O ABUTRE E OS DEMAIS PÁSSAROS
Esopo
O abutre convidou a banquete todas as outras aves, dizendo que queria solenizar o seu natal. Vieram muitas delas e recolhendo-as todas em um aposento, depois que foram horas de cear, como todas estivessem assentadas esperando, vem o abutre e cena as portas, e começa a matá-las a uma e uma. Todas com medo avoejavam, por não haver alguma que se atrevesse com ele. E enfim ele sem piedade as matou, porque para isso as convidou ou ao menos para as pilhar.
sexta-feira, janeiro 31, 2014
O abutre e os demais pássaros. Esopo. Fábula. Prosa
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Meu retrato em branco e preto. Charles Fonseca. Fotografia
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quinta-feira, janeiro 30, 2014
IMPOSSÍVEL. Charles Fonseca. Poesia
IMPOSSÍVEL
Charles Fonseca
Ela sempre desejante
Ele sempre esperançoso
Ficou ao fim rançoso
Ficou ela na minguante.
Ela toda autoridade
Ele só condescendente
Ficou sozinho somente
Ficou ela só, saudade
Do impossível, do gozo
De só estar no imaginário
Ele só um rebotalho
Ela adeus presunçoso.
Charles Fonseca
Ela sempre desejante
Ele sempre esperançoso
Ficou ao fim rançoso
Ficou ela na minguante.
Ela toda autoridade
Ele só condescendente
Ficou sozinho somente
Ficou ela só, saudade
Do impossível, do gozo
De só estar no imaginário
Ele só um rebotalho
Ela adeus presunçoso.
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Amor sem igual
Oh não tens ouvido do amor sem igual, do amor que teu Deus tem por ti?
Do amor que O levou a Seu Filho entregar pr'os salvos levar para Si!
Oh cre! oh cre, a graça de Deus te chama dos céus
Oh cre neste amor sem igual!
Não foram os grandes que Cristo chamou, nem justos veio Ele salvar;
Mas pobres e fracos, culpados e maus, mandou pelos servos chamar!
Oh cre! oh cre, a graça de Deus te chama dos céus
Oh cre neste amor sem igual!
O homem, porém não podia chegar à santa presença de Deus.
Porque seus pecados qual grande montão, vendavam-lhe a entrada nos céus!
Oh cre! oh cre, a graça de Deus te chama dos céus
Oh cre neste amor sem igual!
Mas pelo Seu sangue Jesus expiou a culpa dos crentes na cruz,
Tirando o pecado caminho mostrou, o qual para o céu nos conduz.
Oh cre! oh cre, a graça de Deus te chama dos céus
Oh cre neste amor sem igual!
E tu pecador não desejas então, o amor do teu Deus conhecer?
Por fé no Senhor, como teu Salvador, irás alcançar tal prazer.
Oh cre! oh cre, a graça de Deus te chama dos céus
Oh cre neste amor sem igual!
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CFM terá de regulamentar cirurgia. Medicina
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Joseph François Bosio - Louis XIV, 1816-22 Place des Victoires, Paris. E35. Escultura
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quarta-feira, janeiro 29, 2014
Como destruir a Ordem dos Médicos do Brasil [ e transformá-la em uma Entidade hipoativa, governista, elitista, segregacionista, como o são CFM, AMB, Fenam, Sindicatos, etc] Marcelo Ferreira Caixeta. Medicina
COMO DESTRUIR A ORDEM DOS MÉDICOS DO BRASIL ( OMB )EM 10 PASSOS [ e transformá-la em uma Entidade hipoativa, governista, elitista, segregacionista, como o são CFM, AMB, Fenam, Sindicatos, etc]
Marcelo Ferreira Caixeta
1) O primeiro passo para transformar a OMB em uma "Entidade" é lhe dar uma pessoa jurídica, presidentes, diretores, secretários, conselhos, etc.
2) Quando tiverem tudo isto, aí o Presidente, o Secretário, o Diretor, etc, vai virar para você, simples mortal, e dizer ( tudo isto já aconteceu comigo, em minhas relações com as "Entidades" ): a- você não é como eu, não tem a mesma importância que eu. b- você não tem direito de falar isto, não é membro , associado, diretor, etc. c- você não sabe do que acontece nas profundezas ou nos bastidores. d- se voce quiser algo, se candidate e se eleja. e- você não tem poder de negociação. f- você é só um , como muitos outros, não tem o poder, por ex., de sentar-se com um deputado, um senador, etc . f- o presidente não tem hora para te atender. g- isso não é assunto para uma pessoa, é assunto para uma Entidade. h- deixe com a gente. i - vai dar certo.
3) Os ítens "1" e "2" desconsideram a maior força de um movimento canceroso, metastático, virtual ( " o câncer é invencível" ) : a- serem todos iguais. b- serem todos ativistas . c- não haver "poder" de um ou de outro. d- todos participarem em igualdade, será o maior quem for o melhor, naturalmente. e- ficar indene a processos e influências sobre pessoas juridicas. f- ficar indene a que algum déspota, narciso, político, esquerdista, governista, pegue o poder ( mesmo que todos estejam bem-intencionados agora, é da natureza humana que, no futuro, os abutres peguem o poder ) .
4) Com o ítem 1 e 2, não há transparência e esta, a transparencia, é a maior arma da internet.
5) O médico é um ativista-nato, quer participar, quer fazer a diferença, quer ser igual. Quer ajudar, participar, em uma rede de solidariedade, rede de denuncias, rede de ativismo. Entidade oficial prejudica e sufoca tudo isto. Em Entidade médica moderna não há lugar para "um IGUAL ao outro". Mesmo que o "presidente" atual seja democrático, bem-intencionado, transparente, sincero, corajoso, etc, o próximo não será, o secretário não será, o tesoureiro não será, etc.
6) só uma entidade virtual, capilarizada, metastatizada, não-pessoa-jurídica, é capaz de cumprir com todo o denuncismo que precisamos fazer. Pessoas juridicas ficam sujeitas a : a- processos. b- roubos ( por parte de tesoureiros, facções, etc ). c- anulação do poder capilar. d- interesses esquerdistas.
7) para atividades envolvendo dinheiro, execuções operacionais, coisas concretas que exigem uma pessoa física ou jurídica, pode-se usar um "laranja", nome, cpf, cnpj, emprestado de alguém. Este alguém prestará contas na Rede
8) quando esta capilaridade \ metástase tiver poder suficiente para ajuntar cfm, fenam, amb em uma só, aí , só aí, ela vira pessoa juridica.
9) só a capilarização é capaz de manter o que é mais importante no movimento médico atual : a- denuncias. b- solidariedade. c- informação . d- conscientização. e- ativismo virtual e politico. f- atitudes de ajuda a colegas em dificuldade.
10 ) se a OMB perder a oportunidade de virar estaa grande Rede Capilarizada, irá virar outra Entidade ( e com tendência a esvaziar, como as nossas ) e será atropelada por outra que fará este trabalho.
Marcelo Ferreira Caixeta
1) O primeiro passo para transformar a OMB em uma "Entidade" é lhe dar uma pessoa jurídica, presidentes, diretores, secretários, conselhos, etc.
2) Quando tiverem tudo isto, aí o Presidente, o Secretário, o Diretor, etc, vai virar para você, simples mortal, e dizer ( tudo isto já aconteceu comigo, em minhas relações com as "Entidades" ): a- você não é como eu, não tem a mesma importância que eu. b- você não tem direito de falar isto, não é membro , associado, diretor, etc. c- você não sabe do que acontece nas profundezas ou nos bastidores. d- se voce quiser algo, se candidate e se eleja. e- você não tem poder de negociação. f- você é só um , como muitos outros, não tem o poder, por ex., de sentar-se com um deputado, um senador, etc . f- o presidente não tem hora para te atender. g- isso não é assunto para uma pessoa, é assunto para uma Entidade. h- deixe com a gente. i - vai dar certo.
3) Os ítens "1" e "2" desconsideram a maior força de um movimento canceroso, metastático, virtual ( " o câncer é invencível" ) : a- serem todos iguais. b- serem todos ativistas . c- não haver "poder" de um ou de outro. d- todos participarem em igualdade, será o maior quem for o melhor, naturalmente. e- ficar indene a processos e influências sobre pessoas juridicas. f- ficar indene a que algum déspota, narciso, político, esquerdista, governista, pegue o poder ( mesmo que todos estejam bem-intencionados agora, é da natureza humana que, no futuro, os abutres peguem o poder ) .
4) Com o ítem 1 e 2, não há transparência e esta, a transparencia, é a maior arma da internet.
5) O médico é um ativista-nato, quer participar, quer fazer a diferença, quer ser igual. Quer ajudar, participar, em uma rede de solidariedade, rede de denuncias, rede de ativismo. Entidade oficial prejudica e sufoca tudo isto. Em Entidade médica moderna não há lugar para "um IGUAL ao outro". Mesmo que o "presidente" atual seja democrático, bem-intencionado, transparente, sincero, corajoso, etc, o próximo não será, o secretário não será, o tesoureiro não será, etc.
6) só uma entidade virtual, capilarizada, metastatizada, não-pessoa-jurídica, é capaz de cumprir com todo o denuncismo que precisamos fazer. Pessoas juridicas ficam sujeitas a : a- processos. b- roubos ( por parte de tesoureiros, facções, etc ). c- anulação do poder capilar. d- interesses esquerdistas.
7) para atividades envolvendo dinheiro, execuções operacionais, coisas concretas que exigem uma pessoa física ou jurídica, pode-se usar um "laranja", nome, cpf, cnpj, emprestado de alguém. Este alguém prestará contas na Rede
8) quando esta capilaridade \ metástase tiver poder suficiente para ajuntar cfm, fenam, amb em uma só, aí , só aí, ela vira pessoa juridica.
9) só a capilarização é capaz de manter o que é mais importante no movimento médico atual : a- denuncias. b- solidariedade. c- informação . d- conscientização. e- ativismo virtual e politico. f- atitudes de ajuda a colegas em dificuldade.
10 ) se a OMB perder a oportunidade de virar estaa grande Rede Capilarizada, irá virar outra Entidade ( e com tendência a esvaziar, como as nossas ) e será atropelada por outra que fará este trabalho.
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Inezita Barroso - CASA DE CABOCLO - Chiquinha Gonzaga, Hekel Tavares e Luiz Peixoto - ano de 1956. Música
Inezita Barroso - CASA DE CABOCLO - Chiquinha Gonzaga, Hekel Tavares e Luiz Peixoto.
Gravação de 1956.
Vancê tá vendo
Essa casinha simplisinha
Toda branca de sapê
Diz que ela véve do abandono
Não tem dono
E se tem, ninguém não vê
Uma roseira
Cobre a banda da varanda
E num pé de cambucá
Quando o dia se alevanta
Virgem Santa, fica assim de sabiá
Deixa falar
Toda essa gente mal dizente
Vem que tem um morador
Sabe quem mora dentro dela? Zé Gazela
O maior dos cantador
Quando Gazela
Viu Sinhá Rita, tão bonita
Pôs a mão no coração
Ela pegou., não disse nada, deu risada
Pondo os oínho no chão
E se casaram, mau um dia, que agonia
Quando em casa ele voltou
Zé Gazela, viu a sua Rita, muito aflita
Tava lá Mane Sinhô
Tem duas cruz
Entrelaçada na estrada
Escreveram por detrás
Uma casa de caboclo
Um é pouco, dois é bom
Três é demais
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terça-feira, janeiro 28, 2014
Fernand Fonsagrives. Fotografia
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Um só corpo. Igreja
«UM SÓ CORPO»
790. Os crentes que respondem à Palavra de Deus e se tornam membros do Corpo de Cristo, ficam estreitamente unidos a Cristo: «Neste Corpo, a vida de Cristo difunde-se nos crentes, unidos pelos sacramentos, dum modo misterioso e real, a Cristo sofredor e glorificado» (230), Isto verifica-se particularmente no Batismo, que nos une à morte e ressurreição de Cristo (231), e na Eucaristia, pela qual, «participando realmente no Corpo de Cristo», somos elevados à comunhão com Ele e entre nós (232).
791. Mas a unidade do Corpo não anula a diversidade dos membros: «Na edificação do Corpo de Cristo existe diversidade de membros e funções. É o mesmo Espírito que distribui os seus vários dons, segundo a sua riqueza e as necessidades dos ministérios para utilidade da Igreja» (233). A unidade do Corpo Místico produz e estimula a caridade entre os fiéis: «Daí que, se algum membro padece, todos os membros sofrem juntamente; e se algum membro recebe honras, todos se alegram» (234). Em suma, a unidade do Corpo Místico triunfa sobre todas as divisões humanas: «Todos vós que fostes batizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; porque todos vós sois um só, em Cristo Jesus» (Gl 3, 27-28).
Catecismo
790. Os crentes que respondem à Palavra de Deus e se tornam membros do Corpo de Cristo, ficam estreitamente unidos a Cristo: «Neste Corpo, a vida de Cristo difunde-se nos crentes, unidos pelos sacramentos, dum modo misterioso e real, a Cristo sofredor e glorificado» (230), Isto verifica-se particularmente no Batismo, que nos une à morte e ressurreição de Cristo (231), e na Eucaristia, pela qual, «participando realmente no Corpo de Cristo», somos elevados à comunhão com Ele e entre nós (232).
