quarta-feira, junho 26, 2013
Caesar van Everdingen - Alegoria do Nascimento de Frederik Hendrik
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SINGULAR E PLURAL. Charles Fonseca
SINGULAR E PLURAL
Que me foi dado? O mais doce dos amores. Que me foi imposto? O mais cruel, o mais infame dos exílios. Que não me foi tirado? A dignidade na bonança meio capenga ou nas cinzas como Jó. O que espero dos que me magoaram? Nada. Que sinto por eles? Pena. Quem os haverá de julgar? Um ser superior, uma Pessoa. Que mais eu quero? Os novos amares que a cada dia se renovam, inesperados uns, eternos talvez outros. Só isso seria muito pouco. Quero também pra mim a compreensão, a desculpa, o perdão pedido. E se não vierem? A vida é uma longa jornada, pra mim em boa medida. Tudo o mais que vier será compartilhado, digerido, incorporado, excretado. Na singularidade do meu ser. Na multiplicidade do meu estar.
Charles Fonseca
Que me foi dado? O mais doce dos amores. Que me foi imposto? O mais cruel, o mais infame dos exílios. Que não me foi tirado? A dignidade na bonança meio capenga ou nas cinzas como Jó. O que espero dos que me magoaram? Nada. Que sinto por eles? Pena. Quem os haverá de julgar? Um ser superior, uma Pessoa. Que mais eu quero? Os novos amares que a cada dia se renovam, inesperados uns, eternos talvez outros. Só isso seria muito pouco. Quero também pra mim a compreensão, a desculpa, o perdão pedido. E se não vierem? A vida é uma longa jornada, pra mim em boa medida. Tudo o mais que vier será compartilhado, digerido, incorporado, excretado. Na singularidade do meu ser. Na multiplicidade do meu estar.
Charles Fonseca
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Pietro Bracci - Neptune, after 1759 Piazza di Trevi, Rome
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Igreja. Cristianismo.
700. O dedo. «É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demónios» (46). Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3). O hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito Santo como «digitus paternae dexterae» — «Dedo da mão direita do Pai» (47).
701. A pomba. No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Baptismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável /48). Quando Cristo sobe das águas do seu baptismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele (49). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos baptizados. Em certas igrejas, a sagrada Reserva eucarística é conservada num relicário metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.
Catecismo
701. A pomba. No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Baptismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável /48). Quando Cristo sobe das águas do seu baptismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele (49). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos baptizados. Em certas igrejas, a sagrada Reserva eucarística é conservada num relicário metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.
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Lewis Carrol
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SAUDADES DE SALVADOR. Charles Fonseca
SAUDADES DE SALVADOR
Charles Fonseca
Saudades de Salvador
Da baixa dos Sapateiros
Das ruelas eu trigueiro
Adentrando inda em flor
A minh’alma entre opostos
Da pureza servidão
Da lascívia amplidão
Do sim do não propostos
Saudades do Pelourinho
Subida descida então
Na ida sobe o cristão
Na volta não mais arminho
Ai Forte de meu São Pedro
Tão fraco a ti cheguei
À Sião tão falsa grei
Só irmão rico segredo
Continhas em ti tão pobres
Arroubos da arrogância
Ai roubos da tarda infância
Ai pobres ricos esnobes
Graça tu bairro tão nobre
Rico em tantas ilusões
Tu plebe em ti senões
O falso ouro te cobre
Vou-me embora salvo a dor
Ficarei de ti distante
Dos desalmados instantes
Do infiel impostor
Destino do falso sonho
Vou-me embora Aracajú
Em teu lugar não mais tu
Salvador és-me bisonho.
Charles Fonseca
Saudades de Salvador
Da baixa dos Sapateiros
Das ruelas eu trigueiro
Adentrando inda em flor
A minh’alma entre opostos
Da pureza servidão
Da lascívia amplidão
Do sim do não propostos
Saudades do Pelourinho
Subida descida então
Na ida sobe o cristão
Na volta não mais arminho
Ai Forte de meu São Pedro
Tão fraco a ti cheguei
À Sião tão falsa grei
Só irmão rico segredo
Continhas em ti tão pobres
Arroubos da arrogância
Ai roubos da tarda infância
Ai pobres ricos esnobes
Graça tu bairro tão nobre
Rico em tantas ilusões
Tu plebe em ti senões
O falso ouro te cobre
Vou-me embora salvo a dor
Ficarei de ti distante
Dos desalmados instantes
Do infiel impostor
Destino do falso sonho
Vou-me embora Aracajú
Em teu lugar não mais tu
Salvador és-me bisonho.
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terça-feira, junho 25, 2013
O BLOG DESDE 2006
Charles Fonseca
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Pintura barroca
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TERNURAS DE UM PEITO AMANTE. Charles Fonseca
TERNURAS DE UM PEITO AMANTE
Charles Fonseca
Quando poderei mui doce até
Dizer-vos do dito terno amor
Que ausente desejo me tornou,
E sem ele errante ‘stou a pé?
Quando poderei falar de flores
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que dure,
Sentimento eterno que perdure
Mesmo sem ter pra mim a vós dou terno?
Charles Fonseca
Quando poderei mui doce até
Dizer-vos do dito terno amor
Que ausente desejo me tornou,
E sem ele errante ‘stou a pé?
Quando poderei falar de flores
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que dure,
Sentimento eterno que perdure
Mesmo sem ter pra mim a vós dou terno?
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segunda-feira, junho 24, 2013
Mulher
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ANÍBAL. Charles Fonseca
ANÍBAL
Ver o chão olhando o troço
Inalar a pura asneira
Sobre o mesmo ai quem dera
Ver o céu assim não posso
Com esse céu vista nublada
Essas setas nem Aníbal
Lutaria, tucanava,
Ptralhava todos cíbalos.
Charles Fonseca
Ver o chão olhando o troço
Inalar a pura asneira
Sobre o mesmo ai quem dera
Ver o céu assim não posso
Com esse céu vista nublada
Essas setas nem Aníbal
Lutaria, tucanava,
Ptralhava todos cíbalos.
Charles Fonseca
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Igreja. Cristianismo.
699. A mão. É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes (41) e abençoa as crianças (42). O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome (43). Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado (44). A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos «artigos fundamentais» do seu ensino (45). Este sinal da efusão omnipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.
Catecismo
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El Greco e pintura renascentista. Naturalismo cedo
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LUCAS. Charles Fonseca
LUCAS
Hoje o aniversário
Eu distante do meu neto
No entanto ‘stá tão perto
Meu amor num relicário
Dentro de mim no meu peito
Mesmo que eu afastado
Ainda mais será amado
Muito mais por ele preito
De gratidão pela herança
De tê-lo, foi Deus quem deu,
Ele é meu, de todos seus,
Muito amado, esperança.
Charles Fonseca
Hoje o aniversário
Eu distante do meu neto
No entanto ‘stá tão perto
Meu amor num relicário
Dentro de mim no meu peito
Mesmo que eu afastado
Ainda mais será amado
Muito mais por ele preito
De gratidão pela herança
De tê-lo, foi Deus quem deu,
Ele é meu, de todos seus,
Muito amado, esperança.
Charles Fonseca
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Escultura século XIX
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domingo, junho 23, 2013
A MINHA LUA EU AO SOL NA TUA
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DA FUTUCAÇÃO NO FACEBOOK E SUAS CONSEQUÊNCIAS. Charles Fonseca
DA FUTUCAÇÃO NO FACEBOOK E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Esse tal de cutucar é um afago e tanto! Gosto da futucação. Mas temo que ao futucar alguém goste tanto que queira mais, mais, ais, ais, uis, uis, e aí o bicho pega. Podia ter uns aplicativos mais variados começando com um olhar, um faz que olha, um cheiro, um beijinho bem rápido, um selinho, um aperto de mão, um beliscão só no braço, outro mais acima, um no pescoço, e a daí vai descendo, à direita, à esquerda, em outros lugares que são segredo dos mais elaborados nessas artes. Aí está minha contribuição virtual aos meus contatos sem contato, à grande empresa Facebook, com direito a placa de prata com frases agradecidas. Mas se não vierem, por mensagem, podem me agradecer, já que a citada empresa anda com negócios bilionários e os meus são não remunerados, totalmente voluntários. Os emoticons existentes ao que eu saiba não localizam com precisão e delicadeza o local da aplicação, coisa de vital importância.
