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sábado, outubro 31, 2015

Em Algum Lugar do Passado. Suely Monteiro



Em Algum Lugar do Passado
Suely Monteiro

Nessa nossa vida corrida em que vivemos correndo mundo, as fotos se acumulam e muitas vezes, não fazemos a menor ideia de onde estávamos e em que tempo.

Achei por acaso esta foto minha e de Charles e não consigo identificar o lugar, mas sei, com certeza , que estávamos felizes. Aliás, na maior parte do tempo estamos felizes. Temos muitas afinidades que sustentam as nossas diferenças e o amor que dedicamos um ao outro é a grande carta no baralho de nossas vidas.

O tempo passa, vamos envelhecendo e, no entanto, quando olhamos um para o outro, enxergarmos a frescura do amor nos revitalizando a alma, nos aprimorando as atitudes, nos elevando nos conceitos mútuos, nos fazendo parte e nos constituindo como ser.


A vida tem sido um premio para nós, e da minha parte, confio que continuará assim, enquanto eu puder sentir seus braços envolvendo meu corpo em suaves caricias e ouvir seus lábios sussurrarem que eu sou a sua amada.


Engraçado, pois, normalmente, sou contida em falar dos meus sentimentos em público. Mas, hoje, ao entrar no quarto e encontrá-lo calmo, tranquilo, fazendo suas anotações em seus blogs, mas uma vez me dei conta da força do amor que nos une e resolvi dizer ao mundo inteiro o quanto isto é bom.

Acontece, também, que tenho acompanhado muitas criticas e reclamações que circulam na rede, dando-nos a sensação de que o amor está "saindo do ar " .

Para muitos corações que se isolam em relações superficiais e fugidias, ele parece distante, inalcançável. E, no entanto, ele está tão próximo de mim, ou melhor, ele preenche a minha vida e os meus ambientes pessoais com tanta intensidade que considero uma descortesia não compartilhar com todos vocês, meus amáveis leitores, a certeza de que é possível ser feliz, de que é possível amar e ser amado, de que é possível viver uma relação segura e duradoura, ainda que a mídia e as redes sociais insistam em nos dizer o contrário.

O amor, para mim, continua sendo um sentimento contagiante e abrangente e, espero contribuir com esta minha declaração, para que ele alcance, também, o seu coração, fazendo-o vibrar em ternas ondas e tornando, aos seus olhos, o mundo melhor.

Quando a energia do amor começar a circular mais intensamente nos lares, nas redes sociais, nas rodas de amigos, ela promoverá mudanças muito mais rapidamente do que as reclamações tem conseguido promover. Por isto, sugiro delicadamente a você leitor:

Pense o Bem, sinta o Bem, Viva o Bem

Outubro 2013

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http://suelymonteiro.blogspot.com.br/2013/10/em-algum-lugar-do-passado.html?m=1

Carta aos Romanos 11,1-2a.11-12.25-29.

Irmãos: Eu pergunto: Teria Deus rejeitado o seu povo? De modo nenhum. Porque eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
Deus não rejeitou o seu povo, que de antemão escolheu. Não sabeis, porventura, o que diz a Escritura na passagem onde Elias apresenta a Deus esta queixa contra Israel:
Pergunto ainda: Teria Israel tropeçado para cair definitivamente? De modo nenhum. Mas da sua queda resultou a salvação dos gentios, para provocar a emulação de Israel.
Se a sua queda se tornou riqueza para o mundo e o seu declínio riqueza para os gentios, que não fará a sua participação plena na salvação?
Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para não pensardes que sois sábios: O endurecimento de uma parte de Israel durará até que chegue à salvação a plenitude dos gentios.
Então todo Israel será salvo, como diz a Escritura: «De Sião virá o Libertador, que afastará as iniquidades de Jacob.
E esta será a aliança que farei com eles, quando perdoar os seus pecados».
Quanto ao Evangelho, eles são inimigos de Deus para vossa utilidade; mas quanto à escolha divina, são por Ele amados por causa dos seus pais.
Porque os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis.

Pelourinho 2. Salvador. Ewerton Mendonça


O Grilo Falante de Lula. Guilherme Fiuza

O Grilo Falante de Lula
Guilherme Fiuza

Nem Pinóquio teve uma ajuda tão generosa. Mas Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto

O palestrante Luiz Inácio da Silva é um sujeito de sorte. Antes de se consagrar com suas palestras internacionais, ele passou pela Presidência da República, onde não ganhava tão bem. Mas tinha bons amigos, especialmente na empreiteira Odebrecht, que lhe sopravam o que dizer nas reuniões com outros chefes de Estado. Os recados eram passados ao futuro palestrante, então presidente, sob o título “ajuda memória” – ou seja, os empreiteiros estavam ajudando o presidente a se lembrar de coisas úteis, uma espécie de transplante de consciência. A Odebrecht era o Grilo Falante de Lula.

Nem Pinóquio teve uma ajuda-memória tão generosa. A de Lula se transformou em negócios de bilhões de reais – mas é bem verdade que Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto. É uma desvantagem considerável, especialmente porque Gepeto não fazia operações secretas, ao que se saiba. “O PR fez o lobby”, escreveu o então ministro da Indústria e do Comércio aos amigos da Odebrecht, respondendo à cobrança da empreiteira sobre a defesa de seus interesses pelo PR Lula junto ao PR da Namíbia. Essa e outras ajudas-­memórias valiosas, reveladas pelo jornal O Globo, não tiveram nada de mais. Segundo todos os envolvidos, isso é normal.

A normalidade é tanta que a parceria foi profissionalizada. Quando Luiz Inácio terminou seu estágio como PR, foi contratado pela Odebrecht como palestrante. Nada mais justo. Com a quantidade de ajuda-­memória que ele recebera da empresa durante oito anos, haveria de ter muita coisa para contar pelo mundo. Foi uma história bonita. Lula soltinho, sem a agenda operária de PR, viajando pelos países nas asas do lobista da Odebrecht, fazendo brotar obras monumentais por aí e mandando Dilma e o BNDES bancá-las, enquanto botava para dentro cachês astronômicos como palestrante contratado da empresa ganhadora das obras. Normal.

A parceria também funcionou no Brasil, claro, com belos projetos como o estádio do Corinthians – que uniu seu time do coração com a sua empreiteira idem. Num drible desconcertante dos titãs, o Morumbi foi desclassificado para a Copa de 2014 e brotou em seu lugar o Itaquerão, por R$ 1 bilhão. Como não dava para Gepeto fazer a mágica, o Pinóquio PR chamou o bom e velho BNDES para operar mais esse milagre. Após alguns anos fazendo os bilhões escorrerem dos cofres públicos para parcerias interessantes como essas – incluindo as obras completas da Petrobras –, o palestrante e seu partido levaram o Brasil à breca. Ainda hoje, em meio à mais terrível crise das últimas décadas, que derrubou o aval para investimento no Brasil e fará dele um país mais pobre, a opinião pública se pergunta: como foi que isso aconteceu?

Graças a essa pergunta abilolada, o esquema parasitário que tomou de assalto o Estado brasileiro ainda permanece, incrivelmente, sediado no Palácio do Planalto. O tráfico de influência como meio de privatização de recursos públicos – através de parcerias, consultorias, convênios, mensalões e pixulecos mais ou menos desavergonhados – foi institucionalizado, de cabo a rabo, no governo petista. Lula, o palestrante, é investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional. O Brasil se surpreende porque quer: esse é o modus operandi de todos os companheiros que já caíram em desgraça – Vaccari, Delúbio, Erenice, Palocci, Dirceu, Valério, Youssef, Duque, Vargas, João Paulo, Rosemary... Faltou alguém? Ou melhor: sobrou alguém?

Marcelo Odebrecht recomendou que Lula ressaltasse o papel de “pacificador e líder regional” do presidente de Angola. E assim foi feito. Deu para entender? O dono da empresa e cliente do governo era quase um adido cultural do presidente. Se o Brasil não consegue ver promiscuidade (ou seria obscenidade?) nesse enredo, melhor botar o Sergio Moro em cana e liberar o pixuleco.
Acaba de ser arquivado o inquérito contra Lula no mensalão. No auge do escândalo com a Odebrecht e demais envolvidas no petrolão, o PT bate seu próprio recorde de cinismo advogando a proibição das doações eleitorais de empresas. Pixuleco nunca mais. Ajuda-memória ao gigante: ou abre os olhos agora ou não verá as pegadas companheiras sendo mais uma vez apagadas. Aí os inocentes profissionais estarão prontos para o próximo golpe.

Andrea del Castagno. Pintura


Crucifixion and Saints
ANDREA DEL CASTAGNO

Comentário de São Bernardo

Se soubéssemos claramente em que lugar Deus coloca cada um de nós, aceitaríamos tal decisão sem nunca nos colocarmos nem acima nem abaixo desse lugar. Mas, no nosso estado presente, os decretos de Deus estão envoltos em trevas e a sua vontade está-nos oculta. Por isso, o mais seguro, de acordo com o conselho da própria Verdade, é escolhermos o último lugar, de onde nos tirarão depois com honra, para nos darem um melhor. Ao passarmos debaixo de uma porta muito baixa, podemos baixar-nos tanto quanto quisermos sem nada temer; mas, se nos levantarmos um dedo que seja acima da altura da porta, bateremos com a cabeça. É por isso que não devemos recear nenhuma humilhação, mas antes temer e reprimir o menor movimento de auto-suficiência.

