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segunda-feira, março 31, 2014

Antonio Gargiullu - A Mensagem . A27. Pintura

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VIRA-LATA. Charles Fonseca. Poesia

VIRA-LATA
Charles Fonseca

Não deixes ao abandono
Teu cãozinho vira-lata
De amor também se mata
Coitadinho, cão sem dono!

Cuida bem do teu cãozinho
Cachorrinho de balaio
Do amor ele é lacaio
Oh que dor sem teu carinho!

Tu já foste filhotinho
Hoje és cãozinho de porte.
Com amor, cãozinho forte,
Sem amor, cão coitadinho!

A Igreja é apostólica. Igreja. Cristianismo

IV.

857. A Igreja é apostólica, porque está fundada sobre os Apóstolos. E isso em três sentidos:

– foi e continua a ser construída sobre o «alicerce dos Apóstolos» (Ef 2, 20 (368)), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo (369);

– guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina (370), o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos Apóstolos (371);

-continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos até ao regresso de Cristo, graças àqueles que lhes sucedem no ofício pastoral: o colégio dos bispos, «assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja»:

«Pastor eterno, não abandonais o vosso rebanho, mas sempre o guardais e protegeis por meio dos santos Apóstolos, para que seja conduzido através dos tempos, pelos mesmos chefes que pusestes à sua frente como representantes do vosso Filho, Jesus Cristo» (373).

Catecismo

sábado, março 29, 2014

Angela Maria - CONFETI (confete) - David Násser-J. Júnior - Ano de 1959. Música

O cervo e o cavalo. Esopo. Fábula. Prosa

O cervo e o cavalo
Esopo

Pelejaram algumas vezes sobre o pasto, o Cervo e o bom do Cavalo, e porque o Veado com os cornos fez sempre fugir o Cavalo, foi-se a um homem e disse-lhe:
- Põe-me um freio, uma sela e sobe sobre mim, e matarás um Veado que aqui anda.
Fê-lo o homem assim.
E morto o Veado, quis o Cavalo que se apeasse; mas o homem acolheu-se à posse e o Cavalo ficou sempre sujeito ao freio e sela, e a andar debaixo.

sexta-feira, março 28, 2014

Tu és fiel Senhor. Hino. Igreja. Cristianismo

Todo médico do Caps (centros psicológicos do governo) é "corno manso" ? Marcelo Caixeta. Medicina

TODO MÉDICO DE CAPS ( centros psicológicos do Governo ) É "CORNO MANSO" ?
Marcelo Ferreira Caixeta


1) Estes dias o médico psiquiatra A.A.A me disse : "Marcelo, médico só fica em Caps se for corno : lá as psicólogas é que mandam na gente, mandam a gente prescrever, os "diagnósticos e condutas têm de ser discutidos", " a gente tem de dar satisfação o tempo todo". "Quem tem um pouco de dignidade não fica lá, elas já viraram médicas lá dentro, dizem : a gente só não pode prescrever".
2) O recém formado D.C.R me diz : "fico lá porque não sei nada mesmo, elas mandam eu prescrever eu faço". Também é um ganha-pão, não posso romper com eles. Tento aprender alguma coisa lá, não passei em residencia, você sabe, não tem vaga para todo mundo, vou tentar ficar lá uns anos, pegar um atestado de estágio e depois fazer prova de Titulo em Psiquiatria.
3) A médica T.D.G, que trabalha em Caps também me diz: Marcelo, tenho um punhado de pacientes sem diagnostico, mal-tratados, complicados, mas não posso internar, não posso nem falar nisto, porque as psicólogas me policiam o tempo todo. Uma delas é diretora do Caps. Elas não dão o "braço a torcer" para internar pacientes, dizem que é "fazer jogo dos médicos-empresários-donos-de-clínica", dizem que é fazer o jogo do "modelo bio-médico da doença mental". Os pacientes só internam quando procuram por conta própria, os hospitais, em busca de diagnóstico, melhor tratamento ou porque estão surtados, na drogas, homicidas ou suicidas.
4) em síntese, no Brasil os "instrumentos de tratamento psiquiátrico" , pretensos Caps, viraram a "casa das psicólogas". E muuuuuuitos médicos, a maioria dos psiquiatras "importantes" deste país ainda continuam defendendo este "modelito".

quinta-feira, março 27, 2014

Alessandro Vittoria, c. 1600 - St. Sebastian, San Salvatore, Venice, Italy. E38. Escultura

O que foi 31 de março de 1964. Alexandre Garcia. Política

O QUE FOI 31 DE MARÇO DE 1964
Por Alexandre Garcia

Gostaria de dizer algumas coisas sobre o que aconteceu no dia 31/03/1964 e nos anos que se seguiram. Porque concluo, diante do que ouço de pessoas em quem confio intelectualmente, que há algo muito errado na forma como a históriai é contada. Nada tão absurdo, considerando as balelas que ouvimos... sobre o "descobrimento" do Brasil ou a forma como as pessoas fazem vistas grossas para as mortes e as torturas perpetradas pela Igreja Católica durante séculos. Mas, ainda assim, simplesmente não entendo como é possível que esse assunto seja tão parcial e levianamente abordado pelos que viveram aqueles tempos e, o que é pior, pelos que não viveram. Nenhuma pessoa dotada de mediano senso crítico vai negar que houve excessos por parte do Governo Militar. Nesta seara, os fatos falam por si e por mais que se tente vislumbrar certos aspectos sob um prisma eufemístico, tortura e morte são realidades que emergem de maneira inegável.
Ocorre que é preciso contextualizar as coisas. Porque analisar fatos extirpados do substrato histórico-cultural em meio ao qual eles foram forjados é um equívoco dialético (para os ignorantes) e uma desonestidade intelectual (para os que conhecem os ditames do raciocínio lógico). E o que se faz com relação aos Governos Militares do Brasil é justamente ignorar o contexto histórico e analisar seus atos conforme o contexto que melhor serve ao propósito de denegri-los.
Poucos lembram da Guerra Fria, por exemplo. De como o mundo era polarizado e de quão real era a possibilidade de uma investida comunista em território nacional. Basta lembrar de Jango e Jânio; da visita à China; da condecoração de Guevara, este, um assassino cuja empatia pessoal abafa sua natureza implacável diante dos inimigos.
Nada contra o Comunismo, diga-se de passagem, como filosofia. Mas creio que seja desnecessário tecer maiores comentários sobre o grau de autoritarismo e repressão vivido por aqueles que vivem sob este sistema. Porque algumas pessoas adoram Cuba, idolatram Guevara e celebram Chavez, até. Mas esquecem do rastro de sangue deixado por todos eles; esquecem as mazelas que afligem a todos os que ousam insurgir-se contra esse sistema tão "justo e igualitário". Tão belo e perfeito que milhares de retirantes aventuram-se todos os anos em balsas em meio a tempestades e tubarões na tentativa de conseguirem uma vida melhor.
A grande verdade é que o golpe ou revolução de 1964, chame como queira, talvez tenha livrado seus pais, avós, tios e até você mesmo e sua família de viver essa realidade. E digo talvez, porque jamais saberemos se isso, de fato, iria acontecer. Porém, na dúvida, respeito a todos os que não esperaram sentados para ver o Brasil virar uma Cuba.
Respeito, da mesma forma, quem pegou em armas para lutar contra o Governo Militar. Tendo a ver nobreza nos que renunciam ao conforto pessoal em nome de um ideal. Respeito, honestamente.Mas não respeito a forma como esses "guerreiros" tratam o conflito. E respeito menos ainda quem os trata como heróis e os militares como vilões. É uma simplificação que as pessoas costumam fazer. Fruto da forma dual como somos educados a raciocinar desde pequenos. Ainda assim, equivocada e preconceituosa.
Numa guerra não há heróis. Menos ainda quando ela é travada entre irmãos. E uma coisa que se aprende na caserna é respeitar o inimigo. Respeitar o inimigo não é deixar, por vezes, de puxar o gatilho. Respeitar o inimigo é separar o guerreiro do homem. É tratar com nobreza e fidalguia os que tentam te matar, tão logo a luta esteja acabada. É saber que as ações tomadas em um contexto de guerra não obedecem à ética do dia-a-dia. Elas obedecem a uma lógica excepcional; do estado de necessidade, da missão acima do indivíduo, do evitar o mal maior.
Os grandes chefes militares não permanecem inimigos a vida inteira. Mesmo os que se enfrentam em sangrentas batalhas. E normalmente se encontram após o conflito, trocando suas espadas como sinal de respeito. São vários os exemplos nesse sentido ao longo da história. Aconteceu na Guerra de Secessão, na Segunda Guerra Mundial, no Vietnã, para pegar exemplos mais conhecidos. A verdade é que existe entre os grandes Generais uma relação de admiração.
A esquerda brasileira, por outro lado, adora tratar os seus guerrilheiros como heróis. Guerreiros que pegaram em armas contra a opressão; que sequestraram, explodiram e mataram em nome do seu ideal.E aí eu pergunto: os crimes deles são menos importantes que os praticados pelos militares? O sangue dos soldados que tombaram é menos vermelho do que o dos guerrilheiros? Ações equivocadas de um lado desnaturam o caráter nebuloso das ações praticadas pelo outro? Penso que não. E vou além.A lei de Anistia é um perfeito exemplo da nobreza que me referi anteriormente. Porque o lado vencedor (sim, quem fica 20 anos no poder e sai porque quer, definitivamente é o lado vencedor) concedeu perdão amplo e irrestrito a todos os que participaram da luta armada. De lado a lado. Sem restrições. Como deve ser entre cavalheiros. E por pressão de Figueiredo, ressalto, desde já. Porque havia correntes pressionando por uma anistia mitigada.
Esse respeito, entretanto. Só existiu de um lado. Porque a esquerda, amargurada pela derrota e pela pequenez moral de seus líderes nada mais fez nos anos que se seguiram, do que pisar na memória de suas Forças Armadas. E assim seguem fazendo. Jogando na lama a honra dos que tombaram por este país nos campos de batalha. E contaminando a maneira de pensar daqueles que cresceram ouvindo as tolices ditas pelos nossos comunistas. Comunistas que amam Cuba e Fidel, mas que moram nas suas coberturas e dirigem seus carrões. Bem diferente dos nossos militares, diga-se de passagem.
Graças a eles, nossa juventude sente repulsa pela autoridade. Acha bonito jogar pedras na Polícia e acha que qualquer ato de disciplina encerra um viés repressivo e antilibertário. É uma total inversão de valores. O que explica, de qualquer forma, a maneira como tratamos os professores e os idosos no Brasil.Então, neste dia 31 de março, celebrarei aqueles que se levantaram contra o mal iminente. Celebrarei os que serviram à Pátria com honra e abnegação. Celebrarei os que honraram suas estrelas e divisas e não deixaram nosso país cair nas mãos da escória moral que, anos depois, o povo brasileiro resolveu por bem colocar no Poder.
Bem feito. Cada povo tem os políticos que merece.
Se você não gosta das Forças Armadas porque elas torturaram e mataram, então, seja, pelo menos, coerente. E passe a nutrir o mesmo dissabor pela corja que explodiu sequestrou e justiçou, do outro lado. Mas tenha certeza de que, se um dia for necessário sacrificar a vida para defender nosso território e nossas instituições, você só verá um desses lados ter honradez para fazê-lo.