Charles Fonseca
Esse tal de cutucar é um afago e tanto! Gosto da futucação. Mas temo que ao futucar alguém goste tanto que queira mais, mais, ais, ais, uis, uis, e aí o bicho pega. Podia ter uns aplicativos mais variados começando com um olhar, um faz que olha, um cheiro, um beijinho bem rápido, um selinho, um aperto de mão, um beliscão só no braço, outro mais acima, um no pescoço, e a daí vai descendo, à direita, à esquerda, em outros lugares que são segredo dos mais elaborados nessas artes. Aí está minha contribuição virtual aos meus contatos sem contato, à grande empresa Facebook, com direito a placa de prata com frases agradecidas. Mas se não vierem, por mensagem, podem me agradecer, já que a citada empresa anda com negócios bilionários e os meus são não remunerados, totalmente voluntários. Os emoticons existentes ao que eu saiba não localizam com precisão e delicadeza o local da aplicação, coisa de vital importância.
Charles Fonseca
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Pintura espanhola. Românico, gótico e início da pintura renascentista
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Igreja. Cristianismo.
699. A mão. É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes (41) e abençoa as crianças (42). O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome (43). Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado (44). A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos «artigos fundamentais» do seu ensino (45). Este sinal da efusão omnipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.
Catecismo
Catecismo
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Escultura romana
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LOIRA PRATEADA. Charles Fonseca
LOIRA PRATEADA
Charles Fonseca
Ah, se estivesses aos 50 da tua natividade ou eu aos 40 da minha!
Gravitaria em torno de ti em doce elipse.
Nem me fundiria em teu esplendor
Nem erraria pelo espaço sem fim...
Charles Fonseca
Ah, se estivesses aos 50 da tua natividade ou eu aos 40 da minha!
Gravitaria em torno de ti em doce elipse.
Nem me fundiria em teu esplendor
Nem erraria pelo espaço sem fim...
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sábado, junho 22, 2013
PÍNCAROS. Charles Fonseca
PÍNCAROS
Charles Fonseca
Escrevo o que não dito,
dito mas não ouvido,
ouvido que descartado
ou então foi recalcado.
Quando não mais minha fala,
aos pósteros aqui um sido
pois que fui mais do que presto
aos píncaros azulados.
Charles Fonseca
Escrevo o que não dito,
dito mas não ouvido,
ouvido que descartado
ou então foi recalcado.
Quando não mais minha fala,
aos pósteros aqui um sido
pois que fui mais do que presto
aos píncaros azulados.
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.....PÍNCAROS
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Marte
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MENSAGEM À DESPREPARADA
NOTA DE REPÚDIO DO CRM-PR AO PRONUNCIAMENTO DA PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Em virtude do pronunciamento da Presidente da República, Dilma Rousseff, na noite de ontem (21), o Conselho Regional de Medicina do Paraná vem a público repudiar a afirmação de que a saúde será resolvida com a vinda imediata de milhares de médicos estrangeiros. Esta medida inconsequente demonstra o interesse do governo em desviar o foco da discussão, que é o descaso com que a saúde é tratada neste país. Neste momento cabe uma pergunta: de quem é a responsabilidade pela saúde no Brasil?
A Excelentíssima Presidente, em uma fala vazia de argumentos, “esquece” de assumir em cadeia nacional que, ao retirar a aplicação de 10% da renda bruta do governo federal em saúde, representando em números gerais mais de R$ 30 bilhões/ano, impõe cada vez mais a falência do sistema público.
Da mesma forma, ignorou toda a voz da classe médica e da própria sociedade, que neste último mês vêm discutindo de forma intensa a questão trazida à baila no pronunciamento, demonstrando ainda total despreparo e desconhecimento da real situação do sistema de saúde público. Já é sabido que o preenchimento dos postos de trabalho no SUS só será possível com uma reestruturação dos estabelecimentos de saúde e com a efetivação de um plano de carreira para os profissionais.
Senhora Presidente, a sociedade brasileira tem demonstrado que já não aguenta mais o jogo político e os discursos falaciosos, clamando por medidas definitivas que garantam a qualidade da assistência à saúde, bem como outros direitos constitucionais visando o respeito e a dignidade humana.
Cons. Alexandre Gustavo Bley, Presidente do CRM-PR
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698. O selo é um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo» (40). Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «carácter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos.
Catecismo
Catecismo
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Medicina sem recursos físicos, sem plano de carreira. A Despreparada quer trazer milhares de cubanos ditos médicos, Deus e nós aqui sabemos como. Despreparados, como a Grande Gestora da ptralhada, da turma da boquinha, dos assemelhados e afins.
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Alfred Steiglitz
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CONVIDO-TE. Charles Fonseca
CONVIDO-TE
Charles Fonseca
Convido-te, amiga, às doces paragens
Campestres, ao silêncio dos prados,
Aos ternos murmúrios dos nossos regatos,
Aos roucos sussurros aquém das miragens.
Convido-te comigo a outros olhares,
A outros dizeres dos nossos silêncios,
A outros perfumes a nós como prêmios,
Tocar nossas harpas, frementes, vibrares.
Convido-te, amiga, pra caminhada
A dois pela praia, o mar por fronteira,
As nossas dores escrever na areia,
Do nosso amor gozar, madrugada.
Charles Fonseca
Convido-te, amiga, às doces paragens
Campestres, ao silêncio dos prados,
Aos ternos murmúrios dos nossos regatos,
Aos roucos sussurros aquém das miragens.
Convido-te comigo a outros olhares,
A outros dizeres dos nossos silêncios,
A outros perfumes a nós como prêmios,
Tocar nossas harpas, frementes, vibrares.
Convido-te, amiga, pra caminhada
A dois pela praia, o mar por fronteira,
As nossas dores escrever na areia,
Do nosso amor gozar, madrugada.
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Que ouvimos ontem na TV? Uma ventríloca a falar. A turma da boquinha, que não aparece, a gozar. A arrogância ptralheira e suas ramificações, onde estará?
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sexta-feira, junho 21, 2013
Bacchiaca de 1520 - A pregação de São João Batista. A5
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FICAR É TÃO BOM! Charles Fonseca
FICAR É TÃO BOM!
