http://veja.abril.com.br/noticia/saude/identificado-fator-genetico-comum-a-cinco-doencas-mentais
quinta-feira, fevereiro 28, 2013
Identificado fator genético comum a cinco doenças mentais
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Caetano Veloso - Poema Dos Olhos Da Amada
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O perdão
"Uma ofensa é, a nível humano, imperdoável quando objetivamente há ausência da vítima, carência de pesar do ofensor (condições indispensáveis) e ausência de confissão ou de pedido de perdão. Nesse sentido o imperdoável também tem o significado de imprescritível, com um sentimento de incapacidade de apagar o que não é apagável. Por outro lado, existe uma ligação entre a recusa absoluta do perdão e a afirmação prévia de um ateísmo como categoria filosófica. O perdão meramente humano não tem o poder de penetrar o núcleo metafísico da ação cometida, no próprio fato de ter sido cometida. A inteligência à luz da Redenção aceita a existência de um perdão que supera infinitamente sua capacidade e sua análise. Como em qualquer ofensa interpessoal, a falta cometida ultrapassa a simples pessoa da vítima, a fatia inexpiada é remida universal e plenamente pela Paixão de Cristo." (sinopse efetuada por Charles Fonseca) Autor: Jean Lafite em "O perdão transfigurado"
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Villa Lobos - Bachiana nº 5 - Amel Brahim
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Zêlo
ZÊLO
Charles Fonseca
Há que se zelar pela própria memória, não permitir que a sua imagem seja uma versão do próprio ser. Há uma dignidade a preservar, não maculada por maquinações ignaras, pela estultícia perversa, pelo ser aí da mentira, do abuso, da infâmia. Nunca perder a dignidade, herança maior a exercer e a deixar para os pósteros. Sempre perdoar a quem o pedir pois como seremos perdoados se não formos capazes de tanto?
Charles Fonseca
Há que se zelar pela própria memória, não permitir que a sua imagem seja uma versão do próprio ser. Há uma dignidade a preservar, não maculada por maquinações ignaras, pela estultícia perversa, pelo ser aí da mentira, do abuso, da infâmia. Nunca perder a dignidade, herança maior a exercer e a deixar para os pósteros. Sempre perdoar a quem o pedir pois como seremos perdoados se não formos capazes de tanto?
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Papa emérito
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Adeus ao Pontificado
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A namorada de Freud, meu cão pastor.
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.....A namorada de Freud
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Meu Natal
MEU NATAL
Charles Fonseca
Vem chegando pra mim ela
Ela embota a minha dor
Vem chegando mais amor
Na minha bota à janela.
Boto nela meu carinho
Tiro o pé da solidão
Alça aos céus meu coração
Baixa em mim um torvelinho
De emoção dos que não chegam
De razão para viver
De os amar até morrer
Renascer com os que se achegam.
Charles Fonseca
Vem chegando pra mim ela
Ela embota a minha dor
Vem chegando mais amor
Na minha bota à janela.
Boto nela meu carinho
Tiro o pé da solidão
Alça aos céus meu coração
Baixa em mim um torvelinho
De emoção dos que não chegam
De razão para viver
De os amar até morrer
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Máquina de costura da vovozinha
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quarta-feira, fevereiro 27, 2013
Musa
MUSA
Charles Fonseca
Ela põe o marca passo no paciente e eu nesse descompasso digito esse texto que começo sem saber o que escrever, de quando, pra onde, ninguém, eu só. Um mistério essa arte na qual me inicio sem estudo, ex-tudo, sem escola, ex-mudo. Eis o nada mais que um passa tempo que só ocorre depois que passou. E agora, como ir em frente se nada me surge à mente que, grande mentirosa, esconde? Por que e para que, só Deus sabe. Esse tal de inconsciente não me deixa falar toda a verdade, só meias palavras de lavra tosca. E agora? O antes? O depois? Venho da poesia e não sei prosear. Você me ajuda, me tome pela mão, vamos pelos ares, por entre as nuvens, eu nefelibata de antanho, minha musa, meu grande amor.
Charles Fonseca
Ela põe o marca passo no paciente e eu nesse descompasso digito esse texto que começo sem saber o que escrever, de quando, pra onde, ninguém, eu só. Um mistério essa arte na qual me inicio sem estudo, ex-tudo, sem escola, ex-mudo. Eis o nada mais que um passa tempo que só ocorre depois que passou. E agora, como ir em frente se nada me surge à mente que, grande mentirosa, esconde? Por que e para que, só Deus sabe. Esse tal de inconsciente não me deixa falar toda a verdade, só meias palavras de lavra tosca. E agora? O antes? O depois? Venho da poesia e não sei prosear. Você me ajuda, me tome pela mão, vamos pelos ares, por entre as nuvens, eu nefelibata de antanho, minha musa, meu grande amor.
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Entrevista de Clarice Lispector
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O Vaticano de Bento XVI
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André Rieu - Olé Guapa (Live in Mexico)
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God Doesn't Make Mistakes
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Eles se foram. Charles Fonseca.
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Retorno
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CALENDÁRIO. Charles Fonseca.
CALENDÁRIO
Charles Fonseca
Que belo mês o de outubro! Balança o seu símbolo, balança o meu coração. Nele nasceu meu filho, o meu maior orgulho transferencial do que sonhei e não pude realizar. A minha amada também. Com ela me casei, namoro, noivado e casamento em vinte dias. Palmas pra ela que com um beijo selinho acordou o belo adormecido que assim descobriu que já estava namorando. Nele nasceu também meu irmão solidário que se foi aos quarenta e dois pra nunca mais voltar. Dos meus 68 janeiros fico a cismar com esse calendário que me trouxe tantas surpresas na vida. Nele nasceram uma doce irmã, um irmão inteligente, minha mãe intransigente nos seus princípios morais e religiosos. Em março nasceu meu pai, um homem bom e também meu irmão caçula, o mais puro de todos que se diz lavado pelo sangue de Cristo e, embora com um imaginário hipertrofiado, nunca perdeu a candura. Também nele nasceu minha filha, estou ainda pra ver uma mulher de tanta garra, grande amor de minha vida. Em junho, no dia de São João, meu primeiro neto puxando a fila de tantos outros que mais chegarem. Em julho, minha enteada, a doçura que sempre sonhei. E ainda não era natal e nasceu a minha irmã que salvei das águas juntamente com meu pai. Foi o mais heroico gesto da minha vida aos seis anos de idade, tão pouco mas para mim tão grande feito!
Charles Fonseca
Que belo mês o de outubro! Balança o seu símbolo, balança o meu coração. Nele nasceu meu filho, o meu maior orgulho transferencial do que sonhei e não pude realizar. A minha amada também. Com ela me casei, namoro, noivado e casamento em vinte dias. Palmas pra ela que com um beijo selinho acordou o belo adormecido que assim descobriu que já estava namorando. Nele nasceu também meu irmão solidário que se foi aos quarenta e dois pra nunca mais voltar. Dos meus 68 janeiros fico a cismar com esse calendário que me trouxe tantas surpresas na vida. Nele nasceram uma doce irmã, um irmão inteligente, minha mãe intransigente nos seus princípios morais e religiosos. Em março nasceu meu pai, um homem bom e também meu irmão caçula, o mais puro de todos que se diz lavado pelo sangue de Cristo e, embora com um imaginário hipertrofiado, nunca perdeu a candura. Também nele nasceu minha filha, estou ainda pra ver uma mulher de tanta garra, grande amor de minha vida. Em junho, no dia de São João, meu primeiro neto puxando a fila de tantos outros que mais chegarem. Em julho, minha enteada, a doçura que sempre sonhei. E ainda não era natal e nasceu a minha irmã que salvei das águas juntamente com meu pai. Foi o mais heroico gesto da minha vida aos seis anos de idade, tão pouco mas para mim tão grande feito!
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Hendrick Frans Verbruggen, 1695 -1699 - Pulpit Public collection
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terça-feira, fevereiro 26, 2013
Curiosidade
A mim me parece impressionante a pletora de postagens de cunho doutrinário em matéria de fé. Que empenho! Quanto arroubo! Não creio que os muçulmanos sejam tão férteis em tantas e tão compartilhadas proclamações de crença, de preocupação com a salvação dos ímpios. Fico admirado que mesmo com tanta divulgação os muçulmanos sejam os que mais crescem em adeptos em todo o mundo. Por que tem sido assim é a minha grande curiosidade.
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Blog do Charles Fonseca: Gralhas azuis na rua onde moro
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Gralhas azuis na rua onde moro
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Igreja de São Francisco da Cidade do Salvador da Bahia
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Um de cada vez
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NA CEIA, JESUS ANTECIPOU A OBLAÇÃO LIVRE DA SUA VIDA
NA CEIA, JESUS ANTECIPOU A OBLAÇÃO LIVRE DA SUA VIDA
610. Jesus exprimiu de modo supremo a oblação livre de Si mesmo na refeição que tornou com os doze Apóstolos (472), na «noite em que foi entregue» (1 Cor 11, 23). Na véspera da sua paixão, quando ainda era livre, Jesus fez desta última Ceia com os Apóstolos o memorial da sua oblação voluntária ao Pai (473) para a salvação dos homens: «Isto é o meu Corpo, que vai ser entregue por vós» (Lc 22, 19). «Isto é o meu "Sangue da Aliança", que vai ser derramado por uma multidão, para remissão dos pecados» (Mt 26, 28).
611. A Eucaristia, que neste momento instituiu, será o «memorial» (474) do seu sacrifício. Jesus incluiu os Apóstolos na sua própria oferenda e pediu-lhes que a perpetuassem (475). Desse modo, instituiu os Apóstolos como sacerdotes da Nova Aliança: «Eu consagro-me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade» (Jo 17, 19) (476).
Catecismo
610. Jesus exprimiu de modo supremo a oblação livre de Si mesmo na refeição que tornou com os doze Apóstolos (472), na «noite em que foi entregue» (1 Cor 11, 23). Na véspera da sua paixão, quando ainda era livre, Jesus fez desta última Ceia com os Apóstolos o memorial da sua oblação voluntária ao Pai (473) para a salvação dos homens: «Isto é o meu Corpo, que vai ser entregue por vós» (Lc 22, 19). «Isto é o meu "Sangue da Aliança", que vai ser derramado por uma multidão, para remissão dos pecados» (Mt 26, 28).