" A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las "
(Aristóteles - 360 a. C.)

GENEALOGIA. Charles Fonseca. Poesia

GENEALOGIA
Charles Fonseca

Sou filho do amor:
Ela, Eroildes,
A ele, Ataíde,
Deu-lhe uma flor.

quarta-feira, março 26, 2014

Antoine François Callet, 1788 - Retrato de Louis XVI - Musée National du Château, Versalhes. A27. Pintura

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O cavalo velho. Esopo. Fábula. Prosa. Esopo

O cavalo velho
Esopo

Um cavalo velho foi vendido para dar voltas à pedra de um moinho. Ao se ver atado à pedra, exclamou soluçando:
- Depois de dar voltas nas corridas, vê aqui a que voltas estou reduzido!

Moral da Estória:
Não presuma da força da juventude. Para muitos, a velhice é um trabalho muito penoso.

Brasil Urgente. Datena entrevista Romeu Tuma Jr.

Querubim: Pediatria e Endocrinologia Pediátrica. Salvador. Bahia. (71) 3565-3536.

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(71) 3565-3536
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Dra. Silvana Sampaio

Quem se habilita em Floripa a apresentar uma noiva? Só quero uma filhote aos 2 meses. Fotografia

terça-feira, março 25, 2014

A missão. Uma exigência da catolicidade de Igreja, Cristianismo

A MISSÃO – UMA EXIGÊNCIA DA CATOLICIDADE DA IGREJA

849. O mandato missionário. «Enviada por Deus às nações, para ser o sacramento universal da salvação, a Igreja, em virtude das exigências íntimas da sua própria catolicidade e em obediência ao mandamento do seu fundador, procura incansavelmente anunciar o Evangelho a todos os homens» (345). «Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. E eis que Eu estou convosco todos os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 19-20).

850. A origem e o fim da missão. O mandato missionário do Senhor tem a sua fonte primeira no amor eterno da Santíssima Trindade: «Por sua natureza, a Igreja peregrina é missionária, visto ter a sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na missão do Filho e do Espírito Santo» (346). E o fim último da missão consiste em fazer todos os homens participantes na comunhão existente entre o Pai e o Filho, no Espírito de amor (347).

851. O motivo da missão. É ao amor de Deus por todos os homens que, desde sempre, a Igreja vai buscar a obrigação e o vigor do seu ardor missionário: «Porque o amor de Cristo nos impele...» (2 Cor 5, 14) (348). Com efeito, «Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4). Deus quer a salvação de todos, mediante o conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem à moção do Espírito da verdade estão já no caminho da salvação. Mas a Igreja, à qual a mesma verdade foi confiada, deve ir ao encontro dos que a procuram para lha levar. É por acreditar no desígnio universal da salvação que a Igreja deve ser missionária.

852. Os caminhos da missão. «O protagonista de toda a missão eclesial é o Espírito Santo» (349). É Ele que conduz a Igreja pelos caminhos da missão. E esta «continua e prolonga, no decorrer da história, a missão do próprio Cristo, que foi enviado para anunciar a Boa-Nova aos pobres. É, portanto, pelo mesmo caminho seguido por Cristo que, sob o impulso do Espírito Santo, a Igreja deve seguir, ou seja, pelo caminho da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesma até à morte – morte da qual Ele saiu vitorioso pela ressurreição» (350). É assim que «o sangue dos mártires se torna semente de cristãos» (351).

853. Porém, no seu peregrinar, a Igreja também faz a experiência da «distância que separa a mensagem de que é portadora, da fraqueza humana daqueles a quem este Evangelho é confiado» (352). Só avançando pelo caminho «da penitência e da renovação» (353) e entrando «pela porta estreita da Cruz» (354) é que o povo de Deus pode expandir o Reino de Cristo (355). Com efeito, «assim como foi na pobreza e na perseguição que Cristo realizou a redenção, assim também a Igreja é chamada a seguir pelo mesmo caminho, para comunicar aos homens os frutos da salvação» (356).

854. Pela sua própria missão, «a Igreja faz a caminhada de toda a humanidade e partilha a sorte terrena do mundo. Ela é como que o fermento e, por assim dizer, a alma da sociedade humana, chamada a ser renovada em Cristo e transformada em família de Deus» (357). O esforço missionário exige, portanto, paciência. Começa pelo anúncio do Evangelho aos povos e grupos que ainda não acreditam em Cristo (358); prossegue no estabelecimento de comunidades cristãs, que sejam «sinais da presença de Deus no mundo» (359) e na fundação de Igrejas locais (360); compromete-se num processo de inculturação, para incarnar o Evangelho nas culturas dos povos (361); e também não deixará de conhecer alguns fracassos. «Pelo que diz respeito aos homens, aos grupos humanos e aos povos, a Igreja só a pouco e pouco os atinge e penetra, assim os assumindo na plenitude católica» (362).

855. A missão da Igreja requer um esforço em ordem à unidade dos cristãos (363). «De facto, as divisões entre cristãos impedem a Igreja de realizar a plenitude da catolicidade que lhe é própria, naqueles seus filhos que, sem dúvida, lhe pertencem pelo Baptismo, mas que se encontram separados da plenitude da comunhão com ela. Mais ainda: para a própria Igreja, torna-se mais difícil exprimir, sob todos os seus aspectos, a plenitude da catolicidade na própria realidade da sua vida» (364).

856. A tarefa missionária implica um diálogo respeitoso com aqueles que ainda não aceitam o Evangelho (365). Os crentes podem tirar proveito para si mesmos deste diálogo, aprendendo a conhecer melhor «tudo quanto de verdade e graça se encontrava já entre os povos, como que por uma secreta presença de Deus» (366). Se anunciam a Boa-Nova aos que a ignoram, é para consolidar, completar e elevar a verdade e o bem que Deus espalhou entre os homens e os povos, e para os purificar do erro e do mal, «para glória de Deus, confusão do demónio e felicidade do homem» (367).

