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sábado, janeiro 26, 2013

Fundo

FUNDO
Charles Fonseca

Aflora do fundo desejo
Entre pétalas tão rubras
Que a colibris às dúzias
Só a um é dado ensejo

De adentrar nesse vestíbulo
Templo do amor pede a carne
Um sorver mel fim de tarde
Uma carícia eu discípulo

Desta flor sempre aprendo
Um pouco mais, pede ela,
Olho a lua à janela
Já nela afundo, apreendo.

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