791. Mas a unidade do Corpo não anula a diversidade dos membros: «Na edificação do Corpo de Cristo existe diversidade de membros e funções. É o mesmo Espírito que distribui os seus vários dons, segundo a sua riqueza e as necessidades dos ministérios para utilidade da Igreja» (233). A unidade do Corpo Místico produz e estimula a caridade entre os fiéis: «Daí que, se algum membro padece, todos os membros sofrem juntamente; e se algum membro recebe honras, todos se alegram» (234). Em suma, a unidade do Corpo Místico triunfa sobre todas as divisões humanas: «Todos vós que fostes batizados em Cristo, fostes revestidos de Cristo. Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher; porque todos vós sois um só, em Cristo Jesus» (Gl 3, 27-28).
Catecismo
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Marco Palmezzano - O aviso com City by the Sea Vaticano Galeria de Imagens . A25. Pintura
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segunda-feira, janeiro 27, 2014
Alckmin libera R$ 37,6 milhões extras para ajudar hospitais filantrópicos da Baixada Santista. Medicina
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Joseph Chinard - Jeanne de l' Orme de l' Isle, 1802 Private Collection. E35. Escultura
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domingo, janeiro 26, 2014
Alda Perdigão - Samba triste (1981). Música
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sábado, janeiro 25, 2014
Mortos na fila. Maranhão. Medicina
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sexta-feira, janeiro 24, 2014
"Hair" - "Aquarius". Música
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As boas coisas da vida. Rubem Braga. Prosa
As boas coisas da vida
Rubem Braga
Uma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fiz esta pequena lista:
- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.
- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.
- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos servente de pedreiro.
- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.
- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor.
- Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – a mulher que não te deu e não te dá, essa amaldiçoada.
- Viajar, partir…
- Voltar.
- Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio
- Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte – o assim chamado descanso eterno.
Rubem Braga
Uma revista mais ou menos frívola pediu a várias pessoas para dizer as “dez coisas que fazem a vida valer a pena”. Sem pensar demasiado, fiz esta pequena lista:
- Esbarrar às vezes com certas comidas da infância, por exemplo: aipim cozido, ainda quente, com melado de cana que vem numa garrafa cuja rolha é um sabugo de milho. O sabugo dará um certo gosto ao melado? Dá: gosto de infância, de tarde na fazenda.
- Tomar um banho excelente num bom hotel, vestir uma roupa confortável e sair pela primeira vez pelas ruas de uma cidade estranha, achando que ali vão acontecer coisas surpreendentes e lindas. E acontecerem.
- Quando você vai andando por um lugar e há um bate-bola, sentir que a bola vem para o seu lado e, de repente, dar um chute perfeito – e ser aplaudido pelos servente de pedreiro.
- Ler pela primeira vez um poema realmente bom. Ou um pedaço de prosa, daqueles que dão inveja na gente e vontade de reler.
- Aquele momento em que você sente que de um velho amor ficou uma grande amizade – ou que uma grande amizade está virando, de repente, amor.
- Sentir que você deixou de gostar de uma mulher que, afinal, para você, era apenas aflição de espírito e frustração da carne – a mulher que não te deu e não te dá, essa amaldiçoada.
- Viajar, partir…
- Voltar.
- Quando se vive na Europa, voltar para Paris, quando se vive no Brasil, voltar para o Rio
- Pensar que, por pior que estejam as coisas, há sempre uma solução, a morte – o assim chamado descanso eterno.
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André Rieu - Hungarian Dance (live in Sydney). Música
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O macaco, o lobo e a raposa. Esopo. Fábula. Prosa
O macaco, o lobo e a raposa
Esopo
Querelou o lobo da raposa, dizendo que fizera um furto. Era juiz o macaco. E a raposa negou fortemente, disputando ambos diante do juiz e cada um descobriu quantas maldades sabia do outro. Depois de o macaco os ouvir, pronunciou a sentença. dizendo: que o lobo não provara bem ser-lhe feito furto: mas que ele entendera que a Raposa tinha furtado alguma cousa; portanto, condenava a ambos que ficassem entre si sempre desavindos, e suspeitosos.
Esopo
Querelou o lobo da raposa, dizendo que fizera um furto. Era juiz o macaco. E a raposa negou fortemente, disputando ambos diante do juiz e cada um descobriu quantas maldades sabia do outro. Depois de o macaco os ouvir, pronunciou a sentença. dizendo: que o lobo não provara bem ser-lhe feito furto: mas que ele entendera que a Raposa tinha furtado alguma cousa; portanto, condenava a ambos que ficassem entre si sempre desavindos, e suspeitosos.
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quinta-feira, janeiro 23, 2014
A amor de Deus. Hino. Igreja
O AMOR DE DEUS
Decorridos eras são, desde que aos judeus;
Cristo fez proclamação do grande amor de Deus.
Que profundo amor se via, quando aqui andou
Terna, santa simpatia Ele nos mostrou!
Veio aos cegos vista dar, Luz nas trevas ser;
Pecadores quis salvar, perdidos recolher.
Que profundo amor se via, quando aqui andou
Terna, santa simpatia Ele nos mostrou!
Nunca os pobres desprezou, sempre os recebeu;
Paga sempre recusou, de graça tudo deu.
Que profundo amor se via, quando aqui andou
Terna, santa simpatia Ele nos mostrou!
Tempos já passados são, Cristo o mesmo é;
Vida, vista Salvação, obtem se pela fé.
Que profundo amor se via, quando aqui andou
Terna, santa simpatia Ele nos mostrou!
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PRECE. Charles Fonseca. Poesia
PRECE
Charles Fonseca
O que ao viver não soube
Pai dos céus, teu filho pede,
Tu que estás nos céus concede
A paz que ao meu pai tão coube
Amar-me tanto em vida
Dar-me abraço, a mim concede
Ter a paz que a ele destes
Filho peço e que ela siga
Aos meus filhos que distantes
Tão perto são a mim destes
Amá-los, por eles preces
A ti faço ao cabo, instantes.
Charles Fonseca
O que ao viver não soube
Pai dos céus, teu filho pede,
Tu que estás nos céus concede
A paz que ao meu pai tão coube
Amar-me tanto em vida
Dar-me abraço, a mim concede
Ter a paz que a ele destes
Filho peço e que ela siga
Aos meus filhos que distantes
Tão perto são a mim destes
Amá-los, por eles preces
A ti faço ao cabo, instantes.
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Edward Weston. Fotografia
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SP: 60% dos médicos formados são reprovados em prova do Conselho. Medicina
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Maestro Esiguo, 1400. - A Natividade - têmpera sobre madeira Musée des Beaux-Arts em Rouen, França. A25. Pintura
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II. A Igreja – Corpo de Cristo
II. A Igreja – Corpo de Cristo
A IGREJA É COMUNHÃO COM JESUS
787. Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida (222). Revelou-lhes o mistério do Reino (223): deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria (224) e nos seus sofrimentos (225). Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: «Permanecei em Mim, como Eu em vós [...]. Eu sou a cepa, vós os ramos» (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso: «Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6, 56).
788. Quando a sua presença visível lhes foi tirada, Jesus não deixou órfãos os discípulos (226). Prometeu-lhes ficar com eles até ao fim dos tempos (227), e enviou-lhes o seu Espírito (228). A comunhão com Jesus tornou-se, de certo modo, mais intensa: «Comunicando o seu Espírito aos seus irmãos, por Ele reunidos de todas as nações, constituiu-os seu Corpo Místico» (229).
789. A comparação da Igreja com um corpo lança uma luz particular sobre a ligação íntima existente entre a Igreja e Cristo. Ela não está somente reunida à volta d'Ele: está unificada n'Ele, no seu Corpo. Na Igreja, Corpo de Cristo, são de salientar mais especificamente três aspectos: a unidade de todos os membros entre si, pela união a Cristo; Cristo, Cabeça do Corpo; a Igreja, Esposa de Cristo.
Catecismo
A IGREJA É COMUNHÃO COM JESUS
787. Desde o princípio, Jesus associou os discípulos à sua vida (222). Revelou-lhes o mistério do Reino (223): deu-lhes parte na sua missão, na sua alegria (224) e nos seus sofrimentos (225). Jesus fala duma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que O seguem: «Permanecei em Mim, como Eu em vós [...]. Eu sou a cepa, vós os ramos» (Jo 15, 4-5). E anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio Corpo e o nosso: «Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele» (Jo 6, 56).
788. Quando a sua presença visível lhes foi tirada, Jesus não deixou órfãos os discípulos (226). Prometeu-lhes ficar com eles até ao fim dos tempos (227), e enviou-lhes o seu Espírito (228). A comunhão com Jesus tornou-se, de certo modo, mais intensa: «Comunicando o seu Espírito aos seus irmãos, por Ele reunidos de todas as nações, constituiu-os seu Corpo Místico» (229).
789. A comparação da Igreja com um corpo lança uma luz particular sobre a ligação íntima existente entre a Igreja e Cristo. Ela não está somente reunida à volta d'Ele: está unificada n'Ele, no seu Corpo. Na Igreja, Corpo de Cristo, são de salientar mais especificamente três aspectos: a unidade de todos os membros entre si, pela união a Cristo; Cristo, Cabeça do Corpo; a Igreja, Esposa de Cristo.
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quarta-feira, janeiro 22, 2014
Irving Penn. Fotografia
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O boi e o bezerro. Esopo. Fábula. Prosa
O BOI E O BEZERRO
Esopo
Vendo a um boi trabalhando, um bezerro que só descansava e comia se condoeu de sua sorte, alegrando-se com a dela. Porém, chegou o dia de uma solenidade religiosa e, enquanto o boi ficava a um lado, apanharam o bezerro para sacrificá-lo.
Vendo o sucedido, o boi sorrindo, disse:
- Veja, bezerro, já sabes porque tu não tinhas que trabalhar:
- É que estavas reservado para o sacrifício !
MORAL: Não te ufanes da ociosidade, pois nunca sabes que mal traz oculto.
Esopo
Vendo a um boi trabalhando, um bezerro que só descansava e comia se condoeu de sua sorte, alegrando-se com a dela. Porém, chegou o dia de uma solenidade religiosa e, enquanto o boi ficava a um lado, apanharam o bezerro para sacrificá-lo.
Vendo o sucedido, o boi sorrindo, disse:
- Veja, bezerro, já sabes porque tu não tinhas que trabalhar:
- É que estavas reservado para o sacrifício !
MORAL: Não te ufanes da ociosidade, pois nunca sabes que mal traz oculto.
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Stefano Bollani & Zé Nogueira - Caprichos do Destino (Claudionor Cruz/Pedro Caetano). Música
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ENFIM. Charles Fonseca. Poesia
ENFIM
Charles Fonseca
Enfim me acostumei
Do pouquinho quase nada
Fiz banquete da migalha
Do teu amor que provei.
Enfim tudo será lucro
Quando vieres carente
De viés tão sorridente
Do teu orgulho em luto.
Enfim, um novo começo
E eu chegando ao fim
Das dores rosa em carmim
Do meu amor te ofereço.
Charles Fonseca
Enfim me acostumei
Do pouquinho quase nada
Fiz banquete da migalha
Do teu amor que provei.
Enfim tudo será lucro
Quando vieres carente
De viés tão sorridente
Do teu orgulho em luto.
Enfim, um novo começo
E eu chegando ao fim
Das dores rosa em carmim
Do meu amor te ofereço.
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terça-feira, janeiro 21, 2014
Vinde adorar. Hino. Igreja
VINDE ADORAR
Oh! vinde adorar, o excelso e bom Deus,
Eterno Senhor da terra e dos céus,
Que reina supremo, envolto na luz,
E que se revela em Cristo Jesus.
Seu grande poder, deveis contemplar,
No brilho do céu, na terra e no mar,
As gôtas de orvalho, sim, tôda flor
Proclamam constantes Seu grande Autor.
Henry Maxwell Wright (1849-1931)
William Kanapp (1698-1768)
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Ponta Grossa conta com dois oftalmologistas para atender a população, 300 mil habitantes. SUS. Medicina
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Istvan Frenczy - Allegory of Science, 1842-43 Hungarian National Gallery, Budapest. E35. Escultura
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Um povo sacerdotal, profético e real. Igreja
UM POVO SACERDOTAL, PROFÉTICO E REAL
783. Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo, com as responsabilidades de missão e de serviço que delas resultam (215).
784. Ao entrar no povo de Deus pela fé e pelo Baptismo, participa-se na vocação única deste povo: na sua vocação sacerdotal – «Cristo Senhor, sumo-sacerdote escolhido de entre os homens, fez do povo novo «um reino de sacerdotes para o seu Deus e Pai». Na verdade, pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma casa espiritual, um sacerdócio santo (216).
785. «O povo santo de Deus participa também da função profética de Cristo», sobretudo pelo sentido sobrenatural da fé, que é o de todo o povo, leigos e hierarquia, quando «adere indefectivelmente à fé transmitida aos santos de uma vez por todas» (217),aprofunda o conhecimento da mesma, e se torna testemunha de Cristo no meio deste mundo.
786. Finalmente, o povo de Deus participa na função real de Cristo. Cristo exerce a sua realeza atraindo a Si todos os homens pela sua morte e ressurreição (218). Cristo, Rei e Senhor do universo, fez-Se o servo de todos, pois «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Para o cristão, «reinar é servi-Lo» (219), em especial «nos pobres e nos que sofrem, nos quais a Igreja reconhece a imagem do seu Fundador pobre e sofredor (220). O povo de Deus realiza a sua «dignidade real» na medida em que viver de acordo com esta vocação de servir com Cristo.