Catecismo

Meu blog. Charles Fonseca. Prosa

No meu blog há postagens que nem mais me lembro. Mas é um manancial de tudo que pude admirar de bom, belo, justo. Fica como minha herança. Aqui construo e me reconstruo. Não há como ver tudo pois a vida é curta, longa é a estrada, muitos os atalhos. Mas pretendo ainda postar diariamente por muitos e muitos anos. Quem viver, verá. Caminhemos.

domingo, março 23, 2014

Medicina não rima com lucro. Marcelo Caixeta. Medicina

MEDICINA NÃO RIMA COM LUCRO
Marcelo Caixeta

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A prática da Medicina só é possível com "Santidade" e com "Satanismo". Só os médicos "santos" irão sobreviver, só os hospitais "satânicos" ( administrados por uma autoridade forte, "mandona", hierarquizada, "não-democratizada" ) irão sobreviver com eficiência. Parece paradoxal, não ? Mas não é.
Querer “controlar o homem com leis” leva às maiores catástrofes sociais. A humanidade tem estado errada há séculos, mas não se dá conta disto.
A “sociedade ocidental”, querendo “viver bem”, criou um “entulho de Leis Externas”, tudo para impedir que os “fortes” mandem nela, a explorem, suguem dela. Por “não querer sofrer”, a Sociedade matou o “forte”. No entanto, com isto, nem o forte nem o fraco evoluíram, pois uma “Lei” só corrige o forte pelo lado externo, não no interno. Só o “amor” pode amolecer o “forte”, não a força externa, não a “lei externa”. Por outro lado, os fracos, ao matarem o forte, acomodam-se com sua vida de “funcionário público dependente do Estado”. Não querem mais lutar, progredir, sofrer, evoluir, “ralar”. O sonho de todos, como se vê no Brasil, é o de ser um “tranquilo funcionário público com o contra-cheque gordo”. Os “fracos” “viciaram-se” na “democracia” pública e “transparente” ( quem hoje iria ser “louco” de combater a democracia pública e transparente )? Hoje, num país escandinavo, ou mesmo no Brasil, as leis são tão asfixiantes, limitantes, controladoras, que só praticando a corrupção para alguém poder “evoluir”.
A “democracia transparente” diz : “não é possível um cara ter um carro de um milhão de dólares enquanto uma menininha etíope passa fome”. Então, vamos “matar” este cara. Mas e se o cara for dono de uma rede de pornografia ( p.ex., Playboy ) que lhe rende bilhões com o vício dos outros ? Ao matá-lo por “inveja” ( travestida de suposta justiça ), além de estarmos “involuindo” ( pois estamos exercendo uma função mental deletéria : inveja, ódio, destruição ), deixamos de tocar no verdadeiro ponto : por que estamos dando dinheiro para ele com nosso vício ? Evolução de fato seria : deixarmos de ser viciados em pornografia, deixarmos de comprar a Playboy ( ou outras ) e assim “matarmos” o empresário por falta de grana.
Mas a humanidade tem feito o contrário : o matou por inveja e pelo fato dele ser mais inteligente que ela, mais trabalhador, mais “esperto” do que ela.
Chegamos no ponto atual : 1) a Europa estagnou-se pois, com o “socialismo”, matou-se o “espírito animal” ( Keynes ) da Iniciativa Privada ( os EUA vão no mesmo rumo, Barack já é um prenúncio ). 2) Ao mesmo tempo em que se “mata a autoridade”, o “mundo sem autoridade” vira um “caos”. Por falta da figura masculina ( “morte da autoridade” ) , os jovens estão se afundando nas drogas, crimes, Aids, gravidezes precoces, filhos-sem-pais, etc. A saída para a violência, por exemplo, na ausência da “autoridade” ( até a polícia está sendo obrigada a feminilizar-se ) só tem sobrado a alternativa de se armar e sair por aí “matando bandido”. 3) Até na vida diária isto já tem repercussão : ao “matar-se” a “autoridade máscula do médico”, ao submetê-lo à pressão de inúmeras e esmagadoras leis, o médico competente está ficando cada vez mais raro. Com a “morte” dos “médicos truculentos” só têm ficado na Medicina os “médicos santos” ( aqueles que exercem sua autoridade científica mesmo sofrendo nas mãos do povo ) e estes são muito raros. 4) Com o “furor ético” que se abate sobre hospitais ( “hospitais não podem ter lucro; têm de fazer de tudo - inclusive ter prejuízo - para atender bem e com humanidade; dentro dele não há “superiores” são todos iguais, etc), os hospitais privados ( os mais eficientes ) estão desaparecendo. Os pretensos filantrópicos padecem do mesmo mal : se tiverem gestão “colegiada”, “democrática”, afundam-se em dívidas, e se tiverem “direção única” são chamados de “truculentos-ditatoriais”.
- Fim da Iniciativa Privada e Estatização Crescente
A solução que sobra é dos “hospitais irem para o Governo”, pois, teoricamente “o que é do Governo é do Povo”, “o Povo é quem manda”, “o Povo é humano”, “o Povo não quer lucro” ( só tem um detalhe :”O Povo não funciona” ). O problema é que, o que é do Povo não tem dono, ninguém cuida. O que é do Povo não tem direção, ninguém dirige, ninguém se responsabiliza. E, numa unidade complexa como um hospital ( talvez a mais complexa das instituições humanas ), se não houver direção firme, a mão firme de uma hierarquia, a mão firme da Ciência, a coisa degringola. O Governo, seja com hospitais estatais, seja com os terceirizados, vem aproveitando-se desta “onda democrático-hospitalar” ( “Empresários só querem lucro na saúde”, “são anti-éticos”) para enfiar a faca no coração da Medicina Liberal e não-estatal. O parque hospitalar privado brasileiro, quebrado, acuado, endividado, multado, exigido, escandalizado, judicializado, estigmatizado, midiatizado, pouco a pouco desaparece e a Medicina migra para mãos estatais e para-estatais ( entre estes “para-estatais”, além das Organizações Sociais - OS, estão os “pseudo-filantrópicos” tais como Einstein, Sírio, D´Or, etc, que recebem grossas subvenções do Governo, assim como Eike Batista recebia, assim como a “Oi do filho do Lula” recebia, assim como “Daniel Dantas - Opportunity” recebia”, ou seja, é o “Capitalismo de Estado” favorecendo as “empresas amigas do Rei”) . Para um hospital destes, em mãos estatais ( e paraestatais ) , funcionar , ele gasta 5 vezes mais que um hospital enxuto e azeitado nas mãos da iniciativa privada, com uma hierarquia e uma chefia, administrativamente e cientificamente eficientes. Além de gastarem 5 vezes mais, mesmo assim sua “administração e chefias colegiadas” fazem com que os estatais e paraestatais vivam sob escândalos, falências, e só não fecham porque os Governos vivem injetando bilhões em seus cofres sem fundo. Mesmo o PSDB, que se diz contraponto do estatismo do PT segue esta cartilha, mostrando que, em termos de Governo no Brasil, todos são estatizantes e anti-Sociedade-Civil, por mais digam que não. Se fossem pró-Sociedade-Civil de fato , defenderiam redução de impostos e enxugamento do Estado, mas nenhum dos candidatos presidenciáveis dizem isto. As verdadeiras “ilhas de excelência” hospitalar só sobrevivem mesmo onde o “capitalismo da iniciativa privada” permita uma administração eficiente, e isto , hoje, resume-se aos EUA ( por enquanto, pois Obama, como todo bom “socialista”, também tenta desmontar este esquema ).
Custos médico-hospitalares cada vez maiores e eficiência cada vez mais questionável, esta é mais uma das consequências da “destruição da autoridade”, a tendência que está nos levando para o “buraco”, como apontamos aí acima.
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Marcelo Caixeta, médico psiquiatra.

O cavalo velho. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo velho
Esopo

Um cavalo velho foi vendido para dar voltas à pedra de um moinho. Ao se ver atado à pedra, exclamou soluçando:
- Depois de dar voltas nas corridas, vê aqui a que voltas estou reduzido!

Moral da estória:
Não presuma da força da juventude. Para muitos, a velhice é um trabalho muito penoso.

sábado, março 22, 2014

Hoje é dia dedicado a Freud, meu cão pastor. Fotografia

Freud quer cruzar com pastora alemã...

Amigo. Alexandre O'Neill. Poesia

AmigoMal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'

Marta Suplicy "Relaxa e goza" da cara dos brasileiros...

EMBORA. Charles Fonseca. Poesia

EMBORA
Charles Fonseca.

Agora dá-me tua mão
Chega atroz o cansaço
De tanto esperar abraço,
Por ora desejo vão .

Agora fraco dos passos
A alma em agonia
Meu corpo por ar ansia,
Por ora dá-me um abraço.

Agora dou-te meu beijo
Aquele que sempre foi teu
Do amor que nunca morreu,
Por ora em dor, arquejo.

Dá-me um abraço agora
A ceifadeira espia
Minha alma ao céu aspira
Já vou meu amor, embora.