Não vos compareis, nem com os que são maiores que vós, nem com os vossos inferiores, nem com quaisquer outros, nem sequer com um só. Que sabeis sobre eles? Imaginemos um homem que parece o mais vil e desprezível de todos, cuja vida infame nos horroriza. Pensais que o podeis desprezar, não só por comparação convosco mesmos, que aparentemente viveis em sobriedade, justiça e piedade, mas até por comparação com outros malfeitores, dizendo que ele é o pior de todos. Mas sabeis se ele não será um dia melhor que vós e se o não é já aos olhos do Senhor? Por isso é que Deus não quis que ocupássemos um lugar intermédio, nem o penúltimo, nem sequer um dos últimos, mas disse: «Toma o último lugar», a fim de ficarmos verdadeiramente sós na última fila. Desse modo não pensareis, já não digo em preferir-vos, mas simplesmente em comparar-vos com quem quer que seja.

Andrea da Firenze. Pintura


Crucifixion
ANDREA DA FIRENZE

Com estupidez, não. Com carinho, talvez.

sexta-feira, outubro 30, 2015

Lampião e Maria Bonita. Filme completo


Evangelho segundo São Lucas 14,1-6.

Naquele tempo, Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus, para tomar uma refeição. Todos O observavam.
Diante d’Ele encontrava-se um hidrópico.
Jesus tomou a palavra e disse aos doutores da lei e aos fariseus: «É lícito ou não curar ao sábado?».
Mas eles ficaram calados. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e mandou-o embora.
Depois disse-lhes: «Se um filho vosso ou um boi cair num poço, qual de vós não irá logo retirá-lo em dia de sábado?».
E eles não puderam replicar a estas palavras.

William Anderson. Pintura


The Capture of Fort Saint Louis, Martinique
ANDERSON, William

Gramado. Charles Fonseca

GRAMADO
Charles Fonseca

Em Gramado lá eu estava
Em setembro na primavera
Eu sozinho à busca dela
Bela filha, qual rosa andava

Pelas ruas, perfume à vista
Possível a coincidência
Só um olhar peço clemência
Aos céus, por mais que eu ínsista

Eu não a vejo e cabisbaixo
Volto a Floripa a mão no peito
O meu amor jogado ao eito
Aflito, só, lágrimas abaixo

Aqui não sendo só em Floripa
É que eu vejo a minha amada
Qual uma criança estabanada
Tal pai sou dela, nela minha vida.

Jessier Quirino. O barbeiro


Comentário de São João Paulo II

O shabbat, o sétimo dia abençoado e consagrado por Deus, ao mesmo tempo que encerra toda a obra da criação, está em ligação imediata com a obra do sexto dia, quando Deus fez o homem «à sua imagem e semelhança» (cf Gn 1,26). Esta relação directa entre o «dia de Deus» e o «dia do homem» não passou despercebida aos Padres, na sua meditação sobre o relato bíblico da criação. A este propósito, diz Santo Ambrósio: «Demos, pois, graças ao Senhor nosso Deus, que fez uma obra onde Ele pudesse encontrar descanso. Fez o céu, mas não leio que aí tenha repousado; fez as estrelas, a lua, o sol, e também não leio que tenha descansado neles. Mas, ao contrário, leio que fez o homem e que então Se repousou, tendo nele alguém a quem podia perdoar os pecados.»

Assim, o «dia de Deus» estará sempre directamente relacionado com o «dia do homem». Quando o mandamento de Deus diz: «Recorda-te do dia de sábado, para o santificares» (Ex 20,8), a pausa prescrita para honrar o dia a Ele dedicado não constitui de modo algum uma imposição gravosa para o homem, mas antes uma ajuda, para que se consciencialize da sua dependência vital e libertadora do Criador e, simultaneamente, da vocação para colaborar na sua obra e acolher a sua graça. Deste modo, honrando o «repouso» de Deus, o homem encontra-se plenamente a si próprio, e assim o dia do Senhor fica profundamente marcado pela bênção divina (cf Gn 2,3) e, graças a ela, dir-se-ia dotado, como acontece com os animais e com os homens (cf Gn 1,22.28), de uma espécie de «fecundidade». Esta exprime-se, não só no constante acompanhamento do ritmo do tempo, mas sobretudo no reanimar e, de certo modo, «multiplicar» do próprio tempo, aumentando no homem, com a lembrança do Deus vivo, a alegria de viver e o desejo de promover e dar a vida.

Pelourinho 1. Salvador. Ewerton Mendonça.


quinta-feira, outubro 29, 2015

Carta aos Romanos 8,31b-39.

Que mais havemos de dizer? Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós?
Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?
Quem acusará os eleitos de Deus, se Deus os justifica?
E quem os condenará, se Cristo Jesus morreu e, mais ainda, ressuscitou, está à direita de Deus e intercede por nós?
Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada?
Assim está escrito: «Por tua causa somos sujeitos à morte o dia inteiro; somos tomados como ovelhas para o matadouro».
Mas em tudo isto somos vencedores, graças Àquele que nos amou.
Na verdade, eu estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os Anjos nem os Principados, nem o presente nem o futuro, nem as Potestades
nem a altura nem a profundidade nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que se manifestou em Cristo Jesus, nosso Senhor.


Vito d'Ancona, Pintura


Portrait of Gioacchino Rossini
ANCONA, Vito d'

O tonel das Danaides. Castro Alves

O tonel das Danaides
Castro Alves

diálogo


Na torrente caudal de seus cabelos negros
Alegre eu embarquei da vida a rubra flor.


— Poeta! Eras o Doge o anel lançando às ondas...
Ao fundo de um abismo... arremessaste o amor.


Depois minh'alma ao som da Lira de cem vozes
Sublimes fantasias em notas desfolhou.


— Cleópatra também p'ra erguer no Tibre a espuma
As pér'las do colar nas vagas desfiou!


Depois fiz de meu verso a púrpura escarlate
Por onde ela pisasse em marcha triunfal!


— Como Hércules, volveste aos pés da insana Onfália
O fuso feminil de uma paixão fatal.


Um dia ela me disse: "Eu sou uma exilada!"
Ergui-me... e abandonei meu lar e meu país ...


— Assim o filho pródigo atira as vestes quentes
E treme no caminho aos pés da meretriz.


E quando debrucei-me à beira daquela alma
P'ra ver toda riqueza e afetos que lhe dei! ...


— Ai! nada mais achaste! o abismo os devorara...
O pego se esqueceu da dádiva do Rei!


Na gruta do chacal ao menos restam ossos...
Mas tudo sepultou-me aquele amor cruel!


— Poeta! O coração da fria Messalina
É das fatais Danaides o pérfido Tonel!

Anna Kirstine Ancher. Pintura


Sunlight in the Blue Room. Helga Ancher Knitting in her Grandmother's Room
ANCHER, Anna Kirstine

Fique alerta para os sintomas do AVC. Acidente vascular cerebral

"Considerada uma doença de idosos, o AVC tem atingido mais pessoas entre 35 e 45 anos. No Brasil, são 190 mil casos por ano

No dia 29 de outubro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao AVC, sigla do acidente vascular cerebral. O mal, popularmente conhecido como derrame, atinge 16 milhões de pessoas no mundo, todos os anos, causando 6 milhões de óbitos. No Brasil, são cerca de 190 mil casos por ano, com 68 mil mortes. Quanto antes o problema for percebido, maiores as chances de recuperação sem sequelas.

Os principais sintomas de um AVC são:

paralisia súbita de um lado do corpo
perda de sensibilidade
tontura
dificuldade de visão, fala e compreensão

Membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), o neurologista Hideraldo Cabeça destaca: “De uma forma mais simplista, mundialmente a gente tem alertado que se a pessoa sorri e o sorriso não está normal, se levanta os braços e um braço tem fraqueza em relação ao outro e se você tenta repetir uma determinada frase e tem dificuldades, isso tudo pode ser sinal de um AVC”.

Se acometido por um ou vários desses sintomas, o paciente deve ser submetido a um teste.

O Conselho Federal de Medicina e a Academia Brasileira de Neurologia começam nesta quinta-feira uma campanha informativa pelas das redes sociais para difundir estas informações à população.


Cuidado com os sintomas do AVC. Foto: Reprodução/Shutterstock

Fique atento aos detalhes

As vítimas de AVC podem ficar com sequelas como paralisia facial e de membros, dificuldades de falar, de andar, de segurar objetos, de compreensão, entre outras. Por isso, é importante saber a que horas os sintomas começaram.

O atendimento médico prestado até quatro horas depois dos primeiros sintomas pode ser mais eficiente e o paciente pode ter menos sequelas. Estar atento ao tempo para atendimento também ajuda para a administração adequada do medicamento.