Pelo meu jardim andam pousando três aves tucanos, uma ou outra gralha azul, uns periquitos não se dão ao luxo e passam por cima em algazarra. Fiéis mesmo, íntimos, só colibris azulados. E meu cão Freud que fica irritado quando eu saio e não o levo pra passear com ele. Prefiro passear em áreas vazias de casas embora com todas as ruas já asfaltadas e iluminadas num futuro condomínio perto de onde moro. Adolescentes à volta correndo com seus velozes skates. Freud nem liga pra eles. Só pra mim a não ser quando dois ou três cavalos estão a pastar por perto, devem ser um perfume pra ele o cheiro de xiixi de uma égua, tolerável o de um cavalo. Como ele pesa 42 quilos e eu 68 anos acho prudente andar com dois enforcadores que fazem com que quando os puxo ele para imediatamente e o peso dele tende a ficar sob as patas traseiras... Mas há uma técnica: o primeiro enforcador, o que age de imediato, é de plástico resistente que comprei num pet shop; o segundo é uma corrente de aço inoxidável que vai mais frouxo, de reserva. Quebrando o primeiro, o de metal entra logo em ação. Ando com ele com uma guia curta que contem as alças doss enforcadores, usando a mão esquerda. Com a minha mão direita, porto um bastão de madeira, cabo de um desentupidor de pia. Os homens que ao passar por mim nem dão bom dia ou boa tarde, quando estou com Freud, a seis metros já sorriem pra mim e dizem a saudação devida. Acho que é por causa de Freud. Não seria pelos meus aperolados dentes pouco afiados, os melhores chamam-se caninos como os odontólogos dizem. Mas esses que tenho só fazem mordiscar biquinhos, lóbulos de orelhas, pescocinho arrepiado em humanas virtudes. As mulheres têm um comportamento diferente para com meu cão pastor. Dizem, que lindo! Maravilhoso! E outros adjetivos semelhantes. O que ouço respinga em mim. Sorrio para elas incisivamente, os caninos à mostra, desconfio que pré molares e molares até dão o ar de sua graça. À vontade, pode olhar, vou logo dizendo e parando. Se quiser pode até tirar uma foto, acrescento... E quando fotografam, dou o meu cartão com e-mail pedindo que me mandem a foto, lógico que eu ao lado do galã. Raras a que mandam, confesso. Mas o trabalho é prazeroso, as fotos belas. Eu não quero namorar com ninguém mas ando à procura de uma que queira ficar com Freud em visita íntima no seu canil de trinta e seis metros quadrados, piso assoalhado, casinha coberta, água fresquinha, o fotógrafo do idílio sou eu mesmo pra dar prova da ficação. Como ele é filho e neto de campeões no Brasil e Argentina, pedigree, vacinas em dia, a entrada ao harém custa à vista, logo na bilheteria, sete cédulas de 100 reais. Quem se habilita?
Charles Fonseca
Pelo meu jardim andam pousando três aves tucanos, uma ou outra gralha azul, uns periquitos não se dão ao luxo e passam por cima em algazarra. Fiéis mesmo, íntimos, só colibris azulados. E meu cão Freud que fica irritado quando eu saio e não o levo pra passear com ele. Prefiro passear em áreas vazias de casas embora com todas as ruas já asfaltadas e iluminadas num futuro condomínio perto de onde moro. Adolescentes à volta correndo com seus velozes skates. Freud nem liga pra eles. Só pra mim a não ser quando dois ou três cavalos estão a pastar por perto, devem ser um perfume pra ele o cheiro de xiixi de uma égua, tolerável o de um cavalo. Como ele pesa 42 quilos e eu 68 anos acho prudente andar com dois enforcadores que fazem com que quando os puxo ele para imediatamente e o peso dele tende a ficar sob as patas traseiras... Mas há uma técnica: o primeiro enforcador, o que age de imediato, é de plástico resistente que comprei num pet shop; o segundo é uma corrente de aço inoxidável que vai mais frouxo, de reserva. Quebrando o primeiro, o de metal entra logo em ação. Ando com ele com uma guia curta que contem as alças doss enforcadores, usando a mão esquerda. Com a minha mão direita, porto um bastão de madeira, cabo de um desentupidor de pia. Os homens que ao passar por mim nem dão bom dia ou boa tarde, quando estou com Freud, a seis metros já sorriem pra mim e dizem a saudação devida. Acho que é por causa de Freud. Não seria pelos meus aperolados dentes pouco afiados, os melhores chamam-se caninos como os odontólogos dizem. Mas esses que tenho só fazem mordiscar biquinhos, lóbulos de orelhas, pescocinho arrepiado em humanas virtudes. As mulheres têm um comportamento diferente para com meu cão pastor. Dizem, que lindo! Maravilhoso! E outros adjetivos semelhantes. O que ouço respinga em mim. Sorrio para elas incisivamente, os caninos à mostra, desconfio que pré molares e molares até dão o ar de sua graça. À vontade, pode olhar, vou logo dizendo e parando. Se quiser pode até tirar uma foto, acrescento... E quando fotografam, dou o meu cartão com e-mail pedindo que me mandem a foto, lógico que eu ao lado do galã. Raras a que mandam, confesso. Mas o trabalho é prazeroso, as fotos belas. Eu não quero namorar com ninguém mas ando à procura de uma que queira ficar com Freud em visita íntima no seu canil de trinta e seis metros quadrados, piso assoalhado, casinha coberta, água fresquinha, o fotógrafo do idílio sou eu mesmo pra dar prova da ficação. Como ele é filho e neto de campeões no Brasil e Argentina, pedigree, vacinas em dia, a entrada ao harém custa à vista, logo na bilheteria, sete cédulas de 100 reais. Quem se habilita?
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Pietro Bracci - Neptune, after 1759 Piazza di Trevi, Rome
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697. A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória: a Moisés no monte Sinai (33), na tenda da reunião (34) e durante a marcha pelo deserto (35); a Salomão, aquando da dedicação do templo (36). Ora estas figuras são realizadas por Cristo no Espírito Santo. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre «com a sua sombra», para que conceba e dê à luz Jesus (37). No monte da transfiguração, é Ele que «sobrevém na nuvem que cobriu da sua sombra» Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João, nuvem da qual se fez ouvir uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o meu Eleito, escutai-O!"» (Lc 9, 35). E, enfim, a mesma nuvem que «esconde Jesus aos olhos» dos discípulos no dia da Ascensão (38) e que O revelará como Filho do Homem na sua glória, no dia da sua vinda (39).
Catecismo
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POR QUE CHORO E SORRIO? Charles Fonseca
POR QUE CHORO E SORRIO?
Charles Fonseca
De que sorrio afinal
Por que choro se rio
Se no amor o desvario
Certo é meu bem não meu mal?
E se choro por que inda
Após tanto amor em volta
Não me basta se a revolta
De mais amor quero ainda?
E se não voltar nem por ódio
Ao fácil ninho o perdão
Por não pedido então
Haverá em mim opróbrio?
Se não houver mais nem falso
Sorriso ou lágrima furta
Fica no ar cheiro de murta,
Jasmim, dela, eu ao encalço.
Charles Fonseca
De que sorrio afinal
Por que choro se rio
Se no amor o desvario
Certo é meu bem não meu mal?
E se choro por que inda
Após tanto amor em volta
Não me basta se a revolta
De mais amor quero ainda?
E se não voltar nem por ódio
Ao fácil ninho o perdão
Por não pedido então
Haverá em mim opróbrio?
Se não houver mais nem falso
Sorriso ou lágrima furta
Fica no ar cheiro de murta,
Jasmim, dela, eu ao encalço.
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Andrea del Verrochio, 1470-1480 - Tobias e o Anjo. A5
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quinta-feira, junho 20, 2013
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696. O fogo. Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos actos do Espírito Santo. O profeta Elias, que «apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente» (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo (30), figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Batista, que «irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias» (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que «há-de baptizar no Espírito Santo e no fogo» (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: «Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!» (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, «uma espécie de línguas de fogo», que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si (31). A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo (32). «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19).
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Público do dia
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Pietro Bernini - The Assumption, 1607-10 Santa Maria Maggiore, Rome
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EPITÁFIO. Charles Fonseca
EPITÁFIO
Charles Fonseca
Este mundo é mesmo um palco.
Pois não é que em certa noite
Se encontraram, lado a lado,
Mulher a pedir, sorridente,
Quero ouvir "Tocando em frente"
Enquanto outra espectante
Só, mortiça, a ver navios,
Perdida, sem astrolábio,
Pedia com o olhar distante:
Pois pra mim quero que cante
Pro meu desvario "Epitáfio".
Charles Fonseca
Este mundo é mesmo um palco.