Rui Falcão relaciona os blogueiros que trabalham para o PT na internet

sexta-feira, março 21, 2014

O cavalo, o boi, o cão e o homem. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo, o boi, o cão e o homem
Esopo

Quando Zeus criou o homem, só lhe concedeu uns poucos anos de vida. Porém o homem, pondo a funcionar sua inteligência, ao chegar o inverno, construiu uma casa e morou nela. Certo dia em que o frio era muito intenso, e a chuva começou a cair, não podendo o cavalo agüentar-se mais, chegou correndo onde estava o homem e lhe pediu abrigo.
Disse-lhe o homem que só o faria com uma condição: que lhe cedesse uma parte dos anos que lhe corresponderiam. O cavalo aceitou. Pouco depois se apresentou o boi que tampouco podia sofrer no mau tempo. O homem disse o mesmo: que o admitia se desse certo número de anos. O boi cedeu uma parte e foi admitido. Por fim chegou o cão, também morrendo de frio e, cedendo uma parte de seu tempo de vida, obteve seu refúgio.
E este é o resultado: quando os homens cumprem o tempo que Zeus lhes deu, são puros e bons; quando chegam aos anos pedidos ao cavalo são intrépidos e orgulhosos; quando estão nos do boi, se dedicam a mandar; e quando chegam a usar o tempo do cão, ao final de sua existência, tornam-se irascíveis e mal-humorados.

Moral da Estória:
Descreve esta fábula as etapas do homem: infância inocente, juventude vigorosa, maturidade poderosa e velhice sensível.

quinta-feira, março 20, 2014

A ressurreição – obra da Santíssima Trindade. Igreja Cristianismo

A ressurreição – obra da Santíssima Trindade

648. A ressurreição de Cristo é objecto de fé, na medida em que é uma intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela, as três pessoas divinas agem em conjunto e manifestam a sua originalidade própria: realizou-se pelo poder do Pai, que «ressuscitou» (Act 2, 24) Cristo seu Filho, e assim introduziu de modo perfeito a sua humanidade – com o seu corpo – na Trindade. Jesus foi divinamente revelado «Filho de Deus em todo o seu poder, pela sua ressurreição de entre os mortos» (Rm 1, 4). São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus (575) por obra do Espírito, que vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor.

649. Quanto ao Filho, Ele opera a sua própria ressurreição em virtude do seu poder divino. Jesus anuncia que o Filho do Homem deverá sofrer muito, e depois ressuscitar (no sentido ativo da palavra (576)). Aliás, é d'Ele esta afirmação explícita: «Eu dou a minha vida para retomá-la [...] Tenho o poder de a dar e o poder de a retomar» (Jo 10, 17-18). «Nós cremos que Jesus morreu e depois ressuscitou» (1 Ts 4, 14).

650. Os Santos Padres contemplam a ressurreição a partir da pessoa divina de Cristo, que ficou unida à sua alma e ao seu corpo, separados entre si pela morte: «Pela unidade da natureza divina, que continua presente em cada uma das duas partes do homem, estas unem-se de novo. Assim, a morte é produzida pela separação do composto humano e a ressurreição pela união das duas partes separadas» (577).

Catecismo

quarta-feira, março 19, 2014

Frantisek Drtikol. Fotografia

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O MARUJO. Charles Fonseca. Poesia

O MARUJO
Charles Fonseca

Os ruídos do amar,
o marulhar das ondas,
os gemidos ao luar,
o quero mais nas sombras,

nas noites escuras, ai,
nas profundezes, ui,
no líquido de um que flui,
gemidos sem dor, vem, mais.

terça-feira, março 18, 2014

Blaise Pascal - Filme Completo. Cinema

ALFAZEMA Charles Fonseca. Poesia

ALFAZEMA
Charles Fonseca

Um cheiro de alfazema
pós banho na tenra idade
te ninar só tua vontade
depois berço cantilena

tu dormias eu sonhava
acordavas eu sorria
se choravas correria
choro agora ante nada

pois que és pra mim herdade
o meu filho tu criança
eu idoso em esperança
em ti, neto, que saudade!

Bach e a África. Música

Luigi Vanvitelli, Diana and Acteon, Public Collection. E37. Escultura

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O cavalo e o soldado. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo e o soldado
Esopo

Um soldado, durante uma guerra, alimentou com cevada a seu cavalo, seu companheiro de esforços e perigos.
Mas, acabada a guerra, o cavalo foi empregado em trabalhos servis e para transportar pesadas cargas, sendo alimentado unicamente com palha.
Ao se anunciar uma nova guerra, e ao som da trombeta, o dono do cavalo o aparelhou, armou-se e montou em cima.
Mas o cavalo exausto, caía a cada momento. Por fim disse a seu amo:
- Vai-te, pois que de cavalo que era me converteste num asno. Como queres fazer agora de um asno um cavalo?

Moral da Estória:
Nos tempos de bem-estar, devemos nos preparar para as épocas críticas.

segunda-feira, março 17, 2014

Antoine Calbet de 1885-The Terrace no Boulevard. A27. Pintura

cid: 020201c92e62 $ 5d5d5440 $ 0501a8c0 @ IDA

Fora da Igreja não há salvação. Igreja Cristianismo

«FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO»

846. Como deve entender-se esta afirmação, tantas vezes repetida pelos Padres da Igreja? Formulada de modo positivo, significa que toda a salvação vem de Cristo-Cabeça pela Igreja que é o seu Corpo:

O santo Concílio «ensina, apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, que esta Igreja, peregrina na terra, é necessária à salvação. De facto, só Cristo é mediador e caminho de salvação. Ora, Ele torna-Se-nos presente no seu Corpo, que é a Igreja. Ao afirmar-nos expressamente a necessidade da fé e do Batismo, Cristo confirma-nos, ao mesmo tempo, a necessidade da própria Igreja, na qual os homens entram pela porta do Batismo. É por isso que não se podem salvar aqueles que, não ignorando que Deus, por Jesus Cristo, fundou a Igreja Católica como necessária, se recusam a entrar nela ou a nela perseverar» (341).

847. Esta afirmação não visa aqueles que, sem culpa da sua parte, ignoram Cristo e a sua igreja:

«Com efeito, também podem conseguir a salvação eterna aqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo e a sua Igreja, no entanto procuram Deus com um coração sincero e se esforçam, sob o influxo da graça, por cumprir a sua vontade conhecida através do que a consciência lhes dita» (342).

848. «Muito embora Deus possa, por caminhos só d'Ele conhecidos, trazer à fé, «sem a qual é impossível agradar a Deus» (343), homens que, sem culpa sua, ignoram o Evangelho, a Igreja tem o dever e, ao mesmo tempo, o direito sagrado, de evangelizar» (344) todos os homens.

Catecismo

domingo, março 16, 2014

The Lion King Soundtrack (Walt Disney) (+playlist)

Mary Ellen Mark. Fotografia

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PETITÓRIO. Charles Fonseca. Poesia

PETITÓRIO
Charles Fonseca

Oh, céus, quantas as mágoas
trazidas do meu passado
cicatrizes mal pensadas
pós moinho inda são águas

no meu oceano de amores
são tantas as correntezas
em torvelinho que presas
às virações, que são dores

em busca de um remanso
de parada em promontório,
a vós, peço em petitório,
dá-me a paz por descanso

a esta vida que é nau
singra mar em busca cais
quer só amar quer só paz,
dá-me o descanso do mau.

A massa é ignara. O boi não foi pro brejo, o magarefe o ceifou. Corrupção

Aqui há amor. Charles Fonseca. Fotografia

O cavalo e o leâo. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo e o leâo
Esopo

Viu o Leão andar comendo o Cavalo em um outeiro, e cuidando em que maneira faria que lhe esperasse para o matar, chegou-se com palavras amigas, dizendo que era médico, se queria que o curasse.
O cavalo, que o conheceu e entendeu, disse com dissimulação:
- Em verdade, vens, amigo a bom tempo, que tenho neste pé um espinho de que estou maltratado.

Chegou-se o leão a ver-lhe o pé; e o cavalo o levantou e lho assentou nas queixadas, em modo que ficou embaraçado; e tornando em si, vendo era ido o cavalo, disse:
- Por certo que fez bem em me ferir e ir-se, pois eu queria comê-lo e não curá-lo.

sábado, março 15, 2014

Morte e vida severina (animação baseada na obra de João Cabral de Melo N...

BAILE À FANTASIA. Charles Fonseca . Poesia

BAILE À FANTASIA
Charles Fonseca

Ela era uma coelhinha
Toda preto e vermelho
Ele palhaço pentelho
Eu pulando com peninha

Volteios pleno o salão
Num baile de carnaval
Filhos meus fui bem ou mal
Chacoalhei na ilusão.

Triple Concerto Choral Fantasy - Beethoven. Música

A Igreja e os não cristãos. Igreja. Cristianismo

A IGREJA E OS NÃO-CRISTÃOS

839. «Aqueles que ainda não receberam o Evangelho estão também, de uma de ou outra forma, ordenados ao povo de Deus» (331):

A relação da Igreja com o Povo Judaico. A Igreja, povo de Deus na nova Aliança, ao perscrutar o seu próprio mistério, descobre o laço que a une ao povo judaico (332), «a quem Deus falou primeiro» (333). Ao invés das outras religiões não cristãs, a fé judaica é já uma resposta à revelação de Deus na antiga Aliança. É ao povo judaico que «pertencem a adopção filial, a glória, as alianças, a legislação, o culto, as promessas [...] e os patriarcas; desse povo Cristo nasceu segundo a carne» (Rm 9, 4-5); porque «os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11, 29).