«De todos os regenerados em Cristo, o sinal da cruz faz reis, a unção do Espírito Santo consagra sacerdotes, para que, independentemente do serviço particular do nosso ministério, todos os cristãos espirituais no uso da razão se reconheçam membros desta estirpe real e participantes da função sacerdotal. De facto, que há de tão real para uma alma como governar o seu corpo na submissão a Deus? E que há de tão sacerdotal como oferecer ao Senhor uma consciência pura, imolando no altar do seu coração as vítimas sem mancha da piedade?» (221)
Catecismo
783. Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu «sacerdote, profeta e rei». Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo, com as responsabilidades de missão e de serviço que delas resultam (215).
784. Ao entrar no povo de Deus pela fé e pelo Baptismo, participa-se na vocação única deste povo: na sua vocação sacerdotal – «Cristo Senhor, sumo-sacerdote escolhido de entre os homens, fez do povo novo «um reino de sacerdotes para o seu Deus e Pai». Na verdade, pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, os baptizados são consagrados para serem uma casa espiritual, um sacerdócio santo (216).
785. «O povo santo de Deus participa também da função profética de Cristo», sobretudo pelo sentido sobrenatural da fé, que é o de todo o povo, leigos e hierarquia, quando «adere indefectivelmente à fé transmitida aos santos de uma vez por todas» (217),aprofunda o conhecimento da mesma, e se torna testemunha de Cristo no meio deste mundo.
786. Finalmente, o povo de Deus participa na função real de Cristo. Cristo exerce a sua realeza atraindo a Si todos os homens pela sua morte e ressurreição (218). Cristo, Rei e Senhor do universo, fez-Se o servo de todos, pois «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida como resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Para o cristão, «reinar é servi-Lo» (219), em especial «nos pobres e nos que sofrem, nos quais a Igreja reconhece a imagem do seu Fundador pobre e sofredor (220). O povo de Deus realiza a sua «dignidade real» na medida em que viver de acordo com esta vocação de servir com Cristo.
«De todos os regenerados em Cristo, o sinal da cruz faz reis, a unção do Espírito Santo consagra sacerdotes, para que, independentemente do serviço particular do nosso ministério, todos os cristãos espirituais no uso da razão se reconheçam membros desta estirpe real e participantes da função sacerdotal. De facto, que há de tão real para uma alma como governar o seu corpo na submissão a Deus? E que há de tão sacerdotal como oferecer ao Senhor uma consciência pura, imolando no altar do seu coração as vítimas sem mancha da piedade?» (221)
Catecismo
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segunda-feira, janeiro 20, 2014
JURERÊ. Charles Fonseca. Poesia
JURERÊ
Charles Fonseca
Que belo o moreno, cale-se,
Que cálice em mel torne-se,
Que molhem-se os corpos brinque-se,
Que brincos balanço torne-se,
Que em juras de amar viva-se,
Que a Jurerê outra vez volte-se.
Charles Fonseca
Que belo o moreno, cale-se,
Que cálice em mel torne-se,
Que molhem-se os corpos brinque-se,
Que brincos balanço torne-se,
Que em juras de amar viva-se,
Que a Jurerê outra vez volte-se.
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John Collier, Rainha Guinevres Maying Ausschnitt. A24. Pintura
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Ministério da Saúde firma contrato milionário sem licitação. Medicina
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ENTEADA. Charles Fonseca. Fotografia
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O Amor Fino. Padre António Vieira. Prosa
O Amor Fino, in "Sermões"
Padre António Vieira
O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há-de ter porquê nem para quê. Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há-de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido. quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino.
Padre António Vieira
O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há-de ter porquê nem para quê. Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há-de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido. quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino.
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domingo, janeiro 19, 2014
Maysa - Castigo.(remember) Música
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Governo Dilma reduz verba do SUS para cumprir meta. Medicina
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Elliot Erwit. Fotografia
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A assertividade essencial de Aécio Neves na questão dos escravos cubanos. Agora é a hora da problematização. Medicina
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Hendrick Frans Verbruggen - Memorial of Bishop Marius Ambrose Capello, 1676 O.L. Vrouwekathedraal, Antwerp, Belgium. E35. Escultura
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O boi e a rã. Esopo. Fábula. Prosa
O Boi e a Rã
Esopo
Um Boi, indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas.
A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele. Um deles responde:
Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
A Besta era maior do que eu estou agora?
Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente, você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
Moral da História:
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
Esopo
Um Boi, indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas.
A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele. Um deles responde:
Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
A Besta era maior do que eu estou agora?
Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente, você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
Moral da História:
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
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sábado, janeiro 18, 2014
John Colier - Horácio e Lydia, 1924. A24. Pintura
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sexta-feira, janeiro 17, 2014
RÉ. Charles Fonseca. Poesia
RÉ
Charles Fonseca
Lamento a fala, o tom
O esquecer do passado
Do que te foi tão doado
Do que te dei, foi tão bom!
Por ti, um ser tão querido,
Um real imaginado
Vindo a mim tão festejado
De mim te vais todo olvido,
Ai, lembranças de uma fé
Esperando o teu retorno
Vai e volta, rodo em torno,
Indo e vindo, dando ré.
Charles Fonseca
Lamento a fala, o tom
O esquecer do passado
Do que te foi tão doado
Do que te dei, foi tão bom!
Por ti, um ser tão querido,
Um real imaginado
Vindo a mim tão festejado
De mim te vais todo olvido,
Ai, lembranças de uma fé
Esperando o teu retorno
Vai e volta, rodo em torno,
Indo e vindo, dando ré.
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Exultação. Hino. Igreja. Música
A Deus demos glória, com grande fervor;
Seu Filho bendito por nós todos deu,
A graça concede ao mais vil pecador,
Abrindo-lhe a porta de entrada no céu.
[coro]
Exultai! Exultai! vinde todos louvar
A Jesus, Salvador, A Jesus, Redentor;
A Deus demos glória, porquanto no céu,
Seu Filho bendito, por nós todos deu.
Oh! graça real, foi assim que Jesus,
Morrendo, seu sangue por nós derramou!
Herança nos céus, com os santos em luz,
Comprou-nos Jesus, pois o preço pagou.
A crer nos convida tal rasgo de amor,
Nos merecimentos do Filho de Deus;
E quem, pois, confia no seu Salvador,
Vai vê-lo sentado na glória dos céus.
Fanny Jane Crosby (1820-1915)
William Howard Doane (1832-1915)
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As características do povo de Deus. Igreja
AS CARACTERÍSTICAS DO POVO DE DEUS
782. O povo de Deus possui características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:
– é o povo de Deus: Deus não é propriedade de nenhum povo; mas adquiriu para Si um povo constituído por aqueles que outrora não eram um povo: «raça eleita, sacerdócio real, nação santa» (1 Pe 2, 9);
– vem-se a ser membro deste povo, não pelo nascimento físico, mas pelo «nascimento do Alto», «da água e do Espírito» (Jo 3, 3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Baptismo;
– este povo tem por Cabeça Jesus Cristo (o Ungido, o Messias): porque a mesma unção, o Espírito Santo, flui da Cabeça por todo o Corpo, este é o «povo messiânico»;
– «a condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos seus corações, como num templo, reside o Espírito Santo» (209);
– «a sua lei é o mandamento novo, de amar como o próprio Cristo nos amou (210)»; é a lei «nova» do Espírito Santo (211);
– a sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo (212). «Constitui para todo o género humano o mais forte gérmen de unidade, esperança e salvação» (213);
– o seu destino, finalmente, é «o Reino de Deus, o qual, começado na terra pelo próprio Deus, se deve dilatar cada vez mais, até ser também por Ele consumado no fim dos séculos» (214).
Catecismo
782. O povo de Deus possui características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:
– é o povo de Deus: Deus não é propriedade de nenhum povo; mas adquiriu para Si um povo constituído por aqueles que outrora não eram um povo: «raça eleita, sacerdócio real, nação santa» (1 Pe 2, 9);
– vem-se a ser membro deste povo, não pelo nascimento físico, mas pelo «nascimento do Alto», «da água e do Espírito» (Jo 3, 3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Baptismo;
– este povo tem por Cabeça Jesus Cristo (o Ungido, o Messias): porque a mesma unção, o Espírito Santo, flui da Cabeça por todo o Corpo, este é o «povo messiânico»;
– «a condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos seus corações, como num templo, reside o Espírito Santo» (209);
– «a sua lei é o mandamento novo, de amar como o próprio Cristo nos amou (210)»; é a lei «nova» do Espírito Santo (211);
– a sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo (212). «Constitui para todo o género humano o mais forte gérmen de unidade, esperança e salvação» (213);
– o seu destino, finalmente, é «o Reino de Deus, o qual, começado na terra pelo próprio Deus, se deve dilatar cada vez mais, até ser também por Ele consumado no fim dos séculos» (214).
Catecismo
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Serenata de Schubert. Cauby Peixoto. Legendado em espanhol. Música
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quinta-feira, janeiro 16, 2014
O bezerro e o lavrador. Esopo. Fábula. Prosa
O bezerro e o lavrador
Esopo
Tinha um lavrador um bezerro, forte e mimoso e pô-lo no jugo, com outro boi manso; mas como o bezerro o não quisesse tomar nem sofrer, com pancadas e pedradas, trabalhava o lavrador para o amansar. E disse ao boi manso:
- Não te tomo com este para que lavres, que ainda não é para isso, senão para o amansar de pequeno, porque depois que for touro madrigado não haverá quem o amanse.
Esopo
Tinha um lavrador um bezerro, forte e mimoso e pô-lo no jugo, com outro boi manso; mas como o bezerro o não quisesse tomar nem sofrer, com pancadas e pedradas, trabalhava o lavrador para o amansar. E disse ao boi manso:
- Não te tomo com este para que lavres, que ainda não é para isso, senão para o amansar de pequeno, porque depois que for touro madrigado não haverá quem o amanse.
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Temporal em Florianópolis. Fotografia
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quarta-feira, janeiro 15, 2014
CFM alerta para critérios de uso da técnica de embolização no tratamento da próstata. Medicina
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O Deus de Abraão. Hino. Igreja
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terça-feira, janeiro 14, 2014
Médicos maltratados no SUS: temos culpa no cartório. Uma crítica e autocrítica aos médicos. Marcelo Caixeta. Medicina
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Francesco Bertos ca. 1710-25 - Allegorical Groups Representing the Four Continents - Ásia. E55. Escultura
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Recursos do SUS podem ter sido usados pela União para compor superávit primário de 2013. Medicina
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Bessie H. Wessel - 1971 - Homem indiano - Wessel Estate . A24. Pintura
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Jesus Alegria dos Homens (legendado e traduzido). Hino. Música
Clique: http://suelymonteiro.blogspot.com.br/2014/01/jesus-alegria-dos-homens-legendado-e_9.html#links
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Livre. Cruz e Sousa. Poesia
Livre
Cruz e Sousa – o cisne negro
Livre! Ser livre da matéria escrava,
arrancar os grilhões que nos flagelam
e livre penetrar nos Dons que selam
a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.
Livre da humana, da terrestre bava
dos corações daninhos que regelam,
quando os nossos sentidos se rebelam
contra a Infâmia bifronte que deprava.
Livre! bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.
Livre! para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.
- Cruz e Sousa, do livro Últimos Sonetos, 1905.
Cruz e Sousa – o cisne negro
Livre! Ser livre da matéria escrava,
arrancar os grilhões que nos flagelam
e livre penetrar nos Dons que selam
a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.
Livre da humana, da terrestre bava
dos corações daninhos que regelam,
quando os nossos sentidos se rebelam
contra a Infâmia bifronte que deprava.
Livre! bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.
Livre! para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.
- Cruz e Sousa, do livro Últimos Sonetos, 1905.
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Médico indignado abandona plantão em Hospital de Ponta Grossa-PR. Medicina
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A Igreja. Povo de Deus, corpo de Cristo, templo do Espírito Santo.
A IGREJA – POVO DE DEUS,
CORPO DE CRISTO, TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
I. A Igreja – Povo de Deus
781. «Em todos os tempos e em todas as nações foi agradável a Deus aquele que O teme e pratica a justiça. No entanto, aprouve a Deus salvar e santificar os homens não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse na santidade. Foi por isso que escolheu Israel para ser o seu povo, estabeleceu com ele uma aliança e instruiu-o progressivamente manifestando-se a Si mesmo e os desígnios da Sua vontade na história desse povo, e santificando-o para Si. Mas tudo isso aconteceu como preparação da Aliança nova e perfeita, que seria concluída em Cristo [...]. Esta nova Aliança instituiu-a Cristo no seu Sangue, chamando um povo, proveniente de judeus e pagãos, a juntar-se na unidade, não segundo a carne, mas no Espírito» (208).
Catecismo
CORPO DE CRISTO, TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO
I. A Igreja – Povo de Deus
781. «Em todos os tempos e em todas as nações foi agradável a Deus aquele que O teme e pratica a justiça. No entanto, aprouve a Deus salvar e santificar os homens não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse na santidade. Foi por isso que escolheu Israel para ser o seu povo, estabeleceu com ele uma aliança e instruiu-o progressivamente manifestando-se a Si mesmo e os desígnios da Sua vontade na história desse povo, e santificando-o para Si. Mas tudo isso aconteceu como preparação da Aliança nova e perfeita, que seria concluída em Cristo [...]. Esta nova Aliança instituiu-a Cristo no seu Sangue, chamando um povo, proveniente de judeus e pagãos, a juntar-se na unidade, não segundo a carne, mas no Espírito» (208).