Pois não é que em certa noite
Se encontraram, lado a lado,
Mulher a pedir, sorridente,
Quero ouvir "Tocando em frente"
Enquanto outra espectante
Só, mortiça, a ver navios,
Perdida, sem astrolábio,
Pedia com o olhar distante:
Pois pra mim quero que cante
Pro meu desvario "Epitáfio".
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Eugene Atget
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quarta-feira, junho 19, 2013
ENFIM. Charles Fonseca
ENFIM
Demorou mas ainda não desapareceu o sonho impossível. O do amar sem limites, sem a baliza da razão. Em querer o recíproco de outras singularidades eu tão diferente delas. Mais que doeu na alma, que ulcerou no corpo, das chagas restaram as cicatrizes. Mas assim foi, é e será como no passado eu fui o futuro que não chegou, a promessa que não se cumpriu, o presente que esteve ausente. Fiz o que pude sem poder, fui o que pensava ser não sendo e serei o que enfim será aquele que viria a ser e foi-se. O ciclo vital aí está pra mim como pra todos que me sucederão nos mistérios do amor, como esteve para os que se foram levando consigo suas saudades, seus sonhos delírios, suas imagens disformes, o seu concreto posto ao chão, sua alma voltando para onde veio, para a sua origem e sua eternidade.
Charles Fonseca
Demorou mas ainda não desapareceu o sonho impossível. O do amar sem limites, sem a baliza da razão. Em querer o recíproco de outras singularidades eu tão diferente delas. Mais que doeu na alma, que ulcerou no corpo, das chagas restaram as cicatrizes. Mas assim foi, é e será como no passado eu fui o futuro que não chegou, a promessa que não se cumpriu, o presente que esteve ausente. Fiz o que pude sem poder, fui o que pensava ser não sendo e serei o que enfim será aquele que viria a ser e foi-se. O ciclo vital aí está pra mim como pra todos que me sucederão nos mistérios do amor, como esteve para os que se foram levando consigo suas saudades, seus sonhos delírios, suas imagens disformes, o seu concreto posto ao chão, sua alma voltando para onde veio, para a sua origem e sua eternidade.
Charles Fonseca
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Dirk van Delen, 1636 - Conversa fora de um castelo
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Igreja. Cristianismo.
694. A água. O simbolismo da água é significativo da acção do Espírito Santo no Baptismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água baptismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, «baptizados num só Espírito», «a todos nos foi dado beber de um único Espírito» (1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Agua viva que brota de Cristo crucificado (17) como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna (18).
695. A unção. O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo (19). Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação». Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança (20), sobretudo o rei David (21). Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo Espírito Santo (22). A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo aquando do seu nascimento (23) e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor (24). É Ele que enche Cristo (25) e cujo poder emana de Cristo nos seus actos de cura e salvamento (26). Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos (27). Então, plenamente constituído «Cristo» na sua humanidade vencedora da morte (28), Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o «homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total», para empregar a expressão de Santo Agostinho (29)
Catecismo
695. A unção. O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo (19). Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação». Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança (20), sobretudo o rei David (21). Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo Espírito Santo (22). A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo aquando do seu nascimento (23) e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor (24). É Ele que enche Cristo (25) e cujo poder emana de Cristo nos seus actos de cura e salvamento (26). Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos (27). Então, plenamente constituído «Cristo» na sua humanidade vencedora da morte (28), Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que «os santos» constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o «homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo» (Ef 4, 13), «o Cristo total», para empregar a expressão de Santo Agostinho (29)
Catecismo
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Peter van Jan - The Elder - The Abduction of Persephone by Hades Musées Royaux des Beaux-Arts, Brussels
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APROVADO NO SENADO O ATO MÉDICO SEM QUE NENHUM OUTRO ATO LEGALMENTE CONSTITUÍDO DE OUTRAS PROFISSÕES TENHA SIDO REVOGADO. E AGORA, JOSÉ?
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O FATO DÁ FOTO. DÁ ASCO, TAMBÉM.
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terça-feira, junho 18, 2013
Erasmus Quellin II - Retrato de um menino novo. A4
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ESTOCADA. Charles Fonseca
ESTOCADA
Numa cadeira morena
assenta cadeira a amar
que belas as suas pernas
imagino o cimo delas
como sendo uma trilha
delicada enlanguescente
continente ao conteúdo
ao sedento já tesudo
gotejante cristalino
ao final opalescente
lingua lambe aveludada
tanto abaixo quanto acima
se contorce ela menina
ele geme ela chora
quero mais a ele implora
é pra agora. Estocada.
Charles Fonseca
Numa cadeira morena
assenta cadeira a amar
que belas as suas pernas
imagino o cimo delas
como sendo uma trilha
delicada enlanguescente
continente ao conteúdo
ao sedento já tesudo
gotejante cristalino
ao final opalescente
lingua lambe aveludada
tanto abaixo quanto acima
se contorce ela menina
ele geme ela chora
quero mais a ele implora
é pra agora. Estocada.
Charles Fonseca
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Narcisco Tome - Transparente, 1721-1732 Cathedral Museum, Toledo
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Igreja. Cristianismo.
692. Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chama-Lhe o «Paráclito», que, à letra, quer dizer: «aquele que é chamado para junto», ad vocatus (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7). «Paráclito» traduz-se habitualmente por «Consolador», sendo Jesus o primeiro consolador (15). O próprio Senhor chama ao Espírito Santo «o Espírito da verdade» (16).
693. Além do seu nome próprio, que é o mais empregado nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas, encontramos em S. Paulo as designações: Espírito da promessa (Gl 3, 14; Ef 1, 13), Espírito de adoção (Rm 8, 15: Gl 4, 6), Espírito de Cristo (Rm 8, 9), Espírito do Senhor (2 Cor 3, 17). Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40), e em S. Pedro, Espírito de glória (1 Pe 4, 14).
Catecismo
693. Além do seu nome próprio, que é o mais empregado nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas, encontramos em S. Paulo as designações: Espírito da promessa (Gl 3, 14; Ef 1, 13), Espírito de adoção (Rm 8, 15: Gl 4, 6), Espírito de Cristo (Rm 8, 9), Espírito do Senhor (2 Cor 3, 17). Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40), e em S. Pedro, Espírito de glória (1 Pe 4, 14).
Catecismo
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Não à corrupção.
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Heinrich Maria von Hess, 1835 - A entrada de King Othon da Grécia em Nauplia
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segunda-feira, junho 17, 2013
ESPANTALHO. Charles Fonseca
ESPANTALHO
Charles Fonseca
É concreto, é extenso, flexível, maleável, retrátil, mui respeitável, anda sempre cabisbaixo, a não ser quando irritado ou então idealista, sendo um tanto comunista, compartilha seu trabalho, semente à beira margem, só mente perigo à vista, é terno, mas não insista, advinha, espantalho!
Charles Fonseca
É concreto, é extenso, flexível, maleável, retrátil, mui respeitável, anda sempre cabisbaixo, a não ser quando irritado ou então idealista, sendo um tanto comunista, compartilha seu trabalho, semente à beira margem, só mente perigo à vista, é terno, mas não insista, advinha, espantalho!
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.....Charles Fonseca,
.....Espantalho,
.....Prosa
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Michelangelo - Victory, 1532-34 Palazzo Vecchio, Florence
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domingo, junho 16, 2013
ARREMATE. Charles Fonseca
ARREMATE
Há um pouquinho de sal
neste teu mel agridoce
em teu abraço já foi-se
um torvelinho abissal
nestas tuas profundezas
nestes cimos eriçados
nos teus bicos bem chupados
eu entrando vagareza
de início escorregando
lá pro meio a galope
vindo e indo em contragolpe
a favor de nós ‘té quando
chegarmos a um empate
nunca um de zero a zero
dois, que bom, no quero-quero,
quero, dou, vem, arremate.