Causas

Existem duas causas para o AVC. O tipo mais comum, que responde por 85% dos casos, é o AVC isquêmico, acontece quando há entupimento da artéria por um coágulo. O outro é o hemorrágico, que ocorre com a ruptura de um vaso sanguíneo.

Em ambos, a parte do cérebro afetada não recebe o oxigênio necessário e o paciente começa a comprometer neurônios.

O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Além disso, segundo Hideraldo Cabeça, existem fatores genéticos que aumentam as chances de um AVC. Pessoas negras e asiáticas com mais de 55 anos de idade têm mais chances de passar por um derrame.

Prevenção

O AVC é um transtorno que em muitos casos pode ser evitado com hábitos de vida saudáveis. “É preciso alertar que a maioria dos AVCs ocorre por fatores modificáveis. Uma alimentação inadequada, com muito sal e açúcar, aliada ao sedentarismo e à obesidade, são hábitos que propiciam o surgimento do AVC”, lembra Hideraldo Cabeça.

Segundo o especialista, os hábitos de vida e alimentação têm levado pessoas cada vez mais jovens a sofrerem AVC. Considerada uma doença de idosos, o AVC tem atingido cada vez mais pessoas entre 35 e 45 anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2012, 4 mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas no país por causa do problema."

Autor desconhecido

A cruz caída. Ewerton Mendonça


Comentário de São Jerónimo

Não é por termos estado em Jerusalém que devemos felicitar-nos, mas por termos vivido bem. A cidade que é preciso procurar não é aquela que matou os profetas e verteu o sangue de Cristo, mas aquela que um rio impetuoso enche de júbilo, aquela que, construída sobre uma montanha, não pode ser escondida, aquela que o apóstolo Paulo proclama ser mãe dos santos e na qual os justos se regozijam de habitar (Sl 45,5; Mt 5,14; Gal 4,26) […]. Não ousarei limitar o poder de Deus a uma região ou confinar num recanto da terra Aquele que o céu não pode conter. Cada crente é apreciado pelo mérito da sua fé e não pelo lugar em que habita; e os verdadeiros adoradores não têm necessidade de Jerusalém ou do monte Garizim para adorar o Pai, porque «Deus é espírito» e os seus adoradores devem «adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4,21-23). Ora «o Espírito sopra onde quer» (Jo 3,8) e «a terra é do Senhor, assim como tudo o que ela contém» (Sl 23,1). […]

Os lugares santos da cruz e da ressurreição só são úteis aos que levam a sua cruz, ressuscitam com Cristo cada dia e se mostram dignos de habitar em tais lugares. Quanto aos que dizem: «Templo do Senhor, Templo do Senhor, Templo do Senhor» (Jer 7,4), ouçam esta palavra do apóstolo: «Vós é que sois o templo de Deus, se o Espírito Santo habita em vós» (1Cor 3,16). […]

Não creio que falte alguma coisa à tua fé por não teres visto Jerusalém, nem não me julgo melhor por habitar neste lugar. Mas, aqui ou noutro sítio, receberás igual recompensa segundo as tuas obras perante Deus.

quarta-feira, outubro 28, 2015

Bartolomeu Ammanati. Escultura


Parnassus
c. 1563
Bartolomeo AMMANATI

Uma manhã no Pelô. Ewerton Mendonça

UMA MANHÃ NO PELÔ
Ewerton Mendonça

Ontem no Pelourinho
Fiz um passeio legal
Com meu amigo Didinho
Nascido naquele local

Local de rara beleza
Patrimônio da Humanidade
Um dos mais belos da cidade
Vou voltar, tenho certeza

Entrei na Casa do Benin
Cliquei o Museu da Cidade
As torres do Carmo pra mim
Despertam serenidade

No Azevedo Fernandes
Meu amigo Didi estudou
Lembrando que anos antes
Ali seu papai trabalhou
Arlindo o Sapateiro
Também bom Enfermeiro
Muita gente ajudou

Arlindo grande boêmio
E também um predador
Ali pertinho da casa
Onde Celia esposou
Deu uma escapadela
Outra mulher embuchou
Gerando Zorilda querida
Irmã pro resto da vida
Que meu amigo ganhou

Subindo ladeira acima
Em rua antes suspeita
A faculdade de medicina
Que ser humano endireita
Uma grande obra civil
A primeira do Brasil
É uma obra perfeita

A história das polacas
Ouvi com muita atenção
Maridos levavam esposas
Segurando pelas mãos
Deixavam as mariposas
Na noite pra diversão
Depois vinham buscar
Com amor e proteção

Passamos na Praça da Sé
Onde em tempo passado
Tomava-se um bom café
Em frente ao Episcopado

Vi a Casa Primavera
Erigida em outra era
Vi caida uma cruz
No Terreiro de Jesus

Na Praça da Cruz Caída
Há uma rampa, descida
Por amureta protegida
Eita visão deslumbrante
Avista-se todo o Comércio
E Bahia de Todos os Santos

Dali vi a rua Chile
Que em remoto passado
Era usada pra desfile
Do povo endinheirado

Em frente da Primavera
Há dois prédios falados
Um onde trabalhou
Um médium bem renomado
O outro é o Arthemis
Que serviu a práticas vis
Abortos então praticados

De tempo em tempo parava
Para um breve descansar
O meu amigo ficava
Alguma coisa a fitar
Olhava, olhava, olhava
Pensava que ia chorar
Sua mente recordava
Um passado salutar
Coisas ali esquecidas
Hoje voltava a pensar

Seguindo a nossa peleja
Pelas ruas, cabelo ao vento
Chegamos a uma Igreja
Que parecia um Convento
Conservada pelo tempo
Nas paredes ornamento
Em ouro, um grande risco
No Largo de São Francisco
Está um grande tesouro

Nesse largo espaçoso
Mais uma surpresa bonita
Vi a Casa do honroso
Baiano José Petitinga
Homem sério de primeira
Que ali instalou Casa Espírita Brasileira

Depois de ver a fachada
Da Ordem de São Francisco
Descemos ladeira sem risco
Pruma nova empreitada
Pois a barriga clamava
Combustível pra caminhada

Casa da Mulher Rendeira
Em frente dessa casa fica
Padaria de primeira
Com muita comida rica
Na Rua Padre Agostinho
Ali fizemos lanchinho
Um pão com ovo quentinho
Alimento Pelô de primeira

A barriga carregada
O celular descarregado
De tanta foto tirada
Com uma alegria danada
Tive sensação fortuita
De ali já ter estado
Em época remota, passada

Passado e futuro, presente
Emoções que a gente sente
Em locais com ombro amigo
Posso garantir e te digo
Numa terça de primeira
Andar no Pelô de bobeira
Foi ótima brincadeira

Na Baixa do Sapateiro e Pelô
Andando com descontração
Cabeça enfeitada com fulô
Baianas pisando no chão
Turistas, bebuns, um horror
O lixo e o luxo de mãos

🎼🎵Na Baixa do Sapateiro
Encontrei um dia
A morena mais frajola
da Bahia ...
Bahia ... Terra da Felicidade ... 🎵🎼

(Em 28-09-2015, ainda com sabores, odores e imagens da visita ao Pelô na manhã de 27-10-2015)

A morte comanda o cangaço. Filme completo 1961


Comentário de São Cirilo de Alexandria

Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu guias e mestres para o mundo inteiro, e «dispensadores dos mistérios divinos» (1Cor 4,1). E ordenou-lhes que brilhassem e iluminassem como archotes, não só os judeus […], mas os homens que habitam em toda a superfície da terra. É, portanto, verdadeira esta palavra de São Paulo: «Ninguém atribui esta honra a si mesmo; recebemo-la por vocação de Deus» (Heb 5,4). […]

Se Ele achava que devia enviar os seus discípulos como o Pai o tinha enviado a Ele (Jo 20,21), era necessário que estes, chamados a ser seus seguidores, descobrissem para que tarefa tinha o Pai enviado o Filho. Por isso nos explicou de diversas maneiras o carácter da sua própria missão. Disse um dia: «Não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que eles se convertam» (Lc 5,32). E também: «Eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou» (Jo 6,38). E de outra vez: «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para o julgar, mas para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3,17).

Resumia em algumas palavras a função dos apóstolos, dizendo que os tinha enviado como o Pai O tinha enviado a Ele; saberiam assim que lhes competia chamar os pecadores à conversão, cuidar dos doentes, corporal e espiritualmente e, nas suas funções de dispensadores, não procurar de modo algum fazer a sua própria vontade, mas a vontade daquele que os tinha enviado, a fim de salvarem o mundo na medida em que ele aceitasse os ensinamentos do Senhor.

Jacopo Amigoni. Pintura


Portrait of a Gentlemen in Blue Jacket
AMIGONI, Jacopo

O maior símbolo universal é a cruz

terça-feira, outubro 27, 2015

Carta aos Romanos 8,18-25.

Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há-de manifestar em nós.
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus.
Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu,
com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade.
E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo.
É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê?
Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.

Paixão e Guerra no Sertão de Canudos [Documentário /1993 - Narração: Jos...