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segunda-feira, janeiro 13, 2014
Abel Ferreira - Saxofone, por que choras? (choro - 1976). Música
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O atum e o golfinho. Esopo. Fábula. Prosa
O atum e o golfinho.
Esopo
Perseguido por um golfinho um atum fugia provocando enormes redemoinhos na água. Já estava prestes a ser capturado quando, levado por sua própria força, foi dar sem querer na praia. O golfinho foi também lançado longe das águas. Vendo que seu inimigo estava morrendo o atum lhe disse: - Para mim a morte não entristece mais, pois comigo vai aquele que me levou até ela.
Esopo
Perseguido por um golfinho um atum fugia provocando enormes redemoinhos na água. Já estava prestes a ser capturado quando, levado por sua própria força, foi dar sem querer na praia. O golfinho foi também lançado longe das águas. Vendo que seu inimigo estava morrendo o atum lhe disse: - Para mim a morte não entristece mais, pois comigo vai aquele que me levou até ela.
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Antoine Etex, Géricault's Tomb - 1841-46 Père-Lachaise Cemetery, Paris
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À DERIVA. Charles Fonseca. Poesia
À DERIVA
Charles Fonseca
Onde estarão agora seus amores
Achados em si por tantas certezas,
Perdidas horas sem eles, tristezas
Em mim e neles, será que há dores?
Na alma a falta que não preenche,
No peito o furo que nunca fecha,
Sou barco ao vento que a onda deixa
Sem eles, sem porto, praia, sem leme.
Charles Fonseca
Onde estarão agora seus amores
Achados em si por tantas certezas,
Perdidas horas sem eles, tristezas
Em mim e neles, será que há dores?
Na alma a falta que não preenche,
No peito o furo que nunca fecha,
Sou barco ao vento que a onda deixa
Sem eles, sem porto, praia, sem leme.
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Bessie H. Wessel, 1919-1930 - St. Tropez, Wessel Estate. A24. Pintura
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Dilma vai acabar com o SUS? Medicina
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domingo, janeiro 12, 2014
SAMBAQUI. Charles Fonseca. Fotografia
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O Poder dos Quietos. Mônica Klein. Prosa
O Poder dos Quietos
Mônica Klein
Uma cachaça. Não, duas cachaças. Não, duas cachaças, um Rivotril ou qualquer outra substância psicotrópica que seja capaz de me deixar em um estado de torpor por todo o tempo necessário e imprevisível de uma apresentação em público. Necessário, pois a sociedade acadêmica exige este ritual de passagem, de finalização. Imprevisível, pois nada sai como planejado e o que resta sempre é a sensação de frustração e a impotência de não poder voltar atrás e passar uma borracha em cada gaguejo, em cada “né?” pronunciado milhões de vezes após o final de cada frase, em cada branco e em cada construção de raciocínio que chocaria e faria estremecer qualquer estudante de retórica.
Meu medo de falar em público vem do meu amor por aquilo que foge do que pode ser dito, por aquilo que se perde irreversivelmente até na fala mais articulada. Eu amo me perder no mundo imaterial apresentado pelos livros, e por isso ler sempre foi o meu forte, ao contrário de falar. Pelos livros posso dialogar com meus personagens telepaticamente, em diversos idiomas, em todos os lugares do mundo (e fora dele) sem correr o risco de não ser compreendida ou de não achar o caminho de volta. No mundo dos livros, me dou ao luxo de absorver cada experiência e cada mensagem sinestesicamente, pelo cheiro, pelo paladar, pelo tato, pela música que envolve cada cenário meticulosamente criado pela minha mente criativa e displicentemente alheia às proporções matemáticas e leis humanas que regem o mundo físico.
Através dos livros, posso acessar o que existe de mais iluminado e mais tenebroso em mim mesma, posso enfrentar as mais difíceis situações, sofrer as dores mais incapacitantes, amar da forma mais apaixonada, me colocar em apuros, viajar para os recônditos mais inóspitos do planeta e até morrer de morte morrida ou de morte matada, para depois retornar ilesa fisicamente, mas completamente transformada. No momento em que leio, o livro não é mais do autor, é meu. Eu detenho todo o direito sobre suas palavras, sobre as interpretações, sobre o raciocínio. Ninguém mais tem acesso ao meu livro, porque ninguém tem acesso às minhas ideias. Eu e o livro somos um todo, ele e eu somos completos.
E por isso tenho medo de falar em público. Porque ler sempre foi o meu forte e eu sempre preferi ler a falar. Com isso, não desenvolvi a incrível habilidade de transpor um conjunto de ideias vagantes e livres na minha cabeça para um encadeamento sistemático e minimamente inteligível para o ouvinte. O falar me exige um esforço sobre-humano, me estressa. É como ser jogada aos leões em uma arena, sem exageros. Sinto-me vulnerável, insegura, exposta e analisada por um público impiedoso, sem enxergar nenhuma saída. Sinto-me pressionada a me encaixar em cada expectativa lançada sobre mim naquele momento. Sinto-me injustamente julgada e mal representada por mim mesma, reduzida a tudo aquilo que foi dito e rejeitada por tudo o que ainda tinha por dizer (e não disse).
Invejo aqueles que já nascem loquazes, que irrompem do ventre com tal habilidade de oratória que chegam a arrancar exclamações de entusiasmo e admiração da própria equipe médica. Invejo aqueles que anseiam por expor suas ideias ao mundo material tão logo elas surgem, seja por instinto ou mesmo por pura ingenuidade. Invejo-os porque é deles este mundo. O mundo é dos que se expõem, dos que se sobressaem pela voz, dos que lideram multidões, dos que estabelecem o maior número de contatos, dos que expandem infinitamente seu network. É o mundo dos espaços lotados, dos holofotes, dos aplausos, das gargalhadas, dos múltiplos estímulos. O mundo de fora, o mundo visível, o mundo audível, o mundo palpável.
Meu mundo é dos quietos, da imersão em si mesmo. É um mundo que cabe numa tenda de lençol improvisada entre dois móveis e que passa despercebida pelos olhares mais apressados, pela contagem onipresente do relógio. Meu mundo tem o tempo como amigo e não está sujeito à implacável perfeição do mundo real. Minhas palavras boiam na minha cabeça e esperam o momento certo para serem convidadas a sair, se quiserem sair e se forem necessárias. Mas é justamente aí que encontro o meu poder. Porque ao mesmo tempo em que invejo aqueles que sempre têm algo a dizer, aqueles que sempre anseiam por falar, eu me sinto privilegiada por buscar apenas em mim aquilo o que eu sou, me bastando como locutora, ouvinte e meio da minha própria mensagem.
O que eu economizo com as palavras eu libero em pensamentos. E por isso, a minha fala não me define, não me prende e também não magoa (tanto). O meu pensamento, no entanto, corre solto, desenvolto, para frente e para trás, de trás para frente e até de cabeça pra baixo. Volto no pensamento tal como nunca poderia voltar com as palavras proferidas. Xingo, grito, ameaço, manipulo, filosofo, perdoo e amo todos, tudo em pensamento, sem perda de sentido ou significado. Tudo o que eu leio e tudo o que eu observo ao meu redor permanece em mim e transborda de emoções em seu estado mais puro e mais forte, sem filtros sociais, sem pudores, sem regras, sem controle. É meu mundo, um mundo à parte, ao qual só eu tenho acesso. E sua riqueza é tamanha, e tamanha é sua complexidade que, nunca, nem em 40 minutos nem em uma vida inteira este mundo poderia ser reduzido ou minimamente representado em uma sequencia lógica, ordenada, e previamente orquestrada de palavras.
21-10-2013
Mônica Klein
Uma cachaça. Não, duas cachaças. Não, duas cachaças, um Rivotril ou qualquer outra substância psicotrópica que seja capaz de me deixar em um estado de torpor por todo o tempo necessário e imprevisível de uma apresentação em público. Necessário, pois a sociedade acadêmica exige este ritual de passagem, de finalização. Imprevisível, pois nada sai como planejado e o que resta sempre é a sensação de frustração e a impotência de não poder voltar atrás e passar uma borracha em cada gaguejo, em cada “né?” pronunciado milhões de vezes após o final de cada frase, em cada branco e em cada construção de raciocínio que chocaria e faria estremecer qualquer estudante de retórica.
Meu medo de falar em público vem do meu amor por aquilo que foge do que pode ser dito, por aquilo que se perde irreversivelmente até na fala mais articulada. Eu amo me perder no mundo imaterial apresentado pelos livros, e por isso ler sempre foi o meu forte, ao contrário de falar. Pelos livros posso dialogar com meus personagens telepaticamente, em diversos idiomas, em todos os lugares do mundo (e fora dele) sem correr o risco de não ser compreendida ou de não achar o caminho de volta. No mundo dos livros, me dou ao luxo de absorver cada experiência e cada mensagem sinestesicamente, pelo cheiro, pelo paladar, pelo tato, pela música que envolve cada cenário meticulosamente criado pela minha mente criativa e displicentemente alheia às proporções matemáticas e leis humanas que regem o mundo físico.
Através dos livros, posso acessar o que existe de mais iluminado e mais tenebroso em mim mesma, posso enfrentar as mais difíceis situações, sofrer as dores mais incapacitantes, amar da forma mais apaixonada, me colocar em apuros, viajar para os recônditos mais inóspitos do planeta e até morrer de morte morrida ou de morte matada, para depois retornar ilesa fisicamente, mas completamente transformada. No momento em que leio, o livro não é mais do autor, é meu. Eu detenho todo o direito sobre suas palavras, sobre as interpretações, sobre o raciocínio. Ninguém mais tem acesso ao meu livro, porque ninguém tem acesso às minhas ideias. Eu e o livro somos um todo, ele e eu somos completos.
E por isso tenho medo de falar em público. Porque ler sempre foi o meu forte e eu sempre preferi ler a falar. Com isso, não desenvolvi a incrível habilidade de transpor um conjunto de ideias vagantes e livres na minha cabeça para um encadeamento sistemático e minimamente inteligível para o ouvinte. O falar me exige um esforço sobre-humano, me estressa. É como ser jogada aos leões em uma arena, sem exageros. Sinto-me vulnerável, insegura, exposta e analisada por um público impiedoso, sem enxergar nenhuma saída. Sinto-me pressionada a me encaixar em cada expectativa lançada sobre mim naquele momento. Sinto-me injustamente julgada e mal representada por mim mesma, reduzida a tudo aquilo que foi dito e rejeitada por tudo o que ainda tinha por dizer (e não disse).
Invejo aqueles que já nascem loquazes, que irrompem do ventre com tal habilidade de oratória que chegam a arrancar exclamações de entusiasmo e admiração da própria equipe médica. Invejo aqueles que anseiam por expor suas ideias ao mundo material tão logo elas surgem, seja por instinto ou mesmo por pura ingenuidade. Invejo-os porque é deles este mundo. O mundo é dos que se expõem, dos que se sobressaem pela voz, dos que lideram multidões, dos que estabelecem o maior número de contatos, dos que expandem infinitamente seu network. É o mundo dos espaços lotados, dos holofotes, dos aplausos, das gargalhadas, dos múltiplos estímulos. O mundo de fora, o mundo visível, o mundo audível, o mundo palpável.
Meu mundo é dos quietos, da imersão em si mesmo. É um mundo que cabe numa tenda de lençol improvisada entre dois móveis e que passa despercebida pelos olhares mais apressados, pela contagem onipresente do relógio. Meu mundo tem o tempo como amigo e não está sujeito à implacável perfeição do mundo real. Minhas palavras boiam na minha cabeça e esperam o momento certo para serem convidadas a sair, se quiserem sair e se forem necessárias. Mas é justamente aí que encontro o meu poder. Porque ao mesmo tempo em que invejo aqueles que sempre têm algo a dizer, aqueles que sempre anseiam por falar, eu me sinto privilegiada por buscar apenas em mim aquilo o que eu sou, me bastando como locutora, ouvinte e meio da minha própria mensagem.
O que eu economizo com as palavras eu libero em pensamentos. E por isso, a minha fala não me define, não me prende e também não magoa (tanto). O meu pensamento, no entanto, corre solto, desenvolto, para frente e para trás, de trás para frente e até de cabeça pra baixo. Volto no pensamento tal como nunca poderia voltar com as palavras proferidas. Xingo, grito, ameaço, manipulo, filosofo, perdoo e amo todos, tudo em pensamento, sem perda de sentido ou significado. Tudo o que eu leio e tudo o que eu observo ao meu redor permanece em mim e transborda de emoções em seu estado mais puro e mais forte, sem filtros sociais, sem pudores, sem regras, sem controle. É meu mundo, um mundo à parte, ao qual só eu tenho acesso. E sua riqueza é tamanha, e tamanha é sua complexidade que, nunca, nem em 40 minutos nem em uma vida inteira este mundo poderia ser reduzido ou minimamente representado em uma sequencia lógica, ordenada, e previamente orquestrada de palavras.
21-10-2013
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FLORIPA NA MENTE. Charles Fonseca. Fotografia
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Cubanadas. A prova definitiva de que não são médicos. Medicina
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sábado, janeiro 11, 2014
Louvamos. Hino. Igreja.
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O TEMPO E O VENTO. Charles Fonseca. Poesia
O TEMPO E O VENTO
Charles Fonseca.
O vento geme nas noites do triste
Quando se foi a esperança embora
Ainda resta lembrança de outrora
Lá do passado que ainda resiste.