840. Aliás, quando se considera o futuro, o povo de Deus da Antiga Aliança e o novo povo de Deus tendem para fins análogos: a esperança da vinda (ou do regresso) do Messias. Mas a esperança é, dum lado, a do regresso do Messias, morto e ressuscitado, reconhecido como Senhor e Filho de Deus: do outro, a da vinda no fim dos tempos do Messias, cujos traços permanecem velados – expectativa acompanhada pelo drama da ignorância ou do falso conhecimento de Cristo Jesus.

841. Relações da Igreja com os muçulmanos. «O desígnio de salvação envolve igualmente os que reconhecem o Criador, entre os quais, em primeiro lugar, os muçulmanos que declarando guardar a fé de Abraão, connosco adoram o Deus único e misericordioso que há-de julgar os homens no último dia» (334).
842. A ligação da Igreja com as religiões não cristãs é, antes de mais, a da origem e do fim comuns do género humano:

«De facto, todos os povos formam uma única comunidade; têm uma origem única, pois Deus fez que toda a raça humana habitasse à superfície da terra; têm também um único fim último, Deus, cuja providência, testemunhos de bondade e desígnio de salvação se estendem a todos, até que os eleitos sejam reunidos na cidade santa» (335).

843. A Igreja reconhece nas outras religiões a busca, «ainda nas sombras e sob imagens», do Deus desconhecido mas próximo, pois é Ele quem a todos dá vida, respiração e todas as coisas e quer que todos os homens se salvem. Assim, a Igreja considera tudo quanto nas outras religiões pode encontrar-se de bom e verdadeiro, «como uma preparação evangélica e um dom d'Aquele que ilumina todo o homem, para que, finalmente, tenha a vida» (336).

844. Mas no seu comportamento religioso, os homens revelam também limites e erros que desfiguram neles a imagem de Deus:

«Muitas vezes, enganados pelo Maligno, transviaram-se nos seus raciocínios, trocando a verdade de Deus pela mentira. Preferindo o serviço da criatura ao do Criador, ou vivendo e morrendo sem Deus neste mundo, expuseram-se ao desespero final» (337).

845. Foi para reunir de novo todos os seus filhos, desorientados e dispersos pelo pecado, que o Pai quis reunir toda a humanidade na Igreja do seu Filho. A Igreja é o lugar onde a humanidade deve reencontrar a sua unidade e a salvação. Ela é «o mundo reconciliado» (338); é a nau que «navega segura neste mundo, ao sopro do Espírito Santo, sob a vela panda da Cruz do Senhor» (339). Segundo uma outra imagem, querida aos Padres da Igreja, ela é figurada pela arca de Noé, a única que salva do dilúvio (340).

Catecismo

This is why we fly...

O cavalo e o cavalariço. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo e o cavalariço
Esopo

Um zeloso empregado de uma cocheira costumava passar dias inteiros limpando e escovando um cavalo que estava sob seus cuidados, no entanto ao mesmo tempo roubava os grãos de aveia da alimentação do pobre animal e os vendia para obter lucro.
- Que pena - disse o cavalo - se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos, e me alimentava mais.

Moral da Estória:
Honestidade é a melhor política.

sexta-feira, março 14, 2014

Junto Ao Trono De Deus. 446. Hino. Igreja. Cristianismo

Porque governo, juízes, promotores, psicólogos, têm interesse em alijar o psiquiatra da área criminal. Marcelo Caixeta. Medicina

PORQUE GOVERNO, JUÍZES, PROMOTORES, PSICÓLOGOS, TÊM INTERESSE EM ALIJAR O PSIQUIATRA DA ÁREA CRIMINAL ( uma análise baseada em "crimes famosos" cujas "causas psiquiátricas" são "escondidas" da população )

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Um Promotor de Justiça do Rio Grande do Sul, José Taborda, que também é psiquiatra forense, fez uma pesquisa onde constatou que, nas prisões brasileiras, há uma média de 80% de portadores de doenças psiquiátricas.
Portanto, cadeia, no Brasil, virou lugar de doente mental, sendo que os verdadeiros criminosos, geralmente estão em outro lugar, talvez dentro das casas legislativas e palácios suntuosos do Governo.
No entanto, apesar disto, o médico psiquiatra é completamente excluído do sistema penitenciário, ao ponto de Goiás, por exemplo, contar com dezenas de milhares de presos e praticamente nenhum psiquiatra forense para dar-lhes assistência. Esta “exclusão governamental do psiquiatra” não é de se espantar : a primeira fala do novo ministro da saúde, Arthur Chioro, teria sido : “vamos continuar acabando com os hospitais psiquiátricos”.
No combate ao crack, por exemplo, fala-se de “programas e mais programas”, mas nunca se cita o óbvio, por exemplo, que se estes dependentes , hoje irrecuperáveis, tivessem tido atendimento psiquiátrico precoce, uma vez que aproximadamente 90% tiveram hiperatividade na infância ( além de outros transtornos ) , não teriam chegado ao estado calamitoso onde estão.
Enquanto isto, os verdadeiros “crimes”, que são os “crimes de gente normal”, estes continuam fora da cadeia. Até pelo contrário, seus perpetradores continuam frequentando os mais suntuosos palácios da República , dos Governos e das Empresas. Os verdadeiros crimes normais não são impulsivos, não são escancarados, descontrolados, explosivos, são aqueles planejados, arquitetados com genialidade, com “rotas de fuga” e evidências encobertas com precisão cirúrgica , com os rastros apagados a preço de ouro, inclusive ouro que irriga o próprio sistema jurídico-policial ( vide “mensalão”, p.ex. ) .
Enquanto o profissional mais carente no sistema, o psiquiatra, não existe, ou não é contratado por baixíssimos salários ( p.ex., querem pagar 3 mil reais para o cara arriscar a vida num presídio ), outros protagonistas do sistema, desta vez do sistema jurídico-advocatício-promotorias, são pagos praticamente a preço de ouro.
Quando algum crime “espetacular”, geralmente patológico, é cometido, a mídia apressa-se em colher opiniões de todos os segmentos da sociedade, psicólogos, policiais, sociólogos, delegados, juízes, promotores, religiosos, até um pai-de-santo já foi ouvido. Raramente escuta-se a figura do “abominável psiquiatra” : “isto não tem causa médica, isto é problema social, é problema de família, é problema psicológico”, etc. O tempo passa, todos se esquecem, e depois de muita investigação, quando se conclui que a causa era psiquiátrica ( geralmente decorrente de falta de assistência psiquiátrica do criminoso, que já denotava indícios de doença mental antes ), ninguém vem a público “desvendar o enigma”.
Assim aconteceu com o caso de Gustavo Pissardo, por exemplo, aquele rapaz que, em Campinas - SP, matou os avós, pegou um ônibus tranquilamente, foi até S.J. dos Campos e matou os pais. Todos o julgaram um “monstro”, “fez aquilo para pegar a herança”, os psicólogos apressaram-se a mostrar o “fruto moderno da frieza dos filhos”, “desrespeito aos pais”, “banalização da vida”, e outros blábláblás clichês e lugares-comuns. Ninguém vem a público depois desmascarar as causas psiquiátricas do crime : um meningioma de asa do esfenoide, um dos tipos de tumor cerebral que , comprimindo o sistema límbico ( área de processamento emocional ) , leva a graves alterações do comportamento criminal.
Assim também foi com o caso de Marcelo Peseghinni, aquele garoto que pegou a arma dos pais, dois policiais militares de SP, e dizimou uma parte da família, foi para escola, voltou e dizimou o resto, suicidando-se em seguida. Exames psiquiátricos também constataram lesão cerebral por causa de doença genética, congênita, fibrose cística, doença esta que, por causa de problemas pulmonares, p.ex., pneumotórax espontâneo, levou à hipóxia cerebral, produzindo lesões encefálicas que levaram à delírios de morte, perseguição, grandiosidade, megalomania, concretismo, belicosidade, confusão da fantasia ( “estou como em um videogame”) com realidade . Estes traços patológicos, prá variar, nunca foram corretamente levados à médico psiquiatra, diagnosticados e tratados, o que poderia ter evitado a tragédia.
Convencionou-se, no Brasil, adotar-se uma política, largamente apregoada por movimentos de psicólogos, de “des-medicalização”, entre outras pérolas dizendo que “hiperatividade não existe”, é super-diagnosticada e sobre-tratada, “dopando-se” as crianças. São movimentos muito bem orquestrados, unidos por interesses comuns, ora com finalidade política ( contratar-se mais profissionais não-psiquiatras na rede pública, esmagar uma classe - a médica - que ainda tem algum poder de penetração e independência do Estado na Sociedade Civil ), ora com finalidade corporativa ( “ganhar no tapetão”, negando-se a doença psiquiátrica, estrategicamente, para influir escolhas do tipo : “este problema do meu filho eu vou levar é pro psicólogo, Deus me livre de levar isto para um “médico de doidos”, que vai fazer é dopá-lo”).
O resultado do descalabro está aí. Só não digo “está aí prá todo mundo ver” porque, como se viu, até os resultados são encobertos, justamente prá ninguém ver.
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Marcelo Caixeta, psiquiatra . ( escreve às terças, sextas, domingos) - dm.com.br - seção Opinião Pública ( hospitalasmigo@gmail.com).