Amico Friulano del Dosso. Pintura

Portrait of a Gentleman with a Sword
1515-20
Oil on canvas, 84 x 74 cm
Private collection

AMICO FRIULANO DEL DOSSO

Italian painter (active 1510-1540 in northern Italy)

Comentário de São Máximo de Turim

A propósito do que diz o Evangelho: «Um homem tomou-o e deitou-o no seu quintal», que homem é esse, em vossa opinião, que semeou o grão que recebeu como um grão de mostarda no seu pequeno jardim? Penso que é aquele sobre o qual o Evangelho diz: «Um membro do Conselho, chamado José, natural de […]

Friedrich von Amerling. Pintura

Rudolf von Arthaber with his Children
-
Oil on canvas, 155 x 221 cm
Österreichische Galerie Belvedere, Vienna
AMERLING, Friedrich von

Austrian painter (b. 1803, Wien, d. 1887, Wien)

segunda-feira, outubro 26, 2015

Erasmo de Rotterdam - "Elogio da Loucura.”

O que é a vida se suprimis seus prazeres? Merece ela então o nome de vida?... Vós me aplaudis, meus amigos! Ah! eu sabia o quanto éreis todos muito loucos, isto é, muito sábios, para não compartilhar meu pensamento[...]Mas, por todos os deuses! que eles digam então qual instante da vida não é triste, tedioso, desagradável, insípido, insuportável, se não for temperado pelo prazer, isto é, pela loucura!

O que seria de nossas vidas sem essa atitude, sem essa querida amiga a loucura, maioria das coisas que fazemos é movida pela loucura, não a vida sem a Loucura, uma atitude tomada que mudou sua vida hoje foi incentivada por quem ? então não restrinja a loucura, apenas a utilize moderadamente, pois uma vida sem loucura não é uma vida, é apenas algo que passa e não fica ...
Erasmo de Rotterdam - "Elogio da Loucura.”

Lavagem Cerebral Parte 1/7 - Gênero: O Paradoxo da Igualdade


Ambrogio Bergognone. Pintura

St Ambrose with Saints
c. 1514
Panel
Certosa, Pavia
BERGOGNONE, Ambrogio

Italian painter, Milanese school (b. ca. 1453, Fossano, d. 1523, Milano)

O efeito colateral benéfico de conhecer alguém é sentir saudade

Christoph Amberger. Pintura

Christoph Fugger
1541
Wood, 97 x 80 cm
Alte Pinakothek, Munich
AMBERGER, Christoph

German painter, Swabian school (b. ca. 1505, Augsburg, d. 1562, Augsburg)

Desejo-lhe o suficiente

... Que participa na liturgia celeste


1090. «Na liturgia da terra, participamos, saboreando-a de antemão, na liturgia celeste, celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos dirigimos como peregrinos e onde Cristo está sentado à direita de Deus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com todo o exército da milícia celestial, cantamos ao Senhor um hino de glória; venerando a memória dos santos, esperamos ter alguma parte e comunhão com eles; e aguardamos o Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que Ele apareça como nossa vida e também nós apareçamos com Ele na glória» (8).

catecismo

11. Trair sua mulher uma única vez e ficar arrependido para o resto da vida não compensa, a não ser que seja a Cameron Dias, que infelizmente não está nem aí por você.

Sertão da Bahia guarda lembranças da guerra de Canudos


Comentário de Homilia atribuída a Eusébio de Alexandria

A semana comporta evidentemente sete dias: Deus deu-nos seis para trabalharmos, e deu-nos um para rezarmos, repousarmos e nos libertarmos dos nossos pecados. […]

Vou expor-te as razões pelas quais a tradição de guardarmos o domingo e de nos abstermos de trabalhar nos foi transmitida. Quando o Senhor confiou o sacramento aos discípulos, «tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai e comei, este é o meu corpo entregue por vós em remissão dos pecados.” Da mesma forma, deu-lhes o cálice dizendo: “Bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por vós e pela multidão em remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim.”» (Mt 26,26ss; 1Cor 11,24). O dia santo de domingo é pois aquele em que se faz memória do Senhor. Por isso é que se lhe chama «dia do Senhor». E ele é como o senhor dos dias. Com efeito, antes da Paixão do Senhor, não era chamado «dia do Senhor», mas «primeiro dia».

Nesse dia, o Senhor estabeleceu o fundamento da ressurreição, quer dizer, empreendeu a criação; nesse dia, deu ao mundo as primícias da ressurreição; nesse dia, como dissemos, mandou celebrar os santos mistérios. Esse dia foi, pois, o começo de toda a graça: início da criação do mundo, início da ressurreição, início da semana. Esse dia, que comporta em si próprio três começos, prefigura a primazia da Santíssima Trindade.

domingo, outubro 25, 2015

Canadá. 156. Fotografia


Há pessoas que só te procuram no interesse delas

Antonio Giovanni Amadeo. Arquitetura

Certosa: Façade
1473
Photo
Certosa, Pavia
AMADEO, Giovanni Antonio

Italian architect (b. ca. 1447, Pavia, d. 1522, Milano)

Comentário de São Gregório de Nissa

[No Monte Sinai, Moisés disse ao Senhor: «Mostra-me a tua glória». Deus respondeu-lhe: «Farei passar diante de ti toda a minha bondade […], mas tu não poderás ver a minha face» (Ex 33,18ss).] Experimentar este desejo parece-me porvir de uma alma animada pelo amor à beleza essencial, uma alma a quem a esperança não pára de conduzir da beleza que já viu para aquela que está para além. […] Este pedido audacioso, que ultrapassa os limites do desejo, almeja pela beleza que está para além do espelho, do reflexo, para a ver face a face. A voz divina satisfaz o pedido, recusando-o simultaneamente […]: a magnanimidade de Deus concede-lhe a satisfação do desejo mas, ao mesmo tempo, não lhe promete repouso nem saciedade. […] É nisto que consiste a verdadeira visão de Deus: quem para Ele eleva os olhos nunca mais cessa de O desejar. É por isso que Ele diz: «não poderás ver a minha face». […]

O Senhor que tinha respondido a Moisés exprime-Se da mesma forma aos seus discípulos, clarificando o sentido desta simbologia. Ele diz «Se alguém quiser vir após Mim», (Lc 9,23) e não: «Se alguém quiser ir à minha frente». Ao que Lhe faz um pedido a respeito da vida eterna, propõe o mesmo: «Vem e segue-Me» (Lc 18,22). Ora, aquele que segue caminha virado para as costas daquele que o guia. Portanto, o ensinamento que Moisés recebe sobre a maneira pela qual é possível ver a Deus é este: ver a Deus é segui-Lo para onde Ele conduzir. […]

Com efeito, aquele que não conhece o caminho não pode viajar em segurança se não seguir o guia. Este precede-o, mostrando-lhe o caminho; por isso, quem o segue não se desviará do caminho se se mantiver virado para as costas daquele que o conduz. Com efeito, se se deixar ir ao lado ou de frente para o guia tomará uma via diferente da indicada. Por isso, Deus diz àquele a quem conduz: «Não poderás ver a minha face», o que significa: «Não olhes de frente o teu guia» porque, se assim fizesses, correrias num sentido que Lhe é contrário. […] Como vês, é importante aprender a seguir a Deus: para aquele que assim O segue nenhuma contradição do mal se poderá opor ao seu caminhar.

Deus é uma Pessoa

Suely Monteiro. Canadá 150. Fotografia


Alvaro Pirez d'Évora. Pintura

Archangel Michael
-
Tempera on panel, 53 x 21 cm
Private collection
PIREZ D'ÉVORA, Alvaro

Portuguese painter (b. before 1411, Évora, Portugal, d. after 1434, Italy)

sábado, outubro 24, 2015

ONDA. Charles Fonseca

ONDA
Charles Fonseca

Melhor na beira da praia
é ficar naquela onda
no cheiro sargaço que assoma
à alma e ao corpo espalha
uma outra onda em crescendo
que vem e vai subindo
em direção ao céu, aí que lindo,
o olhar sereia descendo
à ereta vibração
a viração flor dos mares
os quebrantos dos palmares
só pede ao corpo ação
de seduzir faz de conta
contar as belas conchinhas
entre as coxas quentinhas
que arrebita seios onda.

Mônica Klein. 9. Fotografia


Tenha casca de cobra e alma de pomba

Martino Altomonte. Pintura

The Immaculate Conception
1719
Oil on canvas, 39 x 57 cm
Narodna galerija Slovenije, Ljubljana
ALTOMONTE, Martino

Austrian painter (b. 1657, Napoli, d. 1745, Wien)

Comentário de Guilherme de Saint-Thierry


Pobre de mim, a consciência acusa-me sem cessar, e a verdade não pode desculpar-me dizendo: ele não sabia o que fazia. Perdoa, pois, Senhor, pelo preço do teu precioso sangue, todos os pecados em que caí, consciente ou inconscientemente. […] Sim, Senhor, pequei verdadeiramente, pequei por minha vontade, e pequei muito. Depois de ter tido conhecimento da verdade, ofendi o Espírito de graça; e contudo, aquando do meu baptismo, o Espírito tinha-me concedido de forma gratuita a remissão dos pecados. Mas eu, depois de ter tido conhecimento da verdade, voltei aos meus pecados, «como o cão volta ao seu vómito» (2Ped 2,22).