611. A Eucaristia, que neste momento instituiu, será o «memorial» (474) do seu sacrifício. Jesus incluiu os Apóstolos na sua própria oferenda e pediu-lhes que a perpetuassem (475). Desse modo, instituiu os Apóstolos como sacerdotes da Nova Aliança: «Eu consagro-me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade» (Jo 17, 19) (476).
Catecismo
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Santa Catarina é estratégica para o Brasil
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Contrastes
CONTRASTES
Charles Fonseca
Quanta mentira exposta sobre a tela
Quanta verdade encoberta e tão nua
Quanto roupagem que cobre verdade crua
Quanta cozida mentira em certa vera!
Quanto amor na frente e por trás há ódio
Quanto que está submerso nas águas claras
Quanto em gelo derrete basta a palavra
Quanto passado presente pára o relógio!
Charles Fonseca
Quanta mentira exposta sobre a tela
Quanta verdade encoberta e tão nua
Quanto roupagem que cobre verdade crua
Quanta cozida mentira em certa vera!
Quanto amor na frente e por trás há ódio
Quanto que está submerso nas águas claras
Quanto em gelo derrete basta a palavra
Quanto passado presente pára o relógio!
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Mona Lisa de Leonardo da Vinci
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segunda-feira, fevereiro 25, 2013
BAIXINHA. Charles Fonseca. Poesia.
BAIXINHA
Charles Fonseca
Adoro mulher baixinha
Se me toca eu bimbalho
Se ela junco eu carvalho
Com ela na aragenzinha
Beira mar que em nós marulha
Devagar se são uns poucos
Se muitos ‘stamos loucos
Nós nus sós o amar mergulha
Charles Fonseca
Adoro mulher baixinha
Se me toca eu bimbalho
Se ela junco eu carvalho
Com ela na aragenzinha
Beira mar que em nós marulha
Devagar se são uns poucos
Se muitos ‘stamos loucos
Nós nus sós o amar mergulha
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Oremos ( II )
OREMOS ( II )
Charles Fonseca
Há silêncio evangélico no ar
Há um pasmo em cada esquina
Um faz de conta que abomina
A Igreja de Cristo haverá
De ser mais que secessões
Mais, muito mais que hierarquia
Um silêncio contrito, agonia,
A Deus, por ela, orações.
Charles Fonseca
Há silêncio evangélico no ar
Há um pasmo em cada esquina
Um faz de conta que abomina
A Igreja de Cristo haverá
De ser mais que secessões
Mais, muito mais que hierarquia
Um silêncio contrito, agonia,
A Deus, por ela, orações.
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Muitos usam cargos na igreja só para obter benesses, diz presidente da CNBB
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Carlos Galhardo. Boneca cobiçada. Música
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Adiando o adeus nós dois
ADIANDO O ADEUS NÓS DOIS
Charles Fonseca
Quem tu fostes na minha vida
E o que eu fui na tua,
Pra quem fomos nós ventura?
Fomos só nós dois queridas
Almas gêmeas que partidas
Quiseram-se muito embora
Curta é a vida e assim chora
Minha alma, quero vida
Longa, já se vai o dia,
Curta é a tarde e vem a noite
Alegre e a tristeza foi-se,
Se de nós o adeus adia.
Charles Fonseca
Quem tu fostes na minha vida
E o que eu fui na tua,
Pra quem fomos nós ventura?
Fomos só nós dois queridas
Almas gêmeas que partidas
Quiseram-se muito embora
Curta é a vida e assim chora
Minha alma, quero vida
Longa, já se vai o dia,
Curta é a tarde e vem a noite
Alegre e a tristeza foi-se,
Se de nós o adeus adia.
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A Igreja-instituição como "casta meretriz"
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domingo, fevereiro 24, 2013
Bento XVI
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Meu concorrente
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O laço de fita. Castro Alves.
O LAÇO DE FITA
Castro Alves
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deus! As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
Castro Alves
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deus! As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
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Camile Claudel
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Janelas
JANELAS
Charles Fonseca
Na minha janela quase todo dia um bem-te-vi vem me ver. Mas não canta. Olha duas três vezes ao dia e vai embora. Por que será que ele não diz que me viu? Será que não gosta de me ver ou será que já não tem mais como sofrer a dor da separação que a vida nos impôs? E eu o olho com aquele olhar de coruja como só o pai sabe olhar para o filho. Mas ele não é coruja, só vem me ver e desejo que cante bem-te-vi!
Da minha janela fico a sonhar com uma pombinha que pelo que canta imita “fogo-pagô”. Será que apagou a chama do amor primeiro ou dormita ele em sonho morfeu? Será que ela se perdeu sem ele no seu peito? Ou será que muito já pagou pelo que não duvido? Ave de arribação, tomara que um dia volte a me alegrar o coração e que traga sua ninhada a me ver eu quase em nada!
Por minha janela voejam colibris ditos beija-flores. Que belos, silentes, bebem o seu néctar e se vão nos seus arroubos. Que cochicham entre si de minhas dores? Ou dos meus amores? Ou dos beijos roubados das minhas rosas, dos meus ibiscos multicores?
Bem-te-vis, arapongas, fogo-pagôs, saracuras, sem fim, voltem pra mim, coruja de olhos baços!
Charles Fonseca
Na minha janela quase todo dia um bem-te-vi vem me ver. Mas não canta. Olha duas três vezes ao dia e vai embora. Por que será que ele não diz que me viu? Será que não gosta de me ver ou será que já não tem mais como sofrer a dor da separação que a vida nos impôs? E eu o olho com aquele olhar de coruja como só o pai sabe olhar para o filho. Mas ele não é coruja, só vem me ver e desejo que cante bem-te-vi!
Da minha janela fico a sonhar com uma pombinha que pelo que canta imita “fogo-pagô”. Será que apagou a chama do amor primeiro ou dormita ele em sonho morfeu? Será que ela se perdeu sem ele no seu peito? Ou será que muito já pagou pelo que não duvido? Ave de arribação, tomara que um dia volte a me alegrar o coração e que traga sua ninhada a me ver eu quase em nada!
Por minha janela voejam colibris ditos beija-flores. Que belos, silentes, bebem o seu néctar e se vão nos seus arroubos. Que cochicham entre si de minhas dores? Ou dos meus amores? Ou dos beijos roubados das minhas rosas, dos meus ibiscos multicores?
Bem-te-vis, arapongas, fogo-pagôs, saracuras, sem fim, voltem pra mim, coruja de olhos baços!
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Europamando
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O semeador
O SEMEADOR
Charles Fonseca
Tenho que ser democrático, compassivo e estratégico. Se só leio 5% do que postam no Facebook, como querer que 95% dos que não leem o que posto o façam? O meu universo amostral na rede social é de 350 assim chamados 'amigos'. E quem quiser me adicionar como amigo aceito imediatamente. O semeador saiu a semear. Há muitos tipos de terreno: arenoso, pedregoso, raso e fértil. Além disso é preciso bons ventos, boa chuva, temperaturas adequadas, clima favorável, estação do tempo em que cada qual tem o seu.
Charles Fonseca
Tenho que ser democrático, compassivo e estratégico. Se só leio 5% do que postam no Facebook, como querer que 95% dos que não leem o que posto o façam? O meu universo amostral na rede social é de 350 assim chamados 'amigos'. E quem quiser me adicionar como amigo aceito imediatamente. O semeador saiu a semear. Há muitos tipos de terreno: arenoso, pedregoso, raso e fértil. Além disso é preciso bons ventos, boa chuva, temperaturas adequadas, clima favorável, estação do tempo em que cada qual tem o seu.
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50 minutos com os Demônios da Garoa e Diogo Nogueira
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Jesus partilha livremente o amor redentor do Pai.
JESUS PARTILHA LIVREMENTE O AMOR REDENTOR DO PAI
609. Ao partilhar, no seu coração humano, o amor do Pai para com os homens, Jesus «amou-os até ao fim» (Jo 13, 1), «pois não há maior amor do que dar a vida por aqueles que se ama» (Jo 15, 13). Assim, no sofrimento e na morte, a sua humanidade tornou-se instrumento livre e perfeito do seu amor divino, que quer a salvação dos homens (470). Com efeito, Ele aceitou livremente a sua paixão e morte por amor do Pai e dos homens a quem o Pai quer salvar: «Ninguém Me tira a vida. Sou Eu que a dou espontaneamente» (Jo 10, 18). Daí, a liberdade soberana do Filho de Deus, quando Ele próprio vai ao encontro da morte (471).
Catecismo
609. Ao partilhar, no seu coração humano, o amor do Pai para com os homens, Jesus «amou-os até ao fim» (Jo 13, 1), «pois não há maior amor do que dar a vida por aqueles que se ama» (Jo 15, 13). Assim, no sofrimento e na morte, a sua humanidade tornou-se instrumento livre e perfeito do seu amor divino, que quer a salvação dos homens (470). Com efeito, Ele aceitou livremente a sua paixão e morte por amor do Pai e dos homens a quem o Pai quer salvar: «Ninguém Me tira a vida. Sou Eu que a dou espontaneamente» (Jo 10, 18). Daí, a liberdade soberana do Filho de Deus, quando Ele próprio vai ao encontro da morte (471).
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A saudade é dor pungente
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Amigos
AMIGOS
Charles Fonseca
Amigos independem de qualquer coisa, tempo, lugar, circunstância ou estação do ano. Sempre procuram saber como estamos, como vai nossa família. Não demoram mais que duas semanas sem telefonar dando suas notícias e querendo saber das nossas. Conosco se alegram, conosco choram. Conosco se hospedam e sempre fazem empenho que com eles nos hospedemos. Nestes tempos modernos também nos procuram, se estivemos distantes se aproximam, teclam conosco, interagem com frequência.
Os que assim não agem são meros conhecidos, eventuais interessados. Só nos procuram quando está próximo de suas férias ou querem passar um final de semana prolongado em nossa casa. São aves de arribação, batem asas e só voltam a nos procurar na próxima estação.