Médicos registram queixa na Polícia. Medicina

Filippo Della Valle, Bust of Pope Clemente XII, Museumvoor Shone, Kunsten, Ghent, Belgium . E37. Escultura

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NO HOSPITAL. Charles Fonseca. Prosa

NO HOSPITAL
Charles Fonseca

Na enfermaria o paciente com dor chamou a enfermagem. A técnica resmungou e foi embora. A enfermeira lhe disse que homem é mais fraco que mulher e nada fez a mais. O paciente solicitou a vinda da supervisão de enfermagem. Não apareceu. O paciente chamou a polícia.

Andrea Pozzo, 1691-94 - Allegory of the Jesuits' Missionary Work - Sant'Ignazio, Rome. A27. Pintura

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quinta-feira, março 13, 2014

CHAMPANHE. Charles Fonseca. Poesia

CHAMPANHE
Charles Fonseca

Chove champanhe na praia,
cheiro sargaço no mar,
onda na praia a beijar,
os pés dos noivos esvaia,

meu Deus, toda a tristeza,
agora amor plenitude,
só festa depois quietude,
sonho do sonho embalar!

A DOR DE VIVER. Charles Fonseca. Poesia

A DOR DE VIVER
Charles Fonseca

As dores do meu viver
São dores do muito amar
São dores do desprezar
Dores são do até mais ver.

De dia eu as esqueço
De noite nas madrugadas
Acordam-me ante o nada
Do amor dos meus sem apreço

Do bem que eles me são
Do mal que é o não vê-los
Do não, mereço desvelos,
Do sim, meu não à ilusão.

Lindo país. Hino 571. Igreja. Cristianismo

)

Soneto do amor total. Vinicius de Moraes. Poesia

Soneto do amor total
Vinicius de Moraes

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade


Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

-

Hélio Bicudo desmascara Lula e o PT (Completo)

)

Frederic Chopin - Noturnes. Música

)

Quem pertence à Igreja católica? Cristianismo. Igreja

QUEM PERTENCE À IGREJA CATÓLICA?

836. «Todos os homens são chamados [...] à unidade católica do povo de Deus; de vários modos a ela pertencem, ou para ela estão ordenados, tanto os fiéis católicos como os outros que também acreditam em Cristo e, finalmente, todos os homens sem excepção, que a graça de Deus chama à salvação» (326):

837. «Estão plenamente incorporados na sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos, e que, além disso, pelos laços da profissão de fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, estão unidos no todo visível da Igreja, com Cristo que a dirige por meio do Sumo Pontífice e dos bispos. Mas a incorporação não garante a salvação àquele que, por não perseverar na caridade, está no seio da Igreja «de corpo» mas não «de coração» (327).

838. «Com aqueles que, tendo sido baptizados, têm o belo nome de cristãos, embora não professem integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro, a Igreja sabe-se unida por múltiplas razões» (328). «Aqueles que crêem em Cristo e receberam validamente o Baptismo encontram-se numa certa comunhão, embora imperfeita, com a Igreja Católica» (329). Quanto às Igrejas Ortodoxas, esta comunhão é tão profunda «que bem pouco lhes falta para atingir a plenitude, que permita uma celebração comum da Eucaristia do Senhor» (330).


Catecismo

terça-feira, março 11, 2014

Edward Weston. Fotografia

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Queixa-se o Poeta em que o mundo vai errado. Gregório de Matos. Poesia


Queixa-se o Poeta em que o mundo vai errado e, querendo emendá-lo, o tem por empresa dificultosa
Carregado de mim ando no mundo,
E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo
Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,
Erra, quem presumir, que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,
Que é melhor neste mundo o mar de enganos
Ser louco cos demais, que ser sisudo.

- Gregório de Matos, in 'Obra poética'. (Org.) James Amado. (Prep. e notas) Emanuel Araújo. (Apres. ) Jorge Amado. 3.ed. Rio de Janeiro: Record, 1992.

segunda-feira, março 10, 2014

Golpe de Estado no Brasil Pela Esquerda (PT) - Reinaldo Azevedo no I Fór...


Greve dos Garis: ouça o que a grande mídia silencia! (08-03-2014). Política


A SAUDADE. Charles Fonseca. Poesia

A SAUDADE
Charles Fonseca

A saudade no meu peito
Já começa na aurora
Ela chega, vou embora,
Ela vai, fico sem jeito

De ficar, foi tudo sonho,
Foi cochilo, foi quimera,
Só cochicho, ai quem dera!
Põe-se o sol, fico tristonho.

domingo, março 09, 2014

маленькая девочка дирижирует хором)). Música


Smile - Nat King Cole. Música


Políticas governamentais prejudicam a assistência médico-hospitalar. Marcelo Caixeta. Medicina

Políticas governamentais prejudicam a assistência médico-hospitalar
Marcelo Caixeta

Por causa do Sistema Único de Saúde governamental (SUS), todo brasileiro, mesmo os mais ricos, acha que a assistência médico-hospitalar tem de ser dada de graça. Estes dias mesmo, chegou ao nosso hospital , filantrópico, 100% SUS, numa “caminhonetona”, o pai de um garoto gravemente psicótico. O pai ( e também o filho, apesar da psicose ), estavam muito bem vestidos, “roupa e sapatos de marca”, tinham aparelho ortodôntico estético, o pai era auditor fiscal da Fazenda . Para terem uma ideia, até site pessoal o pai dele tinha ( tipo www.fulanodetal.com). Pois bem, chegaram ao hospital com o seguinte discurso: “Estamos sem dinheiro, queremos internar pelo SUS.” A doença do filho era grave (psicose catatônica, sem comer, beber, sem dormir, etc), havia risco de vida. Todos na família tinham aparelhos nos dentes , o cabelo da mãe era impecável (daqueles que se gasta R$ 300 para arrumar ) , afora a caminhonete cabine dupla, som estéreo, filme, roda de liga, etc. Então, vejam bem, a família gasta com tudo, mas acham que hospital e médico têm de ser “de graça”.

Aí vão para o Governo, ou no máximo um plano de saúde , daqueles que pagam R$ 30 por uma “consultinha”. Aí, evidentemente, são mal atendidos, são mal acolhidos nos hospitais, a resolutividade é baixa, morre gente. Os médicos e hospitais particulares, aproveitando-se de todo este sistema que não funciona, destacam-se do resto, têm mais resolutividade, e aí “arrancam o couro”. Esta é a dinâmica que estamos vivendo, mas, ao invés de reclamarem de quem causa tudo, o Governo, reclamam é para os bois. Aliás, por falta de estudo e profundidade, a Sociedade Brasileira nem se deu conta ainda deste tipo de problema político-social.

Como a maior parte dos médicos e hospitais está comprometida com o mal-fadado SUS e com os planos de saúde (cuja maioria hoje não passa de uma extensão do SUS), acaba sobrando pouca oferta médica de qualidade. Aí o preço do serviço fica alto. Aí é hora de vir a sociedade e reclamar; o Governo aproveita-se deste ódio da classe média e, numa jogada puramente marqueteira-eleitoreira, resolve, com sucesso, eleger o médico como o vilão de todo o sistema, inclusive culpado do caos no SUS. Todos engolem : Mídia, Judiciário, Ministério Público, todos gostam de jogar para a galera, gostam de jogar para o governo, jogar para a classe média.

O governo, como todo governo esquerdista, quer um Estado forte, quer continuar “intervindo” na área da saúde, assim como tenta intervir na economia. Opta por suprir o SUS e o mercado brasileiro com profissionais não-médicos, ou seja, opta por autorizar não-médicos (cubanos com três anos e meio de curso técnico) a realizarem trabalhos médicos (outros profissionais de saúde e profissionais com formação precária em Cuba, sem diplomas válidos). Isto lhes dá mais um ano de “sobrevida”, que é o tempo necessário para reeleger Dilma e eleger o ex- ministro da Saúde Padilha em São Paulo. Não resolverá o problema, pois o “SUS não funciona” porque o problema é estrutural. Não é nem falta de dinheiro, é falta de gerenciamento. Por exemplo, no hospital filantrópico que eu dirijo há médicos que preferem trabalhar para ganhar R$ 3 mil por mês em um serviço decente a receber R$ 10 mil no governo. No entanto, apesar do SUS não funcionar, ele “contamina” todo o sistema de saúde brasileiro. O brasileiro pensa : “pagar médico para quê, se no SUS eu tenho de graça ?”.