Ó Filho de Deus, pisei-Te aos pés, negando-Te? Mas não posso dizer que, ao negar-Te, Pedro Te tenha pisado aos pés, ele que Te amava tão ardentemente, embora Te tenha negado uma primeira vez, uma segunda e uma terceira vez. […] Também a mim Satanás me reclamou por vezes a fé, para me joeirar como o trigo; mas a tua oração desceu sobre mim, de maneira que a minha fé nunca desfaleceu (Lc 22,31-32), nunca Te abandonou. […] Bem sabes que sempre quis aderir à fé em Ti; protege-me, pois, nesta vontade, até ao fim.

Sempre acreditei em Ti […], sempre Te amei, mesmo quando pequei contra Ti. Lamento profundamente os meus pecados. Do amor, porém, lamento apenas não ter amado tanto como devia.

Bartolomeo Altomonte. Pintura

The Four Seasons Paying Homage to Chronos
c. 1737
Oil on canvas, 75 x 95 cm
Residenzgalerie, Salzburg
ALTOMONTE, Bartolomeo

Austrian painter (b. 1694. Warszawa, d. 1783, Markt St Florian)

Francesco Antônio Altobello. Pintura

Adoration of the Shepherds
-
Oil on canvas, 155 x 228 cm
Private collection
ALTOBELLO, Francesco Antonio

Italian painter (b. 1637, Barletta, d. after 1695)

sexta-feira, outubro 23, 2015

Quem é você, quem sou, quem haveremos de ser?

Cristofano dell' Altissimo. Pintura


Alchitrof, Emperor of Ethiopia
1568
Oil on wood, 59 x 42 cm
Galleria degli Uffizi, Florence
ALTISSIMO, Cristofano dell'

Italian painter (b. ca. 1530, d. 1605, Firenze)

quinta-feira, outubro 22, 2015

Comentário de Dionísio o Cartuxo


«Pensais que vim trazer a paz ao mundo?» É como se Cristo dissesse: «Não penseis que vim dar aos homens a paz segundo a carne e segundo este mundo, uma paz sem regras, que lhes permitisse viver em harmonia no mal, e lhes garantisse a prosperidade neste mundo. Não, digo-vos, não vim trazer uma paz deste género, mas a divisão, uma boa e salutar separação entre os espíritos e mesmo entre os corpos. Assim, porque amam a Deus e procuram a paz interior, aqueles que acreditam em Mim estarão naturalmente em desacordo com os maus; separar-se-ão daqueles que tentam desviá-los do progresso espiritual e da pureza do amor divino, ou que se esforçam por lhes criar dificuldades.»

Assim, pois, a paz espiritual, a paz interior, a paz boa é a tranquilidade da alma em Deus, e a boa harmonia segundo a justiça. Foi esta paz que Cristo veio trazer. […] A paz interior, que tem origem no amor, consiste numa alegria inalterável da alma que se encontra em Deus. Chamamos-lhe paz do coração. É ela o começo e um certo antegosto da paz dos santos que se encontram na pátria, da paz da eternidade.

OÁSIS. Charles Fonseca

OÁSIS
Charles Fonseca

Antes longe estando perto
do que perto estando assim
sem ti em mim ou ao fim
em oásis tempo presto

quero estar sem ver miragens
sem viagens vai em volta
de mim mesmo em retortas
controversas pois que vagem

em mim ainda criança
dos saberes e misteres
certos não sei se me queres
ou se me envolvo em esperanças.

Albrecht Altdorfer. Pintura


Diptych
1507
Linden panel, 24 x 21 cm (each panel)
Staatliche Museen, Berlin
ALTDORFER, Albrecht

German painter (b. ca. 1480, Regensburg, d. 1538, Regensburg)

Ascensão, plenitude, queda, ressurreição.

Não confundir tenacidade com teimosia

Rudolf von Alt. Pintura


View of Vienna from the Prater
1834
Watercolour and gum arabic on paper, 285 x 401 mm
Private collection
ALT, Rudolf von

Austrian painter (b. 1812, Wien, d. 1905, Wien)

The 3 Tenors - My Way


quarta-feira, outubro 21, 2015

Comentário de São Fulgêncio de Ruspas


Para definir o papel dos servos que colocou à cabeça do seu povo, o Senhor diz esta palavra que o Evangelho nos transmite: «Qual é o administrador prudente e fiel que o senhor estabelecerá sobre o seu pessoal para lhe dar a seu tempo a ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, quando voltar, encontrar procedendo assim». […] Se nos perguntarmos que medida de trigo é esta, São Paulo responde-nos: é «a medida de fé que Deus vos repartiu» (Rom 12,3). Àquilo a que Cristo chama medida de trigo, chama Paulo medida de fé, para nos ensinar que não há outra medida de trigo espiritual senão o mistério da fé cristã. e nós damo-vos essa medida de trigo em nome do Senhor de cada vez que, iluminados pelo dom espiritual da graça, vos falamos segundo a regra da verdadeira fé. Essa medida, recebei-la vós dos administradores do Senhor sempre que ouvis da boca dos servos de Deus a palavra da verdade.

Que ela seja o nosso alimento, essa medida de trigo que Deus nos faz partilhar. Colhamos nela o sustento para a forma como nos conduzimos, a fim de obtermos a recompensa da vida eterna. Acreditemos naquele que Se dá a Si mesmo a cada um de nós para que não desfaleçamos no caminho (Mt 15,32), e que Se reserva como nossa recompensa para que encontremos alegria na pátria eterna. Acreditemos e esperemos nele; amemo-Lo acima de tudo e em tudo. Porque Cristo é o nosso alimento e será a nossa recompensa. Cristo é o sustento e o reconforto dos viajantes que caminham; é a satisfação e a exaltação dos bem-aventurados que chegam ao seu repouso.

Lisboa nao sejas francesa - Amália Rodrigues



Lisboa Não Sejas Francesa
Amália Rodrigues

Não namores os franceses
Menina, Lisboa,
Portugal é meigo às vezes
Mas certas coisas não perdoa
Vê-te bem no espelho
Desse honrado velho
Que o seu belo exemplo atrai…vai….
Segue o seu leal conselho
Não dês desgostos ao teu pai

Lisboa não sejas francesa
Com toda a certeza
Não vais ser feliz
Lisboa, que ideia daninha
Vaidosa, alfacinha,
Casar com Paris
Lisboa, tens cá namorados
Que dizem, coitados,
Com as almas na voz
Lisboa, não sejas francesa
Tu és portuguesa
Tu és só pra nós

Tens amor às lindas fardas
Menina, Lisboa,
Vê lá bem pra quem te guardas
Donzela sem recato, enjoa
Tens aí tenentes,
Bravos e valentes,
Nados e criados cá…vá….
Tenha modos mais decentes,
Menina caprichosa e má

Lisboa, não sejas francesa……

Denis van Alsloot. Pintura


Extensive Wooded Landscape with Cephalus and Procris
-
Oil on copper, 26 x 33 cm
Private collection
ALSLOOT, Denis van

Flemish painter (b. 1570, Bruxelles, d. 1626, Bruxelles)

terça-feira, outubro 20, 2015

Comentário de Santo Ambrósio


O Verbo sacode o preguiçoso e desperta o dorminhoco. Com efeito, Aquele que vem bater à porta quer entrar. Depende apenas de nós que entre ou não, que Se demore ou não. Que a tua porta esteja aberta Àquele que vem; abre a tua alma, alarga as capacidades do teu espírito, a fim de descobrires a riqueza da simplicidade, o tesouro da paz, a doçura da graça. Dilate-se o teu coração; corre ao encontro do sol da luz eterna que «ilumina todo o homem» (Jo 1,9). É certo que esta luz verdadeira brilha para todos; mas se alguém fecha as suas janelas, privar-se-á da luz eterna.

Por conseguinte, até Cristo permanece de fora, se fechares a porta da tua alma. Certamente que poderia entrar, mas não quer introduzir-Se à força, não quer forçar quem O recusa. Nascido da Virgem, saído do seu seio, irradia para todo o universo, a fim de resplandecer para todos. Os que desejam receber a luz que brilha com um esplendor perpétuo acolhem-No; nenhuma noite virá impedi-Lo. Com efeito, o sol que vemos cada dia cede o lugar às trevas da noite; mas o Sol da justiça (Mal 3,20) não conhece ocaso, porque a Sabedoria não é vencida pelo mal.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Sebastián de Almonacid, Escultura,


Tomb of Martin Vázquez
1490s
Marble
Cathedral, Sigüenza
ALMONACID, Sebastián de

Spanish (Castilian) sculptor (b. ca. 1460, Torrijos, d. 1526, ?)

domingo, outubro 18, 2015

Os pais sempre desejam mais dos filhos o que estes imaginam que dão aos pais.

