estrelas. Também o Vale Quanto Pesa e era verdade. O Eucalol com suas estampas. O Lifebuoy de grata memória. O Sabão Português. Também o sabão massa, era massa. O sabão de cinza e sebo de carneiro vendido nas feiras do interior, umas bolas pretas que deixava a roupa branca branquinha, branquinha...

O sacramento da Eucaristia

1322. A sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Batismo e configurados mais profundamente com Cristo pela Confirmação, esses, por meio da Eucaristia, participam, com toda a comunidade, no próprio sacrifício do Senhor.

1323. «O nosso Salvador instituiu na última ceia, na noite em que foi entregue, o sacrifício eucarístico do seu corpo e sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar, o sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura» (145).

O corvo. Charles Fonseca. Prosa

O CORVO
Charles Fonseca

Não sabia o que era rima rica. Agradeço a um meu amigo que me despertou para este aspecto epistêmico. As ricas que eventualmente faço nascem de um certo sentido de musicalidade que vai aflorando. Certa vez estudando teclado do qual desisti, compus um canto gregoriano. Quando o ouvi fiquei surpreso com o belo. Perdi o danado, acho que o tinhoso o queimou nas labaredas de uma fogueira chamada vaidade... Outra vez estava ensaiando num coral e o maestro treinava conosco o baixo. Tenho uma irmã que tem um soprano vibrato belíssimo que nunca consegui imitar. Uma sabiá e eu um corvo. Pois bem, no ensaio do coral, sem mais nem menos, cantei um barítono tão vibrato que todos me olharam admirados ante o belo. Nunca mais consegui repetir o feito. Acho que tem influência de um troço chamado repressão, recalque...Voltei a cantar mais pra corvo que pra rouxinol. Crocito muito bem.

Mestre Julio. Fotografia

Coleção Mestre Júlio:

segunda-feira, novembro 28, 2016

Canção da moça de dezembro. Ruy Espinheira Filho. Poesia

CANÇÃO DA MOÇA DE DEZEMBRO
Ruy Espinheira Filho

A moça dança comigo
nessa noite de dezembro.
Na sala onde giramos
se alguém mais há não me lembro.

O ondear da moça ondeia
uma melodia ainda
mais doce que a da vitrola
— e uma alegria vinda

dessa doçura me envolve.
Cabe bem no meu abraço
esse perfume com que
vou girando e em que me abraso

em meus quinze anos (a moça
terá, talvez, dezessete
ou dezoito). Como a valsa,
a vida o melhor promete.

E já oferta: esse corpo
a cada instante mais perto.
Ao qual responde meu corpo,
como nunca antes desperto.

E a moça vai-me queimando
em seu hálito, afogando-me
nos cabelos, e nos olhos
luminosos siderando-me!

E eis que, dançando, saímos
além da sala e do tempo.
E dançando prosseguimos
sempre que sopra dezembro,

nos mesmos giros suaves,
nos mesmos ledos enganos:
eu, o antigo rapaz,
e a moça, morta há treze anos.

I São Pedro, 5

1.Eis a exortação que dirijo aos anciãos que estão entre vós; porque sou ancião como eles, fui testemunha dos sofrimentos de Cristo e serei participante com eles daquela glória que se há de manifestar.

2.Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Tende cuidado dele, não constrangidos, mas espontaneamente; não por amor de interesse sórdido, mas com dedicação;

3.não como dominadores absolutos sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho.

4.E, quando aparecer o supremo Pastor, recebereis a coroa imperecível de glória.

5.Semelhantemente, vós outros que sois mais jovens, sede submissos aos anciãos. Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes (Pr 3,34).

6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.

7.Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós.

8.Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar.

9.Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.

10.O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará.

11.A ele o poder na eternidade! Amém.

12.Por meio de Silvano, que estimo como a um irmão fiel, vos escrevi essas poucas palavras. Minha intenção é de admoestar-vos e assegurar-vos que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.

13.A igreja escolhida de Babilônia saúda-vos, assim como também Marcos, meu filho.

14.Saudai-vos uns aos outros com o ósculo afetuoso. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo.

Monet. Pintura

Dans la prairie (1876). Claude Monet (French, 1840-1926). Oil on canvas. In his Argenteuil days (1872-1878), Monet frequently painted his first wife, Camille. Here is a perhaps lesser known work where Camille is almost submerged in the middle of a wealth of flowers as she reads her book. The painting was first shown at an exhibition in Paris in 1877. Its colour-filled canvas is built with darting brushstrokes.:

HERANÇA. Charles Fonseca. Poesia

HERANÇA
Charles Fonseca

Agora, querer bem só que à distancia
Agora, a mais alguém eu sem ninguém
A mais a querer bem quem sabe alguém
Já vem, eu ser eterno em vacância

Antes, ser querido e fui amado
Chegado, por primeiro fui primícia
Saindo vou-me rindo em letícia
Alegre e com saudade deixo o fado

Meu neto, a minha filha, o meu filho,
Mulher eu te agradeço e por ti peço
Por ti, por tua filha e me despeço
Em mim levo a saudade, o regozijo.

domingo, novembro 27, 2016

ELÁSTICO. Charles Fonseca. Poesia

ELÁSTICO
Charles Fonseca

Ai que tanto que é bom
Nossa incorporação
De mim em ti dupla mão
De ti em mim é um dom

Que só nós dois que sabemos
O quanto o tanto subimos
O tanto o quanto sorrimos
O mais um pouquinho menos

No tanto certo contrátil
Nu em ti eu todo erétil
Tu em mim imago fértil
O nós dois em um versátil.

Vem, Jesus, Habitar Comigo!

Fidel vai reencarnar como imigrante cubano

sábado, novembro 26, 2016

Vê ouve e cala e terás vida folgada

Cigarra. Guilherme de Almeida. Poesia

CIGARRA
Guilherme de Almeida

Diamante. Vidraça.
Arisca, áspera asa risca
o ar. E brilha. E passa.

Escultura

ARTE NA GRÉCIA                                                                                                                                                      Mais:

O trote. Charles Fonseca. Prosa

O TROTE
Charles Fonseca

Idos de 1962. Do medieval trote dos calouros de medicina na Bahia constava cortar os cabelos dos calouros, pintá-los de verde, tinta a óleo, amarrá-los pelos pulsos, corda de mão a mão e sair pelas ruas a fazer discursos cujos temas eram dados pelos veteranos. Um deles, a importância do arroto do urubu nos acidentes aéreos, e por aí vai. Dois nigerianos ficaram livres do constrangimento. Um moçambiquense, barbicha, foi o alvo da vez. Mas ele deu a testa, como se dizia e resolveu que quem se aproximasse dele ele sairia no pau. Não foi preciso, os assediantes ante tanta garra se intimidaram. Era um poeta e dedilhava um violãozinho. O mundo girou décadas. Encontrei-me com ele novamente num laboratório do Hospital das Clínicas da UFBa. Estava ali passando uma chuva, disse ele, até que houvesse nova movimentação política quando de novo voltaria para a pátria amada.

sexta-feira, novembro 25, 2016

Detrás desta persona um olhar que é meu cintila

O valor do Sinal da Cruz

*O VALOR DO SINAL DA CRUZ*
*Pelo sinal da Santa Cruz…*
*(†) Pelo sinal da Santa Cruz,*
*(†) livrai-nos Deus, nosso Senhor,*
*(†) dos nossos inimigos!*
*(†) Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!*
Quando você acorda você faz sobre si o “sinal da Cruz”? E antes das refeições? E quando vai dormir? Ao menos alguma vez ao dia? Não?! Se você soubesse, meu caro leitor, a importância dessa oração, te garanto que você a poria mais em prática!
Muitas pessoas, não entendendo a importância dessa oração, a fazem de maneira displicente, ficando apenas no gesto, sem a efetiva invocação da Santíssima Trindade.
*O “sinal da Cruz” não é um gesto ritualístico, mas sim, uma verdadeira e poderosa oração! É o sinal dos cristãos! Por meio dele muitos santos invocaram a proteção do Altíssimo, e através dele pedimos a Deus que, pelos méritos da Santa Cruz de Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele nos livre dos nossos inimigos, e de todas as ciladas do mal, que atentam contra a nossa saúde física e espiritual.*
*Mas, você sabe fazer o “sinal da Cruz”?!*
De forma solene, sem pressa, e com a maior devoção e respeito:
*† Pelo sinal da Santa Cruz (na testa): pedimos a Deus que nos dê bons pensamentos, nobres e puros. E que Ele afaste de nós os pensamentos ruins, que só nos causam mal.*
*† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor (na boca): pedimos a Deus que de nossos lábios só saiam louvores. Que o nosso falar seja sempre para a edificação do Reino de Deus e para o bem estar do próximo.*
*† Dos nossos inimigos (sobre o coração): para que em nosso coração só reine o amor e a lei do Senhor, afastando-nos, pois, de todos os maus sentimentos, como o ódio, a avareza, a luxúria… Fazendo-nos verdadeiros adoradores.*
*† Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém! – É o ato livramento e deve ser feito com a maior reverência, consciência, fé e amor, pois expressa nossa fé no Mistério da Santíssima Trindade, cerne de nossa fé cristã, Deus em si mesmo. Deve ser feito com a mão direita, levando-a da testa à barriga, e do ombro esquerdo ao direito.*
Agora que você já sabe a importância do “sinal da Cruz”, *faça-o antes de sair de casa, antes de qualquer trabalho, nas horas difíceis e nas horas de alegria também.*
*Faça-o sobre si, e, sempre que possível, na testa de seu filho, de seu marido, de sua esposa, de seu irmão, de seu sobrinho… Peça a Deus, sempre, para que Ele te livre e aos seus, de todos os males, afim de fazermos tudo, acordar, comer, estudar, trabalhar, dormir, viajar… Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo! Amém!*

Sebastião Salgado. Fotografia

sebastião salgado.                                                       …:

quinta-feira, novembro 24, 2016

Da Vinci. Pintura

"Paixão,rigor e desprendimento marcaram a vida de Leonardo da Vinci ( 1452-1519 ).Em sua biografia percebemos as inquietações de um homem renascentista, moderno,que duvida das verdades eternas.Por isso investiga e elabora teorias sobre as mudanças em sua época.Esse italiano inquieto,nos permite captar,através de sua vida e obra,o sentido do renascimento humanista."