O vento canta na noite do amante
Que goza o futuro já no presente,
O tempo então voa e já não mais sente
A falta que faz de quem o acalante.
O tempo e o vento nas noites de lua
Balançam a rede, cochicham nos sonhos
Verdades transversas, de amantes tristonhos
Carentes de amores na vida, tão nua.
Charles Fonseca.
O vento geme nas noites do triste
Quando se foi a esperança embora
Ainda resta lembrança de outrora
Lá do passado que ainda resiste.
O vento canta na noite do amante
Que goza o futuro já no presente,
O tempo então voa e já não mais sente
A falta que faz de quem o acalante.
O tempo e o vento nas noites de lua
Balançam a rede, cochicham nos sonhos
Verdades transversas, de amantes tristonhos
Carentes de amores na vida, tão nua.
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Honoré Daumier - Ratapoil - c.1850 Musée d'Orsay, Paris. E55. Escultura
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sexta-feira, janeiro 10, 2014
Federação Nacional dos Médicos e Sindicato local visitam HPS 28 de Agosto, em Manaus. Medicina
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Reveillon. 2013-2014. Floripa na mente. Fotografia
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A Igreja. Sacramento universal da salvação.
A IGREJA – SACRAMENTO UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
774. A palavra grega mysterion foi traduzida em latim por dois termos: mysterium e sacramentum. Na segunda interpretação, o termo sacramentum exprime prevalentemente o sinal visível da realidade oculta da salvação, indicada pelo termo mysterium. Neste sentido, o próprio Cristo é o mistério da salvação: «Nem há outro mistério senão Cristo (200). A obra salvífica da sua humanidade santa e santificadora é o sacramento da salvação, que se manifesta e actua nos sacramentos da Igreja (que as Igrejas do Oriente chamam também «os santos mistérios»). Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo derrama a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja que é o seu Corpo. A Igreja possui, pois, e comunica a graça invisível que significa: e é neste sentido analógico que é chamada «sacramento».
775 «A Igreja em Cristo é como que o sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano» (201). Ser sacramento da união íntima do homem com Deus, eis a primeira finalidade da Igreja. E porque a comunhão dos homens entre si radica na união com Deus, a Igreja é, também, o sacramento da unidade do género humano. Nela, esta unidade já começou, pois reúne homens «de toda a nação, raça, povo e língua» (Ap 7, 9). A Igreja é, ao mesmo tempo, «sinal e instrumento» da plena realização desta unidade, que ainda há-de vir.
776. Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. «É assumida por Ele como instrumento da redenção universal»(202), «o sacramento universal da salvação»(203), pelo qual o mesmo Cristo «manifesta e simultaneamente actualiza o mistério do amor de Deus pelos homens»(204). É o «projecto visível do amor de Deus para com a humanidade»(205), segundo o qual Deus quer «que todo o género humano forme um só povo de Deus, se una num só Corpo de Cristo e se edifique num só templo do Espírito Santo»(206).
Resumindo:
777. A palavra «Igreja» significa «convocação». Designa a assembleia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formar o seu povo, e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam, eles próprios, Corpo de Cristo.
778. A Igreja é, ao mesmo tempo, caminho e meta do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na antiga Aliança, fundada pelas palavras e actos de Jesus Cristo, realizada pela sua Cruz redentora e pela sua ressurreição, manifesta-se como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembleia de todos os resgatados da terra (207).
779. A Igreja é, ao mesmo tempo, visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. É una, mas formada por um duplo elemento: humano e divino. Aí reside o seu mistério, que só a fé pode acolher.
780. A Igreja é, neste mundo, o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens.
Catecismo
774. A palavra grega mysterion foi traduzida em latim por dois termos: mysterium e sacramentum. Na segunda interpretação, o termo sacramentum exprime prevalentemente o sinal visível da realidade oculta da salvação, indicada pelo termo mysterium. Neste sentido, o próprio Cristo é o mistério da salvação: «Nem há outro mistério senão Cristo (200). A obra salvífica da sua humanidade santa e santificadora é o sacramento da salvação, que se manifesta e actua nos sacramentos da Igreja (que as Igrejas do Oriente chamam também «os santos mistérios»). Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo derrama a graça de Cristo, que é a Cabeça, na Igreja que é o seu Corpo. A Igreja possui, pois, e comunica a graça invisível que significa: e é neste sentido analógico que é chamada «sacramento».
775 «A Igreja em Cristo é como que o sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano» (201). Ser sacramento da união íntima do homem com Deus, eis a primeira finalidade da Igreja. E porque a comunhão dos homens entre si radica na união com Deus, a Igreja é, também, o sacramento da unidade do género humano. Nela, esta unidade já começou, pois reúne homens «de toda a nação, raça, povo e língua» (Ap 7, 9). A Igreja é, ao mesmo tempo, «sinal e instrumento» da plena realização desta unidade, que ainda há-de vir.
776. Como sacramento, a Igreja é instrumento de Cristo. «É assumida por Ele como instrumento da redenção universal»(202), «o sacramento universal da salvação»(203), pelo qual o mesmo Cristo «manifesta e simultaneamente actualiza o mistério do amor de Deus pelos homens»(204). É o «projecto visível do amor de Deus para com a humanidade»(205), segundo o qual Deus quer «que todo o género humano forme um só povo de Deus, se una num só Corpo de Cristo e se edifique num só templo do Espírito Santo»(206).
Resumindo:
777. A palavra «Igreja» significa «convocação». Designa a assembleia daqueles que a Palavra de Deus convoca para formar o seu povo, e que, alimentados pelo Corpo de Cristo, se tornam, eles próprios, Corpo de Cristo.
778. A Igreja é, ao mesmo tempo, caminho e meta do desígnio de Deus: prefigurada na criação, preparada na antiga Aliança, fundada pelas palavras e actos de Jesus Cristo, realizada pela sua Cruz redentora e pela sua ressurreição, manifesta-se como mistério de salvação pela efusão do Espírito Santo. Será consumada na glória do céu como assembleia de todos os resgatados da terra (207).
779. A Igreja é, ao mesmo tempo, visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. É una, mas formada por um duplo elemento: humano e divino. Aí reside o seu mistério, que só a fé pode acolher.
780. A Igreja é, neste mundo, o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens.
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Dança engraçada. Casamento. Dança
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Por Zeus! Charles Fonseca. Prosa
POR ZEUS!
Charles Fonseca
Aí ela me perguntou se queria ir com ela à sua casa. Aquiesci. Depois ela comentou comigo que fiquei na sala de visitas, todo duro, rijo, estático, olhando para a parede enquanto ela tomava banho e também depois. Fiquei a matutar, vindo uma serie de associações de idéias vindas de Eros. Será que sou sempre assim, tímido, circunspecto, implícito? Será que ela verbalizou tudo o que pensou? Não custava um cálice de vinho, relaxante, estupefaciente ante o belo. Ou naquela década estava menos relaxado do que hoje ao escrever este mini conto? Ela era apaixonada por um desconhecido, longe dela. Havia me mostrado uma carta pensando mandar pra ele, dizendo do seu afeto e do fruto deste que ficou ao seu cuidado e eu a estimulei que mandasse a carta. Ainda não havia e-mail... Por Zeus, diziam os gregos! Ficou a lembrança que hoje compartilho com alguns inconfidentes.
Charles Fonseca
Aí ela me perguntou se queria ir com ela à sua casa. Aquiesci. Depois ela comentou comigo que fiquei na sala de visitas, todo duro, rijo, estático, olhando para a parede enquanto ela tomava banho e também depois. Fiquei a matutar, vindo uma serie de associações de idéias vindas de Eros. Será que sou sempre assim, tímido, circunspecto, implícito? Será que ela verbalizou tudo o que pensou? Não custava um cálice de vinho, relaxante, estupefaciente ante o belo. Ou naquela década estava menos relaxado do que hoje ao escrever este mini conto? Ela era apaixonada por um desconhecido, longe dela. Havia me mostrado uma carta pensando mandar pra ele, dizendo do seu afeto e do fruto deste que ficou ao seu cuidado e eu a estimulei que mandasse a carta. Ainda não havia e-mail... Por Zeus, diziam os gregos! Ficou a lembrança que hoje compartilho com alguns inconfidentes.
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.....Por Zeus!,
.....Prosa,
Charles Fonseca
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Taieiras. Fotografia
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Governo joga mais doentes mentais para morrerem nas ruas. Marcelo Ferreira Caixeta. Medicina
GOVERNO JOGA MAIS DOENTES MENTAIS para MORREREM NAS RUAS ( não aparece em estatísticas ou na mídia porque "doença mental não sai sangue") [ veja aqui o que a mídia - Globo - não mostra ]
1) Mais dois hospitais psiquiátricos ( chamados de "manicômios" pelos PeTistas) quebram em Goiânia ( prefeitura do PT ). Psiquiatra hospitalar denuncia que a "política ideológico-corporativista ( contra iniciativa privada , contra os médicos, favorável a "paramédicos-cabides-de-emprego" ) do Governo é acabar com hospitais psiquiátricos"
2) Funcionário da Prefeitura, gestor da saúde, diz que ( vejam ) ( citaçao livre ) : fechar hospitais é política do Ministério, que os Caps ( centros psicológicos do Governo ) "resolvem tudo", diz que a culpa é do Governo do Estado ( PSDB) que não tem atendimento de Caps no interior e sobrecarrega a capital ( jogo de empurra) , diz que é preciso também psicólogo para atendimento psiquiátrico ( em 30 anos de psiquiatria NUNCA precisei de psicólogo para atender meus pacientes, eu mesmo converso com eles ), diz que o Pronto Socorro da Prefeitura está em condições de atender a demanda ( basta perguntar para os médicos plantonistas de lá para ver a "maravilha" que lá está ) , diz que os Caps de Goiania estão em condições de atender a demanda ( basta perguntar aos mesmos plantonistas o sufoco que é lá no Pronto Socorro Psiquiátrico a falta de vagas...) .
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/clinicas-psiquiatricas-deixam-de-atender-pacientes-do-sus-em-goiania/3067594/
1) Mais dois hospitais psiquiátricos ( chamados de "manicômios" pelos PeTistas) quebram em Goiânia ( prefeitura do PT ). Psiquiatra hospitalar denuncia que a "política ideológico-corporativista ( contra iniciativa privada , contra os médicos, favorável a "paramédicos-cabides-de-emprego" ) do Governo é acabar com hospitais psiquiátricos"
2) Funcionário da Prefeitura, gestor da saúde, diz que ( vejam ) ( citaçao livre ) : fechar hospitais é política do Ministério, que os Caps ( centros psicológicos do Governo ) "resolvem tudo", diz que a culpa é do Governo do Estado ( PSDB) que não tem atendimento de Caps no interior e sobrecarrega a capital ( jogo de empurra) , diz que é preciso também psicólogo para atendimento psiquiátrico ( em 30 anos de psiquiatria NUNCA precisei de psicólogo para atender meus pacientes, eu mesmo converso com eles ), diz que o Pronto Socorro da Prefeitura está em condições de atender a demanda ( basta perguntar para os médicos plantonistas de lá para ver a "maravilha" que lá está ) , diz que os Caps de Goiania estão em condições de atender a demanda ( basta perguntar aos mesmos plantonistas o sufoco que é lá no Pronto Socorro Psiquiátrico a falta de vagas...) .
http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/clinicas-psiquiatricas-deixam-de-atender-pacientes-do-sus-em-goiania/3067594/
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quinta-feira, janeiro 09, 2014
Herman H. Wessell - Retrato de sua esposa Bessie H. Wessell de 1920 Cincinnati Art Club coleção, Pintura
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Imagens revelam abandono de hospitais federais no Rio. Medicina
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Samba de côco. Fotografia
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NA SELVA. Charles Fonseca. Poesia
NA SELVA
Charles Fonseca
Cacareja a galinha,
Nem grasna o amigo pato,
Pula e chia o macaco,
Arrulha a doce pombinha.
O bom cabrito não berra,
O cão que ladra não morde,
Bufa e pula o velho bode,
Sabiá canta na serra.
O meu cavalo relincha,
Coaxa o amigo sapo,
Fogem do homem pro mato,
Arribaçã e a rolinha.
Charles Fonseca
Cacareja a galinha,
Nem grasna o amigo pato,
Pula e chia o macaco,
Arrulha a doce pombinha.
O bom cabrito não berra,
O cão que ladra não morde,
Bufa e pula o velho bode,
Sabiá canta na serra.
O meu cavalo relincha,
Coaxa o amigo sapo,
Fogem do homem pro mato,
Arribaçã e a rolinha.
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COMEDOURO PÁSSAROS LIVRES. Charles Fonseca. Fotografia
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A Igreja. Mistério da união dos homens com Deus.
A IGREJA – MISTÉRIO DA UNIÃO DOS HOMENS COM DEUS
772. É na Igreja que Cristo realiza e revela o seu próprio mistério, como a meta do desígnio de Deus: «recapitular tudo n'Ele» (Ef 1, 10). São Paulo chama «grande mistério» (Ef 5, 32) à união esponsal de Cristo e da Igreja. Porque está unida a Cristo como a seu esposo (194), a própria Igreja, por seu turno, se torna mistério (195). E é contemplando nela este mistério, que S. Paulo exclama: «Cristo em vós — eis a esperança da glória!» (Cl 1, 27).
