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quinta-feira, janeiro 10, 2013

História da Bahia. Capitania de Porto Seguro.

fonte wikipedia

A Capitania de Porto Seguro, na divisão administrativa do Brasil em capitanias hereditárias, feita por ordem do rei Dom João III, coube ao donatário Pero do Campo Tourinho.
A carta de candidatura de Pero do Campo foi assinada em 27 de maio de 1534. A capitania era constituída por 50 léguas de costa entre o rio Mucuri e o rio Poxim. Eduardo Tourinho, autor baiano que, do donatário guarda o nome (um Pero de Campos Tourinho, neto do donatário, mais tarde deão da sé da Bahia), afirma que "na extensão de suas 50 léguas, estendia-se da margem sul do rio Grande, Jequitinhonha ou Belmonte, à margem norte do rio Doce." e "Começarão na parte onde se acabarão as 50 léguas de que tenho feito mercê a Jorge de Figueiredo Correia na dita costa do Brasil", dizia o Rei.
Tinha solo de ótima qualidade para o cultivo da cana-de-açúcar, muitos rios e muito pau-brasil. Eduardo Tourinho explica:
"nos limites com Ilhéus tinha muita ibirapitanga (pau-brasil), e no rio Caravelas muito nimbo [(zimbo)], aqueles búzios miudinhos que em Angola se transformavam em dinheiro e que daqui iam em barricas para o resgate de escravos."
Outro fator de colonização do litoral brasileiro foi a ação catequizadora das ordens religiosas. Os franciscanos foram os primeiros a estabelecer contacto com aquele trecho do litoral, já que na expedição de Pedro Álvares Cabral vinham oito religiosos daquela Ordem, chefiados pelo Pe. Frei Henrique de Coimbra, que seguiram para a Índia.
Por volta de 1516, chegavam a Porto Seguro dois missionários da Província de São Francisco de Portugal, que desenvolveram a catequese entre os Tupiniquins e a assistência religiosa aos colonos, soldados e degradados portugueses. Foram eles que construíram a primeira igreja no país, dedicada a São Francisco de Assis e localizada no Outeiro da Glória, na parte alta da cidade, hoje desaparecida.
De Porto Seguro partiram, ainda no século XVI, várias entradas de desbravamento do sertão, embora não tenham chegado a criar povoações. Dentre as mais notáveis destacam-se:
a de Francisco Bruza de Espinosa (1553), que acompanhava o padre jesuíta João de Azpilcueta Navarro. Supostamente explorou a bacia do rio Jequitinhonha, as cabeceiras do rio Pardo e do rio das Velhas, alcançando o rio São Francisco;
a de Martim de Carvalho (1567), que subiu o rio Jequitinhonha, chegando à serra de Itacambira, onde descobriu areias auríferas;
a de Sebastião Fernandes Tourinho (1572) explorou o vale do rio Doce, tendo, possivelmente, chegado até à atual Diamantina, e
a de Antônio Dias Adorno (1574), que partindo de Salvador por mar, penetrou no rio Caravelas e, por terra, chegou ao vale do rio Mucuri, alcançando terras do atual estado de Minas Gerais.
Em meados do século XVIII foram incorporadas à Coroa a Capitania de Ilhéus (1754), a de Porto Seguro (1761), a Capitania de Itaparica e a Capitania do Paraguaçu que, juntamente com a que pertenceu a Francisco Pereira Coutinho e fora incorporada em 1548, para criação da sede do Governo Geral, formaram a grande Capitania da Bahia, cujo território correspondia, praticamente, aos atuais Estados da Bahia e Sergipe.

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