Resumindo

1315. «Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a Palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles. Apenas tinham sido baptizados em nome do Senhor Jesus. Então impunham-lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo» (Act 8, 14-17).

1316. A Confirmação completa a graça baptismal; ela é o sacramento que dá o Espírito Santo, para nos enraizar mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais solidamente em Cristo, tornar mais firme o laço que nos prende à Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada de obras.

1317. A Confirmação, tal como o Batismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou carácter indelével; é por isso que só se pode receber este sacramento uma vez na vida.

1318. No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente a seguir ao Batismo e é seguido da participação na Eucaristia; esta tradição põe em relevo a unidade dos três sacramentos da iniciação cristã. Na Igreja latina, este sacramento é administrado quando se atinge a idade da razão e ordinariamente a sua celebração é reservada ao bispo, significando assim que este sacramento vem robustecer o vínculo eclesial.

1319. O candidato à Confirmação, que atingiu a idade da razão, deve professar a fé, estar em estado de graça, ter a intenção de receber o sacramento e estar preparado para assumir o seu papel de discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nos assuntos temporais.

1320. O rito essencial da Confirmação é a unção com o santo crisma na fronte do baptizado (no Oriente também em outros órgãos dos sentidos), com a imposição da mão do ministro e as palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti – Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (no rito Romano) ou: «Signaculum doni Spiritus Sancti – Selo do dom que é o Espírito Santo» (no rito Bizantino).

1321. Quando a Confirmação é celebrada separadamente do Batismo, a sua ligação com este sacramento é expressa, entre outras coisas, pela renovação dos compromissos baptismais. A celebração da Confirmação no decorrer da Eucaristia contribui para sublinhar a unidade dos sacramentos da iniciação cristã. Catecismo

Obsessão/Não Me Diga Adeus/Pois E/A Flor E O Espinho - Maria Creuza

Assombro. Charles Fonseca. Prosa

ASSOMBRO
Charles Fonseca

Um assombro tua sombra cabeça busto abaixo, um mar cor da saia, não caia, deixa o poeta ao léu, nas nuvens, no céu. Abre as asas sobre nós, liberdade, que pitéu! Assim é demais, quem quer mais, quase jaz, a virtude do fiel. Oh, não, é só uma sereia sobre o estrado nesta vida tanta estrada , vai amiga, alegria, alegria, prazo aos céus, avante, heia!

quarta-feira, novembro 23, 2016

Conheça a história social e personalidade dos futuros cunhados sogro e sogra

BRONCO NO VELÓRIO - Ronald Golias

A viagem. Charles Fonseca

Charles Fonseca. Fotografia

São Tiago, 5

1.Vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que sobre vós virão.

2.Vossas riquezas apodreceram e vossas roupas foram comidas pela traça.

3.Vosso ouro e vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará vossas carnes como fogo. Entesourastes nos últimos dias!

4.Eis que o salário, que defraudastes aos trabalhadores que ceifavam os vossos campos, clama, e seus gritos de ceifadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos.

5.Tendes vivido em delícias e em dissoluções sobre a terra, e saciastes os vossos corações para o dia da matança!

6.Condenastes e matastes o justo, e ele não vos resistiu.

7.Tende, pois, paciência, meus irmãos, até a vinda do Senhor. Vede o lavrador: ele aguarda o precioso fruto da terra e tem paciência até receber a chuva do outono e a da primavera.

8.Tende também vós paciência e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima.

9.Não vos queixeis uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta.

10.Tomai, irmãos, por modelo de paciência e de coragem os profetas, que falaram em nome do Senhor.

11.Vós sabeis que felicitamos os que suportam os sofrimentos de Jó. Vós conheceis o fim em que o Senhor o colocou, porque o Senhor é misericordioso e compassivo.

12.Antes de mais nada, meus irmãos, abstende-vos de jurar. Não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem empregueis qualquer outra fórmula de juramento. Que vosso sim, seja sim; que vosso não, seja não. Assim não caireis ao golpe do julgamento.

13.Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante.

14.Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.

15.A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16.Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.

17.Elias era um homem pobre como nós e orou com fervor para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu.

18.Orou de novo, e o céu deu chuva, e a terra deu o seu fruto.

19.Meus irmãos, se alguém fizer voltar ao bom caminho algum de vós que se afastou para longe da verdade,

20.saiba: aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados.

Atena. Escultura

A grega Deméter - identificada com a romana Ceres- era a deusa das colheitas e foi quem ensinou o cultivo do trigo à humanidade. Sua lenda tem como ápice o rapto de sua filha Perséfone por Hades, o deus do inferno, e sua disputa com ele para reaver a jovem sequestrada. A foto mostra a deusa em uma cópia romana de escultura grega do século IV a.C.:
Atena - a deusa da sabedoria - era filha de Zeus e nasceu do interior da cabeça de seu pai. 

A VIAGEM. Charles Fonseca. Prosa.

A VIAGEM
Charles Fonseca

Enfim impus um silêncio obsequioso. Andavam usando a minha página do facebook como plataforma, como alavancagem, como postagens contestatórias, renitentes. Uma ou outra, aceitável, válido, desejável até, a verdade pode ter muitas faces, muitos ângulos, a minha ignorância sinto ser cada vez maior quanto mais aprendo, um universo chama outro e lá vou eu em busca do infinito. Inalcançável. Mas uma coisa que gosto é ternura, docilidade. Os mais vociferantes que o façam via e-mail. Só eu leio, se estiver em erro vou corrigindo minha rota. Mas não aceito boca rôta, invejosos, proselitistas e outros istas, ismos, osos, usos. Só os confusos, os ignorantes, os que têm sede de saber, que me acompanhem se quiserem à busca de oásis, de fontes de águas limpas, o além mar, os confins, as bordas, as lamelas, o céu estrelado.

terça-feira, novembro 22, 2016

Homem. Charles Fonseca. Fotografia.


É incomum ter tanta coisa em comum

Caetano Veloso - Saudade Fez Um Samba (Show Obra Em Progresso)

O ministro da Confirmação

1312. O ministro originário da Confirmação é o bispo (140).

No Oriente, é ordinariamente o sacerdote que batiza quem imediatamente confere a Confirmação, numa só e mesma celebração. Fá-lo, no entanto, com o santo crisma consagrado pelo patriarca ou pelo bispo, o que exprime a unidade apostólica da Igreja, cujos laços são reforçados pelo sacramento da Confirmação. Na Igreja latina aplica-se a mesma disciplina nos batismos de adultos ou quando é admitido à plena comunhão com a Igreja um baptizado de outra comunidade cristã, que não tenha recebido validamente o sacramento da Confirmação (141).

1313. No rito latino, o ministro ordinário da Confirmação é o bispo (142). Mesmo que o bispo possa, em caso de necessidade, conceder a presbíteros a faculdade de administrar a Confirmação (143), é conveniente que seja ele mesmo a conferi-la, não se esquecendo de que foi por esse motivo que a celebração da Confirmação foi separada, no tempo, da do Batismo. Os bispos são os sucessores dos Apóstolos e receberam a plenitude do sacramento da Ordem. A administração deste sacramento feita por eles, realça que ele tem como efeito unir mais estreitamente aqueles que o recebem à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua missão de dar testemunho de Cristo.

1314. Se um cristão estiver em perigo de morte, qualquer sacerdote pode conferir-lhe a Confirmação (144). De facto, é vontade da Igreja que nenhum dos seus filhos, mesmo pequenino, parta deste mundo sem ter sido levado à perfeição pelo Espírito Santo com o dom da plenitude de Cristo. Catecismo

Cézanne. Pintura

Paul Cezanne (January 19, 1839 - October 22, 1906) was a French artist and Post-Impressionist painter whose work laid the foundations of the transition from the 19th century conception of artistic endeavour to a new and radically different world of art in the 20th century.  He used planes of colour and small brushstrokes that build up to form complex fields, at once both a direct expression of the sensations of the observing eye and an abstraction from observed nature.:

Corrompidos ideológicos devem ser combatidos sem trégua

O nascimento. Casimiro de Brito. Poesia

O NASCIMENTO
Casimiro de Brito

Nasces no instante em que tomo
consciência de estar só

Nasces no deserto das minhas mãos
no espaço que separa as coisas
umas das outras nasces renasces
no mar que se visita ó sabor do sol
de olhos abertos

Nasces no instante em que tomo
nas mãos o peso da morte o peso
deste pobre movimento que nos vem
do centro da terra ó vinho ó repouso
infinito

Presépio II. Charles Fonseca. Fotografia


IMIGA. Charles Fonseca. Poesia

IMIGA
Charles Fonseca

Na noite de estio
em dia se chove
eu quero um beijo,
de longe já serve,
quem sabe escreves
em louco diário
que eu sou um vário
poeta do sério,
por pouco eu choro
por muito sorrio
que sofro sombrio
sou só desidério,
desejo em vida
o que só na morte
me chega por porte
adeus, vou sem norte,
que a sorte é imiga.

segunda-feira, novembro 21, 2016

Minhas postagens revelam por onde andei

Presépio I. Fotografia

Aymoré - Colibri (1959). Música

Você é fiel?