773. Na Igreja, esta comunhão dos homens com Deus pela «caridade, que não passa jamais» (1 Cor 13, 8), é o fim que comanda tudo quanto nela é meio sacramental, ligado a este mundo que passa (196). «A sua estrutura está completamente ordenada à santidade dos membros de Cristo. E a santidade aprecia-se em função do "grande mistério", em que a esposa responde com a dádiva do seu amor ao dom do Esposo» (197). Nesta santidade que é o mistério da Igreja, Maria precede-nos todos como «a Esposa sem mancha nem ruga» (198). E é por isso que «a dimensão mariana da Igreja precede a sua dimensão petrina» (199).
Catecismo
772. É na Igreja que Cristo realiza e revela o seu próprio mistério, como a meta do desígnio de Deus: «recapitular tudo n'Ele» (Ef 1, 10). São Paulo chama «grande mistério» (Ef 5, 32) à união esponsal de Cristo e da Igreja. Porque está unida a Cristo como a seu esposo (194), a própria Igreja, por seu turno, se torna mistério (195). E é contemplando nela este mistério, que S. Paulo exclama: «Cristo em vós — eis a esperança da glória!» (Cl 1, 27).
773. Na Igreja, esta comunhão dos homens com Deus pela «caridade, que não passa jamais» (1 Cor 13, 8), é o fim que comanda tudo quanto nela é meio sacramental, ligado a este mundo que passa (196). «A sua estrutura está completamente ordenada à santidade dos membros de Cristo. E a santidade aprecia-se em função do "grande mistério", em que a esposa responde com a dádiva do seu amor ao dom do Esposo» (197). Nesta santidade que é o mistério da Igreja, Maria precede-nos todos como «a Esposa sem mancha nem ruga» (198). E é por isso que «a dimensão mariana da Igreja precede a sua dimensão petrina» (199).
Catecismo
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quarta-feira, janeiro 08, 2014
Ao Deus Trino. Hino. Música
AO DEUS TRINO
Ó Deus bom Pai e benfeitor;
A Ti rendemos com ardor
Louvor leal sem fim,
Senhor de todos nós Sustentador!
E Tu Deus Filho ó bom Jesus;
Por nós sofreste numa cruz,
De Ti nos vem a clara luz,
Que nossos pés aos céus conduz!
Tu Deus Espírito veraz;
Oh! nossas almas satisfaz,
Com gozo com divina paz,
E as nossas aflições desfaz!
Ó infinito e excelso Deus;
Amparamos embora réus,
Com bençãos lá dos céus,
A todos nós, os filhos Teus!
Luther O.Emerson (1820-1915) - William E.Entzminger (1859-1930)
Ó Deus bom Pai e benfeitor;
A Ti rendemos com ardor
Louvor leal sem fim,
Senhor de todos nós Sustentador!
E Tu Deus Filho ó bom Jesus;
Por nós sofreste numa cruz,
De Ti nos vem a clara luz,
Que nossos pés aos céus conduz!
Tu Deus Espírito veraz;
Oh! nossas almas satisfaz,
Com gozo com divina paz,
E as nossas aflições desfaz!
Ó infinito e excelso Deus;
Amparamos embora réus,
Com bençãos lá dos céus,
A todos nós, os filhos Teus!
Luther O.Emerson (1820-1915) - William E.Entzminger (1859-1930)
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Em Cacoal (RO), Justiça obriga os médicos privados a atenderem o setor público. Medicina
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SAUDADE. Charles Fonseca. Poesia
SAUDADE
Charles Fonseca
Saudade é se ter no presente
Por ora o passado a limpo,
É viver o futuro indo
Pra trás, a amada ausente.
É morrer e ainda estar vivo,
É sofrer quando ainda há gozo,
É sorrir ainda com choro,
É chorar sem o paraíso.
Charles Fonseca
Saudade é se ter no presente
Por ora o passado a limpo,
É viver o futuro indo
Pra trás, a amada ausente.
É morrer e ainda estar vivo,
É sofrer quando ainda há gozo,
É sorrir ainda com choro,
É chorar sem o paraíso.
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terça-feira, janeiro 07, 2014
Andras Schiff plays BACH:Sinfonia BWV 787-801. Música
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Cidade. Caetano Veloso. Prosa
Cidade
Caetano Veloso
Salvador fala de modo enfático sobre as coisas do Brasil
A Cidade do Salvador fala de modo enfático sobre as coisas do Brasil. Desde o arraial de Caramuru ao status de capital da colônia, passando pelos poemas de Gregório de Matos e pelas lutas da independência, ela grita sobre nossa condição. Nesses dias ela tem sido especialmente eloquente. A luz dourada que banha o lugar onde ela se ergueu está no auge do seu brilho. Num típico janeiro sem chuvas, as águas da baía e, mais ainda, as do mar aberto que começa no Farol da Barra, exibem cores intensas e límpidas, azuis e verdes e cobres e pratas, que são mais ricas do que podem ficar nas fotografias. Os muitos prédios feios e as fachadas deformadas de antigos sobrados confirmam as piores observações de Lévi-Strauss. Me lembro da cidade que eu vi quando vim aqui menino — e, depois, da que conheci na passagem dos meus 17 para 18 anos. Uma imagem tomada por Orson Welles no filme que ele começou a fazer sobre jangadeiros cearenses que desceram de jangada de Fortaleza até o Rio mostra Salvador como uma obra-prima urbanística. Stefan Zweig escreveu, entre muitas outras coisas para as quais deveríamos prestar mais atenção, que “o Brasil tem as cidades mais bonitas do mundo”. Talvez ele estivesse empolgado demais com o contraste entre o doce Brasil e a Europa enlouquecida da segunda metade dos anos 1930. Mas é notável que fosse possível que alguém tão culto e tão inteligente escrevesse tal frase a sério. Porque hoje nós podemos dizer que as cidades brasileiras estão entre as mais feias do mundo todo. Lévi-Strauss, ao contrário de Zweig, não se mostrou impressionado com a beleza de Salvador (o Rio, para ele, era feio). Percebeu, antes, que os meninos pobres das ruas da Bahia esmolavam ser fotografados, sem nem sequer esperarem ver as fotografias depois. E entendeu que o tempo só fazia e só faria mal ao urbanismo brasileiro. Tudo fadado a passar do estágio de construção para o de ruína
Se tivesse havido consciência do valor estético (e não só estético) da estrutura urbanística e arquitetônica de Salvador na altura em que Welles viu a cidade — ou quando eu vim de Santo Amaro — e tivéssemos podido planejar a modernização mantendo-a (o que não é nada impossível: as cidades europeias são ao mesmo tempo mil vezes mais modernas e mil vezes mais preservadas do que as nossas), teríamos hoje uma joia do Atlântico Sul, em lugar do caos que vemos. Seria preciso termos tido uma história muito diferente. O que excita é a esperança inacreditavelmente renovada de que, apesar de tudo, ainda vai dar para fazer alguma coisa. E a certeza maluca de que se fizermos será algo grandioso, como a entrada no Reino do Espírito Santo. Digo que a esperança se renova inacreditavelmente e que a certeza é maluca porque o olhar realista para a feiura visual e social produz ceticismo. Sem o qual, é verdade, nada faremos. Mas na maior parte das vezes ele nos deixa imobilizados.
Mais do que quase nunca, estou sentindo aquele antigo bem de estar na Bahia que reencontro tão puro em meu filho Moreno. É uma gratidão infinita por simplesmente estarmos aqui. A brisa, as cores, a luz confirmam. Mas o sentimento independe de demonstrações óbvias por parte do lugar. No meio do ano passado, eu estava indo com Moreno da parte do Rio Vermelho onde ele tem apartamento para a parte do Rio Vermelho onde tenho uma casa. Era noite, fazíamos um retorno na Avenida Garibaldi — onde não há senão construções modernas sem elegância nem imaginação — e chovia sem parar. Comentei minha constatação de que a cidade estava totalmente desprovida de encantos. Moreno respondeu apenas “Eu adoro”. E falou com tanta alegria sincera que, agora que tento explicar o que sinto estando aqui, só a cara dele nesse momento vem à minha mente.
Hélio Eichbauer, ouvindo-me lamentar as fachadas novas e tolas que as pessoas ergueram para substituir as frentes antigas das casas no estreito caminho que as separa do mar entre o Bogari e o Bonfim (destruição arquitetônica que eu comparava à sofrida por Santo Amaro), disse apenas “Eu gosto”. Entendi bem. Cidades americanas não podem ser europeias. San Juan de Porto Rico me deu a sensação de um Projac mantido pelos Estados Unidos. Lá, achei que a tragédia cubana, que separa famílias entre Miami e Havana, era o oposto da melancolia porto-riquenha. Décio Pignatari e Candice Bergman acharam o Pelourinho recém-restaurado “uma disneylândia”. Discordei. Mas entendo o que diziam. Um casal amigo, nascido e criado cá, foi assaltado na saída do Cine Glauber Rocha. A violência urbana cresceu aqui mais do que no resto do país. O racismo antigo está quase intacto (e mesmo renovado). Mas meu sonho não acabou.
Caetano Veloso
Salvador fala de modo enfático sobre as coisas do Brasil
A Cidade do Salvador fala de modo enfático sobre as coisas do Brasil. Desde o arraial de Caramuru ao status de capital da colônia, passando pelos poemas de Gregório de Matos e pelas lutas da independência, ela grita sobre nossa condição. Nesses dias ela tem sido especialmente eloquente. A luz dourada que banha o lugar onde ela se ergueu está no auge do seu brilho. Num típico janeiro sem chuvas, as águas da baía e, mais ainda, as do mar aberto que começa no Farol da Barra, exibem cores intensas e límpidas, azuis e verdes e cobres e pratas, que são mais ricas do que podem ficar nas fotografias. Os muitos prédios feios e as fachadas deformadas de antigos sobrados confirmam as piores observações de Lévi-Strauss. Me lembro da cidade que eu vi quando vim aqui menino — e, depois, da que conheci na passagem dos meus 17 para 18 anos. Uma imagem tomada por Orson Welles no filme que ele começou a fazer sobre jangadeiros cearenses que desceram de jangada de Fortaleza até o Rio mostra Salvador como uma obra-prima urbanística. Stefan Zweig escreveu, entre muitas outras coisas para as quais deveríamos prestar mais atenção, que “o Brasil tem as cidades mais bonitas do mundo”. Talvez ele estivesse empolgado demais com o contraste entre o doce Brasil e a Europa enlouquecida da segunda metade dos anos 1930. Mas é notável que fosse possível que alguém tão culto e tão inteligente escrevesse tal frase a sério. Porque hoje nós podemos dizer que as cidades brasileiras estão entre as mais feias do mundo todo. Lévi-Strauss, ao contrário de Zweig, não se mostrou impressionado com a beleza de Salvador (o Rio, para ele, era feio). Percebeu, antes, que os meninos pobres das ruas da Bahia esmolavam ser fotografados, sem nem sequer esperarem ver as fotografias depois. E entendeu que o tempo só fazia e só faria mal ao urbanismo brasileiro. Tudo fadado a passar do estágio de construção para o de ruína
Se tivesse havido consciência do valor estético (e não só estético) da estrutura urbanística e arquitetônica de Salvador na altura em que Welles viu a cidade — ou quando eu vim de Santo Amaro — e tivéssemos podido planejar a modernização mantendo-a (o que não é nada impossível: as cidades europeias são ao mesmo tempo mil vezes mais modernas e mil vezes mais preservadas do que as nossas), teríamos hoje uma joia do Atlântico Sul, em lugar do caos que vemos. Seria preciso termos tido uma história muito diferente. O que excita é a esperança inacreditavelmente renovada de que, apesar de tudo, ainda vai dar para fazer alguma coisa. E a certeza maluca de que se fizermos será algo grandioso, como a entrada no Reino do Espírito Santo. Digo que a esperança se renova inacreditavelmente e que a certeza é maluca porque o olhar realista para a feiura visual e social produz ceticismo. Sem o qual, é verdade, nada faremos. Mas na maior parte das vezes ele nos deixa imobilizados.
Mais do que quase nunca, estou sentindo aquele antigo bem de estar na Bahia que reencontro tão puro em meu filho Moreno. É uma gratidão infinita por simplesmente estarmos aqui. A brisa, as cores, a luz confirmam. Mas o sentimento independe de demonstrações óbvias por parte do lugar. No meio do ano passado, eu estava indo com Moreno da parte do Rio Vermelho onde ele tem apartamento para a parte do Rio Vermelho onde tenho uma casa. Era noite, fazíamos um retorno na Avenida Garibaldi — onde não há senão construções modernas sem elegância nem imaginação — e chovia sem parar. Comentei minha constatação de que a cidade estava totalmente desprovida de encantos. Moreno respondeu apenas “Eu adoro”. E falou com tanta alegria sincera que, agora que tento explicar o que sinto estando aqui, só a cara dele nesse momento vem à minha mente.
Hélio Eichbauer, ouvindo-me lamentar as fachadas novas e tolas que as pessoas ergueram para substituir as frentes antigas das casas no estreito caminho que as separa do mar entre o Bogari e o Bonfim (destruição arquitetônica que eu comparava à sofrida por Santo Amaro), disse apenas “Eu gosto”. Entendi bem. Cidades americanas não podem ser europeias. San Juan de Porto Rico me deu a sensação de um Projac mantido pelos Estados Unidos. Lá, achei que a tragédia cubana, que separa famílias entre Miami e Havana, era o oposto da melancolia porto-riquenha. Décio Pignatari e Candice Bergman acharam o Pelourinho recém-restaurado “uma disneylândia”. Discordei. Mas entendo o que diziam. Um casal amigo, nascido e criado cá, foi assaltado na saída do Cine Glauber Rocha. A violência urbana cresceu aqui mais do que no resto do país. O racismo antigo está quase intacto (e mesmo renovado). Mas meu sonho não acabou.