Charles Fonseca
Há um pouquinho de sal
neste teu mel agridoce
em teu abraço já foi-se
um torvelinho abissal
nestas tuas profundezas
nestes cimos eriçados
nos teus bicos bem chupados
eu entrando vagareza
de início escorregando
lá pro meio a galope
vindo e indo em contragolpe
a favor de nós ‘té quando
chegarmos a um empate
nunca um de zero a zero
dois, que bom, no quero-quero,
quero, dou, vem, arremate.
Charles Fonseca
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TOPAS? OU PREFERE DAR TOPADAS?
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Eileen McDonald Davies,
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NO SERTÃO DA BAHIA. Charles Fonseca
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A NORA E A SOGRA. Charles Fonseca
A NORA E A SOGRA
Belíssimas as pernas
O busto é eriçado
As unhas carmim pintado
O sorriso rico em pérolas
Os cabelos mais que negros
Qual a asa da graúna
Sogra ali, digo, nenhuma,
Tem ciúme, só chamego.
Charles Fonseca
Belíssimas as pernas
O busto é eriçado
As unhas carmim pintado
O sorriso rico em pérolas
Os cabelos mais que negros
Qual a asa da graúna
Sogra ali, digo, nenhuma,
Tem ciúme, só chamego.
Charles Fonseca
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Michel Colombe - Tomb of the Children of Charles VIII, 1506 Cathedral, Tours
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Cantares de Solidão. Marcia Tigani
CANTARES DE SOLIDÃO
Um sino toca ao longe:
é tarde no meu sertão
e o vento sopra ao contrário,
seca olho e plantação..
Tão longe o meu pensamento
Tão perto o meu violão
Toada na hora pronóbis
Rebento chegando então.
E as beatas ligeiras
com rosário em mão
rezam ave-marias ,
em dia de procissão.
Eu sou homem assustado:
das sombras tenho receio
Vivo sempre acordado
faço a lua de esteio
Dizem que há lobisomem
atras da serra vermelha
que espreita a hora certeira
de roubar mulher rendeira.
Nessas paragens de sono
de silêncio e ventania
muita mulher foi levada
mode desafiar valentia
Tem jagunço de asfalto
rondando a terra da gente
matando e prendendo rebelde
que desafia tenente.
Tem muito carro e doutor
que desafia a sêca e o cansaço
numa tal transposição
que promete inundar pasto.
Ah! já nem tenho esperança,
foi tanta tarde amarela
tanta poeira na pele
tanta sêde maldita
tanto bezerro morrendo
tanto menino magrinho
tanta morte espreitando
o vale da terra do sino...
E minhas mãos calejadas
pegam balde e água no açude
e mulher é que não falta
todo tempo parindo.
É terra de homem forte
pivete na rua dormindo
menina-moça sem dote
velho sem dente sorrindo..
E o tempo que não passa
a redenção que não chega
meu destino na vidraça
e a sorte na contra-mão.
Um sino toca ao longe
nas tardes do meu sertão.
Marcia Tigani
Um sino toca ao longe:
é tarde no meu sertão
e o vento sopra ao contrário,
seca olho e plantação..
Tão longe o meu pensamento
Tão perto o meu violão
Toada na hora pronóbis
Rebento chegando então.
E as beatas ligeiras
com rosário em mão
rezam ave-marias ,
em dia de procissão.
Eu sou homem assustado:
das sombras tenho receio
Vivo sempre acordado
faço a lua de esteio
Dizem que há lobisomem
atras da serra vermelha
que espreita a hora certeira
de roubar mulher rendeira.
Nessas paragens de sono
de silêncio e ventania
muita mulher foi levada
mode desafiar valentia
Tem jagunço de asfalto
rondando a terra da gente
matando e prendendo rebelde
que desafia tenente.
Tem muito carro e doutor
que desafia a sêca e o cansaço
numa tal transposição
que promete inundar pasto.
Ah! já nem tenho esperança,
foi tanta tarde amarela
tanta poeira na pele
tanta sêde maldita
tanto bezerro morrendo
tanto menino magrinho
tanta morte espreitando
o vale da terra do sino...
E minhas mãos calejadas
pegam balde e água no açude
e mulher é que não falta
todo tempo parindo.
É terra de homem forte
pivete na rua dormindo
menina-moça sem dote
velho sem dente sorrindo..
E o tempo que não passa
a redenção que não chega
meu destino na vidraça
e a sorte na contra-mão.
Um sino toca ao longe
nas tardes do meu sertão.
Marcia Tigani
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Jan Van de Capelle, 1650 - The State Barge Saluted by the Home Fleet. A IV
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Igreja. Cristianismo
691. «Espírito Santo», tal á o nome próprio d'Aquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do Senhor e professa-o no Baptismo dos seus novos filhos (13).
O termo «Espírito» traduz o termo hebraico « Ruah» que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d'Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino (14). Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos «espírito» e «santo».
Catecismo
O termo «Espírito» traduz o termo hebraico « Ruah» que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d'Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino (14). Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos «espírito» e «santo».
Catecismo
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MORADAS DE FLORIPA. Charles Fonseca
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BREVE. Charles Fonseca
BREVE
Charles Fonseca
Oh meus amados, busco olhar os teus
Olhares perdidos tão sem sentido
Dos meus carinhos ouvir de novo
Novos vagidos nos teus renovos
Filhos nascidos em vós sorrisos
Não deem olvidos aos versos meus.
Oh meus amados filhos, por Deus
Gerados fostes num tempo alegre
Que voltem breve a mim cansado
De tanto amar-vos vida tão breve
Tanta a saudade não quero ir-me
Sem teus abraços, faltando um adeus.
Charles Fonseca
Oh meus amados, busco olhar os teus
Olhares perdidos tão sem sentido
Dos meus carinhos ouvir de novo
Novos vagidos nos teus renovos
Filhos nascidos em vós sorrisos
Não deem olvidos aos versos meus.
Oh meus amados filhos, por Deus
Gerados fostes num tempo alegre
Que voltem breve a mim cansado
De tanto amar-vos vida tão breve
Tanta a saudade não quero ir-me
Sem teus abraços, faltando um adeus.
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sábado, junho 15, 2013
Lorenzo Bartolini - Tomb of Princess Sophia Zamoyska, 1837-44 Salviati Chapel - Santa Croce, Florence
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ZANZANDO. Charles Fonseca
ZANZANDO
Já havia lido a biografia de Freud elaborada por Peter Gay, 752 páginas. Depois resolvi ler a biografia dele escrita por seu aluno, analisado e depois psicanalista Ernest Jones, 1472 páginas, grifando. Decidi me submeter à psicanálise que durou 3 anos. No curso desta e logo no início, resolvi comprar e ler toda a obra de Sigmund Freud, 24 volumes. Aí já com uma conotação de estudo, grifando. Além disso já li 8 dos 23 volumes da obra de Lacan que dizia a seus alunos 'vocês se dizem lacanianos mas eu sou freudiano'. Não me apaixonei transferencialmente pela minha analista e ao término da minha análise quando ela já me convidava para fazer parte de seu grupo de analistas disse-lhe: 'observou que nestes três anos não me apaixonei por você? E ela: 'é verdade'. Retruquei: 'Em compensação li os 24 volumes dos escritos de Freud em 10 meses'. Ela concluiu: 'É, houve um deslocamento'. Tudo isso escrevi como memória. De vez em quando sai numa revista qualquer a manchete "Freud está morto". Friedrich Wilhelm Nietzsche também disse "Deus está morto". Há mortos vivos e vivos mortos. Outros estão zanzando por ai.