Ser fiel no casamento não significa ser fiel antes do casamento, antes de conhecer a sua alma gêmea. Este é o período de farra, de mostrar que você é um garanhão e tanto. Cada fase da vida tem o seu calor e seu desfecho. Sair aos 50 fazendo o que você fazia aos 30 é sinal de insegurança, imaturidade, e simplesmente ridículo.

Mulher. Fotografia


Hebreus, 5

1.Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.

2.Sabe compadecer-se dos que estão na ignorância e no erro, porque também ele está cercado de fraqueza.

3.Por isso, ele deve oferecer sacrifícios tanto pelos próprios pecados quanto pelos pecados do povo.

4.Ninguém se apropria desta honra, senão somente aquele que é chamado por Deus, como Aarão.

5.Assim também Cristo não se atribuiu a si mesmo a glória de ser pontífice. Esta lhe foi dada por aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei (Sl 2,7),

6.como também diz em outra passagem: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec (Sl 109,4).

7.Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade.

8.Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve.

9.E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,

10.porque Deus o proclamou sacerdote segundo a ordem de Melquisedec.

11.Teríamos muita coisa a dizer sobre isso, e coisas bem difíceis de explicar, dada a vossa lentidão em compreender...

12.A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo, ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus; e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido!

13.Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança.

14.Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal.

Van Gogh. Pintura

Vincent Van Gogh:

As pessoas de Mira-Celi. Jorge de Lima. Poesia

AS PESSOAS DE MIRA-CELI
Jorge de Lima

O avô tinha sido um ancião convencional,
que se enterrou de sobrecasaca, e polainas;
e a avó — uma menina pálida que morreu ao pari-la;
o pai fez algumas baladas;
contam que tinha uma luneta para olhar ao longe.
Daí — a mão dobra a página do livro,
e a história da tetraneta finda com uma estocada
[ no ventre:
há destinos travados, lenços quentes de lágrimas,
algum incesto, uma violação sobre um sofá antigo.—
Quando a mão dobra a página, há rastros de sangue
[ no soalho.
Esta é a mais nova das cinco.
Veja que os seios são como neve que nós nunca
[ vimos
e ninguém nunca viu o pai que lhe fez um filho;
e o filho desta menina é este moço de luto.
Agora vire a página e olhe o anjo que ele possuiu,
veja esta mantilha sobre este ombro puro,
e estes olhos que parecem contemplar as nuvens
através da luneta avoenga. Veja que sem o fotógrafo
[ querer
as cortinas dão a impressão de caras
[ impressionantes
por detrás da gravura: um estudante de cavanhaque
[ e outro de capa.
Repare bem o braço que ninguém sabe de onde
circunda o busto da moça e a quer levar para um
[ lugar esconso.
Fixe bem o olhar com o ouvido à escuta para
[ perceber a respiração grossa,
os gritos, os juramentos... A saia negra parece
[ um sino de luto,
e o decote é a nau que a levou para sempre. E este
[ fundo de água
pode ser o mar muito bem; mas pode ser as
[ lágrimas do fotógrafo

OLVIDO. Charles Fonseca. Poesia

OLVIDO
Charles Fonseca

Que amor é esse que não aflora,
que não dá frutos,
que é remora,
não há remir,
eu a partir,
já vem a hora?

Que ódio é esse,
amor de mais,
vem lá de trás,
ouço um vagido,
inda que mouco,
não estou louco,
eu não olvido?

domingo, novembro 20, 2016

O temor do Senhor é o princípio de toda a sabedoria. Mas não é o fim.

Caetano Veloso - Alegria, Alegria

Clementina de Jesus. Fotografia

Quem pode receber este sacramento?

1306. Todo o batizado ainda não confirmado pode e deve receber o sacramento da Confirmação (133). Uma vez que Batismo, Confirmação e Eucaristia formam uma unidade, segue-se que «os fiéis têm obrigação de receber este sacramento no tempo devido» (134), porque, sem a Confirmação e a Eucaristia, o sacramento do Batismo é, sem dúvida, válido e eficaz, mas a iniciação cristã fica incompleta.

1307. O costume latino, desde há séculos, aponta «a idade da discrição» como ponta de referência para se receber a Confirmação. Em perigo de morte, porém, devem confirmar-se as crianças, mesmo que ainda não tenham atingido a idade da discrição (135).

1308. Se por vezes se fala da Confirmação como «sacramento da maturidade cristã», não deve, no entanto, confundir-se a idade adulta da fé com a idade adulta do crescimento natural, nem esquecer-se que a graça baptismal é uma graça de eleição gratuita e imerecida, que não precisa duma «ratificação» para se tornar efetiva. São Tomás recorda isso mesmo:

«A idade do corpo não constitui um prejuízo para a alma. Por isso, mesmo na infância, o homem pode receber a perfeição da idade espiritual de que fala a Sabedoria (4, 8): «A velhice honrada não é a que dão os longos dias, nem se avalia pelo número dos anos». E foi assim que muitas crianças, graças à fortaleza do Espírito Santo que tinham recebido, lutaram corajosamente e até ao sangue por Cristo» (136).

1309. A preparação para a Confirmação deve ter por fim conduzir o cristão a uma união mais íntima com Cristo e a uma familiaridade mais viva com o Espírito Santo, com a sua ação, os seus dons e os seus apelos, para melhor assumir as responsabilidades apostólicas da vida cristã. Desse modo, a catequese da Confirmação deve esforçar-se por despertar o sentido de pertença à Igreja de Jesus Cristo, tanto à Igreja universal como à comunidade paroquial. Esta última tem uma responsabilidade particular na preparação dos confirmandos (137).

1310. Para receber a Confirmação é preciso estar em estado de graça. Convém recorrer ao sacramento da Penitência para ser purificado, em vista do dom do Espírito Santo. E uma oração mais intensa deve preparar para receber com docilidade e disponibilidade a força e as graças do Espírito Santo (138).

1311. Tanto para a Confirmação, como para o Batismo, convém que os candidatos procurem a ajuda espiritual dum padrinho ou de uma madrinha. É conveniente que seja o mesmo do Batismo, para marcar bem a unidade dos dois sacramentos (139). Catecismo

Klimt. Pintura

The Family, Gustav Klimt.:

Só resta gemer. Charles Fonseca. Poesia

SÓ RESTA GEMER
Charles Fonseca

Com certeza ela pode comigo. Eu ainda que longe, todo com ela, todo comido de tesão, ardente todo em paixão, terreno baldio, sou cão vadio, molhado e no estio, saudade, quem dera! Ai, que força de vontade, que vontade de poder, fumego nas cinzas, um sopro, um sorvo, um corso, dois corpos, um mais, dois a ter, quem sabe nos três, só resta gemer.

sábado, novembro 19, 2016

Chuva de vento. Mauro Mota. Poesia

CHUVA DE VENTO
Mauro Mota

De que distância
chega essa chuva
de asas, tangida
pela ventania?

Vem de que tempo?
Noturna agora
a chuva morta
bate na porta.

(As biqueiras da infância, as lavadeiras
correm, tiram as roupas do varal,
relinchos do cavalo na campina,
tangerinas e banhos no quintal,
potes gorgolejando, tanajuras,
os gansos, a lagoa, o milharal.)

De onde vem essa
chuva trazida
na ventania?

Que rosas fez abrir?
Que cabelos molhou?

Estendo-lhe a mão: a chuva fria.

Toquinho & Vinícius - Marcha da Quarta-feira de cinzas

I Timóteo, 5

1.Ao ancião não repreendas com aspereza, mas adverte-o como a um pai, aos moços como a irmãos,

2.às mulheres de idade como a mães, às jovens como a irmãs, com toda a pureza.

3.Honra as viúvas que são realmente viúvas.

4.Se uma viúva tem filhos ou netos, como primeira obrigação aprendam estes a exercer com a própria família o dever da piedade filial e a retribuir aos pais o que deles receberam, porque isto é agradável a Deus.

5.Mas a que verdadeiramente é viúva e desamparada, põe a sua esperança em Deus e persevera noite e dia em orações e súplicas.

6.Aquela, pelo contrário, que vive nos prazeres, embora viva, está morta.

7.Recorda-lhes isto, para que sejam irrepreensíveis.

8.Quem se descuida dos seus, e principalmente dos de sua própria família, é um renegado, pior que um infiel.

9.Poderá ser inscrita como viúva apenas quem tenha pelo menos sessenta anos de idade, casada uma só vez,

10.conhecida pelo seu bom comportamento, tenha educado bem os filhos, exercido a hospitalidade, lavado os pés dos santos, socorrido os infelizes e praticado toda espécie de boas obras.