Mas, como dizem, “o SUS não funciona”, então ele migra para o plano de saúde. Só que no plano, ele também não acha médicos bons, aí volta a pensar com a mesma filosofia do SUS: “pagar médico eu não pago, pois já pago o plano de saúde” (o paciente não quer nem saber se o plano repassa ao médico apenas uma média de R$ 30 por consulta). Então, o que acontece no país todo: muita gente morrendo, mal medicada, mal assistida, mal operada, mal examinada, etc, tudo porque o padrão de qualidade é o “padrão SUS-gratuito”. Não há, no Brasil, a filosofia do: “Se eu quiser médico ou hospital bom eu tenho de pagar algo por isto”; “não acho médicos bons no SUS ou convênios médicos”; “não há como um médico ser bom e ficar no SUS ou convênios, pois não consegue sobreviver, se tiver de fazer uma consulta boa, de duas horas, não tem como sobreviver ganhando o que irá ganhar”; “como em todo lugar, o que é bom custa caro”. Isto funciona em qualquer área da vida pública brasileira, cabeleireiros, advogados, educação, engenheiros, até a Justiça é passível de ser comprada (com bons causídicos, por exemplo) , menos na área médica.

Aqui o médico que cobra muito “é mercenário”, “não honra o sacerdócio do juramento de Hipócrates”. Em nossa área há uma subversão e distorção de valores : aqui acha-se que se tem o direito de ser atendido de graça e muito bem (aliás, o governo diz que extorque impostos é para isto, está aí a enxurrada de propaganda, inclusive propaganda eleitoral antecipada, para a qual o Ministério Público Eleitoral , sobretudo Federal, parece fazer vistas grossas - “seria porque é todo mundo funcionário público mesmo e o que é público não ataca o que é público“ ? - isto seria “atacar o próprio patrão?”) .

A consequência de tudo isto é a maior discriminação social, o maior apartheid, que se tem notícia : só uma parcela ínfima da população tem assistência adequada, a grande parte, ou seja a pobreza e grande parte da classe média, tem uma assistência muito ruim, meia-sola. Na saúde não dá para acostumar-se com isto, pois morre gente, daí as denúncias e indignações, revoltas, frequentes e crescentes (mais mídia, mais processos, promotores, centros do consumidor, etc) . O problema é que ninguém “senta” para pensar e descobrir que a raiz de tudo está lá atrás, está no Governo estatizante (“O Estado é que deve ter o poder”) que gera todas estas distorções, começando pelo SUS. Nem os partidos de oposição questionam isto (todos pregam “mais Estado”), sendo esta talvez uma das causas do porque não termos oposição de verdade neste país.

Muitos médicos que tentam sair desta teia de aranha ficam mais presos nela. Dou um exemplo: estes dias eu quis pagar particular para um médico tratar de uma parente num hospital porque sabia que convênio pagava pouco. O médico, que eu sei que é bom, diz que não tinha jeito, que, para pacientes de convênio, a cláusula só admitia que ele tratasse pelo convênio. Resultado : tratou minha parente muito mal, corrido, sem tempo de dar assistência, trabalho mal-feito, (assim como a maioria dos pacientes de convênio) e a paciente morreu. Ele disse que precisa do convênio para ter pacientes, para ter propaganda, que não conseguiria viver só de particular, disse que no hospital (de grande porte e “alta complexidade”, como gostam de dizer hoje) em que trabalha, só aceitam atendimentos por convênios. Aí gera-se um círculo vicioso, pois ele tem mais pacientes, mas recebe menos, e consequentemente trabalha mal, matando alguns. Com isto, com a má-fama, eles não têm como formar uma boa clientela particular.

A maior parte da população, que é leiga (e além do mais brasileiro lê e estuda pouco), não nota que está morrendo ou sendo sequelada por causa de uma medicina e hospitais de qualidade muito ruim. Ou quando vê, vêm em cima do médico, uma classe que está desesperada e desesperançosa (pelo menos os menos picaretas). Muitos médicos querem trabalhar bem, trabalhar melhor, mas não conseguem respaldo da sociedade : escutam sempre isto: “Eu pago imposto é para ser atendido pelo SUS; eu pago o plano de saúde é para ser bem atendido pelo médico conveniado”; “não importa se é médico do governo ou conveniado, ele fez um juramento de atender bem”. Os médicos dizem : “Eu tenho muita dificuldade em ter paciente particular, só tenho muitos pelo SUS ou convênios”. Com este problema, quando ele tem um particular, aí tem de “arrancar o couro” para tirar o atraso (“fui no consultório, longe, fiquei a manhã toda, para atender apenas uma consulta, tenho de cobrar caro”) . Com esta atitude, os particulares fogem mais ainda, fechando o círculo vicioso do qual não consegue sair. Se não houvesse todo este sistema atrapalhando, SUS-convênios, o preço da consulta particular poderia abaixar com certeza, pois haveria maior procura, maior oferta, os preços abaixariam. Os pacientes acabam não notando que é por causa da “filosofia herdeira do SUS” – a ingerência estatal cada vez maior na prática da Medicina – que estão morrendo ou ficando sequelados. Nem médicos e nem pacientes sabem as causas ou sabem muito bem como desmontar esta bomba-relógio e este aqui é um artigo que visa ajudar esclarecer isto.

Vê-se aí como esta política de “popularização” da Medicina, à lá SUS, só vem piorando a qualidade da medicina brasileira. A saída seria muito simples, se o governo e políticos quisessem : desmontar o SUS e ressarcir os muito pobres (só os pobres, pois não se justifica governo bancar o tratamento de quem pode pagar) quando forem tratados nos médicos e hospitais particulares.

Como na Economia, toda vez que o governo interfere demais, quer intervir demais, totalitariamente, gera este tipo de distorção aí acima. Mas ninguém fala nisto, nem mesmo os médicos ou suas entidades representativas, ou por ignorância, por governismo (toda a classe média é governista, neste País, pois está esperando a “eterna boquinha”) ou por simples má-fé mesmo.

(Marcelo Caixeta, psiquiatra, escreve às terças-feiras, sextas-feiras, domingos)
Diário da Manhã

O cavalo e o burro. Esopo. Fábula. Prosa

O cavalo e o burro
Esopo


Um camponês levava um cavalo e um burro, ambos com igual carga, para o mercado. Quando já haviam caminhado uns bons pedaços da estrada, o burro sentiu suas forças se esvaírem. Assim, pediu ele todo queixoso ao cavalo:
— Oh, você é muito maior e mais forte que eu, e não acha pesada a sua carga; leve uma parte da minha, do contrário vou pifar.
Durão, o cavalo rebateu ao seu pedido:
— Eu tenho a minha própria carga, e já é o bastante.
Ofegante, prosseguiu o burro arrastando sua carga até que, finalmente, esgotado, "esburrachou-se". Não percebendo, o camponês deu-lhe um tapa, mas ele já estava morto. Então, para continuar, o cavalo teve que ficar com toda a carga do burro e, ainda por cima, o camponês tirou a pele do burro e cobriu a nova carga do cavalo com ela.
O cavalo arrependeu-se tarde demais da sua dureza de coração:
— Com leve esforço, lamentou ele, eu poderia ter carregado uma parte da carga do burro e salvá-lo da morte. Agora devo carregar toda a sua carga e, ainda, por cima de tudo, sua própria pele.

sábado, março 08, 2014

MINHA MÃE. Fotografia


EROILDES, upload feito originalmente por Charles Fonseca.

Chuvas de bênçãos. Hino. Igreja


Antônio Marcos - Como Vai Você - Que será de ti? Música


JATIUCA. Charles Fonseca. Poesia

JATIUCA
Charles Fonseca

Na praia de Jatiuca
Uma criança insone
Diz ao mundo que consome
Facebook em sinuca
A noite me é criança
Vem o amor e logo some
‘Stou pra ficar maluca

Assim não dá quero é mais
Um abraço um chamego
Um ombro amigo um apego
Um gozar em mim a paz!

sexta-feira, março 07, 2014

Richard Avedon. Fotografia

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Memórias do cárcere. Graciliano Ramos. Prosa

"Quem dormiu no chão deve lembra-se disto, impor-se disciplina, sentar-se em cadeiras duras, escrever em tábuas estreitas. Escreverá talvez asperezas, mas é delas que a vida é feita: inútil negá-las, contorná-las, envolvê-las em gaze."

- Graciliano Ramos, em 'Memórias do Cárcere', 1953.

