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quinta-feira, junho 13, 2013

QUE SOPREM AS CINZAS. Charles Fonseca

QUE SOPREM AS CINZAS
Charles Fonseca

Estou de novo a sós comigo mesmo
Curtindo uma saudade que me aperta
O peito que a acolheu qual porta aberta
Mas dele ela se foi, fiquei a esmo.

Nada então me alegra, tudo é tédio,
Vagueio pelas ruas sem consolo.
Repenso minha vida, fui um tolo?
De novo quero amar, é o remédio.

A solidão me envolve, me enlaça.
Meu coração em chamas foi fogueira.
Só resta agora a cinza borralheira,
Se o vento a leva, embaixo ainda há brasa.

Que braços sobre ela tragam lenho,
Que novos ventos brasa fogo aticem,
Que novas labaredas já crepitem,
Que novo amar me chegue e alegre o cenho.

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