11.Não admitas viúvas jovens, porque, ao sentirem os atrativos da paixão contrária a Cristo, quererão casar-se outra vez

12.e incorrerão na censura de ter violado o primeiro compromisso.

13.Além disso, habituam-se a andar ociosas de casa em casa; e não só ociosas, mas também indiscretas e curiosas, falando coisas que não devem.

14.Quero, pois, que as viúvas jovens se casem, cumpram os deveres de mãe e cuidem do próprio lar, para não dar a ninguém ensejo de crítica.

15.Algumas já se perverteram, para irem após Satanás.

16.Se algum fiel tem viúvas em casa, procure dar-lhes assistência, de tal maneira que elas não sejam um peso para a Igreja, a fim de que esta possa socorrer as que verdadeiramente são viúvas.

17.Os presbíteros que desempenham bem o encargo de presidir sejam honrados com dupla remuneração, principalmente os que trabalham na pregação e no ensino.

18.Pois diz a Escritura: Não atarás a boca ao boi quando ele pisar o grão (Dt 25,4); e ainda: O operário é digno do seu salário (Lc 10,7).

19.Não recebas acusação contra um presbítero, senão por duas ou três testemunhas.

20.Aos que faltam às suas obrigações, repreende-os diante de todos, para que também os demais se atemorizem.

21.Eu te conjuro, diante de Deus e de Cristo Jesus e dos anjos escolhidos, a que guardes essas regras sem prevenção, nada fazendo por espírito de parcialidade.

22.A ninguém imponhas as mãos inconsideradamente, para que não venhas a tornar-te cúmplice dos pecados alheios. Conserva-te puro.

23.Não continues a beber só água, mas toma também um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes indisposições.

24.Os pecados dos homens às vezes são conhecidos já antes de levados a juízo; outras vezes o serão depois.

25.Da mesma forma, as boas obras: ou já são manifestas ou não poderão permanecer ocultas.

Degas. Pintura

Woman in a Café, Edgar Degas:

ARMÁRIO. Charles Fonseca. Poesia

ARMÁRIO
Charles Fonseca

Enfim ficaram só ossos
pra aquele armário levados
escondidos pós lavados
escavados n'alma nossos

Amores tão quebrantados
qual cristais antes colossos
hoje ao pó, ja foram nossos,
não mais são, sós, olhos baços.

sexta-feira, novembro 18, 2016

Casal. Fotografia


Tonturas ou vertigens? Mia Couto

-Eu sinto tonturas, Doutor
-Tonturas ou vertigens?
-Qual é a diferença?
-Na tontura, sentimo-nos a rodar e o mundo está parado.
Na vertigem, quem roda é o mundo.
-No meu caso, tudo roda, Doutor. Eu e mundo bailamos juntos.
Mia Couto

Os efeitos da Confirmação

1302. Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é uma efusão especial do Espírito Santo, tal como outrora foi concedida aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.

1303. Por esse facto, a Confirmação proporciona crescimento e aprofundamento da graça baptismal:

– enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos leva a dizer « Abba! Pai!» (Rm 8, 15);
– une-nos mais firmemente a Cristo;
– aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
– torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja (127);
– dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagarmos e defendermos a fé, pela palavra e pela acção, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessarmos com valentia o nome de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da cruz (128):

«Lembra-te, pois, de que recebeste o sinal espiritual, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, o espírito do santo temor, e guarda o que recebeste. Deus Pai marcou-te com o seu sinal, o Senhor Jesus Cristo confirmou-te e pôs no teu coração o penhor do Espírito» (129).

1304. Tal como o Batismo, de que é a consumação, a Confirmação é dada uma só vez. Com efeito, a Confirmação imprime na alma uma marca espiritual indelével, o «carácter» (130), que é sinal de que Jesus Cristo marcou um cristão com o selo do seu Espírito, revestindo-o da fortaleza do Alto, para que seja sua testemunha (131).

1305. O «carácter» aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Batismo, e «o confirmado recebe a força de confessar a fé de Cristo publicamente e como em virtude dum encargo oficial (quasi ex officio)» (132). Catecismo

Em cada coração uma saudade

Hospital da Caridade. Suely Monteiro. Fotografia

Fechem as fronteiras; convoquem os cardiologistas

Ainda Lembro. Marisa Monte e Ed Mota

Logos. Charles Fonseca. Prosa

LOGOS
Charles Fonseca

Mas que coisa! Ela quer que diga algo mas como conseguir sem falo, sem o dito, o cujo? Fujo. Frontal, não, só pra cabecinha que doi sem vez, sem linha. Debando, da banda, não. Sou virtuose, ou seja sofro dessa ose na virtude. Como cantar sem assoviar se como maestro quero mesmo a maestrina a desfilar com sua banda bumbo, um prato cheio de emoção, com meu trombone de vara eu que toco flauta doce, reco reco é muito áspero, prefiro o gemido da cuica? A banda é doce, às vezes agridoce, pelas campinas espraia aroma sargaço e eu cabeçudo ordeno à batuta, és pequena, vai à luta, vibra, és de carvalho, fende os ares, a musa suscita, a musa excita, ela alaga, alagoas em flores, toca as dobras, transpõe dobrado, devagarinho.

Kandisnky. Pintura

wassily kandinsky biography | wassily kandinsky biography http artsmarts4kids blogspot com 2008 02 ...:

quarta-feira, novembro 16, 2016

Não é com você. Ad nauseam

Vivien Maier. Fotografia

Vivian Maier:

Mulher querida. Charles Fonseca. Prosa

MULHER QUERIDA
Charles Fonseca

Começo por que sei o por que, por onde, quando, com quem, e para que. Pra dizer que sou enquanto aninhado em teu regaço, que fui quando me apaixonei, que vou ser quando me faltar a tua presença. Por onde vou andar sem ti, por que eu tanto amor, quando vou te esquecer e para que mais se sem ti nada tem a ver? Não há haver que te substitua, nem querer sem o teu abraço, baço o meu olhar sem ti pra esse mundo insano. Que mais eu te diria, mulher amada, eu poeta do teu amor se prosa fico quando me queres, e sem ti em silêncio choro? Por ti, mulher, ao Deus do céu imploro.

Rembrandt. Pintura

Rembrandt - Susanna Bathing (Apocrypha):

I Tessalonicenses, 5

1.A respeito da época e do momento, não há necessidade, irmãos, de que vos escrevamos.

2.Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite.

3.Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão.

4.Mas vós, irmãos, não estais em trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.

5.Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas.

6.Não durmamos, pois, como os demais. Mas vigiemos e sejamos sóbrios.

7.Porque os que dormem, dormem de noite; e os que se embriagam, embriagam-se de noite.

8.Nós, ao contrário, que somos do dia, sejamos sóbrios. Tomemos por couraça a fé e a caridade, e por capacete a esperança da salvação.

9.Porquanto não nos destinou Deus para a ira, mas para alcançar a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo.

10.Ele morreu por nós, a fim de que nós, quer em estado de vigília, quer de sono, vivamos em união com ele.

11.Assim, pois, consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros, como já o fazeis.

12.Suplicamo-vos, irmãos, que reconheçais aqueles que arduamente trabalham entre vós para dirigir-vos no Senhor e vos admoestar.

13.Tende para com eles singular amor, em vista do cargo que exercem. Conservai a paz entre vós.

14.Pedimo-vos, porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência para com todos.

15.Vede que ninguém pague a outro mal por mal. Antes, procurai sempre praticar o bem entre vós e para com todos.

16.Vivei sempre contentes.

17.Orai sem cessar.

18.Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo.

19.Não extingais o Espírito.

20.Não desprezeis as profecias.

21.Examinai tudo: abraçai o que é bom.

22.Guardai-vos de toda a espécie de mal.

23.O Deus da paz vos conceda santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!

24.Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá.

25.Irmãos, orai também por nós.

26.Saudai a todos os irmãos com o ósculo santo.

27.Peço-vos encarecidamente, no Senhor, que esta carta seja lida a todos os irmãos.

28.A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja convosco!

Ignorância demais é marketing que distrai os de menos

terça-feira, novembro 15, 2016

Acesso Secreto - O Vaticano

Olhar. Charles Fonseca. Prosa

OLHAR
Charles Fonseca

Recalcou. A dor foi tanta que não quer recordar mais nada. Nem quer mais aparar as arestas dos arranhos da alma, nem lembrar das fissuras do cristal que jaz ao chão, a virar pó. Só que saber do outro a sua rotina, o seu conjuntural passante, nada do passado, pouco do futuro. À frente, uma vida pra viver, atrás uma a esquecer. O tempo urge, a vida tem pressa, trabalho à beça, a gente se vê, a gente se fala, o tempo escoa, as oportunidades escassas. É a hora do esquecer o inesquecível, de perdoar o possível, de jogar na cruz de Cristo esse imenso fardo do amor não vivido, do afago crespo, do choro escondido, o olhar perdido.