Charles Fonseca
Já havia lido a biografia de Freud elaborada por Peter Gay, 752 páginas. Depois resolvi ler a biografia dele escrita por seu aluno, analisado e depois psicanalista Ernest Jones, 1472 páginas, grifando. Decidi me submeter à psicanálise que durou 3 anos. No curso desta e logo no início, resolvi comprar e ler toda a obra de Sigmund Freud, 24 volumes. Aí já com uma conotação de estudo, grifando. Além disso já li 8 dos 23 volumes da obra de Lacan que dizia a seus alunos 'vocês se dizem lacanianos mas eu sou freudiano'. Não me apaixonei transferencialmente pela minha analista e ao término da minha análise quando ela já me convidava para fazer parte de seu grupo de analistas disse-lhe: 'observou que nestes três anos não me apaixonei por você? E ela: 'é verdade'. Retruquei: 'Em compensação li os 24 volumes dos escritos de Freud em 10 meses'. Ela concluiu: 'É, houve um deslocamento'. Tudo isso escrevi como memória. De vez em quando sai numa revista qualquer a manchete "Freud está morto". Friedrich Wilhelm Nietzsche também disse "Deus está morto". Há mortos vivos e vivos mortos. Outros estão zanzando por ai.
Charles Fonseca
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Alienação parental
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Andrea Appiani, 1808 - Alegoria da Paz de Pressburg. A III
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Igreja. Cristianismo.
689. Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito do seu Filho (7), é realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, é d'Eles inseparável, tanto na vida íntima da Trindade como no seu dom de amor pelo mundo. Mas ao adorar a Santíssima Trindade, vivificante, consubstancial e indivisível, a fé da Igreja professa também a distinção das Pessoas. Quando o Pai envia o seu Verbo, envia sempre o seu Espírito: missão conjunta na qual o Filho e o Espírito Santo são distintos mas inseparáveis. Sem dúvida, é Cristo quem aparece, Ele que é a Imagem visível de Deus invisível; mas é o Espírito Santo quem O revela.
690. Jesus é Cristo, «ungido», porque o Espírito é d'Ele a Unção; e tudo quanto acontece a partir da Encarnação, decorre desta plenitude (8). Finalmente, quando Cristo é glorificado (9), pode, por sua vez, enviar de junto do Pai, o Espírito, aos que crêem n'Ele: comunica-lhes a sua glória (10), quer dizer, o Espírito Santo que O glorifica (11). A missão conjunta desenvolver-se-á, a partir desse momento, nos filhos adotados pelo Pai no Corpo do seu Filho: a missão do Espírito de adoção consistirá em uni-los a Cristo e fazê-los viver n' Ele:
«A unção sugere... que não há nenhuma distância entre o Filho e o Espírito. Com efeito, do mesmo modo que entre a superfície do corpo e a unção do óleo, nem a razão nem os sentidos encontram qualquer entremeio, assim é imediato o contacto do Filho com o Espírito, de tal modo que aquele que vai tomar contacto com o Filho pela fé, tem que contactar primeiro com o óleo. Com efeito, não há pane alguma que esteja despida do Espírito Santo. É por isso que a confissão do Senhorio do Filho se faz no Espírito Santo para aqueles que a recebem, pois o Espírito vem, de todos os lados, ao encontro daqueles que se aproximam pela fé» (12).
Catecismo
690. Jesus é Cristo, «ungido», porque o Espírito é d'Ele a Unção; e tudo quanto acontece a partir da Encarnação, decorre desta plenitude (8). Finalmente, quando Cristo é glorificado (9), pode, por sua vez, enviar de junto do Pai, o Espírito, aos que crêem n'Ele: comunica-lhes a sua glória (10), quer dizer, o Espírito Santo que O glorifica (11). A missão conjunta desenvolver-se-á, a partir desse momento, nos filhos adotados pelo Pai no Corpo do seu Filho: a missão do Espírito de adoção consistirá em uni-los a Cristo e fazê-los viver n' Ele:
«A unção sugere... que não há nenhuma distância entre o Filho e o Espírito. Com efeito, do mesmo modo que entre a superfície do corpo e a unção do óleo, nem a razão nem os sentidos encontram qualquer entremeio, assim é imediato o contacto do Filho com o Espírito, de tal modo que aquele que vai tomar contacto com o Filho pela fé, tem que contactar primeiro com o óleo. Com efeito, não há pane alguma que esteja despida do Espírito Santo. É por isso que a confissão do Senhorio do Filho se faz no Espírito Santo para aqueles que a recebem, pois o Espírito vem, de todos os lados, ao encontro daqueles que se aproximam pela fé» (12).
Catecismo
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Alfred Stieglitz
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DE LEITE. Charles Fonseca
DE LEITE
Charles Fonseca
Que linda cor é o negro
Das mulheres da mãe África
Retintas que chegam azuladas
Ao prata luar oh chamego
Por estas negras mulheres
Da praia do Chega Nego
Da Bahia do aconchego
Baixadas dos escaleres
Pra tisnar o branco o cobre
Dos lusitanos dos índios
Ai descaminhos ínvios
Das amas de leite nobre!
Charles Fonseca
Que linda cor é o negro
Das mulheres da mãe África
Retintas que chegam azuladas
Ao prata luar oh chamego
Por estas negras mulheres
Da praia do Chega Nego
Da Bahia do aconchego
Baixadas dos escaleres
Pra tisnar o branco o cobre
Dos lusitanos dos índios
Ai descaminhos ínvios
Das amas de leite nobre!
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sexta-feira, junho 14, 2013
Joseph François Bosio - Louis XIV, 1816-22 Place des Victoires, Paris
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Igreja. Cristianismo.
687. «Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus» (1 Cor 2, 11). Ora, o seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. Aquele que «falou pelos profetas» (5) faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé. O Espírito de verdade, que nos «revela» Cristo, «não fala de Si próprio» (6). Tal escondimento, propriamente divino, explica porque é que «o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», enquanto aqueles que crêem em Cristo O conhecem, porque habita com eles e está neles (Jo 14, 17).
688. A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— Nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.
Catecismo
688. A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:
— Nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.
Catecismo
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Jean-Thomas de Keyser - A Companhia milícia do Capitão Allaert . A II
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RODA D'ÁGUA
Charles Fonseca
As águas passadas após o moinho
Antigas são elas, moveram a roda
Do tempo, da vida, e vão-se embora
E agora eu fico a cismar no caminho.
Virá nova água, o tempo não pára,
Tampouco a vida, há sempre algo novo,
Nas voltas que a vida nos dá há tesouros
Que movem meu peito, moinho sob águas.
Charles Fonseca
As águas passadas após o moinho
Antigas são elas, moveram a roda
Do tempo, da vida, e vão-se embora
E agora eu fico a cismar no caminho.
Virá nova água, o tempo não pára,
Tampouco a vida, há sempre algo novo,
Nas voltas que a vida nos dá há tesouros
Que movem meu peito, moinho sob águas.
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quinta-feira, junho 13, 2013
Público do dia
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CONJUNÇÃO CARNAL. Charles Fonseca.