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Menestréis. Fotografia
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Raizes. Lindolf Bell. Prosa
“Todas as coisas que me rodeiam são raízes. A jabuticabeira que deve ter quase cem anos, a caramboleira, os baús, os móveis e todos os objetos antigos não são uma forma triste de memória mas uma afirmação de que, num crescimento espiritual, num crescimento humano não podemos jogar nada pela janela ou no lixo. Não podemos jogar fora as raízes - elas nos preservam e elas se preservam conosco, na memória ou dentro da terra, seja onde for, mas elas também nos projetam porque, à medida que elas se preservam na terra, elas crescem fazem a gente crescer, como uma árvore. O homem é uma árvore que abriga amores, lembranças, outros seres, uma árvore que dá sombra e luz, e é para isso que a gente nasceu, fundamentalmente. Isso eu aprendi, é claro convivendo com meus pais e também com os vizinhos, que tinham maneiras semelhantes de viver e conviver, maneiras simples mas definitivas.”
Lindolf Bell, em “entrevista” à Fundação Catarinense de Cultura. Publicado: em “Lindolf Bell: estudo biobibliográfico: antologia”.
Lindolf Bell, em “entrevista” à Fundação Catarinense de Cultura. Publicado: em “Lindolf Bell: estudo biobibliográfico: antologia”.
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Charlie Chaplin - Dia chuvoso - 1914. Cinema
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A Igreja. Ao mesmo tempo visível e espiritual.
A IGREJA – AO MESMO TEMPO VISÍVEL E ESPIRITUAL
771. «Cristo, mediador único, constitui e continuamente sustenta sobre a terra, como um todo visível, a sua Igreja santa, comunidade de fé, esperança e amor, por meio da qual difunde em todos a verdade e a graça». A Igreja é, simultaneamente:
– «sociedade dotada de órgãos hierárquicos e corpo místico de Cristo»;
– «agrupamento visível e comunidade espiritual»;
– «Igreja terrestre e Igreja ornada com os bens celestes».
Estas dimensões constituem, em conjunto, «uma única realidade complexa, formada pelo duplo elemento humano e divino» (191).
É próprio da Igreja ser «simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina; mas de tal forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a acção à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (192).
«Humildade! Sublimidade! Tenda de Cedar e santuário de Deus; habitação terrena e palácio celeste; casa de barro e corte real; corpo mortal e templo de luz; enfim, objecto de desprezo para os orgulhosos e esposa de Cristo! Ela é morena mas bela, ó filhas de Jerusalém; ela que, empalidecida pela fadiga e sofrimento dum longo exílio, tem, no entanto, por ornamento a beleza celeste» (193).
Catecismo
771. «Cristo, mediador único, constitui e continuamente sustenta sobre a terra, como um todo visível, a sua Igreja santa, comunidade de fé, esperança e amor, por meio da qual difunde em todos a verdade e a graça». A Igreja é, simultaneamente:
– «sociedade dotada de órgãos hierárquicos e corpo místico de Cristo»;
– «agrupamento visível e comunidade espiritual»;
– «Igreja terrestre e Igreja ornada com os bens celestes».
Estas dimensões constituem, em conjunto, «uma única realidade complexa, formada pelo duplo elemento humano e divino» (191).
É próprio da Igreja ser «simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na acção e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina; mas de tal forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a acção à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (192).
«Humildade! Sublimidade! Tenda de Cedar e santuário de Deus; habitação terrena e palácio celeste; casa de barro e corte real; corpo mortal e templo de luz; enfim, objecto de desprezo para os orgulhosos e esposa de Cristo! Ela é morena mas bela, ó filhas de Jerusalém; ela que, empalidecida pela fadiga e sofrimento dum longo exílio, tem, no entanto, por ornamento a beleza celeste» (193).
Catecismo
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segunda-feira, janeiro 06, 2014
Jean-August Barre - Maria Taglioni in La Sylphide - 1837 Private collection. E55. Escultura
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Escultura
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Querubim: Pediatria e Endocrinologia Pediátrica. Fone: (71) 3565-3536 e 9602-3536. Medicina
Dra. Silvana Sampaio Fonseca D'Albuquerque
Centro Médico do Vale (Avenida Reitor Miguel Calmon, 1210) sala 611, 40110-100 Salvador
Residência Médica em Pediatria Geral, Ufba, 2010 Título de Especialista em Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2011 Residência Medica em Endocrinologia Pediátrica, Ufba, 2012
Diabetes,
Distúrbios do crescimento,
Doenças da tireoide,
Doenças do desenvolvimento ósseo,
Gigantismo,
Hermafroditismo,
Hipogonadismo,
Hipotireoidismo congênito,
Hirsutismo,
Obesidade,
Puberdade precoce,
Puberdade tardia.
Centro Médico do Vale (Avenida Reitor Miguel Calmon, 1210) sala 611, 40110-100 Salvador
Residência Médica em Pediatria Geral, Ufba, 2010 Título de Especialista em Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2011 Residência Medica em Endocrinologia Pediátrica, Ufba, 2012
Diabetes,
Distúrbios do crescimento,
Doenças da tireoide,
Doenças do desenvolvimento ósseo,
Gigantismo,
Hermafroditismo,
Hipogonadismo,
Hipotireoidismo congênito,
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Puberdade precoce,
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O asno em pele de leão Esopo. Fábula. Prosa
O asno em pele de leão
Esopo
Um asno, ao encontrar uma pele de leão, resolve então colocá-la sobre seu dorso, e a partir daí, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim, encontra uma raposa, e também tenta amedrontá-la. Mas a raposa, tão logo escuta o som de sua voz, olha-o de cima a baixo, e exclama com ironia:
"Sabe, eu certamente teria me assustado, se antes, não tivesse escutado o seu zurro".
Moral da História:
Um tolo pode se esconder por trás das aparências, mas suas palavras acabarão por revelar à todos sua verdadeira identidade.
Esopo
Um asno, ao encontrar uma pele de leão, resolve então colocá-la sobre seu dorso, e a partir daí, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim, encontra uma raposa, e também tenta amedrontá-la. Mas a raposa, tão logo escuta o som de sua voz, olha-o de cima a baixo, e exclama com ironia:
"Sabe, eu certamente teria me assustado, se antes, não tivesse escutado o seu zurro".
Moral da História:
Um tolo pode se esconder por trás das aparências, mas suas palavras acabarão por revelar à todos sua verdadeira identidade.
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Berthalan publicado por Karlowsky - 1897 - Figura do período de Luís XIII Galeria Nacional Húngara, Budapeste. A24. Pintura
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SERTÃO. Charles Fonseca. Poesia
SERTÃO
Charles Fonseca
Na cacimba das almas os bichos bebem
De um lado, do outro essas saciam
Com a água os viventes que aliviam
Os corpos, fonte limpa, todos se servem.
É o sertão, as almas pedem socorro
Ao bom Deus a implorar misericórdia.
Quando a água da fonte for embora
Umbuzeiro dispõe dela ao pé do morro.
Charles Fonseca
Na cacimba das almas os bichos bebem
De um lado, do outro essas saciam
Com a água os viventes que aliviam
Os corpos, fonte limpa, todos se servem.
É o sertão, as almas pedem socorro
Ao bom Deus a implorar misericórdia.
Quando a água da fonte for embora
Umbuzeiro dispõe dela ao pé do morro.
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domingo, janeiro 05, 2014
Ben Shahn. Fotografia
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O VESTIDO. Humberto de Campos. Prosa
O VESTIDO
Humberto de Campos
Uma das minhas primeiras crônicas nesta folha, há três ou quatro anos, versou, se bem me lembro, sobre o milagre realizado por certas senhoras elegantes, as quais, tendo recebido do esposo um simples corte de seda, conseguem fazer com ele, por processos que só dias conhecem, quatro ou cinco vestidos de cores diferentes. Os esposos que ignoram, em absoluto, esses curiosos fenômenos de química, fecham os olhos, inteiramente, a todos os prodígios desse gênero; outros querem, porém, apoderar-se do segredo, e o resultado é tentarem obtê-lo à força, esgaravatando a esposa com uma faca ou, o que é menos bárbaro, com uma bala de revólver.
Deste último gênero, fiscalizando a mulher como quem fiscaliza uma fronteira ameaçada era, felizmente ou infelizmente, o Dr. Cantidiano de Sampaio Gutterres, figura tão conhecida no foro da cidade, e, principalmente, nas altas rodas mundanas. Chefe de família exemplaríssimo, o notável advogado não admitia que lhe entrasse em casa, sequer, um alfinete, sem o seu consentimento. As compras, as mais insignificantes, era ele quem as fazia pessoalmente, e isso, menos pelo temor de ser enganado no preço dos objetos adquiridos do que pelo programa, que se traçara, de tomar conhecimento de tudo que lhe entrasse no lar.
Desse cuidado do ilustre advogado, dá idéia, para honra sua, o episódio que lhe ia perturbando, há poucos dias, a vida doméstica, depois de doze anos de casado. O Dr. Gutterres havia comprado para a mulher, há um mês antes de partir para São Paulo, um vestido de seda verde, de uma que esteve em moda, no máximo, oito dias. De regresso, ao entrar em casa, sem ser esperado, encontrou-se, na escada, com a esposa, que vestia uma "toilette" nova, e, essa, amarela, gema-d'ovo, e sobretudo, riquíssima. Ao defrontarem-se, ficaram, os dois, mais amarelos do que o vestido.
- Que quer dizer isto, senhora? - trovejou o esposo, crispando os dedos, de cólera.
D. Antonieta encarou-o, sem dizer palavra.
- Que significa este luxo, na minha ausência? - tornou, terrível, o marido. - Quem lhe deu esse vestido?
- Foi você... - sussurrou a pobre senhora, tremelicando o beicito vermelho de "rouge".
- Eu? O vestido que eu lhe dei, então, não era verde? Como é que, agora, a senhora se apresenta com um vestido amarelo?
Ao cérebro da moça acorreu, de súbito, uma idéia, que fugiu logo, deixando apenas o rastro. Os olhos brilharam-lhe, vivos, úmidos, penetrantes, numa floração de luz, tornando-a mais jovem, mais fresca, mais linda.
- Era... - confirmou a moça
O marido encarou-a, esperando a confissão abominável. O rosto de dona Antonieta irradiou, de repente, no anúncio de uma surpresa, que podia ser um sorriso, ou uma lágrima.
- Era verde, sim... tornou, baixando os olhos: - mas...
E, perturbadíssima, sem encontrar outra saída:
- Amadureceu, Cantidiano...
Humberto de Campos
Uma das minhas primeiras crônicas nesta folha, há três ou quatro anos, versou, se bem me lembro, sobre o milagre realizado por certas senhoras elegantes, as quais, tendo recebido do esposo um simples corte de seda, conseguem fazer com ele, por processos que só dias conhecem, quatro ou cinco vestidos de cores diferentes. Os esposos que ignoram, em absoluto, esses curiosos fenômenos de química, fecham os olhos, inteiramente, a todos os prodígios desse gênero; outros querem, porém, apoderar-se do segredo, e o resultado é tentarem obtê-lo à força, esgaravatando a esposa com uma faca ou, o que é menos bárbaro, com uma bala de revólver.
Deste último gênero, fiscalizando a mulher como quem fiscaliza uma fronteira ameaçada era, felizmente ou infelizmente, o Dr. Cantidiano de Sampaio Gutterres, figura tão conhecida no foro da cidade, e, principalmente, nas altas rodas mundanas. Chefe de família exemplaríssimo, o notável advogado não admitia que lhe entrasse em casa, sequer, um alfinete, sem o seu consentimento. As compras, as mais insignificantes, era ele quem as fazia pessoalmente, e isso, menos pelo temor de ser enganado no preço dos objetos adquiridos do que pelo programa, que se traçara, de tomar conhecimento de tudo que lhe entrasse no lar.
Desse cuidado do ilustre advogado, dá idéia, para honra sua, o episódio que lhe ia perturbando, há poucos dias, a vida doméstica, depois de doze anos de casado. O Dr. Gutterres havia comprado para a mulher, há um mês antes de partir para São Paulo, um vestido de seda verde, de uma que esteve em moda, no máximo, oito dias. De regresso, ao entrar em casa, sem ser esperado, encontrou-se, na escada, com a esposa, que vestia uma "toilette" nova, e, essa, amarela, gema-d'ovo, e sobretudo, riquíssima. Ao defrontarem-se, ficaram, os dois, mais amarelos do que o vestido.
- Que quer dizer isto, senhora? - trovejou o esposo, crispando os dedos, de cólera.
D. Antonieta encarou-o, sem dizer palavra.
- Que significa este luxo, na minha ausência? - tornou, terrível, o marido. - Quem lhe deu esse vestido?
- Foi você... - sussurrou a pobre senhora, tremelicando o beicito vermelho de "rouge".
- Eu? O vestido que eu lhe dei, então, não era verde? Como é que, agora, a senhora se apresenta com um vestido amarelo?
Ao cérebro da moça acorreu, de súbito, uma idéia, que fugiu logo, deixando apenas o rastro. Os olhos brilharam-lhe, vivos, úmidos, penetrantes, numa floração de luz, tornando-a mais jovem, mais fresca, mais linda.