Charles Fonseca
Amigos independem de qualquer coisa, tempo, lugar, circunstância ou estação do ano. Sempre procuram saber como estamos, como vai nossa família. Não demoram mais que duas semanas sem telefonar dando suas notícias e querendo saber das nossas. Conosco se alegram, conosco choram. Conosco se hospedam e sempre fazem empenho que com eles nos hospedemos. Nestes tempos modernos também nos procuram, se estivemos distantes se aproximam, teclam conosco, interagem com frequência.
Os que assim não agem são meros conhecidos, eventuais interessados. Só nos procuram quando está próximo de suas férias ou querem passar um final de semana prolongado em nossa casa. São aves de arribação, batem asas e só voltam a nos procurar na próxima estação.
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sábado, fevereiro 23, 2013
A saudade
A SAUDADE
Charles Fonseca
A saudade punge, dói, aperta, corrói, é o passado presente que atrasa o futuro. Quando chega imobiliza, esteriliza, embalsama, quando faz morada desaloja. Como se libertar dessa dor gostosa, desse querer bem sem futuro, desse aqui sem sucesso, desse fogo de monturo?
Charles Fonseca
A saudade punge, dói, aperta, corrói, é o passado presente que atrasa o futuro. Quando chega imobiliza, esteriliza, embalsama, quando faz morada desaloja. Como se libertar dessa dor gostosa, desse querer bem sem futuro, desse aqui sem sucesso, desse fogo de monturo?
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No far-centro-oeste todo mundo canta
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Aqui moramos felizes.
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O Cordeiro que tira o pecado do mundo
«O CORDEIRO QUE TIRA O PECADO DO MUNDO»
608. Depois de ter aceitado dar-Lhe o batismo como aos pecadores (464), João Batista viu e mostrou em Jesus o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (465). Manifestou deste modo que Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca (466), carregando os pecados das multidões (467), e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa (468), Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão» (469)
Catecismo
608. Depois de ter aceitado dar-Lhe o batismo como aos pecadores (464), João Batista viu e mostrou em Jesus o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (465). Manifestou deste modo que Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca (466), carregando os pecados das multidões (467), e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa (468), Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão» (469)
Catecismo
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Capela. Lagoa da Conceição. Florianópolis.
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Prisioneiro
PRISIONEIRO
Charles Fonseca
São belas qual dois pintinhos
Tão fofos a beira d’águas
Tuas coxas sob anáguas
Tão fofas, ai que cheirinho,
Em sargaço mar rescende
Ascende em mim pari passu
Um desejo bem devasso,
Cambaleio, o pinto prende!
Charles Fonseca
São belas qual dois pintinhos
Tão fofos a beira d’águas
Tuas coxas sob anáguas
Tão fofas, ai que cheirinho,
Em sargaço mar rescende
Ascende em mim pari passu
Um desejo bem devasso,
Cambaleio, o pinto prende!
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Acesso Secreto - O Vaticano
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Fundo
FUNDO
Charles Fonseca
Morenas deixas pegadas
Nas areias minha praia
Rebolas por sob saias
Tuas coxas eu pegá-las
Prender-me por entre elas
Premir-me em ti profundo
Ter o céu ir nele fundo
Lago de amar, que dera!
Charles Fonseca
Morenas deixas pegadas
Nas areias minha praia
Rebolas por sob saias
Tuas coxas eu pegá-las
Prender-me por entre elas
Premir-me em ti profundo
Ter o céu ir nele fundo
Lago de amar, que dera!
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Jogadores de Cartas (versão 5) 1894-1895 Paulo Cezanne.jpg
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O saber não sabido
O SABER NÃO SABIDO
Charles Fonseca
Sabe aquilo que fica parado no ar,
o grito que teme assustar o ouvinte,
aquele que só ouviu uma versão,
a dor, o amargo fel, o travo, o cravo
o só espinho, a flor despetalada,
o pássaro só galho em galho sem ninho?
Coração que não aninha,
o galho que não é pouso,
o regato solitário,
a aragem sem perfume?
O céu pra sempre nublado,
o sol por entre as nuvens,
estrelas que nunca fulgem,
que fogem pelo espaço?
Assim é o meu coração
sem teu sorriso aberto
com o teu cenho fechado
o coração amargurado
eu pra ti pra sempre terno.
Charles Fonseca
Sabe aquilo que fica parado no ar,
o grito que teme assustar o ouvinte,
aquele que só ouviu uma versão,
a dor, o amargo fel, o travo, o cravo
o só espinho, a flor despetalada,
o pássaro só galho em galho sem ninho?
Coração que não aninha,
o galho que não é pouso,
o regato solitário,
a aragem sem perfume?
O céu pra sempre nublado,
o sol por entre as nuvens,
estrelas que nunca fulgem,
que fogem pelo espaço?
Assim é o meu coração
sem teu sorriso aberto
com o teu cenho fechado
o coração amargurado
eu pra ti pra sempre terno.
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23 minutos com Richard Wagner - Siegfried Idyll
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Quer criar colibris, beija flores, soltos em sua janela do apartamento, no jardim de sua casa, no seu quintal? Estou tendo sucesso. Abaixo, o link:
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Florir ao ar, floripa mar, florir pro céu, floripa em véu. Sempre floripa na mente. Nunca floripa jamais.
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Na ilha da fantasia
NA ILHA DA FANTASIA
Charles Fonseca
Na ilha da fantasia
Com capa e sobretudo
Ela o chama, fez-se surdo,
Não ouvir ele queria
O canto da mãe da água
Envolver-se nas madeixas,
Beija-la gemendo queixas,
Ouvir da sereia as mágoas.
Oh! Tão bela corpo acima
Não lhe dá o corpo abaixo,
De lado o queria, acho,
O pescador, dela a sina
É amar só sob a lua
Ir e vir na maré boa
O chamando que, à toa,
Dela foge, embora nua.
Charles Fonseca
Na ilha da fantasia
Com capa e sobretudo
Ela o chama, fez-se surdo,
Não ouvir ele queria
O canto da mãe da água
Envolver-se nas madeixas,
Beija-la gemendo queixas,
Ouvir da sereia as mágoas.
Oh! Tão bela corpo acima
Não lhe dá o corpo abaixo,
De lado o queria, acho,
O pescador, dela a sina
É amar só sob a lua
Ir e vir na maré boa
O chamando que, à toa,
Dela foge, embora nua.
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Girolarmo Campagna, 1591-93 - High Altar S. Giorgio Maggiore, Venice
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sexta-feira, fevereiro 22, 2013
Carta a Diogneto. Séc. I.
CARTA A DIOGNETO
SÉCULO I
“Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulações de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar, quanto à roupa, alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal.
Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, e cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas com suas vidas ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, e aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.”
SÉCULO I
“Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e especulações de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar, quanto à roupa, alimento e ao resto, testemunham um modo de vida social admirável e, sem dúvida, paradoxal.
Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é pátria deles, e cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põem a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas com suas vidas ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, e aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.”
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Manoel de Barros
Para entrar em estado de árvore é preciso
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.
partir de um torpor animal de lagarto às
3 horas da tarde, no mês de agosto.
Em 2 anos a inércia e o mato vão crescer
em nossa boca.
Sofreremos alguma decomposição lírica até
o mato sair na voz.
Hoje eu desenho o cheiro das árvores.
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Lagoa da Conceição. Florianópolis.
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Freud, meu cão pastor alemão.
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Praia Florianopolis. Charles Fonseca. Cinema
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O sêmen a dor saiu a semear
O SÊMEN A DOR SAIU A SEMEAR
Charles Fonseca
Leu e releu muitas vezes e de vez em quando ainda volta a ler e assim será outras tantas até cansar. Exaurir o pasmo, a dor do amar em vão e lá se irão os anos correndo loucamente pra ele e pra ela cujo nome é ilusão. Um sonho desmontado dia a dia, passo a passo, pedra aqui cascalho acolá. Plantado em solo raso, floriu. Chegou mais uma terra boa e reflorou, antes de dar fruto veio o joio e empesteou a seara. Ventos do deserto trouxeram as sementes dos carrapichos que a tudo sufocaram. O bom senso recomenda virar a página, cuidar do que outros plantaram, uma colheu, outro não. Nunca desistir, sempre arar, sempre há ar.
Charles Fonseca
Leu e releu muitas vezes e de vez em quando ainda volta a ler e assim será outras tantas até cansar. Exaurir o pasmo, a dor do amar em vão e lá se irão os anos correndo loucamente pra ele e pra ela cujo nome é ilusão. Um sonho desmontado dia a dia, passo a passo, pedra aqui cascalho acolá. Plantado em solo raso, floriu. Chegou mais uma terra boa e reflorou, antes de dar fruto veio o joio e empesteou a seara. Ventos do deserto trouxeram as sementes dos carrapichos que a tudo sufocaram. O bom senso recomenda virar a página, cuidar do que outros plantaram, uma colheu, outro não. Nunca desistir, sempre arar, sempre há ar.
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Dali: L'Enigme du Désir (1929) - Staatsgalerie Moderner Kunst, Munchen
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Carnaval
CARNAVAL
Charles Fonseca
Quanto mais mudo mais nego
Quanto mais cego mais vejo
Quanto mais longe estreito
Meu corpo ao teu me entrego
À fantasia, arlequim,
À colombina, confete,
Que nestes versos inscreve
Dois num carnaval sem fim.
Charles Fonseca
Quanto mais mudo mais nego
Quanto mais cego mais vejo
Quanto mais longe estreito
Meu corpo ao teu me entrego
À fantasia, arlequim,
À colombina, confete,
Que nestes versos inscreve
Dois num carnaval sem fim.
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Sebastião Salgado
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Colibris
COLIBRIS
Charles Fonseca
Agora crio colibris. Como gostaria de tê-los criado tão soltos quanto agora estou, mais leve, mais sereno, mais doce como o néctar que meus passarinhos têm! Hoje até um deles entrou em casa, fez uma inspeção geral e foi embora. Como desejo que meus colibris cheguem em minha casa e se sintam como sendo naquela que sempre sonharam e que também haverão de sonhar para seus filhotes que terão sonhos outros pelo ar!