CONJUNÇÃO CARNAL
Charles Fonseca
O passado já passou? Não é verdade. Ele nunca passa, submerge. Fica lá enferrujando a alma para alguns, para outros dando só saudades do que poderia ser e não foi. Há ainda os que dele têm vergonha e jamais admitem tocar na ferida, na cicatriz. Também há passado que ajuda a viver o presente tão mal passado. E ainda há o passado do futuro, a saudade do mesmo. Vejam como agem as mulheres, machos, pra que tanta hesitação? Ou não há excitação? Dá um jeito! Há um presente amo dê no que der. O passado perfeito que você diz amei, voltaria a fazê-lo? O imperfeito da infeliz dizia que amava mas não era tanto assim. Nós amaremos quando chegar a hora certa, agora não dá, só o futuro dirá e aí será o gostoso agarra-agarra, agora não, estão olhando, o que vão pensar de nós? Amaríeis no futuro se o passado não estivesse impregnado nesse xodó gostoso que nem ata nem desata tudo fica no condicional por enquanto e ai eu quase que não aguento de tanto querer, de tanto esperar. Que eles amem lá entre si mas que não impeçam a nossa conjunção carnal, tão legal, tão ilegal, etc. e tal. Se eu amasse a você meu nêgo como eu ando pensando, você nunca mais queria sair de baixo ou de cima desse meu amasso, você não sabe o que andou perdendo um passado imperfeito, é verdade, mas inesquecível. Porque, olha bem nos meus olhos, quando tu me amares, cheiros sargaços é que não vão faltar nunca mais no futuro em todos os poros em todos os furos. Amemos logo, abestalhado, aqui quem manda sou eu, é um imperativo, não posso mais esperar, moleirão, eu mulherão, não vou ficar nessa seca sem fim. Não ameis vós mulheres tímidas que não dão um passo a frente, uma cutucada como quem não quer nada, quando só está bastando um empurrãozinho e aí haja bastão bastante pra dar conta do que ficou recolhido, submerso, quase enferrujando, mas agora fica bem lubrificado, mel puro com leve pitada de sal pra não azedar, bobonas. Infinitivamente pessoal é assim que faço e olha que tem dado certo. Acredite. Sem estardalhaço, vá, de frente.
Charles Fonseca
O passado já passou? Não é verdade. Ele nunca passa, submerge. Fica lá enferrujando a alma para alguns, para outros dando só saudades do que poderia ser e não foi. Há ainda os que dele têm vergonha e jamais admitem tocar na ferida, na cicatriz. Também há passado que ajuda a viver o presente tão mal passado. E ainda há o passado do futuro, a saudade do mesmo. Vejam como agem as mulheres, machos, pra que tanta hesitação? Ou não há excitação? Dá um jeito! Há um presente amo dê no que der. O passado perfeito que você diz amei, voltaria a fazê-lo? O imperfeito da infeliz dizia que amava mas não era tanto assim. Nós amaremos quando chegar a hora certa, agora não dá, só o futuro dirá e aí será o gostoso agarra-agarra, agora não, estão olhando, o que vão pensar de nós? Amaríeis no futuro se o passado não estivesse impregnado nesse xodó gostoso que nem ata nem desata tudo fica no condicional por enquanto e ai eu quase que não aguento de tanto querer, de tanto esperar. Que eles amem lá entre si mas que não impeçam a nossa conjunção carnal, tão legal, tão ilegal, etc. e tal. Se eu amasse a você meu nêgo como eu ando pensando, você nunca mais queria sair de baixo ou de cima desse meu amasso, você não sabe o que andou perdendo um passado imperfeito, é verdade, mas inesquecível. Porque, olha bem nos meus olhos, quando tu me amares, cheiros sargaços é que não vão faltar nunca mais no futuro em todos os poros em todos os furos. Amemos logo, abestalhado, aqui quem manda sou eu, é um imperativo, não posso mais esperar, moleirão, eu mulherão, não vou ficar nessa seca sem fim. Não ameis vós mulheres tímidas que não dão um passo a frente, uma cutucada como quem não quer nada, quando só está bastando um empurrãozinho e aí haja bastão bastante pra dar conta do que ficou recolhido, submerso, quase enferrujando, mas agora fica bem lubrificado, mel puro com leve pitada de sal pra não azedar, bobonas. Infinitivamente pessoal é assim que faço e olha que tem dado certo. Acredite. Sem estardalhaço, vá, de frente.
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Peter Henry Emerson
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Igreja. Cristianismo.
684. O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo (2). No entanto, Ele é o último na revelação das Pessoas da Santíssima Trindade. São Gregário de Nazianzo, «o Teólogo», explica esta progressão pela pedagogia da «condescendência» divina:
«O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive connosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada [...] É por avanços e progressões "de glória em glória " que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades» (3).
685. Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» (4). É por isso que tratamos do mistério divino do Espírito Santo na «teologia» trinitária. Portanto, aqui só trataremos do Espírito Santo no âmbito da «economia» divina.
686. O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação. Mas é nestes «últimos tempos», inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então, esse desígnio divino, consumado em Cristo, «Primogénito» e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito derramado: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a vida eterna.
Catecismo
«O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive connosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada [...] É por avanços e progressões "de glória em glória " que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades» (3).
685. Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» (4). É por isso que tratamos do mistério divino do Espírito Santo na «teologia» trinitária. Portanto, aqui só trataremos do Espírito Santo no âmbito da «economia» divina.
686. O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação. Mas é nestes «últimos tempos», inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então, esse desígnio divino, consumado em Cristo, «Primogénito» e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito derramado: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a vida eterna.
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Joseph Chinard - Jeanne de l' Orme de l' Isle, 1802 Private Collection
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QUE SOPREM AS CINZAS. Charles Fonseca
QUE SOPREM AS CINZAS
Charles Fonseca
Estou de novo a sós comigo mesmo
Curtindo uma saudade que me aperta
O peito que a acolheu qual porta aberta
Mas dele ela se foi, fiquei a esmo.
Nada então me alegra, tudo é tédio,
Vagueio pelas ruas sem consolo.
Repenso minha vida, fui um tolo?
De novo quero amar, é o remédio.
A solidão me envolve, me enlaça.
Meu coração em chamas foi fogueira.
Só resta agora a cinza borralheira,
Se o vento a leva, embaixo ainda há brasa.
Que braços sobre ela tragam lenho,
Que novos ventos brasa fogo aticem,
Que novas labaredas já crepitem,
Que novo amar me chegue e alegre o cenho.
Charles Fonseca
Estou de novo a sós comigo mesmo
Curtindo uma saudade que me aperta
O peito que a acolheu qual porta aberta
Mas dele ela se foi, fiquei a esmo.
Nada então me alegra, tudo é tédio,
Vagueio pelas ruas sem consolo.
Repenso minha vida, fui um tolo?
De novo quero amar, é o remédio.
A solidão me envolve, me enlaça.
Meu coração em chamas foi fogueira.
Só resta agora a cinza borralheira,
Se o vento a leva, embaixo ainda há brasa.
Que braços sobre ela tragam lenho,
Que novos ventos brasa fogo aticem,
Que novas labaredas já crepitem,
Que novo amar me chegue e alegre o cenho.
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Nicolas Lancret, c. 1733 - Dança antes de uma fonte
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quarta-feira, junho 12, 2013
LAMENTO. Charles Fonseca
Lamento a exposição de casos clínicos médicos com imagens para o público leigo. Quem entende de medicina é quem estudou medicina, quem se especializou na área em que fala ou escreve, quem a exerce de direito e de fato.
Charles Fonseca
Charles Fonseca
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NOSSO NOVO JARDIM EM FORMAÇÃO. Charles Fonseca
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SINGULAR. Charles Fonseca
SINGULAR
Charles Fonseca
O que leva um homem a querer uma mulher,
Que traços do passado um e outro carregam?
Que os faz transitar do amargo ao mel,
Os dois em que imaginário trafegam?
De quem ela está no lugar
E ele que outro olhar inclui?
Nela, por onde vaga o seu olhar,
Nele, o presente a que passado reflui?
Charles Fonseca
O que leva um homem a querer uma mulher,
Que traços do passado um e outro carregam?
Que os faz transitar do amargo ao mel,
Os dois em que imaginário trafegam?
De quem ela está no lugar
E ele que outro olhar inclui?
Nela, por onde vaga o seu olhar,
Nele, o presente a que passado reflui?
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Lewis Carrol
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Igreja. Cristianismo.
683. «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser pela ação do Espírito Santo» (1Cor 12, 3). «Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!'» (Gl 4, 6). Este conhecimento da fé só é possível no Espírito Santo. Para estar em contacto com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Batismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja:
O Batismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo. Porque aqueles que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho: mas o Filho apresenta-os ao Pai, e o Pai dá-lhes a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém tem acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Espírito Santo»(1).