Escultura

Pluto and Proserpina/Persephone 1621 Bernini. Look at his hand in her flesh. How the heck does he carve that? I mean it's ridiculous!:

A celebração da confirmação

A CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO

1297. Um momento importante que precede a celebração da Confirmação, mas que, de certo modo, faz parte dela, é a consagração do santo crisma. É o bispo que, em Quinta-Feira Santa, no decorrer da missa crismal, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagração é mesmo reservada ao Patriarca:

A liturgia de Antioquia exprime assim a epiclese da consagração do santo crisma (myron, em grego): «[Pai (...), envia o Teu Espírito Santo] sobre nós e sobre este óleo que está diante de nós e consagra-o, para que seja para todos os que com ele forem ungidos e marcados, myron santo, myron sacerdotal, myron real, unção de alegria, a veste da luz, o manto da salvação, o dom espiritual, a santificação das almas e dos corpos, a felicidade imperecível, o selo indelével, o escudo da fé, o capacete invencível contra todas as obras do Adversário» (120).

1298. Quando a Confirmação é celebrada separadamente do Batismo, como acontece no rito romano, a Liturgia do sacramento começa pela renovação das promessas do Batismo e pela profissão de fé dos confirmandos. Assim se evidencia claramente que a Confirmação se situa na continuação do Batismo (121). No caso do Batismo dum adulto, este recebe imediatamente a Confirmação e participa na Eucaristia (122).

1299. No rito romano, o bispo estende as mãos sobre o grupo dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Apóstolos, é sinal do dom do Espírito. E o bispo invoca assim a efusão do Espírito:

«Deus todo-poderoso, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo, destes uma vida nova a estes vossos servos e os libertastes do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do espírito do vosso temor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo» (123).

1300. Segue-se o rito essencial do sacramento. No rito latino, «o sacramento da Confirmação é conferido pela unção do santo crisma sobre a fronte, feita com a imposição da mão, e por estas palavras: «Accipe signaculum doni Spiritus Sancti – Recebe por este sinal o Espírito Santo, o Dom de Deus» (124). Nas Igrejas orientais de rito bizantino, a unção do myron faz-se depois duma oração de epiclese, sobre as partes mais significativas do corpo: a fronte, os olhos, o nariz, os ouvidos, os lábios, o peito, as costas, as mãos e os pés, sendo cada unção acompanhada da fórmula: «Σφραγίζ δωραζ Πυεύματζ Άγίoυ» («Signaculum doni Spiritus Sancti – Selo do dom que é o Espírito Santo» ) (125).

1301. O ósculo da paz, com que termina o rito do sacramento, significa e manifesta a comunhão eclesial com o bispo e com todos os fiéis (126). Catecismo

Renoir. Pintura

Young Woman Seated - Pierre-Auguste Renoir:

Feminino, singular. Myriam Fraga. Poesia

Feminino, singular
Myriam Fraga

A CASA


Pedra sobre pedra
Construí esta casa:
Tijolo, sonho e argila.

Custaram-me os alicerces
A metade da asa
Direita,
A outra metade,
Serviu de escora
Às traves que a sustentaram.

A asa esquerda perdeu-se
Na argamassa.

Esta casa, para fazer,
Levou-me anos
De solidão e fomes
Aplacadas.

Uma casa tão clara,
Aberta aos ventos,
E a cada dia sempre
Renovada.

Aqui plantei minha vida,
Nos esquadros
E soleira das portas.
Ancoradouro e barco,
Minha casa.

Daqui se ouvia o mar
E o canto das sereias,
Se nostálgico das janelas
O olhar se alongava.

Mas o perfume do incenso
Rolava nos altares, deuses lares,
E eu ficava e fui sempre
A guardiã da casa.

Pássaro do abismo,
Mensageiro da desgraça,
Meus olhos marinheiros
Pressentiram o desastre.

Ventos do sul sopraram
Sobre a casa. Marés de março
Enormes, com suas vagas,
Submergiram e arrasaram
Da soleira aos telhados.

Olho de furacão,
Espiral de sargaços,
Conheci o sumidouro,
A fúria da voragem.

Sobrevivente do escarcéu
Hoje, náufraga, na casa,
Sei que as paredes permanecem
Intactas, com suas marcas,
E novamente, aos poucos,
Com meus dedos quebrados,
Vou recompondo lentamente
A cumeeira arrasada.

segunda-feira, novembro 14, 2016

Roger Fenton. Fotografia

8th Hussars soldiers preparing a meal at the Cookhouse in the field during the Crimean War, 1855. (Photo by Roger Fenton/Getty Images):

E o verbo se fez carne. Charles Fonseca. Prosa

E O VERBO SE FEZ CARNE
Charles Fonseca

Por um instante algo fez-me terno. Teria o que escrevo algo a ver com quem sonha, com quem anela, seria quem a musa, seria aquela essa ou esta? Fico encabulado e nego peremptoriamente, cheio de convicção. Que digo àquela mulher? Que ela é e não é, que foi e não vai ser, que seria não fosse eu ter uma mulher e ser e estar e haver.

Conheça melhor o Senador Renan Calheiros

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Livros recomendados

LIVROS


Literatura clássica
«Ilíada» e «Odisseia» — Homero
«As Torres de Barchester» — Anthony Trollope
«Orgulho e Preconceito» — Jane Austen
«Viagens de Gulliver» — Jonathan Swift
«Jane Eyre» — Charlotte Brontë
«Dom Quixote» — Miguel de Cervantes Saavedra
«Guerra e Paz» — Leon Tolstoi
«David Copperfield» — Charles Dickens
«A Feira das Vaidades» — William Makepeace Thackeray
«Madame Bovary» — Gustave Flaubert
«São Manuel Bueno, Mártir» — Miguel de Unamuno
«Middlemarch» — George Eliot
«A Celestina» — Fernando de Rojas
«Crime e Castigo» — Fiodor Dostoiévski

Poesia
«Sonetos» — William Shakespeare
«A Divina Comédia» — Dante Alighieri
«Os Contos de Cantuária» — Geoffrey Chaucer
«Poesia Selecionada» — William Wordsworth
«Poemas» — John Keats
«Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada» — Pablo Neruda
«Terra Devastada» — T. S. Eliot
«Paraíso Perdido» — John Milton
«Canções da Inocência e da Experiência» — William Blake
«Topografia Poética» — Octavio Paz
«Uma Antologia» — William Butler Yeats
«El azor en el páramo» (Antologia Poética) — Ted Hughes (sem edição em português)

Clássicos modernos
«Retrato de Uma Senhora» — Henry James
«Em Busca do Tempo Perdido» — Marcel Proust
«Ulisses» — James Joyce
«Pedro Páramo» — Juan Rulfo
«Por Quem os Sinos Dobram» — Ernest Hemingway
«A Morte de Artemio Cruz» — Carlos Fuentes
«Homens em Armas», «Oficiais e Gentlemen» e «Rendição Incondicional» — Evelyn Waugh
«O Apogeu de Miss Jean Brodie» — Muriel Spark
«Coelho se Cala e Outras Histórias» — John Updike
«Cem Anos de Solidão» — Gabriel García Márquez
«O Jogo do Mundo» — Julio Cortázar
«Beloved» — Toni Morrison
«A Margarida e o Mestre» — Mikail Bulgakov
«O Professor de Desejo» — Philip Roth
«O Nome da Rosa» — Umberto Eco

Literatura romântica
«Rebecca» — Daphne du Maurier
«A Morte de Artur» — Thomas Malory
«As Relações Perigosas» — Pierre Choderlos de Laclos
«Eu, Cláudio» — Robert Graves
«Trilogia Sobre Alexandre Magno» — Mary Renault
«Pássaros Feridos» — Colleen McCullough
«Como Água Para Chocolate» — Laura Esquivel
«E Tudo o Vento Levou» — Margaret Mitchell
«A Bem Amada» — Thomas Hardy
«O Crepúsculo da Águia» — Jean Plaidy

Literatura Infanto-Juvenil
«Alice no País das Maravilhas» — Lewis Carroll
«O Faticeiro de Oz» — L. Frank Baum
«O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa» — C. S. Lewis
«Fronteiras do Universo» — Philip Pullman
«O Rei Babar» — Jean de Brunhoff
«Os Meninos e o Comboio de Ferro» — Edith Nesbit
«Winnie Puff» — Alan Alexander Milne
«Contos de Grimm» — Irmãos Grimm
«Harry Potter» — J. K. Rowling
«O Vento nos Salgueiros» — Kenneth Grahame
«A Ilha do Tesouro» — Robert Louis Stevenson
«O Livro da Selva» — Rudyard Kipling

Ficção científica
«Frankenstein» — Mary Shelley
«Vinte Mil Léguas Submarinas» — Julio Verne
«A Máquina do Tempo» — H. G. Wells
«Admirável Mundo Novo» — Aldous Huxley
«1984» — George Orwell
«O Senhor dos Anéis» — J. R. R. Tolkien
«Os Mutantes» — John Wyndham
«Fundação» — Isaac Asimov
«A Exploração do Espaço» — Arthur C. Clarke
«Contos de Terror, de Mistério e de Morte» — Edgar Allan Poe
«Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?» — Philip K. Dick
«Neuromancer» — William Gibson

Mistério
«O talentoso Ripley» — Patricia Highsmith
«O Falcão Maltês» — Dashiell Hammett
«As Aventuras de Sherlock Holmes» — Arthur Conan Doyle
«O Longo Adeus» — Raymond Chandler
«Um Espião Perfeito» — John le Carré
«Dragão Vermelho» — Thomas Harris
«Assassinato no Expresso do Oriente» — Agatha Christie
«Os Assassinatos da Rua Morgue» — Edgar Allan Poe
«A Mulher de Branco» — William Wilkie Collins
«Raylan» — Elmore Leonard