Alexander van Gaelen - William III's Procession To The Houses Of Parliament. A27. Pintura

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Francesco Waldambrino, 1406 - San Crescencio, Museo dell'Opera del Duomo, Siena, Italy. Escultura

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Cada uma das igrejas particulares é católica. Igreja

CADA UMA DAS IGREJAS PARTICULARES É «CATÓLICA»

832. «A Igreja de Cristo está verdadeiramente presente em todas as legítimas comunidades locais de fiéis que, unidas aos seus pastores, recebem, também elas, no Novo Testamento, o nome de Igrejas [...]. Nelas, os fiéis são reunidos pela pregação do Evangelho de Cristo e é celebrado o mistério da Ceia do Senhor [...]. Nestas comunidades, ainda que muitas vezes pequenas e pobres ou dispersas, está presente Cristo, por cujo poder se constitui a Igreja una, santa, católica e apostólica» (318).
833. Entende-se por Igreja particular, que é em primeiro lugar a diocese (ou «eparquia»), uma comunidade de fiéis cristãos em comunhão de fé e de sacramentos com o seu bispo, ordenado na sucessão apostólica (319). Estas Igrejas particulares «são formadas à imagem da Igreja universal; é nelas e a partir delas que existe a Igreja Católica una e única» (320).
834. As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma de entre elas: a Igreja Romana, «que preside à caridade» (321). «Com esta Igreja, mais excelente por causa da sua origem, deve necessariamente estar de acordo toda a Igreja, isto é, os fiéis de toda a parte» (322). «Desde que o Verbo Encarnado desceu até nós, todas as Igrejas cristãs de todo o mundo tiveram e têm a grande Igreja que vive aqui (em Roma)como única base e fundamento, porque, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevalecerão sobre ela» (323).

835. «A Igreja universal não deve ser entendida como simples somatório ou, por assim dizer, federação de Igrejas particulares [...]. Mas é antes a Igreja, universal por vocação e missão, que lançando raiz numa variedade de terrenos culturais, sociais e humanos, toma em cada parte do mundo aspectos e formas de expressão diversos» (324). A rica variedade de normas disciplinares, ritos litúrgicos, patrimónios teológicos e espirituais, próprios das Igrejas locais, «mostra da forma mais evidente, pela sua convergência na unidade, a catolicidade da Igreja indivisa» (325).


Catecismo

quinta-feira, março 06, 2014

Nirvana - From the Muddy Banks of the Wishkah [Full Album]. Música


O carvalho e os juncos. Esopo. Fábula. Prosa.

O carvalho e os juncos
Esopo

O carvalho e os juncos

Um grande carvalho, ao ser arrancado do chão pela força de forte ventania, rio abaixo é arrastado pela correnteza.
Desse modo, Levado pelas águas, ele cruza com alguns juncos, e em tom de lamento exclama:
"Gostaria de ser como vocês, que de tão esguios e frágeis, não são de modo algum afetados por estes fortes ventos."
E eles responderam:
"Você lutou e competiu com o vento, por isso mesmo foi destruído. Nós ao contrário, nos curvamos, mesmo diante do mais leve sopro da brisa, e por esta razão permanecemos inteiros e a salvo."


Moral da História:
Para vencer os mais fortes, não devemos usar a força, mas antes disso, inteligência e humildade.

VIRA-LATA. Charles Fonseca. Poesia

VIRA-LATA
Charles Fonseca

Não deixes ao abandono
Teu cãozinho vira-lata
De amor também se mata
Coitadinho, cão sem dono!

Cuida bem do teu cãozinho
Cachorrinho de balaio
Do amor ele é lacaio
Oh que dor sem teu carinho!

Tu já fostes filhotinho
Hoje és cãozinho de porte.
Com amor, cãozinho forte,
Sem amor, cão coitadinho!

quarta-feira, março 05, 2014

De novo, Lewandovsky? Fotografia

O que quer dizer "católica"?. Igreja

QUE QUER DIZER «CATÓLICA»?
830. A palavra «católico» significa «universal» no sentido de «segundo a totalidade» ou «segundo a integridade». A Igreja é católica num duplo sentido:
É católica porque Cristo está presente nela: «onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica» (312). Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça (313), o que implica que ela receba d'Ele a «plenitude dos meios de salvação» (314) que Ele quis: confissão de fé recta e completa, vida sacramental integral e ministério ordenado na sucessão apostólica. Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes (315) e sê-lo-á sempre até ao dia da Parusia.
831. É católica, porque Cristo a enviou em missão à universalidade do género humano (316):
«Todos os homens são chamados a fazer parte do povo de Deus. Por isso, permanecendo uno e único, este povo está destinado a estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus que, no princípio, criou a natureza humana na unidade e decidiu enfim reunir na unidade os seus filhos dispersos [...]. Este carácter de universalidade que adorna o povo de Deus é dom do próprio Senhor. Graças a tal dom, a Igreja Católica tende a recapitular, eficaz e perpetuamente, a humanidade inteira, com todos os bens que ela contém, sob Cristo Cabeça, na unidade do Seu Espírito (317).

Catecismo

A farra da cocaína e da maconha no Brasil. Por que seria diferente? E vai piorar, é claro! Reinaldo de Azevedo. Medicina.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-farra-da-cocaina-e-da-maconha-no-brasil-por-que-seria-diferente-e-vai-piorar-e-claro/

Roberto Carlos - Como é grande o meu amor por você. Música


terça-feira, março 04, 2014

segunda-feira, março 03, 2014

Direitos do médico. Código de ética médica. Conselho Federal de Medicina

http://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra_2.asp

O cachorro e sua sombra. Esopo. Fábula. Prosa,

O Cachorro e Sua Sombra
Esopo

Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.

Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua.

Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.


Moral da História:
É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.

Filippo Della Valle, 1750 - Annunciation, Public Collection. E37. Escultura

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A BANALIDADE. Charles Fonseca. Prosa

Ante a banalidade a que chegou o Facebook criei um grupo secreto denominado Amigos do Peito Charles Fonseca. Destina-se a pessoas conhecidas, confiáveis, amigas, que postem algo como contribuição e que seja belo, bom e justo. Que curtam ou comentem sobre o postado ainda que de vez em quando. Enfim, sejam ativos e não só receptivos. Pouco a pouco vou convidando os que assim considero. Tendo a no futuro fazer minhas postagens predominantemente para estas seletas pessoas.

Pintura espanhola. Museu do Prado. Pintura

sábado, março 01, 2014

Lavoura arcaica. Raduan Nassar

“[...] é na memória do avô que dormem nossas raízes, no ancião que se alimentava de água e sal para nos prover de um verbo limpo, no ancião cujo asseio mineral do pensamento não se perturbava nunca com as convulsões da natureza; [...] nenhum entre nós há de apagar da memória sua descarnada discrição ao ruminar o tempo em sua andança pela casa; [...]”

- Raduan Nassar, in: Lavoura arcaica, 1989, p. 58.

Frank Oscar Lawson. Fotografia

Clique para ver a imagem em tamanho real

A Igreja é santa. Igreja

II. A Igreja é santa

823. «A Igreja é [...], aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é proclamado «o único Santo», com o Pai e o Espírito, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para a santificar, uniu-a a Si como seu Corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo para glória de Deus» (294). A Igreja é, pois, «o povo santo de Deus» (295), e os seus membros são chamados «santos» (296).

824. A Igreja, unida a Cristo, é santificada por Ele. Por Ele e n'Ele toma-se também santificante. «Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, (297) para a santificação dos homens em Cristo e para a glorificação de Deus». É na Igreja que se encontra «a plenitude dos meios de salvação» (298). É nela que «nós adquirimos a santidade pela graça de Deus» (299).

825. «Na terra, a Igreja está revestida duma verdadeira, ainda que imperfeita, santidade» (300). Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir: «Munidos de tantos e tão grandes meios de salvação, todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um pelo seu caminho» (301).

826. A caridade é a alma da santidade à qual todos são chamados: «É ela que dirige todos os meios de santificação, lhes dá alma e os conduz ao seu fim»(302):

«Compreendi que, se a Igreja tinha um corpo composto de diferentes membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a igreja tinha um coração, e que esse coração estava ardendo de amor. Compreendi que só o Amor fazia agir os membros da Igreja; que se o Amor se apagasse, os apóstolos já não anunciariam o Evangelho, os mártires recusar-se-iam a derramar o seu sangue... Compreendi que o Amor encerra todas as vocações, que o Amor é tudo, que abarca todos os tempos e lugares ... numa palavra, que ele é Eterno» (303).

827. «Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (304). Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores (305). Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos (306). A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação:
A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo» (307).

828. Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está nela, e ampara a esperança dos fiéis, propondo-lhes os santos como modelos e intercessores (308). «Os santos e santas foram sempre fonte e origem de renovação nos momentos mais difíceis da história da Igreja (309)». «A santidade é a fonte secreta e o padrão infalível da sua actividade apostólica e do seu dinamismo missionário» (310).

829. «Na pessoa da Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição, sem mancha nem ruga, que lhe é própria. Mas os fiéis de Cristo têm ainda de trabalhar para crescer em santidade, vencendo o pecado. Por isso, levantam os olhos para Maria»(311): nela, a Igreja é já plenamente santa.

Catecismo

Deus cuidará de ti. Hino. Música. Igreja