Catecismo
O Batismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo. Porque aqueles que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho: mas o Filho apresenta-os ao Pai, e o Pai dá-lhes a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém tem acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Espírito Santo»(1).
Catecismo
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Istvan Frenczy - Allegory of Science, 1842-43 Hungarian National Gallery, Budapest
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terça-feira, junho 11, 2013
Jean Jacques-Louis David, 1788 - Os Amores de Paris e Helen . II
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Igreja. Cristianismo.
680. Cristo Senhor reina já pela Igreja, mas ainda não Lhe estão submetidas todas as coisas deste mundo. O triunfo do Reino de Cristo só será um facto, depois dum último assalto das forças do mal.
681. No dia do Juízo, no fim do mundo, Cristo virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.
682. Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há-de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça.
Catecismo
681. No dia do Juízo, no fim do mundo, Cristo virá na sua glória para completar o triunfo definitivo do bem sobre o mal, os quais, como o trigo e o joio, terão crescido juntos no decurso da história.
682. Quando vier; no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos, Cristo glorioso há-de revelar a disposição secreta dos corações, e dará a cada um segundo as suas obras e segundo tiver aceite ou recusado a graça.
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AVENTURAS NO FACEBOOK
Aventuras no Facebook
Já recebi cutucada de homem e não retribuí. Pasmem, de mulheres e não retribuí. Será o que é isso, o cutucar? De início, aviso logo, sou um tantão tímido. Tenho vontade de dizer como você está assin ou assado e fico quieto. Como quieto? Não. Saio falando por aí? Nem pensar! Assim consultei o impessoal Dr. Google e aí fiquei menos assim, assim, com cara e orelha de asinino... De vez em quando vou dar uma cutucadazinha sem que a pessoa jamais pensasse que eu fosse capaz de tal audácia. Nada sério. Só um gesto de simpatia, pra início de conversa.
Charles Fonseca
Já recebi cutucada de homem e não retribuí. Pasmem, de mulheres e não retribuí. Será o que é isso, o cutucar? De início, aviso logo, sou um tantão tímido. Tenho vontade de dizer como você está assin ou assado e fico quieto. Como quieto? Não. Saio falando por aí? Nem pensar! Assim consultei o impessoal Dr. Google e aí fiquei menos assim, assim, com cara e orelha de asinino... De vez em quando vou dar uma cutucadazinha sem que a pessoa jamais pensasse que eu fosse capaz de tal audácia. Nada sério. Só um gesto de simpatia, pra início de conversa.
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prosa
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Hendrick Frans Verbruggen - Memorial of Bishop Marius Ambrose Capello, 1676 O.L. Vrouwekathedraal, Antwerp, Belgium
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segunda-feira, junho 10, 2013
ARES. Charles Fonseca
ARES
Renunciar ao sonho, que coisa difícil! Sonho, delírio fisiológico quando você está dormindo. Mas sonhar acordado pode trazer tantas desilusões, sofrimentos, ressentimentos, prisões. A perda da liberdade de novos caminhos, novas aventuras, empreendimentos, de um carinho. Mil vezes o deserto que o canto das sereias se no mar ou os requebros perfumados das odaliscas se na miragem de um oásis. Oh azes do bem querer! Oh ases do quero mais! Mostrai-me as trilhas, o abrir da mata virgem, como passear pelos prados, subir os píncaros, ver além dos montes, cheirar os ares!
Charles Fonseca
Renunciar ao sonho, que coisa difícil! Sonho, delírio fisiológico quando você está dormindo. Mas sonhar acordado pode trazer tantas desilusões, sofrimentos, ressentimentos, prisões. A perda da liberdade de novos caminhos, novas aventuras, empreendimentos, de um carinho. Mil vezes o deserto que o canto das sereias se no mar ou os requebros perfumados das odaliscas se na miragem de um oásis. Oh azes do bem querer! Oh ases do quero mais! Mostrai-me as trilhas, o abrir da mata virgem, como passear pelos prados, subir os píncaros, ver além dos montes, cheirar os ares!
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Rembrandt, 1636 - Samson and Delilah
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Igreja. Cristianismo.
678. Na sequência dos profetas (650) e de João Batista (651), Jesus anunciou, na sua pregação, o Juízo do último dia. Então será revelado o procedimento de cada um (652) e o segredo dos corações (653). Então, será condenada a incredulidade culpável, que não teve em conta a graça oferecida por Deus (654). A atitude tomada para com o próximo revelará a aceitação ou a recusa da graça e do amor divino (655). No último dia, Jesus dirá: «Sempre que o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25, 40).
679. Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence-Lhe a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele «adquiriu» este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai entregou «ao Filho todo o poder de julgar» (Jo 5, 22) (656). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar (657) e dar a vida que tem em Si (658). É pela recusa da graça nesta vida que cada qual se julga já a si próprio (659), recebe segundo as suas obras (660) e pode, mesmo, condenar-se para a eternidade, recusando o Espírito de amor (661).
Catecismo
679. Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence-Lhe a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele «adquiriu» este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai entregou «ao Filho todo o poder de julgar» (Jo 5, 22) (656). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar (657) e dar a vida que tem em Si (658). É pela recusa da graça nesta vida que cada qual se julga já a si próprio (659), recebe segundo as suas obras (660) e pode, mesmo, condenar-se para a eternidade, recusando o Espírito de amor (661).
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ACHO QUE QUEM ESTUDOU MEDICINA É QUEM DEVE ENTENDER DE MEDICINA E PRATICÁ-LA DE DIREITO E DE FATO. Charles Fonseca
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Anthony van Dyck. Samson and Delilah. 1620. Dulwich Picture Gallery, London, UK
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OS OLHOS DA MINHA AMADA. Charles Fonseca
OS OLHOS DA MINHA AMADA
Charles Fonseca
Os olhos da minha amada
São fontes do bem querer
De onde brotam puras lágrimas
Que brincam de se esconder
Que rolam às vezes furtivas
Outras há que rolam explícitas
Tal como preces são súplicas
Do puro amar não contidas
De alegrias brotam súbitas
De tristezas do agora
Às vezes sua alma chora
Das certezas antes dúvidas.
Os olhos da minha amada
Do puro amor são qual fontes
Pra minha alma que dantes
Sedenta de amor minguava.
Charles Fonseca
Os olhos da minha amada
São fontes do bem querer
De onde brotam puras lágrimas
Que brincam de se esconder
Que rolam às vezes furtivas
Outras há que rolam explícitas
Tal como preces são súplicas
Do puro amar não contidas
De alegrias brotam súbitas
De tristezas do agora
Às vezes sua alma chora
Das certezas antes dúvidas.
Os olhos da minha amada
Do puro amor são qual fontes
Pra minha alma que dantes
Sedenta de amor minguava.
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domingo, junho 09, 2013
CAN CAN DI DÁ TU RA. Charles Fonseca
CAN CAN DI DÁ TU RA
Boa candidatura
tem que ser ptralhadeira
ou deles ser cumpanheira
verdade bem ptralhuda
tem que gostar da boquinha
libar da cinquenta e um
gostar do vem, que bom, unhn,
gozar mamando a tetinha
que governa tudo o mais
na mais pura da orgia
que chupa, mexe, chia,
ptralhuda, não dói, ais...
Charles Fonseca
Boa candidatura
tem que ser ptralhadeira
ou deles ser cumpanheira
verdade bem ptralhuda
tem que gostar da boquinha
libar da cinquenta e um
gostar do vem, que bom, unhn,
gozar mamando a tetinha
que governa tudo o mais
na mais pura da orgia
que chupa, mexe, chia,
ptralhuda, não dói, ais...
Charles Fonseca
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Giovanni Paolo Fonduli - assentado Nymph Coleção Wallace, London
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