Livros que mudaram o mundo
«O Capital» — Karl Marx
«Os Direitos do Homem» — Thomas Paine
«O Contrato Social» — Jean-Jacques Rousseau
«A Democracia na América» — Alexis de Tocqueville
«Da Guerra» — Carl von Clausewitz
«O Príncipe» — Nicolau Maquiavel
«Leviatã» — Thomas Hobbes
«A Interpretação dos Sonhos» — Sigmund Freud
«A origem das Espécies» — Charles Darwin
«Enciclopédia» — Denis Diderot

Livros que influenciam a sua percepção sobre a vida
«Zen e a Arte da Manutenção da Motocicleta» — Robert M. Pirsig
«Fernão Capelo Gaivota» — Richard Bach
«à Boleia pela Galáxia» — Douglas Adams
«Fora de Série» — Malcolm Gladwell
«O Mito da Beleza» — Naomi Wolf

Livros voluptuosos
«Satíricon» - Petrónio
«Decameron» - Giovanni Boccaccio
«Fanny Hill» - John Cleland
«A Minha Vida Secreta» - Casanova
«Justine» - Marquês de Sade
«Confissões Sexuais, de um Anónimo Russo» - anónimo
«Trópico de Câncer» - Henry Miller
«A História de O» - Pauline Reage
«Lolita» - Vladimir Nabokov
«Delta de Vénus» - Anaïs Nin

domingo, novembro 13, 2016

Arquitetura. Igreja

Edvard Munch. Pintura

Edvard Munch - Night in Nice (1891):

Efésios, 5

1.Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados.

2.Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor.

3.Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos.

4.Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disto, ações de graças.

5.Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus.

6.E ninguém vos seduza com vãos discursos. Estes são os pecados que atraem a ira de Deus sobre os rebeldes.

7.Não vos comprometais com eles.

8.Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes.

9.Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade.

10.Procurai o que é agradável ao Senhor,

11.e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente.

12.Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas.

13.Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz.

14.E tudo o que se manifesta deste modo torna-se luz. Por isto (a Escritura) diz: Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará (Is 26,19; 60,1)!

15.Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios

16.que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus.

17.Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus.

18.Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito.

19.Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor.

20.Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo!

21.Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.

22.As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor,

23.pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador.

24.Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos.

25.Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,

26.para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra,

27.para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.

28.Assim os maridos devem amar as suas mulheres, como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

29.Certamente, ninguém jamais aborreceu a sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo faz à sua Igreja -

30.porque somos membros de seu corpo.

31.Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois constituirão uma só carne (Gn 2,24).

32.Este mistério é grande, quero dizer, com referência a Cristo e à Igreja.

33.Em resumo, o que importa é que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o seu marido.

Série Música do Teatro de Revista (21) - Hekel Tavares

sábado, novembro 12, 2016

Se estiver acompanhado dê um sabonete a um morador de rua

O negro fala sobre rios. Langston Hughes

O negro fala sobre rios
Langston Hughes


Conheço rios:
Conheço rios tão antigos quanto o mundo e mais
[ velhos que o fluxo de sangue humano
[ nas veias humanas.

Minha alma se tornou profunda como os rios.

Banhei-me no Eufrates quando eram jovens as
[ auroras.
Construí minha cabana junto ao Congo e ele
[ me cantou canções de ninar.

Olhei para o Nilo e acima dele levantei as
[ pirâmides.
Ouvi o canto do Mississippi quando Abe Lincoln
[ desceu até New Orleans e vi seu seio
[ lamacento tornar-se ouro, ao pôr-do-sol.

Conheço rios:
Antigos, cinzentos rios.

Minha alma se tornou profunda como os rios.

É gostoso morar no sul do Brasil ganhando e gastando em real

Eis dos anjos a harmonia

Os sinais e o rito da Confirmação

1293. No rito deste sacramento, convém considerar o sinal da unção e o que essa unção designa e imprime: o selo espiritual.

A unção, na simbologia bíblica e antiga, é rica de numerosas significações: o óleo é sinal de abundância (107) e de alegria (108), purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e lutadores): é sinal de cura, pois suaviza as contusões e as feridas (109) e torna radiante de beleza, saúde e força.

1294. Todos estes significados da unção com óleo se reencontram na vida sacramental. A unção antes do Batismo, com o óleo dos catecúmenos, significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime cura e conforto. A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é sinal duma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, quer dizer, os que são ungidos, participam mais na missão de Jesus Cristo e na plenitude do Espírito Santo de que Ele está repleto, a fim de que toda a sua vida espalhe «o bom odor de Cristo» (110)

1295. Por esta unção, o confirmando recebe «a marca», o selo do Espírito Santo. O selo é o símbolo da pessoa (111), sinal da sua autoridade (112), da sua propriedade sobre um objecto (113). Era assim que se marcavam os soldados com o selo do seu chefe e também os escravos com o do seu dono. O selo autentica um acto jurídico (114) ou um documento (115) e, eventualmente, torna-o secreto (116).

1296. O próprio Cristo se declara marcado com o selo do Pai (117). O cristão também está marcado com um selo: «Foi Deus que nos concedeu a unção, nos marcou também com o seu selo e depôs as arras do Espírito em nossos corações» (2 Cor 1, 21-22) (118). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a entrega para sempre ao seu serviço, mas também a promessa da protecção divina na grande prova escatológica (119). Catecismo

Prefiro suco de frutas

Alfred Stieglitz. Fotografia

Alfred Stieglitz - Georgia O'Keeffe. She was herself in a time when women were not allowed to be themselves, let alone follow their artistic dreams to New Mexico. Biddy Craft:

Legítimas só as baianas

LEGÍTIMAS SÓ AS BAIANAS
Charles Fonseca

Discordo. Todas as suaves, cheirosas, gozosas, cremosas, amanteigadas, intelectuais, sapientes, analfabetas, que cheiram a murta e beira de praia, que façam gemer sem sentir dor, etc., etc., etc.,

Delacroix. Pintura

eugene delacroix paintings - Google Search:

sexta-feira, novembro 11, 2016

Bota o fanático na roda

Não discuto. Paulo Leminsky

Não discuto
Paulo Leminsky

não discuto
com o destino
o que pintar
eu assino

Rei excelso

Gálatas, 5

1.É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão.

2.Eis que eu, Paulo, vos declaro: se vos circuncidardes, de nada vos servirá Cristo.

3.E atesto novamente, a todo homem que se circuncidar: ele está obrigado a observar toda a lei.

4.Já estais separados de Cristo, vós que procurais a justificação pela lei. Decaístes da graça.

5.Quanto a nós, é espiritualmente, da fé, que aguardamos a justiça esperada.

6.Estar circuncidado ou incircunciso de nada vale em Cristo Jesus, mas sim a fé que opera pela caridade.

7.Corríeis bem. Quem, pois, vos cortou os passos para não obedecerdes à verdade?

8.Esta sugestão não vem daquele que vos chama.

9.Um pouco de fermento leveda toda a massa.

10.Tenho confiança no Senhor a vosso respeito, que de maneira alguma mudareis de sentir. Portanto, quem vos perturbar responderá por isto, seja quem for.

11.Se é verdade, irmãos, que ainda prego a circuncisão, por que, então, sou perseguido? Assim o escândalo da cruz teria cessado!

12.Oxalá acabem por mutilar-se os que vos inquietam!

13.Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade,

14.porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18).

15.Mas, se vos mordeis e vos devorais, vede que não acabeis por vos destruirdes uns aos outros.

16.Digo, pois: deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne.

17.Porque os desejos da carne se opõem aos do Espírito, e estes aos da carne; pois são contrários uns aos outros. É por isso que não fazeis o que quereríeis.

18.Se, porém, vos deixais guiar pelo Espírito, não estais sob a lei.

19.Ora, as obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem,

20.idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos,

21.invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!

22.Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade,

23.brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei.

24.Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências.

25.Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito.

26.Não sejamos ávidos da vanglória. Nada de provocações, nada de invejas entre nós.

Pintura. Dali

Salvador Dalí:

Musa. Charles Fonseca. Prosa

MUSA
Charles Fonseca

Ela põe o marca passo no paciente e eu nesse descompasso digito esse texto que começo sem saber o que escrever, de quando, pra onde, ninguém, eu só. Um mistério essa arte na qual me inicio sem estudo, ex-tudo, sem escola, ex-mudo. Eis o nada mais que um passa tempo que só ocorre depois que passou. E agora, como ir em frente se nada me surge à mente que, grande mentirosa, esconde? Por que e para que, só Deus sabe. Esse tal de inconsciente não me deixa falar toda a verdade, só meias palavras de lavra tosca. E agora? O antes? O depois? Venho da poesia e não sei prosear. Você me ajuda, me tome pela mão, vamos pelos ares, por entre as nuvens, eu nefelibata de antanho, minha musa, meu grande amor.