Disse me disse. Charles Fonseca

DISSE ME DISSE
Charles Fonseca

Como não sei se pensei o que pensou vou ficando mudo quieto e não surdo auscultando o cicio da brisa; o disse me disse dos búzios; o pisca pisca de estrelas; o vai e vem das ondas, os arrebóis, o luar.

Escultura


Comentário de São Tomás de Aquino


Que necessidade havia de que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma grande necessidade, que podemos resumir em dois pontos: necessidade de remediar os nossos pecados e necessidade de dar o exemplo para a nossa conduta. […] A Paixão de Cristo dá-nos um modelo válido para toda a vida. […] Se procuras um exemplo de caridade: «Ninguém tem mais amor do que quem dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). […] Se buscas paciência, é na cruz que a encontramos no grau máximo: […] Na cruz, Cristo sofreu grandes tormentos com paciência porque «ao ser insultado […] não ameaçava» (1Ped 2,23), «não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro» (Is 53,7). […] «Corramos com perseverança a prova que nos é proposta, tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia» (Heb 12,1-2).

Se procuras um exemplo de humildade, olha para o Crucificado. Porque Deus quis ser julgado por Pôncio Pilatos e morrer. […] Se procuras um exemplo de obediência, basta que sigas Aquele que Se fez obediente ao Pai «até à morte» (Fil 2,8). «De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão-de tornar justos» (Rom 5,19). Se buscas um exemplo de desapego dos bens terrenos, simplesmente segue Aquele que é o «Rei dos reis e Senhor dos senhores», «em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento» (1Tim 6,15; Col 2,3); Ele está nu na cruz, tornado motivo de escárnio, coberto de escarros, maltratado, coroado de espinhos e, por fim, dessedentado com fel vinagre.


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O Prisioneiro da Grade de Ferro


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A cada dez anos todos os filhos têm um novo olhar sobre seus pais. Até perdê-los de vista.

Jacob van Eyck: Engels Nachtegaeltje (the English Nightingale); Saskia C...


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Ao médico. Álvaro de Albuquerque

AO MÉDICO
Álvaro de Albuquerque

Por certo, nem te lembras (tão criança
eras naquele tempo...) e no entretanto
um homem, quanta vez, mudou o pranto
de teus pais em sorriso de bonança!

Por certo, nem te lembras (já te cansa
a memória, talvez...) um dia, entanto,
esse homem terá sido mais que um santo,
salvando o filho teu, tua esperança!

O bem que se recebe a gente esquece...
Somente a dor jamais é esquecida:
Aquele que a criou... desaparece!

Mas se este poema acaso te enternece
Ama teu médico através da vida.
Lembra-te dele, ao menos numa prece!

Laurence Alma tadema. Pintura


Reading from Homer
1885
Oil on canvas, 91 x 183 cm
Museum of Art, Philadelphia
ALMA-TADEMA, Lawrence
English painter and designer (b. 1836, Dronrijp, d. 1912, Wiesbaden)

Em fantasia todos traem. Só a moral segura.

sábado, outubro 17, 2015

Washington Allston. Pintura


Uriel Standing in the Sun
1817
Oil on canvas, 248 x 198 cm
Mugar Memorial Library, Boston
ALLSTON, Washington
American painter (b. 1779, Waccamaw, d. 1843, Cambridgeport)
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Livro de Salmos 105(104),6-7.8-9.42-43.


Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra.
Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac.
Não Se esqueceu da palavra sagrada
que dera a Abraão, seu servo;
e fez sair o povo com alegria,
os seus eleitos com gritos de júbilo.
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Há motivos inconscientes para o ciúme

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Cristofano Allori. Pintura


Judith with the Head of Holofernes
1613
Oil on canvas, 120,4 x 100,3 cm
Royal Collection, Windsor
ALLORI, Cristofano
Italian painter, Florentine school (b. 1577, Firenze, d. 1621, Firenze)
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sexta-feira, outubro 16, 2015

Carta aos Romanos 4,1-8.


Irmãos: Que diremos de Abraão, nosso antepassado segundo a carne?
Se Abraão foi justificado pelas obras, tinha motivo para se gloriar. Mas ninguém se pode gloriar diante de Deus.
De facto, que diz a Escritura? «Abraão acreditou em Deus e isto foi-lhe atribuído como justiça».
Ora, a quem faz um trabalho o salário não é atribuído como favor, porque é uma obrigação.
Pelo contrário, a quem não faz as obras, mas acredita em Deus, que justifica o ímpio, a sua fé é-lhe atribuída como justiça.
Assim também David proclama feliz o homem a quem Deus atribui a justiça independentemente das obras:
«Felizes aqueles a quem foram perdoadas as ofensas e absolvidos os pecados.
Feliz o homem a quem o Senhor não atribui o pecado».

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Alessandro Allori. Pintura.


Allegory of Human Life
1570-90
Oil on copper, 37 x 27 cm
Galleria degli Uffizi, Florence
ALLORI, Alessandro
Italian painter, Florentine school (b. 1535, Firenze, d. 1607, Firenze)
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De vez em quando é prudente excluir pessoas de seus grupos de contato WhatsApp e Facebook

Evangelho segundo São Lucas 12,1-7.


Naquele tempo, a multidão afluía aos milhares, a ponto de se atropelarem uns aos outros. E Jesus começou a dizer, em primeiro lugar para os seus discípulos: «Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
Não há nada encoberto que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha a conhecer-se.
Por isso, tudo o que tiverdes dito às escuras será ouvido à luz do dia e o que tiverdes dito aos ouvidos, nos aposentos interiores, será proclamado sobre os telhados.
Digo-vos a vós, meus amigos: Não temais os que matam o corpo e depois nada mais podem fazer.
Vou mostrar-vos a quem deveis temer: Temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar na Geena. Sim, Eu vos digo, a Esse é que deveis temer.
Não se vendem cinco passarinhos por duas moedas? Contudo, nenhum deles é esquecido diante de Deus.
Mais ainda, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais. Valeis mais do que todos os passarinhos».

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Num grupo os costumes de casa chegam à praça

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Etienne Allegrain. Pintura


Landscape with the Finding of Moses
-
Oil on canvas, 88 x 115 cm
The Hermitage, St. Petersburg
ALLEGRAIN, Etienne
French painter (b. 1644, Paris, d. 1736, Paris)


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De que adianta saber mais e mais se não souber aplicar?

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Christophe-Gabriel Alegrain, Escultura,


Venus at Bath
c. 1767
Marble, height 174 cm
Musée du Louvre, Paris
ALLEGRAIN, Christophe-Gabriel
French sculptor (b. 1710, Paris, d. 1795, Paris)


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Em 1928 foi criado Macunaima. Em 2014, o Pixuleco.

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Louis Alincbrot. Pintura


Scenes from the Life of Christ
1440s
Oil on panel, 78 x 67 cm
Museo del Prado, Madrid
ALINCBROT, Louis
Flemish painter (b. ca. 1400-10, Bruges, d. 1460, Valencia)


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Não assuma a carapuça

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quinta-feira, outubro 15, 2015

Livro de Salmos 130(129),1-2.3-4b.4c-6.


Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar.
Mas em ti encontramos o perdão; por isso te fazes respeitar.
Mas em Vós está o perdão,
Mas em Vós está o perdão
para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora.


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A PORTA. Charles Fonseca

A PORTA
Charles Fonseca

Amada minha, é cedo ainda
Para partires, não te iludas.
Demos um ao outro nossa ajuda,
Temos a andar uma senda infinda.

Pros invejosos, demos caluda.
Dos mal amados, tenhamos dó.
São maldizentes, rastejam ao pó.
Pra nós só gozo, amor, ternura.

Aparta o mal, meu bem, não partas.
A parte nossa é só prazer.
Aporte, unidos, nós vamos ter.
A porta fecha, amor, não partas.

Anyonio da Baboccio Piperno. Escultura


Main portal
1407
Marble
Cathedral, Naples
BABOCCIO DA PIPERNO, Antonio
Italian sculptor (b. ca. 1351, Piperno, d. 1435)


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Carta aos Romanos 3,21-30.


Irmãos: Independentemente da Lei de Moisés, manifestou-se agora a justiça de Deus, de que dão testemunho a Lei e os Profetas;
porque a justiça de Deus vem pela fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os crentes. De facto não há distinção alguma,
porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus;
e todos são justificados de maneira gratuita pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus,
que Deus apresentou como vítima de propiciação, mediante a fé, pelo seu sangue. Assim Deus manifestava a sua justiça, tolerando as faltas outrora cometidas,
no tempo da sua paciência. Ele quis manifestar a sua justiça no tempo presente, não só para ser justo, mas também para justificar aquele que vive da fé em Jesus.
Onde está então o motivo para alguém se gloriar? Fica eliminado. Por que lei? Pela lei das obras? Não. Pela lei da fé.
Na verdade, estamos convencidos de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da Lei.
Deus será somente Deus dos judeus? Não o será também dos gentios? Sim, Ele é também Deus dos gentios,
uma vez que há um só Deus. É Ele que há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a fé.