Cerquei a casa de palmeiras em suas dobras. São contrafortes da frágil esperança do verde que farfalha à viração nas esquinas do vir a ser. Plantei vários ibiscos multicores e em série. Uma cerca viva acima da terra que só assim será quando subirem aos céus. A cada passada, um passado refloresce: as brancas do puro amar, rosas do bem querer, vermelhas do vem me ver, as amarelas do vindouro a dar, a folhagem verde esperança de não me ir antes que as sombras azulem as penas que só quero as do meu colibri que trouxe em revoada outros verde esperança.
Charles Fonseca
Agora crio colibris. Como gostaria de tê-los criado tão soltos quanto agora estou, mais leve, mais sereno, mais doce como o néctar que meus passarinhos têm! Hoje até um deles entrou em casa, fez uma inspeção geral e foi embora. Como desejo que meus colibris cheguem em minha casa e se sintam como sendo naquela que sempre sonharam e que também haverão de sonhar para seus filhotes que terão sonhos outros pelo ar!
Cerquei a casa de palmeiras em suas dobras. São contrafortes da frágil esperança do verde que farfalha à viração nas esquinas do vir a ser. Plantei vários ibiscos multicores e em série. Uma cerca viva acima da terra que só assim será quando subirem aos céus. A cada passada, um passado refloresce: as brancas do puro amar, rosas do bem querer, vermelhas do vem me ver, as amarelas do vindouro a dar, a folhagem verde esperança de não me ir antes que as sombras azulem as penas que só quero as do meu colibri que trouxe em revoada outros verde esperança.
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quinta-feira, fevereiro 21, 2013
Naquela casa
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Caetano Veloso - Moça
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quarta-feira, fevereiro 20, 2013
Concílio Vaticano II O aggiornamento da Igreja – uma complicada questão hermenêutica
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Cristo ofereceu-Se a Si mesmo ao Pai pelos nossos pecados
III. Cristo ofereceu-Se a Si mesmo ao Pai pelos nossos pecados
TODA A VIDA DE CRISTO É OBLAÇÃO AO PAI
606. O Filho de Deus, «descido do céu, não para fazer a sua vontade mas a do seu Pai, que O enviou» (462), «diz, ao entrar no mundo: [...] Eis-me aqui, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade. [...] E em virtude dessa mesma vontade, é que nós fomos santificados, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre» (Heb 10, 5-10). Desde o primeiro instante da sua Encarnação, o Filho faz seu o plano divino de salvação, no desempenho da sua missão redentora: «O meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou e realizar a sua obra» (Jo 4, 34). O sacrifício de Jesus «pelos pecados do mundo inteiro» (1 Jo 2, 2) é a expressão da sua comunhão amorosa com o Pai: «O Pai ama-Me, porque Eu dou a minha vida» (Jo 10, 17). «O mundo tem de saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou» (Jo 14, 31).
607. Este desejo de fazer seu o plano do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus (463). A sua paixão redentora é a razão de ser da Encarnação: «Pai, salva-Me desta hora! Mas por causa disto, é que Eu cheguei a esta hora» (Jo 12, 27). «O cálice que o Pai Me deu, não havia de bebê-lo?» (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de «tudo estar consumado» (Jo 19, 30), diz: «Tenho sede» (Jo 19, 28).
Catecismo
TODA A VIDA DE CRISTO É OBLAÇÃO AO PAI
606. O Filho de Deus, «descido do céu, não para fazer a sua vontade mas a do seu Pai, que O enviou» (462), «diz, ao entrar no mundo: [...] Eis-me aqui, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade. [...] E em virtude dessa mesma vontade, é que nós fomos santificados, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre» (Heb 10, 5-10). Desde o primeiro instante da sua Encarnação, o Filho faz seu o plano divino de salvação, no desempenho da sua missão redentora: «O meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou e realizar a sua obra» (Jo 4, 34). O sacrifício de Jesus «pelos pecados do mundo inteiro» (1 Jo 2, 2) é a expressão da sua comunhão amorosa com o Pai: «O Pai ama-Me, porque Eu dou a minha vida» (Jo 10, 17). «O mundo tem de saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou» (Jo 14, 31).
607. Este desejo de fazer seu o plano do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus (463). A sua paixão redentora é a razão de ser da Encarnação: «Pai, salva-Me desta hora! Mas por causa disto, é que Eu cheguei a esta hora» (Jo 12, 27). «O cálice que o Pai Me deu, não havia de bebê-lo?» (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de «tudo estar consumado» (Jo 19, 30), diz: «Tenho sede» (Jo 19, 28).
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Giovanni Bon, 1438-42 - Porta della Carta Palazzo Ducale, Venice
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terça-feira, fevereiro 19, 2013
Assim
ASSIM
Charles Fonseca
Olho para trás e penso: como fui capaz de tão pouco e de tanto? Que futuro ainda haverá antes do aqui jaz? Algumas vezes já tive a ideia ante o real de que coloquem "aqui jaz aquele que viria a ser". E seria, com certeza, não fosse a foice derradeira. E mesmo que pás me cubram, mesmo que nas águas afunde, mesmo que em fumos eu suba, ainda assim ficará em ato o meu exemplo, o bom e o mau, o virtuoso e o néscio, o amor de mais e o insensível, a lembrança amiga e o esquecimento que não chega. Assim foi, assim é, assim será.
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Charles Fonseca
Olho para trás e penso: como fui capaz de tão pouco e de tanto? Que futuro ainda haverá antes do aqui jaz? Algumas vezes já tive a ideia ante o real de que coloquem "aqui jaz aquele que viria a ser". E seria, com certeza, não fosse a foice derradeira. E mesmo que pás me cubram, mesmo que nas águas afunde, mesmo que em fumos eu suba, ainda assim ficará em ato o meu exemplo, o bom e o mau, o virtuoso e o néscio, o amor de mais e o insensível, a lembrança amiga e o esquecimento que não chega. Assim foi, assim é, assim será.
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Multirracial
MULTIRRACIAL
Charles Fonseca
Morena, quero beijo de língua
Abraço quero bem apertado
Um vai e vem muito molhado
Que me lambuze até a íngua
Não diga assim não quero
Todo mundo quer até quem nega
Negra branca mulata amarela
Todas gostam e eu não renego.
Charles Fonseca
Morena, quero beijo de língua
Abraço quero bem apertado
Um vai e vem muito molhado
Que me lambuze até a íngua
Não diga assim não quero
Todo mundo quer até quem nega
Negra branca mulata amarela
Todas gostam e eu não renego.
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E voltando ao nosso far-centro-oeste...
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Agarrado
AGARRADO
Charles Fonseca
O meu céu tem mais palmeiras
Onda cantam sabiás
Sabem muito das de cá
Dos de lá como sabê-las
Se não cantam no pomar
Nos jardins nem no sertão
Rolinhas arribação
Em que grasna o carcará
Meu jardim tem muitas flores
Pitangas e abacateiros
Jasmins carambolas vê-los
Quanto é bom para mil dores
Muito mais para os sabores
Do amar do bem querer
Quem quiser é só me ver
Agarrado a mil amores.
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O amar até o fim pra quem está a fim.
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...O amar até o fim pra quem está a fim.,
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Luz del Fuego
LUZ DEL FUEGO
Charles Fonseca
Tenho uma pessoa próxima que ficou constrangida com alguma coisa que postei no Facebook. Para quem tem mais de 60, Luiz Del Fuego, belíssima mulher que vivia sozinha, despida, com uma jiboia enorme a tira colo. Quem a via tinha logo vontade de entre outras coisas tirar o ingênuo ofídio a se enroscar nele em seu esplendor. De minha parte, ainda criança, desenvolvia pensamentos fálicos, falo bem, com intenções bem ofídicas em direção àquele corpo com gruta sombreada no seu em torno. Morava numa ilha cercada de tubarões, os do mar e os que desembarcavam para delícias da carne. Que teria tanto transtornado essa amiga? Chegou a sugerir que mandasse para seu e-mail onde só ela veria mas no Facebbok oh, não! Que diriam seus amigos e as ovelhas fiéis do seu amigo um rebanho a ser pastoreado por um pio pastor?
Charles Fonseca
Tenho uma pessoa próxima que ficou constrangida com alguma coisa que postei no Facebook. Para quem tem mais de 60, Luiz Del Fuego, belíssima mulher que vivia sozinha, despida, com uma jiboia enorme a tira colo. Quem a via tinha logo vontade de entre outras coisas tirar o ingênuo ofídio a se enroscar nele em seu esplendor. De minha parte, ainda criança, desenvolvia pensamentos fálicos, falo bem, com intenções bem ofídicas em direção àquele corpo com gruta sombreada no seu em torno. Morava numa ilha cercada de tubarões, os do mar e os que desembarcavam para delícias da carne. Que teria tanto transtornado essa amiga? Chegou a sugerir que mandasse para seu e-mail onde só ela veria mas no Facebbok oh, não! Que diriam seus amigos e as ovelhas fiéis do seu amigo um rebanho a ser pastoreado por um pio pastor?
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Meu jardim externo
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Mistérios
MISTÉRIOS
Charles Fonseca
Tempos, brumas, fantasmas, musas,
Nessa ordem as apresento
São tantas que já não penso
Noutras mais almas confusas
Tempos que aos poucos beiram bordas
Outros que vêm do fundo das eras
Também aqueles sumidos nas trevas
Outros chegando uns indo embora
Brumas turvas do eu profundo
Outras claras chega o amanhã
As há de agora que são vãs
Névoas mentiras do meu mundo
Fantasmas que me arreliam
Nos outros dão ar de enfado
Em mim saltitam calados
Não morrem só me desafiam
Musas que no tempo se foram
Outras que a mim se apresentam
Fantasmas são que a mim tentam
Chegam, reluzem, não douram.
Charles Fonseca
Tempos, brumas, fantasmas, musas,
Nessa ordem as apresento
São tantas que já não penso
Noutras mais almas confusas
Tempos que aos poucos beiram bordas
Outros que vêm do fundo das eras
Também aqueles sumidos nas trevas
Outros chegando uns indo embora
Brumas turvas do eu profundo
Outras claras chega o amanhã
As há de agora que são vãs
Névoas mentiras do meu mundo
Fantasmas que me arreliam
Nos outros dão ar de enfado
Em mim saltitam calados
Não morrem só me desafiam
Musas que no tempo se foram
Outras que a mim se apresentam
Fantasmas são que a mim tentam
Chegam, reluzem, não douram.