Participe de grupo de discussão on line em que haja 5% de fanáticos. É muito mais divertido

quinta-feira, novembro 10, 2016

Apaga o Fogo Mané - Adoniran Barbosa

Duas tradições: o oriente e o ocidente

DUAS TRADIÇÕES: O ORIENTE E O OCIDENTE

1290. Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui geralmente uma única celebração com o Baptismo, formando com ele, segundo a expressão de São Cipriano, um «sacramento duplo» (104). Entre outras razões, a multiplicação dos batismos de crianças, e isto em qualquer tempo do ano, e a multiplicação das paróquias (rurais), ampliando as dioceses, deixaram de permitir a presença do bispo em todas as celebrações baptismais. No Ocidente, porque se desejava reservar ao bispo o completar do Batismo, instaurou-se a separação, no tempo, dos dois sacramentos. O Oriente conservou unidos os dois sacramentos, de tal modo que a Confirmação é dada pelo sacerdote que baptiza. Este, no entanto, só o pode fazer com o «myron» consagrado por um bispo (105).

1291. Um costume da Igreja de Roma facilitou a expansão da prática ocidental, graças a uma dupla unção com o santo crisma, depois do batismo: a unção já feita pelo sacerdote ao neófito ao sair do banho baptismal é completada por uma segunda unção, feita pelo bispo na fronte de cada um dos novos baptizados (106). A primeira unção com o santo crisma, feita pelo sacerdote, ficou ligada ao rito baptismal e significa a participação do baptizado nas funções profética, sacerdotal e real de Cristo. Se o Baptismo é conferido a um adulto, há apenas uma unção pós-baptismal: a da Confirmação.

1292. A prática das Igrejas do Oriente sublinha mais a unidade da iniciação cristã. A da Igreja latina exprime, com maior nitidez, a comunhão do novo cristão com o seu bispo, garante e servidor da unidade da sua Igreja, da sua catolicidade e da sua apostolicidade; e assim, a ligação com as origens apostólicas da Igreja de Cristo. Catecismo

Deus é amor

Como a noite descesse. Emílio Moura. Poesia

COMO A NOITE DESCESSE...

Como a noite descesse e eu me sentisse só, só e
[ desesperado diante dos horizontes
[ que se fechavam,
gritei alto, bem alto: ó doce e incorruptível
[ Aurora! e vi logo que só as estrelas
[ é que me entenderiam.
Era preciso esperar que o próprio passado
[ desaparecesse,
ou então voltar à infância.
Onde, entretanto, quem me dissesse
ao coração trêmulo:
— É por aqui!

Onde, entretanto, quem me dissesse
ao espírito cego:
— Renasceste: liberta-te!

Se eu estava só, só e desesperado,
por que gritar tão alto?
Por que não dizer baixinho, como quem reza:
— Ó doce e incorruptível Aurora...
se só as estrelas é que me entenderiam?

Postando a fé. Charles Fonseca. Prosa

POSTANDO A FÉ
Charles Fonseca

A mim me parece impressionante a pletora de postagens de cunho doutrinário em matéria de fé. Que empenho! Quanto arroubo! Não creio que os muçulmanos sejam tão férteis em tantas e tão compartilhadas proclamações de crença, de preocupação com a salvação dos ímpios. Fico admirado que mesmo com tanta divulgação os muçulmanos sejam os que mais crescem em adeptos em todo o mundo. Por que tem sido assim é a minha grande curiosidade.

Caravaggio. Pintura

Caravaggio:

II Coríntios, 5

1.Sabemos, com efeito, que ao se desfazer a tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna no céu.

2.E por isto suspiramos e anelamos ser sobrevestidos da nossa habitação celeste,

3.contanto que sejamos achados vestidos e não despidos.

4.Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos: desejamos ser não despojados, mas revestidos com uma veste nova por cima da outra, de modo que o que há de mortal em nós seja absorvido pela vida.

5.Aquele que nos formou para este destino é Deus mesmo, que nos deu por penhor o seu Espírito.

6.Por isso, estamos sempre cheios de confiança. Sabemos que todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor.

7.Andamos na fé e não na visão.

8.Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor.

9.É também por isso que, vivos ou mortos, nos esforçamos por agradar-lhe.

10.Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo.

11.Compenetrados do temor do Senhor, procuramos persuadir os homens. Estamos a descoberto aos olhos de Deus, e espero que o estejamos também ante as vossas consciências.

12.Não estamos a gabar-nos ante os vossos olhos, mas damo-vos ocasião de vos gloriardes por nossa causa. Tereis assim o que responder àqueles que se prevalecem das aparências e não do que há no coração.

13.De fato, se ficamos arrebatados fora dos sentidos, é por Deus; e se raciocinamos sobriamente, é por vós.

14.O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram.

15.Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu.

16.Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim.

17.Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!

18.Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação.

19.Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.

20.Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio. Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!

21.Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus.

Freud morde. Charles Fonseca. Cinema


quarta-feira, novembro 09, 2016

Miró. Pintura

'Circus Horse' Joan Miró.:

Não dê trégua a fanático e mau caráter

A colina. Edgar Lee Masters

A colina
Edgar Lee Masters

Tradução: Jorge de Lima

Onde estão Elmer, Herman, Bert, Tom e Charley,
O irresoluto, o de braço forte, o palhaço,
[o ébrio, o guerreiro?
Todos, todos estão dormindo na colina.

Um morreu de febre,
Um lá se foi queimado numa mina,
O outro assassinaram-no num motim,
O quarto se extinguiu na prisão,
E o derradeiro caiu de uma ponte quando
[ trabalhava para a esposa e os filhos,
Todos, todos estão dormindo, dormindo,
[ dormindo na colina.

Onde estão Ella, Kate, Mag, Lizzie e Edith
A de bom coração, a de alma simples, a alegre,
[ a orgulhosa, a feliz?
Todas, todas dormindo na colina.

Ella morreu de parto vergonhoso,
Kate de amor contrariado,
Mag nas mãos de um bruto num bordel,
Lizzie ferida em seu orgulho à procura do que
[ quis seu coração;
E Edith depois de ter vivido nas distantes
[ Londres e Paris
Conduzida a seu pequeno domínio por Ella,
[ Kate e Mag,
Todas, todas estão dormindo, dormindo,
[ dormindo na colina.

Onde estão tio Isaac e tia Emily,
E o velho Towny Kincaid e Sevigne Houghton,
E o major Walker que conversara
Com os veneráveis homens da revolução?
Todos, todos estão dormindo na colina.

Trouxeram-lhes filhos mortos na guerra,
E filhas cuja vida tendo sido desfeita,
Os filhos sem pais choravam
Todos, todos estão dormindo, dormindo,
[ dormindo na colina.

Onde está o velho violinista Jones
Que brincou com a vida durante noventa anos,
Desafiando as geadas a peito descoberto,
Bebendo, fazendo arruaças, sem pensar na
[ esposa nem na família,
Nem em dinheiro, nem em amor, nem no céu?
Vede! Fala sobre os cardumes de peixes de
[ antigamente,
Sobre as corridas de cavalo em Clary's Grove,
[ outrora,
Sobre o que Abe Lincoln disse
Uma vez em Springfield.

Sua cor não identifica seu carater

Homem. Fotografia


O sacramento da confirmação

1285. Com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária para a plenitude da graça baptismal (90). Com efeito, os baptizados «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo» (91).

I. A Confirmação na economia da salvação

1286. No Antigo Testamento, os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias esperado (92), em vista da sua missão salvífica (93). A descida do Espírito Santo sobre Jesus, aquando do seu baptismo por João, foi o sinal de que era Ele o que havia de vir, de que era o Messias, o Filho de Deus (94). Concebido pelo poder do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam numa comunhão total com o mesmo Espírito Santo, que o Pai Lhe dá «sem medida» (Jo 3, 34).

1287. Ora, esta plenitude do Espírito não devia permanecer unicamente no Messias: devia ser comunicada a todo o povo messiânico (95). Repetidas vezes, Cristo prometeu esta efusão do Espírito promessa que cumpriu, primeiro no dia de Páscoa (97) e depois, de modo mais esplêndido, no dia de Pentecostes (98). Cheios do Espírito Santo, os Apóstolos começaram a proclamar «as maravilhas de Deus» (Act 2, 11) e Pedro declarou que esta efusão do Espírito era o sinal dos tempos messiânicos (99). Aqueles que então acreditaram na pregação apostólica, e se fizeram baptizar, receberam, por seu turno, o dom do Espírito Santo (100).

1288. «A partir de então, os Apóstolos, para cumprirem a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito para completar a graça do Batismo (101). É por isso que, na Epístola aos Hebreus, se menciona, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os Baptismos e também sobre a imposição das mãos (102). A imposição das mãos é justificadamente reconhecida, pela Tradição católica, como a origem do sacramento da Confirmação que, de certo modo, perpetua na Igreja a graça do Pentecostes» (103).

1289. Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, se acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma). Esta unção ilustra o nome de «cristão», que significa «ungido»,e que vai buscar a sua origem ao próprio nome de Cristo, aquele que «Deus ungiu com o Espírito Santo» (Act 10, 38). E este rito da unção mantém-se até aos nossos dias, tanto no Oriente como no Ocidente. É por isso que, no Oriente, este sacramento se chama crismação (= unção do crisma), ou myron, que significa «crisma». No Ocidente, o nome de Confirmação sugere que este sacramento confirma o Batismo e, ao mesmo tempo, consolida a graça batismal. Catecismo

terça-feira, novembro 08, 2016

Sua cintura deve ter a metade da sua altura.