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Alessandro Algardi. Escultura


Bust of Bishop Ulpiano Volpi
1640s
Bronze, height 58 cm
Museo Poldi Pezzoli, Milan
Alessandro ALGARDI




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Galeazzo Alessi, Arquitetura


View of the façade
1552
-
Santa Maria Assunta di Carignano, Genoa
ALESSI, Galeazzo
Italian architect (b. 1512, Perugia, d. 1572, Perugia)


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quarta-feira, outubro 14, 2015

Comentário de Didaké


Meu filho, foge de todo o mal ou daquilo que se assemelha ao mal. Não sejas irascível: a cólera leva ao crime. Não sejas ciumento, conflituoso nem violento: essas paixões originam mortes. Meu filho, não sejas sensual: a sensualidade é o caminho para o adultério. Não uses de linguagem licenciosa, nem tenhas um olhar atrevido: também isso engendra adultério. […] Resguarda-te dos encantamentos, da astrologia, das purificações mágicas; recusa-te a vê-las e a ouvi-las: isso seria […] perderes-te na idolatria. Meu filho, não sejas mentiroso, porque a mentira conduz ao roubo. Não te deixes seduzir pelo dinheiro nem pela vaidade, que também incitam a roubar. Meu filho, não murmures contra os outros: tornar-te-ás blasfemo. Não sejas insolente nem malévolo, pois isso também conduz à blasfémia.

Usa de mansidão: «Felizes os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5,5). Sê paciente, misericordioso, sem malícia, cheio de paz e bondade. Respeita sempre as palavras que ouviste do Senhor (Is 66,2). Não te engrandeças a ti próprio, não abandones o teu coração ao orgulho. Não te alies aos soberbos, mas frequenta os justos e os humildes. Recebe os acontecimentos da vida como dons, sabendo que é Deus quem dispõe sobre todas as coisas.


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Leonardo Alenza y Nieto. Pintura

Portrait of an Architect
1825-30
Oil on canvas, 79 x 67 cm
Private collection
ALENZA Y NIETO, Leonardo
Spanish painter (b. 1807, Madrid, d. 1845, Madrid)


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... Está presente na liturgia terrestre,,,

... ESTÁ PRESENTE NA LITURGIA TERRESTRE...

1088. «Para realizar tão grande obra» – como é a dispensação ou comunicação da sua obra de salvação – «Cristo está sempre presente na sua igreja, sobretudo nas acções litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – "o que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu outrora na Cruz" – quer e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente com a sua virtude nos sacramentos, de modo que, quando alguém baptiza, é o próprio Cristo que baptiza. Está presente na sua Palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta os salmos, Ele que prometeu: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estou Eu, no meio deles" (Mt 18, 20)» (6).

1089. «Em tão grande obra, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens santificados, Cristo associa sempre a Si a Igreja, sua amadíssima esposa, a qual invoca o seu Senhor e por meio d'Ele rende culto ao eterno Pai» (7).

catecismo

Ljubomir Aleksandroviae. Pintura


Grape Harvest Girl
1878
Oil on canvas, 127 x 94 cm
National Museum, Belgrade
ALEKSANDROVIÆ, Ljubomir
Serbian painter (b. 1828, Srpski Sv. Marton, d. 1887)

Há diversidade entre amor, acomodação, aborrecimento, raiva e ódio.

terça-feira, outubro 13, 2015

Evangelho segundo São Lucas 11,37-41.


Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa.
O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer.
Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.
Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior?
Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».

Ulisse Aldrovandi. Pintura


Red Hartebeest and Blackbuck
-
Watercolour
Biblioteca, University of Bologna, Bologna
ALDROVANDI, Ulisse
Italian naturalist (b. 1522, Bologna, d. 1605, Bologna)

Livro de Salmos 19(18),2-3.4-5.


Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.
Não são palavras nem linguagem
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.

José de Alcibar. Pintura


Portrait of María Anna Josefa Taking Vow
1793
Oil on canvas, 103,5 x 83,5 cm
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest

ALCIBAR, José de
Mexican painter (b. 1725/30, Mexico, d. 1803, Mexico)

Carta aos Romanos 1,16-25.


Irmãos: Não me envergonho do Evangelho, que é a força de Deus para a salvação de todo o crente: do judeu primeiramente, mas também do não judeu.
Porque no Evangelho se revela a justiça de Deus, que tem origem na fé e conduz à fé, como está escrito: ‘O justo viverá pela fé’.
Na verdade, a ira de Deus manifesta-se do alto do Céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens, que na sua injustiça abafam a verdade.
De facto, o que se pode conhecer de Deus é manifesto para eles, porque Deus lho manifestou.
Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu poder eterno e a sua divindade tornam-se, pelas suas obras, visíveis à inteligência. Deste modo, eles não têm desculpa,
porque, conhecendo a Deus, não O glorificaram como Deus nem Lhe deram graças. Ao contrário, entregaram-se aos seus vãos raciocínios e o seu coração insensato encheu-se de trevas.
Pretendendo ser sábios, tornaram-se loucos
e trocaram a glória de Deus imortal por imagens que representam homens mortais, aves, quadrúpedes e répteis.
Por isso Deus os entregou, segundo os desígnios dos seus corações, à impureza com que desonram os seus corpos.
Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, prestaram culto e adoração às criaturas em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amen.

Francesco Albotto. Pintura


View of Campo Santi Giovanni e Paolo
c. 1745
Oil on canvas, 61 x 97 cm
Museo Nazionale di Capodimonte, Naples


ALBOTTO, Francesco
Italian painter, Venetian school (b. 1721, Venezia, d. 1757, Venezia)

É da natureza do escorpião picar.

Poética. Manuel Bandeira

Poética
Manuel Bandeira

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare


— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

Demora chegar aos 70. Veja o exemplo.



segunda-feira, outubro 12, 2015

A caravana passa

Mariotto Albertinelli. Pintura


Adoration of the Child with Angel
1497-99
Panel, diameter 86 cm
Galleria Palatina (Palazzo Pitti), Florence
ALBERTINELLI, Mariotto

Italian painter, Florentine school (b. 1474, Firenze, d. 1515, Firenze)

Flavia: Só o Gabeira voltou diferente

Flavia: Só o Gabeira voltou diferente

Pena que a autora do comentário enviado à coluna às 12h28 deste domingo tenha optado pelo anonimato. Gostaria de saber quem escreveu o texto que, pela limpidez da forma e pela lucidez do conteúdo, merece ser reproduzido na seção Opinião. As observações sobre Fernando Gabeira feitas por Flavia, prenome extraído do email, compõem um elegante e inteligente contraponto ao artigo do Oliver publicado logo abaixo. Vale a pena ler os dois, amigos. (AN)

Parece que algumas pessoas ainda desconfiam da sinceridade e visão da política do Gabeira. Eu gostava dele enquanto ele lutava contra a ditadura militar, me perdi dele durante o exílio e achei o máximo quando ele ressurgiu no Rio de tanga roxa. Como dizia o Paulo Francis, pior que patrulha de ex-fumante é patrulha de ex-comunista. Acho que ele dizia ex-trotskista, mas dá no mesmo.

É preciso ter feito parte dos partidos clandestinos, é preciso ter ouvido as infindáveis discussões entre maoístas, trotskistas, e outros istas, é preciso ter ficado sem respostas ao fazer uma pergunta inteligente prá saber como funciona o PT, o Foro de SP, a cabeça da Marina e outras coisitas mais.

Lá nos meus 15 anos, durante uma daquelas intermináveis reuniões de centro acadêmico, eu disse e perguntei: Gente, eu acho que conquistar o poder é fácil. O que eu quero saber é o que vamos fazer depois. E me responderam: Você quer saber demais. Faça o que for decidido aqui e pare de querer saber demais. Ali eu vi que não tinha jeito. Nunca votei em comunista, porque é uma contradição.

Eu sonhava subir a rampa do Planalto num tanque de guerra, e quem viesse atrás saberia o que estava apoiando. A esquerda chegou ao poder via Gramsci, via engodo, mentira, distorção da realidade. Gabeira sabe disso. Ele também sabe, talvez mais do que alguns que ficam invocando seu passado de torturas, que quanto mais a pessoa se comprometia, menos chances tinha de voltar atrás, pensar, mudar de ideias.

Quando veio a Anistia, eu estava empolgadíssima, lendo e ouvindo todas as entrevistas dos nossos valentes que voltavam lá de mundos mais avançados e — principalmente — mais bem informados. Achava que estavam voltando cheios de novas propostas e soluções. Ledo engano! Voltaram todos iguais, como se tivessem passados o exílio em estado de vida suspensa, congelados e duros.

O único que voltou diferente foi o Gabeira. E voltou falando em ecologia, em verde, em temas que, não por acaso, são caros à esquerda alemã e europeia. Ele continuava na vanguarda, mas com um discurso melhor. É surreal, nós continuamos tentando ser de esquerda e somos taxados de coxinhas neoliberais! Bom, todos esses rótulos que se danem! Nós continuamos tentando ir prá frente e o PT é o atraso.

Isso desqualifica a análise que o Gabeira faz do PT? Acho que não. Ele conhece os companheiros. Sabe como são atrasados e tacanhas. Sabe como eles pensam. Eu tenho uma mágoa muito grande de ver a palavra democracia enxovalhada na boca do PT. Eu e o Gabeira estávamos lutando pelo fim da ditadura militar, mas não pensávamos o futuro como uma democracia, sinto muito.

