Pesquisar este blog

segunda-feira, agosto 01, 2011

Brasília, 1/8/2011 – O Ministério do Planejamento autorizou nomeações no Ministério do Turismo e também na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Clique: http://www.planejamento.gov.br/noticia.asp?p=not&cod=7497&cat=34&sec=6



------------------------------------------------------------------------------------------------------




La mazurca della nonna

( Canta: Achille Togliani )
( Autores: C. A. Bixio - Cozzoli - 1948 )



Quando se ouve uma orquestrinha,
entre uma dança americana,
que arranha uma mazurca
com ar paisano,
se pensa então à "quadrilha"
dum belo tempo que passou,
quando usava-se a "parelha" amarrada a "carroça",
quando não havia os "tangos" e os "foxtrote".

Ah! A mazurca
que dançava a minha avó,
com as tranças que pendiam
e com as ceroulas debaixo da sua saia.
Quando meu avô,
pra beijar a sua mão,
não usava a escadinha
mas a bicicleta até o primeiro andar.

Os mocinhos,
de vinte anos ou pouco mais,
como eram bonitos
com os grandes bigodes pra cima.
Ah! A mazurca
dum belo tempo muito distante,
quando antes de casar
ficavam olhando-se com as mãos nas mãos.

Agora se dança a "Carioca"
o saxofone ecoa,
mas meu avô toca ainda
o gramofone a tromba.
Pensa, ai de mim, com nostalgia,
à antiga juventude,
quando então cada "Maria" não era "Mariú".
Como era belo aquele tempo que foi!

Ah! A mazurca
que dançava a minha avó,
quando no Valle e no Manzoni
havia já Falconi e a Galli primeira dama.
Quando meu avô,
cabo de infantaria,
ficava quatro dias em posa
para enviar a Rosa a fotografia.

Até que o progresso
o automóvel inventou.
Oh que sucesso
a vertigem, o esporte.
Na época meu avô
devorava montes e vales,
três quilômetros numa hora
com a dois cilindros a cinco ou seis cavalos.





--------------------------------------------------



A BORRA
Charles Fonseca

Tenho segredos na alma
Negra me é a solidão
Por dentro é contra mão
Por fora o junto vergasta

A minh’alma rumo ao céu
O meu corpo ao fim descansa
Sobre a terra e em fiança
Desfaz-se esperança ao léu

Que ficou zanzando à toa
À espera, à socapa
De remir o trauma, o tapa
O soco, o cuspe, a borra.



-----------------------------------------------------




PIREZ D'ÉVORA, Alvaro. Pintor português. Renascença. (1411 - 1434). Clique na imagem.




-----------------------------------------



PORCO TRÁGICO I
Alberto Pimenta

conheço um poeta
que diz que não sabe se a fome dos outros
é fome de comer
ou se é só fome de sobremesa alheia.
a mim o que me espanta
não é a sua ignorância:
pois estou habituado a que os poetas saibam muitode si
e pouco ou nada dos outros.
o que me espanta
é a distinção que ele faz:
como se a fome da sobremesa alheia
não fosse
fome de comer
também.


-----------------------------------------------------



Rita Hayworth. 1946. Clique na imagem.



--------------------------------------------------



Ruperto Chapí. La revoltosa. Preludio


----------------------------------




Clique na imagem

Nenhum comentário:

Postar um comentário