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segunda-feira, fevereiro 18, 2013
Tem algo semelhante por ai?
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Caxambu Les Eaux. Vinicius de Moraes.
Caxambu Les Eaux
Vinicius de Moraes
Depois de uma temporada como a que tive no Zum-Zum, nada melhor que esta moleza, este vago tédio em que me encontro, específicos de uma estação de águas. Cheguei, além do mais, asilando uma gripe que se não é a "russa", anda por perto. Estou derreado. Servem-me as águas a domicílio, numa garrafa vestida de uma linda fantasia de palhinha, um negócio para o baile do Municipal: eu, astênico, vagotônico, no fundo feliz de me sentir de novo disponível. Cai-me bem, de quando em quando, uma doença. É, não só, de certo modo, um treino para a morte, como um grande pretexto para a meditação. O tempo, que se faz tão rápido nesta minha quadra da existência, como que se relaxa. Fica tudo mais sensível, mais acústico. Esse binômio "gripe e estação de águas" é muita felicidade junta. Sinto que me recuperarei de modo total, e com muita sabedoria.
E uma certa tristeza.
*
Tenho figos no quarto. Se acordo de madrugada e sinto fome, como um figo. Ou chupo, em solo mineiro, uvas paulistas, tal um herói de Kazantzakis. E antes de voltar à cama, e aos braços de mme. de Rênal, com quem na pele de Julien Sorel, traio a minha bem-amada, ainda respiro à janela o ar das Alterosas. Em que país, fosse mesmo escandinavo, poderia eu ver três senhorazinhas encantadas passarem pela rua, às duas da manhã, tremulando valsas em bandolins afinadíssimos? Em que ficção, fosse mesmo japonesa, poderia eu ler uma cena destas? Ó prosadores destas Minas que sois amigos meus: por que me ocultastes isto tanto tempo?
*
Hoje fui ao parque: melhor dizer Parque, assim com maiúscula. Passeei minha convalescença por entre outras senhorazinhas encantadas, mas desta vez encantadas de serem aquáticas, de estarem trafegando assim por entre a flora bem-comportada do jardim, parando para beber as águas e fazer uma fofoca rápida; senhorazinhas, algumas, ainda esperançosas, justiça lhes seja feita, a julgar pelas calças compridas que portam, mais justas que as da Mariazinha do Posto 5.
Bravo, senhoras minhas! Nada de entregar os pontos. Bebei na Fonte Duque de Saxe, lavai o rosto na da Beleza e os olhos com o colírio alcalino da Viotti. Em seguida, fazei massagens de duchas, e se necessário for, metei um Pitanguy. E em desespero de causa ide para o Jardim Botânico em dia de chegada de navio holandês. Há sempre um viúvo rico dos Países-Baixos correndo o mundo, disposto a negociar os dólares da própria solidão. Ora, o Jardim Botânico, para um flamengo, é atração turística obrigatória. Sentai-vos num banco com o vosso tricô e ao vê-lo que se aproxima, gordinho e rubicundo, pedi-lhe fogo. Se ele não fumar, isso já é assunto bastante para um passeio juntos. Não paga dez. À noite recebereis uma cesta de tulipas e um mês depois estareis em Amsterdã, dona de casa entre canais, tomando a vossa genebra bem gelada e nem lembrando mais deste país subletrado e subdesenvolvido. Eu tive uma prima idosa que casou assim: e ela era mais feia que a necessidade. Casou-se com um suíço. A linha é mais ou menos essa...
Ontem minha mulher foi assistir, no circo local, a uma pantomima sobre Caryl Chessmann, o famoso Bandido da Luz Vermelha, de Los Angeles, cuja execução na câmara de gás, há uns quatro anos, deixou o mundo em suspenso. Contou-me ela que, num determinado momento, a mulher do bandido vai visitá-lo na prisão e ao vê-lo pergunta-lhe, asssim mesmo à gaúcha:
- Então, como vais?
Ao que Chessmann responde:
- Encarcerado, como vês...
*
Como existe esperança no mundo... Que beleza! É de ver o movimento que vai por estas fontes, mesmo agora, já um pouco fora de estação. Uma trançação constante, cada um com o seu copinho de plástico onde há escrito: "Lembrança de Caxambu."
E as águas balsâmicas desengurgitam figados cirróticos, acordam vesículas preguiçosas, dissolvem litíases antigas. É a saúde! Uma esticada de mais dez anos, mais cinco, mais seis meses, mais um mês, mais 15 dias... - poxa! - mais uma semaninha só, tá?
A Velha da Prestação não tem outro jeito:
- Tá.
*
Mas ao vê-la sentada lá no alto do outeiro, com o maxilar apoiado nas falanges, numa atitude de Pensador de Rodin a gente sente que a Morte está chateada da vida. Assim não é vantagem, com essas águas... E ela fica, pensando que não há nada como se ter dinheiro.
O que ainda lhe vale é que para a paisanada local, pobre e mal nutrida, a carência de iodo nas águas da região é bócio certo. De qualquer modo, para ela não deixa de ser uma esperança...
Vinicius de Moraes
Depois de uma temporada como a que tive no Zum-Zum, nada melhor que esta moleza, este vago tédio em que me encontro, específicos de uma estação de águas. Cheguei, além do mais, asilando uma gripe que se não é a "russa", anda por perto. Estou derreado. Servem-me as águas a domicílio, numa garrafa vestida de uma linda fantasia de palhinha, um negócio para o baile do Municipal: eu, astênico, vagotônico, no fundo feliz de me sentir de novo disponível. Cai-me bem, de quando em quando, uma doença. É, não só, de certo modo, um treino para a morte, como um grande pretexto para a meditação. O tempo, que se faz tão rápido nesta minha quadra da existência, como que se relaxa. Fica tudo mais sensível, mais acústico. Esse binômio "gripe e estação de águas" é muita felicidade junta. Sinto que me recuperarei de modo total, e com muita sabedoria.
E uma certa tristeza.
*
Tenho figos no quarto. Se acordo de madrugada e sinto fome, como um figo. Ou chupo, em solo mineiro, uvas paulistas, tal um herói de Kazantzakis. E antes de voltar à cama, e aos braços de mme. de Rênal, com quem na pele de Julien Sorel, traio a minha bem-amada, ainda respiro à janela o ar das Alterosas. Em que país, fosse mesmo escandinavo, poderia eu ver três senhorazinhas encantadas passarem pela rua, às duas da manhã, tremulando valsas em bandolins afinadíssimos? Em que ficção, fosse mesmo japonesa, poderia eu ler uma cena destas? Ó prosadores destas Minas que sois amigos meus: por que me ocultastes isto tanto tempo?
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Hoje fui ao parque: melhor dizer Parque, assim com maiúscula. Passeei minha convalescença por entre outras senhorazinhas encantadas, mas desta vez encantadas de serem aquáticas, de estarem trafegando assim por entre a flora bem-comportada do jardim, parando para beber as águas e fazer uma fofoca rápida; senhorazinhas, algumas, ainda esperançosas, justiça lhes seja feita, a julgar pelas calças compridas que portam, mais justas que as da Mariazinha do Posto 5.
Bravo, senhoras minhas! Nada de entregar os pontos. Bebei na Fonte Duque de Saxe, lavai o rosto na da Beleza e os olhos com o colírio alcalino da Viotti. Em seguida, fazei massagens de duchas, e se necessário for, metei um Pitanguy. E em desespero de causa ide para o Jardim Botânico em dia de chegada de navio holandês. Há sempre um viúvo rico dos Países-Baixos correndo o mundo, disposto a negociar os dólares da própria solidão. Ora, o Jardim Botânico, para um flamengo, é atração turística obrigatória. Sentai-vos num banco com o vosso tricô e ao vê-lo que se aproxima, gordinho e rubicundo, pedi-lhe fogo. Se ele não fumar, isso já é assunto bastante para um passeio juntos. Não paga dez. À noite recebereis uma cesta de tulipas e um mês depois estareis em Amsterdã, dona de casa entre canais, tomando a vossa genebra bem gelada e nem lembrando mais deste país subletrado e subdesenvolvido. Eu tive uma prima idosa que casou assim: e ela era mais feia que a necessidade. Casou-se com um suíço. A linha é mais ou menos essa...
Ontem minha mulher foi assistir, no circo local, a uma pantomima sobre Caryl Chessmann, o famoso Bandido da Luz Vermelha, de Los Angeles, cuja execução na câmara de gás, há uns quatro anos, deixou o mundo em suspenso. Contou-me ela que, num determinado momento, a mulher do bandido vai visitá-lo na prisão e ao vê-lo pergunta-lhe, asssim mesmo à gaúcha:
- Então, como vais?
Ao que Chessmann responde:
- Encarcerado, como vês...
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Como existe esperança no mundo... Que beleza! É de ver o movimento que vai por estas fontes, mesmo agora, já um pouco fora de estação. Uma trançação constante, cada um com o seu copinho de plástico onde há escrito: "Lembrança de Caxambu."
E as águas balsâmicas desengurgitam figados cirróticos, acordam vesículas preguiçosas, dissolvem litíases antigas. É a saúde! Uma esticada de mais dez anos, mais cinco, mais seis meses, mais um mês, mais 15 dias... - poxa! - mais uma semaninha só, tá?
A Velha da Prestação não tem outro jeito:
- Tá.
*
Mas ao vê-la sentada lá no alto do outeiro, com o maxilar apoiado nas falanges, numa atitude de Pensador de Rodin a gente sente que a Morte está chateada da vida. Assim não é vantagem, com essas águas... E ela fica, pensando que não há nada como se ter dinheiro.
O que ainda lhe vale é que para a paisanada local, pobre e mal nutrida, a carência de iodo nas águas da região é bócio certo. De qualquer modo, para ela não deixa de ser uma esperança...