- Era... - confirmou a moça
O marido encarou-a, esperando a confissão abominável. O rosto de dona Antonieta irradiou, de repente, no anúncio de uma surpresa, que podia ser um sorriso, ou uma lágrima.
- Era verde, sim... tornou, baixando os olhos: - mas...
E, perturbadíssima, sem encontrar outra saída:
- Amadureceu, Cantidiano...
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Eusébio - 1966 FIFA World Cup Classic Players. Futebol
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A Igreja. Manifestada pelo Espírito Santo. Igreja
A IGREJA – MANIFESTADA PELO ESPÍRITO SANTO
767. «Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho para cumprir na terra, no dia de Pentecostes foi enviado o Espírito Santo para que santificasse continuamente a Igreja» (180). Foi então que «a Igreja foi publicamente manifestada diante duma grande multidão» e «teve o seu início a difusão do Evangelho entre os gentios, por meio da pregação» (181). Porque é «convocação» de todos os homens à salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária, enviada por Cristo a todas as nações, para de todas fazer discípulos (182).
768. Para que a Igreja possa realizar a sua missão, o Espírito Santo «enriquece-a e guia-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos» (183). Pelo que a Igreja, enriquecida com os dons do seu fundador e guardando fielmente os seus preceitos de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos, e constitui o germe e o princípio deste mesmo Reino na terra» (184).
Catecismo
767. «Consumada a obra que o Pai confiou ao Filho para cumprir na terra, no dia de Pentecostes foi enviado o Espírito Santo para que santificasse continuamente a Igreja» (180). Foi então que «a Igreja foi publicamente manifestada diante duma grande multidão» e «teve o seu início a difusão do Evangelho entre os gentios, por meio da pregação» (181). Porque é «convocação» de todos os homens à salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária, enviada por Cristo a todas as nações, para de todas fazer discípulos (182).
768. Para que a Igreja possa realizar a sua missão, o Espírito Santo «enriquece-a e guia-a com diversos dons hierárquicos e carismáticos» (183). Pelo que a Igreja, enriquecida com os dons do seu fundador e guardando fielmente os seus preceitos de caridade, de humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos, e constitui o germe e o princípio deste mesmo Reino na terra» (184).
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São Gonçalo. Brasil. Fotografia
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sábado, janeiro 04, 2014
6 9. Charles Fonseca. Poesia
6 9
Charles Fonseca
Pós graduando 6 9
Daqui mais ano se tenta
Mais década dos enta
Quem sabe com fome ao pote
Dos noventa só delícias
Não aos cem gozei a mais
Saudades levo demais
Amar, sem ais, só primícias.
Charles Fonseca
Pós graduando 6 9
Daqui mais ano se tenta
Mais década dos enta
Quem sabe com fome ao pote
Dos noventa só delícias
Não aos cem gozei a mais
Saudades levo demais
Amar, sem ais, só primícias.
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Auxílio divino. Hino. Igreja
AUXÍLIO DIVINO
Santo Deus vem inflamar;
Nossos débeis corações,
Vem as nuvens dissipar,
Livra-nos de imperfeições!
Sim ó Deus vem dirigir;
Este culto a celebrar,
Vem ó vem nos revestir,
De fervor prá Te louvar!
Louis M.Gottschalk (1829-1869)
Andrew Reed (1787-1862)
Santo Deus vem inflamar;
Nossos débeis corações,
Vem as nuvens dissipar,
Livra-nos de imperfeições!
Sim ó Deus vem dirigir;
Este culto a celebrar,
Vem ó vem nos revestir,
De fervor prá Te louvar!
Louis M.Gottschalk (1829-1869)
Andrew Reed (1787-1862)
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O asno e os sapos. Esopo. Fábula. Prosa
O asno e os sapos
Esopo
Um dia, há muito tempo, um pobre asno, muito humilde, seguia por uma trilha com uma carga de lenha no dorso. De repente, ao dobrar uma curva no caminho, deu com um charco profundo.
Desequilibrando-se ao peso da carga, escorregou e foi cair direto no brejo. Apesar de se debater muito, todo aflito, não teve sorte e afundou até o pescoço na lama, por entre um bando de sapos saltitantes.
- Pobre de mim! - gemeu o asno, e começou a zurrar chorosamente. Depois soltou um longo suspiro, como se seu coração estivesse prestes a partir-se em dois.
Os sapos pulavam e chapinhavam à volta dele, enquanto o asno afundava cada vez mais no lamaçal.
Até que um deles se virou para o infeliz animal e disse:
- Meu amigo, se você faz tanto drama só porque de repente se vê dentro de um brejo, o que não faria se vivesse aqui o tempo todo, como nós?
Moral da Estória:
O hábito torna as coisas familiares e fáceis para nós.
Esopo
Um dia, há muito tempo, um pobre asno, muito humilde, seguia por uma trilha com uma carga de lenha no dorso. De repente, ao dobrar uma curva no caminho, deu com um charco profundo.
Desequilibrando-se ao peso da carga, escorregou e foi cair direto no brejo. Apesar de se debater muito, todo aflito, não teve sorte e afundou até o pescoço na lama, por entre um bando de sapos saltitantes.
- Pobre de mim! - gemeu o asno, e começou a zurrar chorosamente. Depois soltou um longo suspiro, como se seu coração estivesse prestes a partir-se em dois.
Os sapos pulavam e chapinhavam à volta dele, enquanto o asno afundava cada vez mais no lamaçal.
Até que um deles se virou para o infeliz animal e disse:
- Meu amigo, se você faz tanto drama só porque de repente se vê dentro de um brejo, o que não faria se vivesse aqui o tempo todo, como nós?
Moral da Estória:
O hábito torna as coisas familiares e fáceis para nós.
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Edward S. Curtis. Fotografia
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sexta-feira, janeiro 03, 2014
Paul Césanne de 1899 - Homem com braços cruzados. Pintura
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A Igreja. Instituida por Jesus Cristo. Igreja
A IGREJA – INSTITUÍDA POR JESUS CRISTO
763. Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua «missão» (163). «O Senhor Jesus deu início à sua Igreja, pregando a boa-nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras» (164). Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou na terra o Reino dos céus. A Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério» (165).
764. «Este Reino manifesta-se aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo» (166), Acolher a palavra de Jesus é «acolher o próprio Reino» (167). O germe e começo do Reino é o «pequeno rebanho» (Lc 12, 32) daqueles que Jesus veio congregar ao seu redor e dos quais Ele próprio é o Pastor (168). Eles constituem a verdadeira família de Jesus (169). Aqueles que assim juntou em redor de si, ensinou uma nova «maneira de agir», mas também uma oração própria (170).
765. O Senhor Jesus dotou a sua comunidade duma estrutura que permanecerá até ao pleno acabamento do Reino. Temos, antes de mais, a escolha dos Doze, com Pedro como chefe (171). Representando as doze tribos de Israel (172), são as pedras do alicerce da nova Jerusalém (173). Os Doze (174) e os outros discípulos (175) participam da missão de Cristo, do seu poder, mas também da sua sorte (176). Com todos estes actos, Cristo prepara e constrói a sua Igreja.
766. Mas a Igreja nasceu principalmente do dom total de Cristo pela nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na cruz. «Tal começo e crescimento da Igreja exprimem-nos o sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado» (177). Porque «foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja» (178). Assim como Eva foi formada do costado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração trespassado de Cristo, morto na cruz (179).
Catecismo
763. Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua «missão» (163). «O Senhor Jesus deu início à sua Igreja, pregando a boa-nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras» (164). Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou na terra o Reino dos céus. A Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério» (165).
764. «Este Reino manifesta-se aos homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo» (166), Acolher a palavra de Jesus é «acolher o próprio Reino» (167). O germe e começo do Reino é o «pequeno rebanho» (Lc 12, 32) daqueles que Jesus veio congregar ao seu redor e dos quais Ele próprio é o Pastor (168). Eles constituem a verdadeira família de Jesus (169). Aqueles que assim juntou em redor de si, ensinou uma nova «maneira de agir», mas também uma oração própria (170).
765. O Senhor Jesus dotou a sua comunidade duma estrutura que permanecerá até ao pleno acabamento do Reino. Temos, antes de mais, a escolha dos Doze, com Pedro como chefe (171). Representando as doze tribos de Israel (172), são as pedras do alicerce da nova Jerusalém (173). Os Doze (174) e os outros discípulos (175) participam da missão de Cristo, do seu poder, mas também da sua sorte (176). Com todos estes actos, Cristo prepara e constrói a sua Igreja.
766. Mas a Igreja nasceu principalmente do dom total de Cristo pela nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na cruz. «Tal começo e crescimento da Igreja exprimem-nos o sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado» (177). Porque «foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o sacramento admirável de toda a Igreja» (178). Assim como Eva foi formada do costado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração trespassado de Cristo, morto na cruz (179).
Catecismo
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Santo Santo Santo. Hino. Música. Igreja
SANTO SANTO
Santo! Santo! Santo! Deus onipotente
Cedo de manhã, cantaremos Teu louvor.
Santo! Santo! Santo! Deus Jeová Triúno!
És um só Deus excelso Criador.
Santo! Santo! Santo! Todos os remidos,
Juntos com os anjos, proclamam Teu louvor.
Antes de formar-se o firmamento e a terra,
Eras e sempre és e hás de ser, Senhor.
Santo! Santo! Santo! Nós os pecadores
Não podemos ver Tua glória sem tremor.
Tu somente és santo; não há nenhum outro
Puro e perfeito, excelso Benfeitor.
Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Tuas obras louvam Teu nome com fervor.
Santo! Santo! Santo! justo e compassivo!
És um só Deus, supremo Criador.
Reginald Heber (1783-1826)
John Bacchus Dykes (1823-1876)
Santo! Santo! Santo! Deus onipotente
Cedo de manhã, cantaremos Teu louvor.
Santo! Santo! Santo! Deus Jeová Triúno!
És um só Deus excelso Criador.
Santo! Santo! Santo! Todos os remidos,
Juntos com os anjos, proclamam Teu louvor.
Antes de formar-se o firmamento e a terra,
Eras e sempre és e hás de ser, Senhor.
Santo! Santo! Santo! Nós os pecadores
Não podemos ver Tua glória sem tremor.
Tu somente és santo; não há nenhum outro
Puro e perfeito, excelso Benfeitor.
Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Tuas obras louvam Teu nome com fervor.
Santo! Santo! Santo! justo e compassivo!
És um só Deus, supremo Criador.
Reginald Heber (1783-1826)
John Bacchus Dykes (1823-1876)
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quinta-feira, janeiro 02, 2014
Pílula filosófica: Médicos e Governo: golpes abaixo da cintura. Medicina
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O asno e o velho pastor. Esopo. Fábula. Prosa
O asno e o velho pastor
Esopo
Um Pastor contemplava tranqüilo seu Asno a pastar em uma verde e fresca campina. De repente, escuta ao longe, os gritos de uma tropa de soldados inimigos, que se aproxima rapidamente. Então temendo ser capturado pelo inimigo, ele suplica ao animal, que este o carregue em seu dorso, o mais rápido que puder, para não serem aprisionados. O Asno, com calma, lhe pergunta: Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois? Suponho que não! - Lhe responde o Pastor. Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
Moral da História:
Ao mudar o governante, para o servo pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
Esopo
Um Pastor contemplava tranqüilo seu Asno a pastar em uma verde e fresca campina. De repente, escuta ao longe, os gritos de uma tropa de soldados inimigos, que se aproxima rapidamente. Então temendo ser capturado pelo inimigo, ele suplica ao animal, que este o carregue em seu dorso, o mais rápido que puder, para não serem aprisionados. O Asno, com calma, lhe pergunta: Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois? Suponho que não! - Lhe responde o Pastor. Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
Moral da História:
Ao mudar o governante, para o servo pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
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Convido-te mais uma vez. Fotografia. Poesia. Charles Fonseca
CONVIDO-TE
Charles Fonseca
Convido-te, amiga, às doces paragens
Campestres, ao silêncio dos prados,
Aos ternos murmúrios dos nossos regatos,
Aos roucos sussurros aquém das miragens.
Convido-te comigo a outros olhares,
A outros dizeres dos nossos silêncios,
A outros perfumes a nós como prêmios,
Tocar nossas harpas, frementes, vibrares.
Convido-te, amiga, pra caminhada
A dois pela praia, o mar por fronteira,
As nossas dores escrever na areia,
Do nosso amor gozar, madrugada.
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SOB O CÉU DE IBICUÍ. Charles Fonseca. Poesia
SOB O CÉU DE IBICUÍ
Charles Fonseca
No céu, estrelas em bando
Juntos na rua meninos
Cantavam seus belos hinos
Seus pais no seu contracanto.
No ares, vozes de infantes
Nos lares, brilhavam fifós
Avós sorriam pra nós
Casais mãos dadas amantes
À lua sonhos contavam
No céu estrelas cadentes
Riscavam, na terra frementes
Mãos, céu na terra buscavam.
Charles Fonseca
No céu, estrelas em bando
Juntos na rua meninos
Cantavam seus belos hinos
Seus pais no seu contracanto.
No ares, vozes de infantes
Nos lares, brilhavam fifós
Avós sorriam pra nós
Casais mãos dadas amantes
À lua sonhos contavam
No céu estrelas cadentes
Riscavam, na terra frementes
Mãos, céu na terra buscavam.
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quarta-feira, janeiro 01, 2014
O Prisioneiro da Grade de Ferro. Cinema
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