O importante é que nós MUDAMOS. A nossa cabeça mudou. É isso que faz do ser humano uma criatura especial. Nós podemos aprender.

Hoje, nós sabemos que o PT nunca lutou nem luta pelos direitos de ninguém. Hoje está claro, até para os mais idealistas, que a esquerda só tinha um plano de PODER, conforme eu descobri em 1968. Chegaram lá e o futuro acabou. Ficaram desnorteados, nunca se deram conta que agora podiam pegar a caneta e fazer a reforma agrária. Em vez disso, criaram o MST, prá ficar em só um exemplo.

Enfim, viva o Gabeira.

Eu confio nele, porque nós temos a frustração de nunca ter realizado o nosso sonho de melhorar o Brasil. Ficamos votando no menos pior.

Lutamos contra a ditadura militar e agora nem temos como lutar claramente contra uma ditadura fantasma, que se faz de democracia. Nos sentimos meio loucos de dor, desesperados como aqueles que eram declarados loucos e despachados para hospícios siberianos.

Talvez um dia a gente chegue ao fundo do poço e comece a voltar à boa luta. Talvez ainda nos reste um tempo para ver a maré mudar. Mas são anos e anos, gerações de completo desperdício.

O que foi isso, companheiro?

Leon Battista Alberti. Arquitetura


Sant'Andrea: Façade
1472-92
-
Piazza Andrea Mantegna, Mantua
ALBERTI, Leon Battista
Italian architect (b. 1404, Genova, d. 1472, Roma)

Então lhe foi dito: você trabalha demais porque não é feliz no casamento

domingo, outubro 11, 2015

Casas de Florianópolis

Feio. Charles Fonseca. Prosa

Tinha um colega de faculdade feio de doer. Perguntado por que tão feio andava rodeado de tantas mulheres. Respondia: só preciso de meia hora de conversa.

... Desde a Igreja dos Apóstolos...

... DESDE A IGREJA DOS APÓSTOLOS...

1086. «Assim como Cristo foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura, anunciassem que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder de Satanás e da morte e nos introduzira no Reino do Pai, mas também para que realizassem a obra da salvação que anunciavam, mediante o Sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica» (4).

1087. Deste modo, Cristo ressuscitado, ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos, confia-lhes o seu poder de santificação: (5) eles tornam-se sinais sacramentais de Cristo. Pelo poder do mesmo Espírito Santo, eles confiam este poder aos seus sucessores. Esta «sucessão apostólica» estrutura toda a vida litúrgica da Igreja: ela própria é sacramental, transmitida pelo sacramento da Ordem.

catecismo

Alberti Giovanni. Cherubino Alberti. Pintura.




Clique: https://charlesfonseca.blogspot.com

As fontes da ira. Fernando Gabeira

As fontes da ira
Fernando Gabeira

Por toda parte, queixas e lamúrias: arrasaram o Brasil, estamos quebrados, tudo fechando, alugando. É uma fase pela qual temos de passar. Quanta energia, troca de insultos, amizades desfeitas. Às vezes penso que a melhor forma de abordar o novo momento é apenas deixar que os fatos se imponham.

Muitas vezes afirmei que o dinheiro roubado da Petrobras foi para os cofres do PT e usado na campanha de Dilma Rousseff. Caríssima campanha, R$ 50 mil por mês só para o blogueiro torná-la um pouco engraçada.

O primeiro fato importante foi a delação premiada do empresário Ricardo Pessoa. Ele afirmou que deu quase R$ 10 milhões à campanha para não perder seus negócios na Petrobras. Logo depois surgiram suas anotações, estabelecendo um vínculo entre o dinheiro que destinou ao PT e os pagamentos que recebia da Petrobras. Verdade que a empresa estava nomeada apenas como PB. Claro que ainda podem dizer que esse PB quer dizer Paraíba, ou pequena burguesia. É um jogo cansativo.

Nem é tão necessário que a investigação defina novos vínculos entre o escândalo, o PT e a campanha de Dilma. Basta assumir as consequências do que já se descobriu. Se o tema vai ser neutralizado no Supremo, se o governo compra um punhado suficiente de deputados, tudo isso não altera minha convicção de que o escândalo desnudou um projeto político criminoso.

Ainda na semana passada o Estadão publicou reportagem sobre a Medida Provisória (MP) 471. Ao que tudo indica, foi comprada. Ela garante a isenção de R$ 1,3 bilhão em impostos. E rendeu R$ 36 milhões em propina.

Não estranho que tenha sido aprovada pela maioria. Eram estímulos para três regiões do país e as respectivas bancadas estavam satisfeitas com isso.

Também não havia, da parte das outras regiões, questionamentos sobre estímulos localizados. O único nó nesse campo, se me lembro bem, era a divisão dos royalties do petróleo.

Muito possivelmente, a emenda foi vendida com o preço da aprovação parlamentar embutido. De qualquer forma, a maioria no Congresso foi enganada e, com ela, todos os seus eleitores.

A empresa que negociou a medida provisória destinou R$ 2,4 milhões ao filho de Lula. Segundo a notícia, ele diz que o dinheiro foi pago por assessoria de marketing esportivo. O pai assina a MP, o filho recebe R$ 2,4 milhões da empresa de lobby. Se você não estabelece uma conexão entre as duas coisas, vão chamá-lo de ingênuo; se estabelece, é acusado de lançar suspeita sobre a reputação alheia.

A maioria das pessoas consegue processar fatos e documentos já divulgados e talvez nem se escandalize mais com a venda de uma MP: é o modo de governar de um projeto. É todo um sistema de dominação. É preciso ser um Jack estripador ou um ministro do Supremo para dizer: vamos por partes.

As conexões estão feitas na cabeça da maioria e nada de novo acontece. Neste momento pós-moderno, em que as narrativas contam, mas não as evidências, o conceito de batom na cueca também se tornou mais elástico. Não é bem uma marca de batom, mas algo vermelho que esbarrou pelo caminho, uma tinta, um morango maduro.

Enquanto se vive este faz de conta nacional, a situação vai se agravar. É muito grande o número de brasileiros que se sentem governados por uma quadrilha. Apesar de não estarem organizados, ou talvez por isso, alguns vão se desesperar, ultrapassando os limites democráticos. O tom do protesto individual está subindo. Dirigentes do PT são vaiados, figuras identificadas até a medula com o partido, como o ministro Lewandowski, também não escapam mais da rejeição popular.

O PT e os intelectuais que o apoiam falam de ódio. De fato, o amor é lindo, mas como ser simpático a um partido que arrasa o país, devasta a Petrobras e afirma que está sendo vítima de uma injustiça?

Não são apenas alguns intelectuais do PT que se recusam a ver a realidade. No passado, as denúncias de violência stalinista eram guardadas numa gaveta escura do cérebro. Era impossível aceitar que o modelo dos sonhos se apoiava numa carnificina. Agora também parece impossível admitir que o líder que os conduz tem como principal projeto tornar-se milionário. É como se admitissem ser humildes fiéis de uma religião cujo pastor acumula, secretamente, uma fortuna, enquanto teoriza sobre a futilidade dos bens materiais.

A sucessão de escândalos, demonstrando a delinquência do governo, não basta para convencer os mais letrados. E certamente não bastará para convencer os que ignoram a História e são pagos para torpedear o adversário nas redes.

Mas os fatos ainda têm grande força. Lutar contra eles, em certas circunstâncias, não é só um problema de estupidez, mas também de estreita margem de manobra.

Se o governo não pode aceitar que suas contas sejam recusadas por unanimidade no TCU, não resta outro caminho senão tentar melar o julgamento. Sabem que todos estão vendo sua jogada e talvez experimentem uma ligeira sensação de ridículo. Mas o que fazer?

A única saída decente seria renunciar. Mas, ao contrário, decidiram ficar e convencer os críticos de que estão cegos por causa de sua ideologia de direita, conservadora e elitista.

Isso radicaliza a tática de Paulo Maluf, que insiste em dizer que não tem conta na Suíça, que o dinheiro e a assinatura não são dele. Maluf apenas nega o que estamos vendo. O PT nos garante que há algo de errado com nossos olhos.

Pessoalmente, na cadeia e no Congresso, fui treinado a discordar, mas conviver com as pessoas, apesar de seus crimes. Nem todos os brasileiros pensam assim, na rua. Não é possível irritar as pessoas ao extremo e, quando reagem, classificá-las de intolerantes.

O momento é uma encruzilhada entre a ira popular e a enrolação institucional. Com todos os seus condenáveis excessos, a raiva nas ruas é que tem mais potencial transformador.

A esquerda sempre soube disso. Agora, com o traseiro na reta, o PT descobre o amor.

Alberti Cherubino. Pintura.

Fame
-Engraving. 320 x 170 cm
British Museum, London
ALBERTI, Cherubino
Italian painter and printmaker (b. 1553, Borgo San Sepolcro, d. 1615, Roma)