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Deus toma a iniciativa do amor redentor universal
DEUS TOMA A INICIATIVA DO AMOR REDENTOR UNIVERSAL
604. Entregando o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, foi Deus que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10) (458). «Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores» (Rm 5, 8).
605. Este amor é sem exclusão. Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14). E afirma «dar a Sua vida em resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Esta última expressão não é restritiva: simplesmente contrapõe o conjunto da humanidade à pessoa única do redentor, que Se entrega para a salvar (459). No seguimento dos Apóstolos (460), a Igreja ensina que Cristo morreu por todos os homens, sem excepção: «Não há, não houve, nem haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido» (461).
Catecismo
604. Entregando o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amámos a Deus, foi Deus que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10) (458). «Deus prova assim o seu amor para connosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores» (Rm 5, 8).
605. Este amor é sem exclusão. Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14). E afirma «dar a Sua vida em resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Esta última expressão não é restritiva: simplesmente contrapõe o conjunto da humanidade à pessoa única do redentor, que Se entrega para a salvar (459). No seguimento dos Apóstolos (460), a Igreja ensina que Cristo morreu por todos os homens, sem excepção: «Não há, não houve, nem haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido» (461).
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Orlando Silva Aos pés da cruz
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Vida. Prosa poética. Charles Fonseca
VIDA
Charles Fonseca
Que triste perder em vida o que nem a morte desfaz. O que foi, o que é, o que jamais volta atrás. O que sendo, aparenta não ser. Morrendo, nunca foi. Impedido, alagou as margens férteis, tornou deserto o que era tão carente mas que ainda é e que nunca será saciado. Aí está o drama da vida onde o amor foi semeado. Se germinou, ficou entanguido. Se cresceu, foi contido. Florindo, despetalado. Se deu frutos, foram arrancados. Mas na árvore do bem querer a sombra alivia a dor, a aragem lhe vem amiga, a primavera reflora, o verão aquece a alma, no outono novos frutos ao léu. E quando for inverno ainda há o céu para o ser terno.
Charles Fonseca
Que triste perder em vida o que nem a morte desfaz. O que foi, o que é, o que jamais volta atrás. O que sendo, aparenta não ser. Morrendo, nunca foi. Impedido, alagou as margens férteis, tornou deserto o que era tão carente mas que ainda é e que nunca será saciado. Aí está o drama da vida onde o amor foi semeado. Se germinou, ficou entanguido. Se cresceu, foi contido. Florindo, despetalado. Se deu frutos, foram arrancados. Mas na árvore do bem querer a sombra alivia a dor, a aragem lhe vem amiga, a primavera reflora, o verão aquece a alma, no outono novos frutos ao léu. E quando for inverno ainda há o céu para o ser terno.
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domingo, fevereiro 17, 2013
Público do blog
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Casa da fazenda
CASA DA FAZENDA
Charles Fonseca
Uma casa na fazenda
Dorme a noite há paz na terra
Pirilampos pé da serra
Beira rio alfazema
Sobre a cama mulher sobe
Seus perfumes inebriam
Mortiças estrelas brilham
Seios lindos lençol cobre
Seu corpo, véu sobre a alma,
Adormece e então delira
Fantasia som da lira
Sublime, o poeta acalma.
Charles Fonseca
Uma casa na fazenda
Dorme a noite há paz na terra
Pirilampos pé da serra
Beira rio alfazema
Sobre a cama mulher sobe
Seus perfumes inebriam
Mortiças estrelas brilham
Seios lindos lençol cobre
Seu corpo, véu sobre a alma,
Adormece e então delira
Fantasia som da lira
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Bambaia - Madonna and Child with Angels Pinacoteca, Vatican
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Escultura
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Floradas
FLORADAS
Charles Fonseca
Que flores rosas tão belas
Contidas nesse azulejo
Vaso cheio de desejo
De perfume às lamelas
Às fímbrias delicadas
Às bordas de tua alma
Que a luz do luar acalma
Luz do sol abrem, floradas.
Charles Fonseca
Que flores rosas tão belas
Contidas nesse azulejo
Vaso cheio de desejo
De perfume às lamelas
Às fímbrias delicadas
Às bordas de tua alma
Que a luz do luar acalma
Luz do sol abrem, floradas.
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Os olhos de minha amada. Charles Fonseca.
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GELÉIA BRASILEIRA. Charles Fonseca. Prosa.
GELÉIA BRASILEIRA
Charles Fonseca
Tenho 388, digamos, amigos no Facebook. É a geleia geral brasileira em desfile. Porta estandartes, mestres-sala, atuando ou sendo instrumentos de percussão agogô, afoxé, chimbau, chocalho, ganzá, pratos, reco-reco, triângulo, xequerê, atabaque, bateria, bongô, cuíca, pandeiro, tambor, tamborim, zabumba. A lista é grande. O barulho de monta. De sopro, trombetas a querer derrubar as muralhas de Jericó da incredulidade. Muitos querendo expressar suas emoções através de imagens copiadas sabe lá de onde. Outros querendo convencer incréus e livrá-los do fogo eterno. Alguns a se proclamar da fé atéia. Raro um violino, uma flauta doce, um grave cello. A maioria ocupantes dos céus em missão na terra a tentar convencer as ovelhas para este ou aquele aprisco. Há um bodum em alguns. Em outros a ingenuidade. Muitos os sinceros em sua crença ainda que vicária. E o consumo agradece a freguesia.
Charles Fonseca
Tenho 388, digamos, amigos no Facebook. É a geleia geral brasileira em desfile. Porta estandartes, mestres-sala, atuando ou sendo instrumentos de percussão agogô, afoxé, chimbau, chocalho, ganzá, pratos, reco-reco, triângulo, xequerê, atabaque, bateria, bongô, cuíca, pandeiro, tambor, tamborim, zabumba. A lista é grande. O barulho de monta. De sopro, trombetas a querer derrubar as muralhas de Jericó da incredulidade. Muitos querendo expressar suas emoções através de imagens copiadas sabe lá de onde. Outros querendo convencer incréus e livrá-los do fogo eterno. Alguns a se proclamar da fé atéia. Raro um violino, uma flauta doce, um grave cello. A maioria ocupantes dos céus em missão na terra a tentar convencer as ovelhas para este ou aquele aprisco. Há um bodum em alguns. Em outros a ingenuidade. Muitos os sinceros em sua crença ainda que vicária. E o consumo agradece a freguesia.
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Dali: Apoteosis de Homero, Staatsgalerie Moderner Kunst, Munchen
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Pintura
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Cera aí
CERA AÍ
Charles Fonseca
Eu sou um ser aí
sabendo onde está meu bem,
tu não sabes se estás
justo aqui ou acolá
do lado que não convém
pois que lá não há ninguém
ou contigo tu disfarças
um pouco o que te vergasta?
Charles Fonseca
Eu sou um ser aí
sabendo onde está meu bem,
tu não sabes se estás
justo aqui ou acolá
do lado que não convém
pois que lá não há ninguém
ou contigo tu disfarças
um pouco o que te vergasta?
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Que Papa esperar que não seja um Bento XVII?
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20 minutos com Pixinguinha
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Pouco
POUCO
Charles Fonseca
Ai que tortura o querer sem poder
Comer no teu frasco um doce que mel
Beber o teu leite cremoso em farnel
Sugar no biquinho canudo prazer
Não digo que sugo só um deixe o outro
Carente, coitado, durinho pitéu
Um doce de leite aceito a granel
Ou no atacado, perdão, é tão pouco!
Charles Fonseca
Ai que tortura o querer sem poder
Comer no teu frasco um doce que mel
Beber o teu leite cremoso em farnel
Sugar no biquinho canudo prazer
Não digo que sugo só um deixe o outro
Carente, coitado, durinho pitéu
Um doce de leite aceito a granel
Ou no atacado, perdão, é tão pouco!
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sábado, fevereiro 16, 2013
Como gostaria que no Facebook surgissem escritores a granel! Autores do que pensam, cronistas, prosadores passeando em sua própria seara, na sua própria messe, na sua própria plantação, na sua própria lavra. Uma ou outra postagem compartilhada de outrem, muito bem. Mas em cataratas, em catadupas, em avalanche, não só cansam, muitas vezes abarrotam. Charles Fonseca.
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Comumente nos meus poemas uso heptassílabos mas noto que quando eventualmente uso eneassílabo (9 sílabas) o texto fica mais rico. Uso uma frase que se continua no verso seguinte na suposição que o leitor ache que estou contando uma história sem prejudicar a musicalidade. Charles Fonseca.
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O Que é Aquilo (Dublado PT-BR)
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Também
TAMBÉM
Charles Fonseca
Há um profundo mistério há saudade
Um amar demais parece não e é
Tantos os anos e a mesma mulher
A mim me encanta a sua bondade
A sua ternura o seu querer bem
A todos a mim e eu também nos meus planos
A ela dedico meus término de anos
Na terra, no céu, a espero também.
Charles Fonseca
Há um profundo mistério há saudade
Um amar demais parece não e é
Tantos os anos e a mesma mulher
A mim me encanta a sua bondade
A sua ternura o seu querer bem
A todos a mim e eu também nos meus planos
A ela dedico meus término de anos
Na terra, no céu, a espero também.
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Evandro Teixeira
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CAVALGADA. Charles Fonseca. Poesia.
CAVALGADA
Charles Fonseca
Como é bela a minha amada
Como sofro quando ela briga
Como ela é a melhor amiga
Como gostosa já madrugada
Falo pra ela que imagina
Flore farfalha o meu carvalho
Foice na briga, empina o cavalo,
Fogo folgo ela choraminga
Sorri de prazer toda molhada
Geme de dor é tudo mentira
Gozo sussurro pede não tira
Põe de novo e é cavalgada.
Charles Fonseca
Como é bela a minha amada
Como sofro quando ela briga
Como ela é a melhor amiga
Como gostosa já madrugada
Falo pra ela que imagina
Flore farfalha o meu carvalho
Foice na briga, empina o cavalo,
Fogo folgo ela choraminga
Sorri de prazer toda molhada
Geme de dor é tudo mentira
Gozo sussurro pede não tira
Põe de novo e é cavalgada.
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Os irmãos ptralha.
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Morto pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.
«MORTO PELOS NOSSOS PECADOS, SEGUNDO AS ESCRITURAS»
601. Este plano divino de salvação, pela entrega à morte do «Servo, o Justo» (444), tinha sido de antemão anunciado na Escritura como um mistério de redenção universal, quer dizer, de resgate que liberta os homens da escravidão do pecado (445) São Paulo professa, numa confissão de fé que diz ter «recebido» (446), que «Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3) (447). A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do Servo sofredor (448). O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo sofredor (449). Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús (450) e depois aos próprios Apóstolos (451).
«POR NÓS, DEUS FÊ-LO PECADO»
602. Consequentemente, Pedro pôde formular assim a fé apostólica no plano divino da salvação: «fostes resgatados da vã maneira de viver herdada dos vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito nem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por nossa causa» (1 Pe1, 18-20). Os pecados dos homens, que se seguiram ao pecado original, foram castigados com a morte (452). Enviando o seu próprio Filho na condição de escravo (453), que era a de uma humanidade decaída e votada à morte por causa do pecado (454), «a Cristo, que não conhecera o pecado, Deus fê-lo pecado por amor de nós, para que, em Cristo, nos tornássemos justos aos olhos de Deus» (2 Cor 5, 21).
603. Jesus não conheceu a reprovação como se tivesse pecado pessoalmente (455). Mas, no amor redentor que constantemente O unia ao Pai (456), assumiu-nos no afastamento do nosso pecado em relação a Deus a ponto de, na cruz, poder dizer em nosso nome: «Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?» (Mc 15, 34) (457). Tendo-O feito solidário connosco, pecadores, «Deus não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O para morrer por nós todos» (Rm 8, 32), para que fôssemos «reconciliados com Ele pela morte do seu Filho» (Rm 5, 10)
Catecismo
601. Este plano divino de salvação, pela entrega à morte do «Servo, o Justo» (444), tinha sido de antemão anunciado na Escritura como um mistério de redenção universal, quer dizer, de resgate que liberta os homens da escravidão do pecado (445) São Paulo professa, numa confissão de fé que diz ter «recebido» (446), que «Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3) (447). A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do Servo sofredor (448). O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo sofredor (449). Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús (450) e depois aos próprios Apóstolos (451).
«POR NÓS, DEUS FÊ-LO PECADO»
602. Consequentemente, Pedro pôde formular assim a fé apostólica no plano divino da salvação: «fostes resgatados da vã maneira de viver herdada dos vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito nem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por nossa causa» (1 Pe1, 18-20). Os pecados dos homens, que se seguiram ao pecado original, foram castigados com a morte (452). Enviando o seu próprio Filho na condição de escravo (453), que era a de uma humanidade decaída e votada à morte por causa do pecado (454), «a Cristo, que não conhecera o pecado, Deus fê-lo pecado por amor de nós, para que, em Cristo, nos tornássemos justos aos olhos de Deus» (2 Cor 5, 21).
603. Jesus não conheceu a reprovação como se tivesse pecado pessoalmente (455). Mas, no amor redentor que constantemente O unia ao Pai (456), assumiu-nos no afastamento do nosso pecado em relação a Deus a ponto de, na cruz, poder dizer em nosso nome: «Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?» (Mc 15, 34) (457). Tendo-O feito solidário connosco, pecadores, «Deus não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O para morrer por nós todos» (Rm 8, 32), para que fôssemos «reconciliados com Ele pela morte do seu Filho» (Rm 5, 10)
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Alterações anatômicas e fisiológicas do idoso
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Cruzes
CRUZES
Charles Fonseca
Quarto de século, luzes,
Quarto de sexo, alvores
De novas vidas, amores,
De outras dores, cruzes.
Charles Fonseca
Quarto de século, luzes,
Quarto de sexo, alvores
De novas vidas, amores,
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sexta-feira, fevereiro 15, 2013
Freud visita o jardim.
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Cão,
cão pastor alemão
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Espartilho
ESPARTILHO
Charles Fonseca
Um vestido cobre teu corpo
Toca suave teus belos seios
Fico a distancia com meus receios
Como anseio beijá-los tosco
Faminto lamber-te os mamilos
Sugar delicadamente quero
Premi-los em minhas mãos anelo
Tirar do teu corpo o espartilho!
Charles Fonseca
Um vestido cobre teu corpo
Toca suave teus belos seios
Fico a distancia com meus receios
Como anseio beijá-los tosco
Faminto lamber-te os mamilos
Sugar delicadamente quero
Premi-los em minhas mãos anelo
Tirar do teu corpo o espartilho!
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Sebastião Salgado. Fotografia
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John Lennon - Imagine (official video)
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A morte redentora de Cristo no desígnio divino de salvação
A morte redentora de Cristo no desígnio divino de salvação
«JESUS ENTREGUE, SEGUNDO O DESÍGNIO DETERMINADO DE DEUS»
599. A morte violenta de Jesus não foi fruto do acaso, nem coincidência infeliz de circunstâncias várias. Faz parte do mistério do desígnio de Deus, como Pedro explica aos judeus de Jerusalém, logo no seu primeiro discurso no dia de Pentecostes: «Depois de entregue, segundo o desígnio determinado e a previsão de Deus» (Act 2, 23). Esta linguagem bíblica não significa que os que «entregaram Jesus» (440) foram simples actores passivos dum drama previamente escrito por Deus.
600. A Deus, todos os momentos do tempo estão presentes na sua actualidade. Por isso, Ele estabelece o seu desígnio eterno de «predestinação», incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça: «Na verdade, Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se nesta cidade, com as nações pagãs e os povos de Israel, contra o vosso santo Servo Jesus, a quem ungistes (441). Cumpriram assim tudo o que o vosso poder e os vossos desígnios tinham de antemão decidido que se realizasse» (Act 4, 27-28). Deus permitiu os actos resultantes da sua cegueira (442), como fim de levar a cabo o seu plano de salvação (443).
Catecismo
«JESUS ENTREGUE, SEGUNDO O DESÍGNIO DETERMINADO DE DEUS»
599. A morte violenta de Jesus não foi fruto do acaso, nem coincidência infeliz de circunstâncias várias. Faz parte do mistério do desígnio de Deus, como Pedro explica aos judeus de Jerusalém, logo no seu primeiro discurso no dia de Pentecostes: «Depois de entregue, segundo o desígnio determinado e a previsão de Deus» (Act 2, 23). Esta linguagem bíblica não significa que os que «entregaram Jesus» (440) foram simples actores passivos dum drama previamente escrito por Deus.
600. A Deus, todos os momentos do tempo estão presentes na sua actualidade. Por isso, Ele estabelece o seu desígnio eterno de «predestinação», incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça: «Na verdade, Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se nesta cidade, com as nações pagãs e os povos de Israel, contra o vosso santo Servo Jesus, a quem ungistes (441). Cumpriram assim tudo o que o vosso poder e os vossos desígnios tinham de antemão decidido que se realizasse» (Act 4, 27-28). Deus permitiu os actos resultantes da sua cegueira (442), como fim de levar a cabo o seu plano de salvação (443).
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Rombo ao governo.
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Mulher
MULHER
Charles Fonseca
Mulher, tu sabes que me agrada
O teu rosto tão cheio candura
Olhares sorrisos em fartura
Amassos gosto teu corpo fala
Que me amas mais do que mereço
Embora muitas vezes não digas
O quanto nos livrou de intrigas
Nossa cumplicidade apreço
Apressa o passo a vida esvai-se
Que vá eu antes de ti eu peço
Aos céus de ti não me despeço
Na terra um ao outro o amar faz-se.
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Casal
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Comedouro para aves da minha lavra. Comissão da Coca Cola: 0%
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Mais pura. Mais firme. As portas do inferno não prevalecerão contra ela.
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Saber viver na terceira idade. Marcia Bessa.
SABER VIVER na 3a. IDADE (ou qualquer idade)
Marcia Bessa
A vida gosta de quem se posiciona, de quem aponta caminhos, de quem não cria obstáculos e assim facilita os acontecimentos.É bom ter pessoas ao nosso lado que não precise decifrar mistérios, que seja autentica e verdadeira,que esteja disponível, pra escutar e falar o necessário .
Gosto de pensar no dia que vai iniciar com alegria, sentindo-me viva por dentro e cheia de energia. Sentir prazer nas coisas mais simples, tomar um cafe gostoso de manha, encontrar pessoas, ter tempo de bater um papo, saber que tenho um corpo e uma mente que comando e que sinto orgulho de conviver com a minha realidade.
Estou no tempo da leveza, da falta de pressa, da sabedoria de ter tolerância e paciência com as pessoas. Bendito tempo da inutilidade, como diz padre Fabio de Mello. Difícil assumir a 3a. idade, mas também quando compreendemos e nos orgulhamos deste tempo, aí, ninguém nos segura.
Marcia Bessa
A vida gosta de quem se posiciona, de quem aponta caminhos, de quem não cria obstáculos e assim facilita os acontecimentos.É bom ter pessoas ao nosso lado que não precise decifrar mistérios, que seja autentica e verdadeira,que esteja disponível, pra escutar e falar o necessário .
Gosto de pensar no dia que vai iniciar com alegria, sentindo-me viva por dentro e cheia de energia. Sentir prazer nas coisas mais simples, tomar um cafe gostoso de manha, encontrar pessoas, ter tempo de bater um papo, saber que tenho um corpo e uma mente que comando e que sinto orgulho de conviver com a minha realidade.
Estou no tempo da leveza, da falta de pressa, da sabedoria de ter tolerância e paciência com as pessoas. Bendito tempo da inutilidade, como diz padre Fabio de Mello. Difícil assumir a 3a. idade, mas também quando compreendemos e nos orgulhamos deste tempo, aí, ninguém nos segura.
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quinta-feira, fevereiro 14, 2013
Freud, meu cão pastor alemão, brinca. Fone: 48 8441 2797
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Nosso cão de guarda
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O mar. Feliciano Amaral. Igreja. Cristianismo
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A teologia da prosperidade na China
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O TER, O SER, O A VER. Charles Fonseca
O TER, O SER, O A VER
Charles Fonseca
Ter um netinho engatinhando ainda nos faz amar a mais os filhos. Que ele lhes seja um sonho e uma realidade das tantas realidades e sonhos que sonharam para si próprios e que as voltas da vida não lhes deram oportunidade de usufruir. Muitas delas lhes chegaram sem esperar e lhes dão razão de viver.
Ter filhos é aprender com eles o quanto são importantes em nossa vida mesmo por acaso estejam distantes. É ter o não programado, o não tangível, o impossível acontecendo e amá-los em qualquer circunstância. É ter dignidade conosco próprios e que nisso lhes sejamos referência. É ser apaixonado por eles eternamente e mais além ainda que o racional não nos permita enlouquecer de amor. É tê-los como heranças dadas em vida para que as cuidemos.
Ter pais é gozar do privilégio de conhecê-los na sua força e fraqueza, é aprender com eles em casa no e pelo amor o que não se deve aprender na rua da amargura. É ter saudade quando se forem, o quanto ficamos em dívidas com eles e que isso nos ajude a não esperar dos filhos a perfeição que não tivemos como tal.
Ter avós e com eles conviver é absorver o lado bom que eles deram aos nossos pais e que transbordam para as nossas vidas. É ter saudade também das histórias que nos contavam, das cantigas que nos ninaram muitas delas fantasiosas e que enriqueceram o nosso imaginário.
Ter amigos é saber que são muitos nos nossos sucessos e escasseiam na nossa desgraça. Que é melhor tê-los poucos mas íntimos.
Charles Fonseca
Ter um netinho engatinhando ainda nos faz amar a mais os filhos. Que ele lhes seja um sonho e uma realidade das tantas realidades e sonhos que sonharam para si próprios e que as voltas da vida não lhes deram oportunidade de usufruir. Muitas delas lhes chegaram sem esperar e lhes dão razão de viver.
Ter filhos é aprender com eles o quanto são importantes em nossa vida mesmo por acaso estejam distantes. É ter o não programado, o não tangível, o impossível acontecendo e amá-los em qualquer circunstância. É ter dignidade conosco próprios e que nisso lhes sejamos referência. É ser apaixonado por eles eternamente e mais além ainda que o racional não nos permita enlouquecer de amor. É tê-los como heranças dadas em vida para que as cuidemos.
Ter pais é gozar do privilégio de conhecê-los na sua força e fraqueza, é aprender com eles em casa no e pelo amor o que não se deve aprender na rua da amargura. É ter saudade quando se forem, o quanto ficamos em dívidas com eles e que isso nos ajude a não esperar dos filhos a perfeição que não tivemos como tal.
Ter avós e com eles conviver é absorver o lado bom que eles deram aos nossos pais e que transbordam para as nossas vidas. É ter saudade também das histórias que nos contavam, das cantigas que nos ninaram muitas delas fantasiosas e que enriqueceram o nosso imaginário.
Ter amigos é saber que são muitos nos nossos sucessos e escasseiam na nossa desgraça. Que é melhor tê-los poucos mas íntimos.
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Clarice por Clarice 7
Clarice por Clarice 7
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.
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Pierre Verger
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TODOS OS PECADORES FORAM AUTORES DA PAIXÃO DE CRISTO
TODOS OS PECADORES FORAM AUTORES DA PAIXÃO DE CRISTO
598. A Igreja, no magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca esqueceu que «os pecadores é que foram os autores, e como que os instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou» (436). Partindo do princípio de que os nossos pecados atingem Cristo em pessoa (437), a Igreja não hesita em imputar aos cristãos a mais grave responsabilidade no suplício de Jesus, responsabilidade que eles muitas vezes imputaram unicamente aos judeus:
«Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração, tanto quanto deles depende, o Filho de Deus, pelos seus pecados, expondo-O à ignomínia. E temos de reconhecer: o nosso crime, neste caso, é maior que o dos judeus. Porque eles, como afirma o Apóstolo, «se tivessem conhecido a Sabedoria de Deus, não leriam crucificado o Senhor da glória» (1 Cor 2, 8); ao passo que nós, pelo contrário, fazemos profissão de O conhecer: e, quando O renegamos pelos nossos actos, de certo modo levantamos contra Ele as nossas mãos assassinas» (438).
«Não foram os demónios que O pregaram na cruz, mas tu com eles O crucificaste, e ainda agora O crucificas quando te deleitas nos vícios e pecados» (439).
Catecismo
598. A Igreja, no magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca esqueceu que «os pecadores é que foram os autores, e como que os instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou» (436). Partindo do princípio de que os nossos pecados atingem Cristo em pessoa (437), a Igreja não hesita em imputar aos cristãos a mais grave responsabilidade no suplício de Jesus, responsabilidade que eles muitas vezes imputaram unicamente aos judeus:
«Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração, tanto quanto deles depende, o Filho de Deus, pelos seus pecados, expondo-O à ignomínia. E temos de reconhecer: o nosso crime, neste caso, é maior que o dos judeus. Porque eles, como afirma o Apóstolo, «se tivessem conhecido a Sabedoria de Deus, não leriam crucificado o Senhor da glória» (1 Cor 2, 8); ao passo que nós, pelo contrário, fazemos profissão de O conhecer: e, quando O renegamos pelos nossos actos, de certo modo levantamos contra Ele as nossas mãos assassinas» (438).
«Não foram os demónios que O pregaram na cruz, mas tu com eles O crucificaste, e ainda agora O crucificas quando te deleitas nos vícios e pecados» (439).
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Freud, meu cão pastor alemão brinca.
Freud aceita visitas íntimas. Filho e neto de campeões no Brasil e na Argentina. Pedigree.
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Astros do cinema
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Cova
COVA
Charles Fonseca
Não ouso falar-te pois pouco
É o eco a me sorrir
O teu cenho a ouvir
A sorrir teus olhos loucos
Estes versos pouco prosa
São um choro que sorri
Um abraço de partir
Um beijo a beira cova
Charles Fonseca
Não ouso falar-te pois pouco
É o eco a me sorrir
O teu cenho a ouvir
A sorrir teus olhos loucos
Estes versos pouco prosa
São um choro que sorri
Um abraço de partir
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Se Eu Quiser Falar Com Deus - Elis Regina - Capela
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Acabou o Carnaval do Povo. Marcia Bessa
Acabou o Carnaval do Povo.
Marcia Bessa
Que povo? de um lado os donos dos blocos e camarotes, um monopólio que cresce cada vez mais em Salvador. Do outro lado, os privilegiados que podem pagar caro por um abadá ou um espaço minimo em camarotes superlotados.E num canto qualquer o povo(ai sim, o termo usado adequadamente), pobre, sofrido,sem espaço na rua para brincar, pois o carnaval de Salvador virou verdadeiro apartheid. Onde já se viu colocar corda para separar pessoas em pleno lugar publico- a RUA?
Já brinquei carnavais maravilhosos em Salvador.Mas de alguns anos para cá, o Carnaval passou a ser de Ivete, Claudia Leite e alguns mais artistas, com mil patrocinadores, principalmente de cerveja e revistas que vivem de fofocas de celebridades.
Que aja turismo e entre dinheiro para os cofres publicos, que grupos patrocinem e ganhem com o carnaval de rua, mas vamos dar espaço para o povo brincar. Mude-se o local, cada vez mais estreito, onde moradores sao obrigados a sair de suas casas para dar espaço a folia. E os orgaos competentes planejem levando em conta o povo que vota, e que tem o mesmo direito dos outros cidadãos.
Deixo aqui meu protesto. Abaixo o monopolio do carnaval em Salvador!!!!A Praça Castro Alves ainda é do POVO!!!!
Marcia Bessa
Que povo? de um lado os donos dos blocos e camarotes, um monopólio que cresce cada vez mais em Salvador. Do outro lado, os privilegiados que podem pagar caro por um abadá ou um espaço minimo em camarotes superlotados.E num canto qualquer o povo(ai sim, o termo usado adequadamente), pobre, sofrido,sem espaço na rua para brincar, pois o carnaval de Salvador virou verdadeiro apartheid. Onde já se viu colocar corda para separar pessoas em pleno lugar publico- a RUA?
Já brinquei carnavais maravilhosos em Salvador.Mas de alguns anos para cá, o Carnaval passou a ser de Ivete, Claudia Leite e alguns mais artistas, com mil patrocinadores, principalmente de cerveja e revistas que vivem de fofocas de celebridades.
Que aja turismo e entre dinheiro para os cofres publicos, que grupos patrocinem e ganhem com o carnaval de rua, mas vamos dar espaço para o povo brincar. Mude-se o local, cada vez mais estreito, onde moradores sao obrigados a sair de suas casas para dar espaço a folia. E os orgaos competentes planejem levando em conta o povo que vota, e que tem o mesmo direito dos outros cidadãos.
Deixo aqui meu protesto. Abaixo o monopolio do carnaval em Salvador!!!!A Praça Castro Alves ainda é do POVO!!!!
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Anoitecer
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quarta-feira, fevereiro 13, 2013
Diagnóstico diferencial.
"As especulações pouco científicas devem ser respondidas em função do que
o conhecimento científico permite. A ideia de um apanágio universal onde todos têm
acesso ao saber está tornando o diagnosticar e tratar em medicina algo banalizado,
no qual a mera leitura informativa torna os que procuram os médicos, ou os que
militam em áreas afins, bem informados, mas incapazes de encetar uma
investigação diagnóstica que leve desde a inclusão de sinais e sintomas até às
excludentes de patologias correlatas. A esta ciência e arte chamamos diagnósticos
diferenciais. "
http://www.portalmedico.org.br/pareceres/CFM/2012/42_2012.pdf
o conhecimento científico permite. A ideia de um apanágio universal onde todos têm
acesso ao saber está tornando o diagnosticar e tratar em medicina algo banalizado,
no qual a mera leitura informativa torna os que procuram os médicos, ou os que
militam em áreas afins, bem informados, mas incapazes de encetar uma
investigação diagnóstica que leve desde a inclusão de sinais e sintomas até às
excludentes de patologias correlatas. A esta ciência e arte chamamos diagnósticos
diferenciais. "
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TDAH. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
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Ônibus de turismo é incendiado nesta manhã na Tapera, em Florianópolis
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Ariano Suassuna. Fotografia
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