Gauguin. Pintura

Retrato de uma jovem mulher - Paul Gauguin 1886

I Coríntios, 5

1.Ouve-se dizer constantemente que se comete, em vosso meio, a luxúria, e uma luxúria tão grave que não se costuma encontrar nem mesmo entre os pagãos: há entre vós quem vive com a mulher de seu pai!...

2.E continuais cheios de orgulho, em vez de manifestardes tristeza, para que seja tirado dentre vós o que cometeu tal ação!

3.Pois eu, em verdade, ainda que distante corporalmente, mas presente em espírito, já julguei, como se estivesse presente, aquele que assim se comportou.

4.Em nome do Senhor Jesus -, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de nosso Senhor Jesus -,

5.seja esse homem entregue a Satanás, para mortificação do seu corpo, a fim de que a sua alma seja salva no dia do Senhor Jesus.

6.Não é nada belo o motivo da vossa jactância! Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?

7.Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.

8.Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade.

9.Na minha carta vos escrevi que não tivésseis familiaridade com os impudicos.

10.Porém, não me referia de um modo absoluto a todos os impudicos deste mundo, os avarentos, os ladrões ou os idólatras, pois neste caso deveríeis sair deste mundo.

11.Mas eu simplesmente quis dizer-vos que não tenhais comunicação com aquele que, chamando-se irmão, é impuro, avarento, idólatra, difamador, beberrão, ladrão. Com tais indivíduos nem sequer deveis comer.

12.Pois que tenho eu de julgar os que estão fora? Não são os de dentro que deveis julgar?

13.Os de fora é Deus que os julgará... Tirai o perverso do vosso meio.

Janelas. Charles Fonseca. Prosa

JANELAS
Charles Fonseca

Na minha janela quase todo dia um bem-te-vi vem me ver. Mas não canta. Olha duas três vezes ao dia e vai embora. Por que será que ele não diz que me viu? Será que não gosta de me ver ou será que já não tem mais como sofrer a dor da separação que a vida nos impôs? E eu o olho com aquele olhar de coruja como só o pai sabe olhar para o filho. Mas ele não é coruja, só vem me ver e desejo que cante bem-te-vi!
Da minha janela fico a sonhar com uma pombinha que pelo que canta imita “fogo-pagô”. Será que apagou a chama do amor primeiro ou dormita ele em sonho morfeu? Será que ela se perdeu sem ele no seu peito? Ou será que muito já pagou pelo que não duvido? Ave de arribação, tomara que um dia volte a me alegrar o coração e que traga sua ninhada a me ver eu quase em nada!
Por minha janela voejam colibris ditos beija-flores. Que belos, silentes, bebem o seu néctar e se vão nos seus arroubos. Que cochicham entre si de minhas dores? Ou dos meus amores? Ou dos beijos roubados das minhas rosas, dos meus ibiscos multicores?
Bem-te.vis, arapongas, fogo-pagôs, saracuras, sem fim, voltem pra mim, coruja de olhos baços!

Casal. Fotografia


Freud nunca escreveu o que a ele atribuem falsos eruditos

Li os 24 volumes da obra de Freud (Standard) e duas biografias dele (Ernst Jones e Peter Gay)

Resumindo:

1275. A iniciação cristã faz-se pelo conjunto de três sacramentos: o Batismo, que é o princípio da vida nova; a Confirmação, que é a consolidação da mesma vida; e a Eucaristia, que alimenta o discípulo com o corpo e sangue de Cristo, em vista da sua transformação n'Ele.

1276. «Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, batizai-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinai-os a cumprir tudo quanto vos mandei» (Mt 28, 19-20).

1277. O Batismo constitui o nascimento para a vida nova em Cristo. Segundo a vontade do Senhor; ele é necessário para a salvação, como a própria Igreja, na qual o Batismo introduz.

1278. O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre a sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

1279. O fruto do Batismo ou graça batismal é uma realidade rica que inclui: a remissão do pecado original e de todos os pecados pessoais; o renascimento para uma vida nova, pela qual o homem se torna filho adotivo do Pai, membro de Cristo, templo do Espírito Santo. Por esse fato, o batizado é incorporado na Igreja, corpo de Cristo, e tornado participante do sacerdócio de Cristo.

1280. O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o carácter, que consagra o batizado para o culto da religião cristã. Por causa do caráter, o Batismo não pode ser repetido (88).

1281. Os que sofrem a morte por causa da fé, os catecúmenos e todos aqueles que, sob o impulso da graça, sem conhecerem a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade, podem salvar-se, mesmo sem terem recebido o Batismo (89).

1282. Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, visto ser uma graça e um dom de Deus que não supõem méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.

1283. Quanto às crianças que morrem sem Batismo, a Liturgia da Igreja convida-nos a ter confiança na misericórdia divina e a rezar pela sua salvação.

1284. Em caso de necessidade, qualquer pessoa pode batizar, desde que tenha a intenção de fazer o que a Igreja faz e derrame água sobre a cabeça do candidato, dizendo: «Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».

segunda-feira, novembro 07, 2016

Toda noite ouço: dorme com Deus, querido.

Maria & Ronny Got Married, "The Surprise" - Ålesund Church - Norway (HD)

Amigas. Fotografia

A guerra aos apetites é um apetite

Amigos ( I ). Charles Fonseca. Prosa

AMIGOS ( I )
Charles Fonseca

Amigos independem de qualquer coisa, tempo, lugar, circunstância ou estação do ano. Sempre procuram saber como estamos, como vai nossa família. Não demoram mais que duas semanas sem telefonar dando suas notícias e querendo saber das nossas. Conosco se alegram, conosco choram. Conosco se hospedam e sempre fazem empenho que com eles nos hospedemos. Nestes tempos modernos também nos procuram, se estivemos distantes se aproximam, teclam conosco, interagem com frequência.
Os que assim não agem são meros conhecidos, eventuais interessados. Só nos procuram quando está próximo de suas férias ou querem passar um final de semana prolongado em nossa casa. São aves de arribação, batem asas e só voltam a nos procurar na próxima estação.

Michelangelo. Pintura

Sistine Chapel - David and Goliath (detail) 1 by Michelangelo Buonarroti:

Romanos, 5

1.Justificados, pois, pela fé temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

2.Por ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus.

3.Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência,

4.a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.

5.E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

6.Com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios.

7.Em rigor, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer.

8.Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.

9.Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

10.Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.

11.Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem desde agora temos recebido a reconciliação!

12.Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram...

13.De fato, até a lei o mal estava no mundo. Mas o mal não é imputado quando não há lei.

14.No entanto, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles que não pecaram à imitação da transgressão de Adão (o qual é figura do que havia de vir).

15.Mas, com o dom gratuito, não se dá o mesmo que com a falta. Pois se a falta de um só causou a morte de todos os outros, com muito mais razão o dom de Deus e o benefício da graça obtida por um só homem, Jesus Cristo, foram concedidos copiosamente a todos.

16.Nem aconteceu com o dom o mesmo que com as conseqüências do pecado de um só: a falta de um só teve por conseqüência um veredicto de condenação, ao passo que, depois de muitas ofensas, o dom da graça atrai um juízo de justificação.

17.Se pelo pecado de um só homem reinou a morte (por esse único homem), muito mais aqueles que receberam a abundância da graça e o dom da justiça reinarão na vida por um só, que é Jesus Cristo!

18.Portanto, como pelo pecado de um só a condenação se estendeu a todos os homens, assim por um único ato de justiça recebem todos os homens a justificação que dá a vida.

19.Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos.

20.Sobreveio a lei para que abundasse o pecado. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

21.Assim como o pecado reinou para a morte, assim também a graça reinaria pela justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

domingo, novembro 06, 2016

Ademilde Fonseca. A rainha do choro. Música

Deus é amor

Arquitetura


O homem grande sabe que é pequeno

Case com quem pretenda conversar até a velhice

Vocem Jucunditatis (Fifth Sunday after Easter, Introit)

Léu. Charles Fonseca. Prosa

LÉU
Charles Fonseca

Quando eu me for, só vai meu ser concreto. A minha imagem, a memória de mim, o que fiz de mau, o de bom, as omissões, os senões, o vir a ser, o poderia ter sido, o amor bem vivido, o afeto compartido, o sem partido, o gozo frustrado, o mais que perfeito, o, o, o, .Ah, ficou a saudade, o bem querer, o quero de novo, será que vou ver, ele me verá, será que no céu, ou ficou ao léu?


Pintura


Uma marca espiritual indelével

1272. Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado com Cristo (80). O Batismo marca o cristão com um selo espiritual indelével («charactere») da sua pertença a Cristo. Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Batismo de produzir frutos de salvação (81). Ministrado uma vez por todas, o Batismo não pode ser repetido.

1273. Incorporados na Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o carácter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão (82). O selo baptismal capacita e compromete os cristãos a servir a Deus mediante uma participação viva na santa liturgia da Igreja, e a exercer o seu sacer­dócio batismal pelo testemunho duma vida santa e duma caridade eficaz (83).

1274. O «selo do Senhor» («dominicus character») (84) é o selo com que o Espírito Santo nos marcou «para o dia da redenção» (Ef 4, 30) (85). «O Batismo é, efetivamente, o selo da vida eterna» (86). O fiel que tiver «guardado o selo» até ao fim, quer dizer, que tiver permanecido fiel às exigências do seu Batismo, poderá partir «marcado pelo sinal da fé» (87), com a fé do seu Batismo, na expectativa da visão bem-aventurada de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição.