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sábado, abril 30, 2011

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Foz do Iguaçu
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Freud, meu cão pastor.

A. J. Gustafsson, Brånnestad, Östergötland, Sweden, upload feito originalmente por Swedish National Heritage Board.





O gozo da beleza se acompanha de uma sensação particular, de um suave efeito embriagante. A beleza não conta com um emprego evidente; tampouco alcançamos a compreensão de sua necessidade cultural. Apesar disso, a civilização não pode dispensá-la.

Sigmund Freud








Itapuã
Caetano Veloso
Composição : Caetano Veloso

Nosso amor resplandecia sobre as águas que se movem
Ela foi a minha guia quando eu era alegre e jovem
Nosso ritmo, nosso brilho, nosso fruto do futuro
Tudo estava de manhã
Nosso sexo, nosso estilo, nosso reflexo do mundo
Tudo esteve em Itapuã
Itapuã, tuas luas cheias, tuas casas feias
Viram tudo, tudo, o inteiro de nós
Itapuã, tuas lamas, algas, almas que amalgamas
Guardam todo, todo, o cheiro de nós

Abaeté, essa areia branca ninguém nos arranca
É o que em Deus nos fiz
Nada estanca em Itapuã
Ainda sou feliz
Itapuã, quando tu me faltas, tuas palmas altas
Mandam um vento a mim, assim: Caymmi
Itapuã, o teu sol me queima e o meu verso teima
Em cantar teu nome, teu nome sem fim
Abaeté, tudo meu e dela
A lagoa bela sabe, cala e diz
Eu cantar-te nos constela em ti
Eu sou feliz
Ela foi a minha guia quando eu era alegre e jovem

Carta a F
Guerra Junqueiro


És tu quem me conduz, és tu quem me alumia,
Para mim não desponta a aurora, não é dia,
Se não vejo os dois sóis azuis do teu olhar.
Deixei-te há pouco mais dum mês? mês secular
E nessa noite imensa, ah, digo-te a verdade,
Iluminou-me sempre o luar da saudade.
E nesses montes nus por onde eu tenho andado,
Trágicos vagalhões dum mar petrificado,
Sempre adiante de mim dentre a aridez selvagem,
Vi como um lírio branco erguer-se a tua imagem.
Nunca te abandonei! Nunca me abandonaste!
És o sol e eu a sombra. És a flor e eu a haste.
Na hora em que parti meu coração deixei-o
Na urna virginal desse divino seio,
E o teu sinto-o eu aqui a bater de mansinho
Dentro em meu peito, como uma rola em seu ninho!





Pieter Jansz. Quast




Concessão de aeroportos pode atrasar

Editais prometidos pelo ministro Antonio Palocci para os ‘próximos dias’ vão tratar de contratação de consultorias, e não de modelo de privatização

BRASÍLIA - A concessão de aeroportos do País à iniciativa privada vai demorar mais tempo do que o previsto inicialmente pelo ministro Antonio Palocci (Casa Civil). A anunciada privatização de parte da infraestrutura aeroportuária ainda está longe de ter o modelo definido pelo governo, apurou o Estado, e poderá não ficar restrita às obras e operação de terminais de passageiros. Uma das alternativas em estudo prevê a privatização de estrutura operada atualmente pela Infraero.

Os editais prometidos por Palocci para "os próximos dias" vão tratar inicialmente da contratação de consultores encarregados de preparar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos novos negócios. O estudo é apenas uma preliminar da abertura dos novos aeroportos à iniciativa privada.

http://economia.estadao.com.br/noticias/not_64943.htm

sexta-feira, abril 29, 2011


Ela disse: Eu te vi primeiro.
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Cajuína



Cajuína
Caetano Veloso
Composição : Caetano Veloso

Existirmos: a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina








Man, Bad Reichenhall, Bayern, Germany, upload feito originalmente por Swedish National Heritage Board.
Sou um mestre na arte de falar em silêncio.
Toda a minha vida falei
calando-me e vivi em
mim mesmo tragédias
inteiras sem pronunciar
uma palavra.
Dostoievski









A GRAÇA
Alexandre Herculano

Que harmonia suave
É esta, que na mente
Eu sinto murmurar,
Ora profunda e grave,
Ora meiga e cadente,
Ora que faz chorar?
Porque da morte a sombra,
Que para mim em tudo
Negra se reproduz,
Se aclara, e desassombra
Seu gesto carrancudo,
Banhada em branda luz?
Porque no coração
Não sinto pesar tanto
O férreo pé da dor,
E o hino da oração,
Em vez de irado canto,
Me pede íntimo ardor?

És tu, meu anjo, cuja voz divina
Vem consolar a solidão do enfermo,
E a contemplar com placidez o ensina
De curta vida o derradeiro termo?
Oh, sim!, és tu, que na infantil idade,.
Da aurora à frouxa luz,
Me dizias: «Acorda, inocentinho,
Faz o sinal da Cruz.»
És tu, que eu via em sonhos, nesses anos
De inda puro sonhar,
Em nuvem d'ouro e púrpura descendo
Coas roupas a alvejar.
És tu, és tu!, que ao pôr do Sol, na veiga,
Junto ao bosque fremente,
Me contavas mistérios, harmonias
Dos Céus, do mar dormente.
És tu, és tu!, que, lá, nesta alma absorta
Modulavas o canto,
Que de noite, ao luar, sozinho erguia
Ao Deus três vezes santo.
És tu, que eu esqueci na idade ardente
Das paixões juvenis,
E que voltas a mim, sincero amigo,
Quando sou infeliz.
Sinta a tua voz de novo,
Que me revoca a Deus:
Inspira-me a esperança,
Que te seguiu dos Céus!...





Bolero. Ravel.

quinta-feira, abril 28, 2011


G. V. Gustafsson, Margretelund, Uppland, Sweden, upload feito originalmente por Swedish National Heritage Board.



História da Igreja Católica
13. Perseguições do 2º século - a gesta dos mártires

Os Antoninos, Adriano (117-138), Antonino Pio (138-161) e Marco Aurélio (161-180) não fizeram mudanças na legislação anticristã. Esporadicamente eclodiam novas perseguições e a Igreja ganhava novos mártires. Muitas vezes era a turba que, fanatizada, levada pela inveja ou pelo patriotismo, denunciava e entregava os cristãos ao poder público.

Na Gália temos os mártires de Lyon, em 177. Uma revolta popular arrastou para a morte cinqüenta cristãos, entre eles Potino, o bispo, que contava na ocasião 90 anos, o diácono Sanctus e a escrava Blandina. Esta última suportou com incrível coragem inúmeros tormentos antes de entrar no repouso de Cristo. Depois de queimarem os corpos dos mártires, lançaram suas cinzas no Ródano. Os algozes comentavam, em tom de zombaria: "Vejamos se agora o seu Deus os ressuscita".

Em Roma temos a pequena Cecília. Jovem, de família nobre, quis consagrar-se a Cristo e fez voto de virgindade. O cutelo do carrasco precisou ser usado várias vezes antes de conseguir tirar-lhe a vida. Também muitos papas morreram mártires ao longo do século II.

Em Scili, na África, doze fiéis foram presos. O interrogatório ao qual foram submetidos ficou registrado para a História. Todos receberam a coroa do martírio.

Não se deve imaginar, no entanto, que os mártires não tinham medo das torturas e da morte. Muitos cristãos preferiram renegar a própria fé, caindo na apostasia, a morrer por Cristo.

Porém, "o sangue dos mártires é semente de cristãos" (Tertuliano). A coragem dos que preferiam o Senhor à própria vida ajudava na propagação da fé.

Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/13.php#ixzz1Ks2EGX00






Vamos aprender um pouco mais sobre música? Clique no endereço abaixo e siga as instruções. Bom passeio.
Instrumentos de uma orquestra sinfônica. Passe o mouse para conhece-los. Lúdico é para quem curte, super gostoso de ver seu som e sua função dentro desse mundo de possibilidades sonoras. Por ultimo acione o maestro.
http://www.fsspx-brasil.com.br/mjcb/downloads/Orquestra_sinfonica.swf


PENSANDO NELA
Charles Fonseca

Na janela pensativo
Nada vejo ou acontece.
Dormitei e ela aparece
De Morfeu tirou-me o siso.

Alisou-me as cãs revoltas,
Seu sorriso enternece.
Ah, se a outra aqui estivesse!
Que bobagem, rio à toa.

Todo dia penso nela
Dia claro, noite escura
No poente a procuro,
Nasce o sol, volto à janela.





Giovanni di Paolo




"Eu não sei o que é a inspiração. Mas também a verdade é que às vezes nós usamos conceitos que nunca paramos a examinar. Vamos lá a ver: imaginemos que eu estou a pensar determinado tema e vou andando, no desenvolvimento do raciocínio sobre esse tema, até chegar a uma certa conclusão. Isto pode ser descrito, posso descrever os diversos passos desse trajeto, mas também pode acontecer que a razão, em certos momentos, avance por saltos; ela pode, sem deixar de ser razão, avançar tão rapidamente que eu não me aperceba disso, ou só me aperceba quando ela tiver chegado ao ponto a que, em circunstâncias diferentes, só chegaria depois de ter passado por todas essas fases.


Talvez, no fundo, isso seja inspiração, porque há algo que aparece subitamente; talvez isso possa chamar-se também intuição, qualquer coisa que não passa pelos pontos de apoio, que saltou de uma margem do rio para a outra, sem passar pelas pedrinhas que estão no meio e que ligam uma à outra. Que uma coisa a que nós chamamos razão funcione desta maneira ou daquela, que funcione com mais velocidade ou que funcione de forma mais lenta e que eu posso acompanhar o próprio processo, não deixa de ser um processo mental a que chamamos razão."

José Saramago", in "Diálogos".

quarta-feira, abril 27, 2011


Portrait of a woman seated in a garden, upload feito originalmente por Powerhouse Museum Collection.





Copa: governo vai privatizar aeroportos

Chico de Gois, Geralda Doca, Martha Beck e Danielle Nogueira, O Globo

O governo bateu o martelo pela concessão parcial à iniciativa privada dos cinco principais aeroportos de conexão e internacionais do país, informou [ontem] o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci.

Segundo ele, em reunião na segunda-feira com o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência, Wagner Bittencourt, a presidente Dilma Rousseff definiu os modelos para Cumbica (Guarulhos) e Viracopos (Campinas), em São Paulo, e Brasília.

Continuam em estudo, que será concluído em pouco tempo, frisou Palocci, as opções para Confins (Belo Horizonte) e Antonio Carlos Jobim (Galeão, no Rio de Janeiro).

Com a decisão, caberá ao PT - tradicionalmente refratário às privatizações realizadas em governos anteriores, como a das telecomunicações - abrir às empresas privadas a exploração do setor aeroportuário, única área da infraestrutura nacional que continua sob comando exclusivo do Estado.

Os 67 principais terminais do país são administrados pela Infraero.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/


TERÇA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2011


SOCORRO!

Segunda-Feira, dia 28 de março de 2011, meu filho, Mateus Lima Santana Freitas de 11 anos foi agredido durante a aula de Educação Física por seis colegas da mesma turma e mesma faixa etária na escola onde estuda - Fundação Baiana de Engenharia no Imbuí.

Era início da aula de Educação Física e o professor ainda não havia chegado à quadra. Ou seja, os alunos do 6º ano B, estavam sozinhos.

Meu filho brincava na trave de futebol quando ficou preso na rede. Imediatamente um colega, que por ser menor não é possível divulgar o nome, se dirigiu à ele dizendo: “É mole, é mole. Ficou preso!” E começou a agredi-lo. Outros cinco colegas que presenciaram o ocorrido, no lugar de se posicionar contrários à situação, juntaram-se ao primeiro agressor e deram socos, pontapés, chutes em Mateus, que permanecia preso à rede da trave sem conseguir se defender ou soltar-se.

Não estavam eles na rua, na periferia, na escola pública, no meio de uma briga, nem em qualquer outro espaço que muitas pessoas usam para justificar a violência e a insegurança. Meu filho era linchado pelos colegas de turma em pleno horário de aula dentro de uma escola particular de bairro de classe média. Isso não minimiza nem amplia o fato. É agressão do mesmo modo.

Após o espancamento, os agressores, subiram num palco e em voz alta o chamavam de “otário que não bate em ninguém”.

Ao consegui soltar-se, ele chorando, com raiva, parte correndo para cima dos agressores, alcança dois deles, quando o professor de Educação Física chega e o surpreende ‘agredindo o colega’. Vão os três para direção. Os outros, responsáveis também pelo linchamento permanecem na aula.

Ele conta o ocorrido à coordenação e os dois dos colegas que o agrediram confirmam a versão dos fatos. E a escola? Nada. Nem uma comunicação à família, nem um primeiro atendimento já que Mateus havia levado muita pancada. Minimizou. Era uma “brincadeira de pré-adolescentes”.

Sou informado do ocorrido pelo próprio Mateus que reclama de dores no corpo e de cabeça. Resolvo levá-lo ao hospital, visto que, aquilo que não está aparentemente visível pode se configurar em algo bem grave internamente, muitas vezes.

Chegando á emergência ortopédica da SOMED, após alguns exames locais e radiografias, o médio identifica que há escoriações na cervical e prescreve antiinflamatório e o colar cervical imobilizador. Uso contínuo por cinco dias. E tudo era só uma brincadeira...

Procuro a escola cheia de indignação, questionamento e ódio. Sim, seria hipócrita se não dissesse que meu sentimento era de dor junto com meu filho e ódio dos agressores, dos seus pais e da escola. Sim, pois a violência não é um fenômeno simples, mas complexo. É composta de muitas variáveis, mas se fortalece às vezes, apenas por algumas. Mas, mais que ódio eu queria ação e respostas:

1. Por que uma turma de garotos de 11 anos fica por um tempo sem nenhum adulto por perto acompanhando?

2. Por que eu, responsável pelo garoto agredido, não fui informada, notificada pela escola do fato e convidada a ir à escola para uma conversa sobre o fato?

3. Mesmo após a confusão, com sangue quente e sem ter reclamado de dores, por que a escola não deu os primeiros socorros ao meu filho? Ou mesmo, ligou imediatamente ao responsável, anunciando o fato e solicitando encaminhamento médico?

4. Por que os pais dos agressores, assim como eu, não estavam lá no dia seguinte ao ocorrido para serem notificados, chamados à atenção e serem informados das medidas corretivas ou punitivas, como queiram chamar?

5. Por que não houve nenhum tipo de punição para os alunos num caso de agressão gratuita e tão covarde?

6. Qual ação preventiva a escola pode tomar para que situações semelhantes não aconteçam?

7. Como os responsáveis dos agressores agem e reagem em situações como essas?



São muitas as questões e as indignações. A escola garantiu que os pais seriam chamados e que haveria uma conversa. É pouco. Muito pouco!

Foram só escoriações. Falo só, pois poderia ser pior: um chute nos olhos que afetasse a visão, uma pancada maior que implicasse em comprometimento da coluna ou vértebra que perfurasse um órgão, ou fatal, se a cabeça tivesse sofrido algum tipo de trauma. Não era só brincadeira. Aliás, não era brincadeira. Brincadeira de bater pode ser feita no videogame, onde é possível realizar catarse das emoções contidas sem machucar ninguém. Essas crianças precisam ser punidas, não com agressão de nenhuma ordem, mas por meio de ações educativas e orientações dos pais.

Após a minha visita, a coordenadora dirigiu-se à turma para falar da violência. Nenhum pedido de desculpas. Aliás, um dos agressores, vangloriava-se nos corredores de ter batido tão forte que Mateus estava com o pescoço machucado (não sabendo ele que era a cervical).

Minimizar os fatos, tratar todos de forma banal e normal são males da Educação. Não sei se foi esse o caso. Afinal, espero ainda ações da escola. Nossas instituições de ensino estão cheias de violência em todas as esferas. Não há escala para violência, em minha opinião. Agressão é agressão e tem que ser punida como tal.

Garotos que se juntam para agredir um colega, um companheiro de turma e sentem prazer com isso, não são diferentes dos que agrediram mendigo em São Paulo ou tocaram fogo no índio em Brasília. São apenas, ainda, garotos e covardes.

Clique: http://www.pensamentoseretalhos.blogspot.com/

segunda-feira, abril 25, 2011

Tio avô. Charles Fonseca. Fotografia

Enquanto o meu não chega.







A VIDA
João de Deus

Foi-se-me pouco a pouco amortecendo
A luz que nesta vida me guiava,
Olhos fitos na qual até contava
Ir os degraus do túmulo descendo.

Em se ela anuveando, em a não vendo,
Já se me a luz de tudo anuveava
Despontava ela apenas, despontava
Logo em minha alma a luz que ia perdendo.

Alma gémea da minha, e ingénua e pura
Como os anjos do céu (se o não sonharam...)
Quis mostrar-me que o bem pouco dura!

Não sei se me voou, se ma levaram;
Nem saiba eu nunca a minha desventura
Contar aos que ainda em vida não choraram...





 



Aleluia. Haendel.
Clique: http://youtu.be/76RrdwElnTU





Matthijs Naiveu






Não somos apenas o que pensamos ser.  Somos mais; somos também, o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos.
Sigmund Freud


sábado, abril 23, 2011


Sjeik op Haagse camping / Sheikh at Dutch camping, upload feito originalmente por Nationaal Archief.





Trem das onze. Adoniran Barbosa

Bolero, Ravel







Na água do rio que procura o mar;
No mar sem fim; na luz que nos encanta;
Na montanha que aos ares se levanta;
No céu sem raias que deslumbra o olhar;

No astro maior, na mais humilde planta;
Na voz do vento, no clarão solar;
No inseto vil, no tronco secular,
— A vida universal palpita e canta!

Vive até, no seu sono, a pedra bruta . . .
Tudo vive! E, alta noite, na mudez
De tudo, — essa harmonia que se escuta

Correndo os ares, na amplidão perdida,
Essa música doce, é a voz, talvez,
Da alma de tudo, celebrando a Vida!


Olavo Bilac (1865-1918)



Caetano Veloso. Clique: http://youtu.be/W6H_4YAF4zI

Fonte de mel

Nos olhos de gueixa

Kabuki, máscara

Choque entre o azul

E o cacho de acácias

Luz das acácias

Você é mãe do sol

A sua coisa é toda tão certa

Beleza esperta

Você me deixa a rua deserta

Quando atravessa

E não olha pra trás

Linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

Você é linda

Mais que demais

Vocé é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim

Você é forte

Dentes e músculos

Peitos e lábios

Você é forte

Letras e músicas

Todas as músicas

Que ainda hei de ouvir

No Abaeté

Areias e estrelas

Não são mais belas

Do que você

Mulher das estrelas

Mina de estrelas

Diga o que você quer

Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

Você é linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim

Gosto de ver

Você no seu ritmo

Dona do carnaval

Gosto de ter

Sentir seu estilo

Ir no seu íntimo

Nunca me faça mal

Linda

Mais que demais

Você é linda sim

Onda do mar do amor

Que bateu em mim

Você é linda

E sabe viver

Você me faz feliz

Esta canção é só pra dizer

E diz

sexta-feira, abril 22, 2011


Jill Glindermann, winner of the Sun Girl Quest at Suttons Beach, 1953, upload feito originalmente por State Library of Queensland, Australia.




A Pascoa ocorre sempre na quarta lua cheia do ano.
DORMIAS
Charles Fonseca

Lá no alto de Ondina
Com o vento a farfalhar
Coqueiros de beira mar
Onde a vista descortina

Em meu colo te velava
Tu sonhavas, eu sorria.
Ondas beijavam a praia,
Beijos te dava, dormias.






Cornelis De Man



quinta-feira, abril 21, 2011


Ganymède donnant à boire à l'aigle de Jupiter, sculpté par Bertel Thornwaldsen, upload feito originalmente por Bibliothèque de Toulouse.


De língua macia
Marina Colasanti


Meu homem está nu
lendo na cama.
Sessenta anos
e seis
teme esse homem.
E no entanto
é cariátide sentada
que o tempo aflora
como aflora a pedra
e que
no meu olhar
lhe lambe
a pele.



Companheiro de toga
O governo nomeia para o STJ Antônio Ferreira, advogado sem currículo – mas ligado ao PT
Diego Escosteguy e Murilo Ramos, ÉPOCA

O advogado Antônio Carlos Ferreira formou-se numa faculdade que nem sequer consta da lista das 87 recomendadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Não fez mestrado. Em 30 anos de carreira, nunca publicou um artigo jurídico. Só teve um grande cliente: a Caixa Econômica Federal, onde entrou há mais de 25 anos.
Nas poucas e magras linhas de seu currículo oficial, porém, não há menção ao dado mais relevante de sua trajetória: desde 1989, ele é filiado ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, entidade alinhada com o Partido dos Trabalhadores.
Militante informal do partido, Antônio Carlos fez carreira na Caixa com a ajuda dos companheiros. Em 2000, a pedido do atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tornou-se chefe do setor jurídico do banco no Estado de São Paulo. Quando Lula assumiu a Presidência, três anos depois, o PT emplacou Antônio Carlos no comando da Diretoria Jurídica da Caixa – uma posição para lá de poderosa, da qual dependem todos os grandes negócios do banco.
Antônio Carlos, um companheiro discreto e disciplinado, nunca criou problemas para o partido. Deu aval a contratos tidos como ilícitos pelo Ministério Público Federal, como no caso da multinacional de loterias Gtech, e testemunhou silenciosamente ações ilegais, como a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo.
No caso da Gtech, acusada pelo MP de pagar propina ao PT para renovar por R$ 650 milhões um contrato com a Caixa, Antônio Carlos e sua equipe mudaram o entendimento jurídico sobre o assunto – o que permitiu a renovação exatamente nos termos pedidos pela multinacional, ainda no começo do governo Lula.
Anos depois, em 2006, ele jantava com o então presidente da Caixa, Jorge Mattoso, quando um assessor do banco entregou a Mattoso um envelope com os extratos bancários do caseiro que denunciara malfeitorias do ministro Antonio Palocci.
O misterioso perdão milionário concedido pela Caixa ao grupo Bozano e ao Banco Santander, revelado por ÉPOCA na semana passada, também passou, sem nenhum questionamento, pelo crivo da turma de Antônio Carlos. (Por meio de sua assessoria, ele negou participação nos casos que passaram por sua área e disse não ter visto o conteúdo do envelope com os extratos bancários do caseiro.)
Antônio Carlos permaneceu na diretoria da Caixa até agosto do ano passado. Na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff o nomeou para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça, o STJ, a segunda corte mais importante do país.
Para ocupar esse cargo, a Constituição exige que o candidato detenha “notório saber jurídico” e “reputação ilibada”. Caberá agora ao Senado sabatiná-lo.
A reputação foi colocada em xeque por sua atuação na Caixa. Com relação ao notório saber jurídico, é difícil encontrar lentes para enxergar esse atributo em Antônio Carlos – a não ser lentes vermelhas, partidariamente embaçadas.




História da Igreja Católica


12. Os padres apostólicos

A geração cristã que sucede aos apóstolos tem à sua frente bispos e presbíteros, entre os quais se destacam algumas figuras, luminosas por sua santidade, sabedoria e zelo doutrinal: os Padres Apostólicos.

Seus escritos são muito parecidos com as epístolas do Novo Testamento. Procuram mostrar aos fiéis a importância da salvação concedida por Cristo, reforçam a esperança no seu retorno, exortam à obediência aos pastores das suas comunidades e alertam para o risco das heresias e cismas.

São eles: Clemente Romano, Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Pápias de Hierápolis, Barnabé e Hermas.

a) Clemente Romano

Clemente possuía, na sua época, grande autoridade, embora tenha sido conservado apenas um escrito de sua autoria: a carta aos Coríntios. A Igreja na Síria atribuiu a esta carta valor canônico, e o Codex Alexandrinus da Bíblia a incluiu entre os livros inspirados. Em torno do ano 170 o bispo Dionísio de Corinto atesta a sua leitura litúrgica.

Orígenes e Eusébio identificam Clemente com o colaborador de Paulo citado em Fl 4,3. De acordo com Santo Ireneu, ele foi o terceiro sucessor de Pedro em Roma (Pedro, Lino, Anacleto, Clemente). Para Tertuliano, no entanto, Clemente recebeu a Ordem diretamente do Príncipe dos Apóstolos.

O seu exílio para o Quersoneso Taurino e o seu martírio no mar Negro não podem ser considerados como fatos históricos.

A carta aos Coríntios, de Clemente, foi redigida nos últimos anos de Domiciano imperador (c. de 96). A razão de tal carta foram contendas naquela igreja. Membros mais jovens da comunidade haviam deposto os presbíteros. Quando a notícia chegou a Roma, Clemente interveio.

Nesta carta podemos detectar já a presença e o exercício do carisma petrino. Com autoridade, o bispo da Cidade Eterna exorta os coríntios a se submeterem aos seus superiores eclesiásticos, exigindo que a estrutura hierárquica da Igreja de Deus seja respeitada.

b) Inácio de Antioquia

Bispo da cidade de Antioquia, Inácio foi condenado, no reinado de Trajano, a ser dilacerado pelas feras. Em seu trajeto para o martírio, da Síria até Roma, escreveu sete cartas, para as igrejas de Éfeso, Magnésia, Trales, Roma, Filadélfia, Esmirna, e para seu irmão no episcopado, Policarpo.

Para Inácio, a eucaristia é "a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, que sofreu por nossos pecados e que, na sua bondade, o Pai ressuscitou". Ensina que para a unidade da Igreja é fundamental a comunhão com a hierarquia: bispos, presbíteros e diáconos.

Santo Inácio utiliza, pela primeira vez, o termo "Igreja católica" para designar a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. "Onde aparece o bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja católica". Distingue a comunidade de Roma dentre todas as demais. É ela a igreja que "preside na região dos romanos, digna de Deus, digna de honra, digna de ser chamada feliz, digna de louvor, digna de sucesso, digna de pureza, que preside ao amor, que porta a lei de Cristo, que porta o nome do Pai..." Lá os apóstolos Pedro e Paulo selaram seu testemunho. Em Roma se encontra o autêntico magistério da fé.

Seu martírio ocorreu por volta do ano 110.

c) Policarpo de Esmirna

Policarpo chegou a conhecer o apóstolo João, que o constituiu bispo de Esmirna. Em meados do século I tentou fazer um acordo, em Roma, com o papa Aniceto, sobre o dia da celebração litúrgica da festa da Páscoa (primeira controvérsia quartodecimana). O heresiarca Marcião, ao encontrá-lo, perguntou ao santo se o conhecia. Policarpo respondeu: "Sim, eu te conheço. És o primogênito de Satanás". De acordo com o testemunho de Santo Ireneu, Policarpo escreveu várias epístolas a diversas comunidades e a bispos em particular. A única que nos chegou foi a remetida para a igreja de Filipos.

O Martírio de São Policarpo é a mais antiga narrativa de um martírio de que se tem notícia. Não se pode duvidar de sua autenticidade. Em um de seus trechos mais belos, o santo bispo recebe a ordem de amaldiçoar Jesus Cristo. Policarpo responde: "Há oitenta e seis anos que o sirvo; jamais ele me fez mal algum; como poderei eu blasfemar contra meu Rei e Salvador?" Quando as chamas da fogueira milagrosamente se desviavam do seu corpo, teve de ser morto com uma punhalada. E. Schwartz acredita que a morte de Policarpo se deu no dia 22 de fevereiro de 156.

Seus ossos foram recolhidos por fiéis, "mais valiosos que pedras preciosíssimas, mais apreciados que o ouro, e os sepultaram num lugar apropriado, onde se poderiam reunir eles em cada aniversário" - evidência de um culto de relíquias ainda em estado embrionário.

d) Pápias de Hierápolis

Pápias conheceu o apóstolo João e foi companheiro de São Policarpo. Bispo de Hierápolis, redigiu cinco livros relatando ensinamentos e atos de Jesus e dos que o seguiam (cerca de 130).

Eusébio, em sua História Eclesiástica, chama Pápias de espírito mesquinho, por causa de suas inclinações milenaristas. Da obra de Pápias só restam alguns fragmentos, um dos quais fala da origem dos evangelhos de Mateus e Marcos.

e) Barnabé

Na verdade a única referência que temos sobre este Barnabé é uma epístola. Clemente Alexandrino, Orígenes e a tradição em geral, atribuem esta epístola ao Barnabé companheiro de São Paulo. Eusébio de Cesaréia e Jerônimo consideram o documento como apócrifo.

A primeira parte do escrito fala sobre o Antigo Testamento e analisa as várias prefigurações do Cristo. A segunda, no estilo da Didaqué, expõe a doutrina das duas vias, a da luz e a das trevas.

Provavelmente o seu autor era um mestre gentio convertido. A composição da carta não tem data certa. Possivelmente depois do ano 130.

f) Hermas

Hermas era um comerciante de condição simples, cristão, com uma visão um pouco estreita, mas sincero e piedoso. Para Eusébio e Orígenes, tratava-se do mesmo Hermas referido por São Paulo em Rm 16,14.

Sua única obra conhecida é chamada de o Pastor de Hermas. Seguindo o modelo dos apocalipses judaicos, é uma exortação forte à penitência que utiliza muitas imagens misteriosas. Afirma a possibilidade de haver perdão dos pecados após o batismo, embora por tempo limitado. Contradizendo muitos autores antigos, Hermas considera lícito um novo matrimônio depois da viuvez.

Os Padres da Igreja, grandes representantes do cristianismo dos primeiros séculos, explorarão as riquezas da Escritura e da Tradição para expor e aprofundar a fé.

http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/12.php#ixzz1KC4tD5NP







“As palavras têm sexo. Amam-se umas às outras. E casam-se. O casamento delas é o que chamamos de estilo”.
Machado de Assis

quarta-feira, abril 20, 2011

Separação...

por Mônica Klein

A dor de uma separação é, na verdade, um conjunto de dores...é a dor do fracasso por ter investido tanto sentimento, tempo e esperança em uma relação que chegou ao fim. É a dor de ter que se desfazer de tantos planos e sonhos imaginados juntos e ter que aceitar que agora cada um vai para um lado...é a dor do desapego, ou da tentativa do desapego, afinal, não se deixa de amar de uma hora pra outra. É a dor de saber que, apesar de não ter mais que lidar com os defeitos do outro, que tanto machucavam, também não haverá mais aqueles momentos que tornavam tudo especial. É a dor da ausência, ausência de tudo, do corpo e do espírito, das risadas, dos xingamentos, das piadas particulares, dos significados de olhares que só vocês entendiam... é a dor da lembrança, que permanece em todos os cantos que vocês já passaram, em todos os restaurantes em que vocês já jantaram, em todas as musicas que vocês já cantaram ou escutaram juntos...

O que mais dói na separação é aquela sensação de impotência, de vazio, de desgaste emocional... é como se um imenso aspirador tivesse sugado toda a sua alma e não houvesse mais energia pra continuar. É uma sensação de culpa que fica, e que por mais que a gente racionalmente acredite que fez o que pôde, sempre vai nos cutucar com um “e se?”, porque no fundo acreditamos que não existe um único culpado na história. É a dor da preocupação com o outro... de querer saber como ele está passando sem você, e ao mesmo tempo a dor da vaidade, do medo de descobrir que ele está melhor do que você imagina. É a dor da contradição, de querer que o tempo apague tudo o mais rápido possível, de querer se afastar de tudo de uma vez, mas ficar checando a caixa de e-mail, o MSN, o celular a cada minuto, esperando um sinal, a menor desculpa pra dar uma segunda chance.

Às vezes,no entanto, a separação é necessária, porque por mais dolorosa que seja, pode ser ainda menos dolorosa que a decisão de continuar. Às vezes, é preciso ouvir um pouco menos o coração e colocar tudo numa balança. Tudo mesmo. Se possível, fazer um gráfico, medindo o seu grau de felicidade, satisfação, desde o início do relacionamento. Se a balança pesar mais pro lado negativo ou se o gráfico for nitidamente descendente, algo está obviamente errado. A menos que você seja um daqueles que acreditam que o amor é sofrimento, não se conforme com menos do que merece. Procure ver se o problema é algo passageiro, ou se é questão de formas diferentes de ver o mundo, objetivos de vida muito distintos, valores e princípios incompatíveis etc. Não caia na conversa de que opostos se atraem. Isso não é regra. É preciso uma liga entre os dois, algo que nutra admiração e que sirva como base sólida para construir algo juntos... e acredite, por melhor que seja o sexo, isso nunca vai sustentar nenhum romance por muito tempo.

Não caia no erro de apoiar sua felicidade no futuro próximo, na idéia de que as coisas irão mudar e de que as transformações irão acontecer mais cedo ou mais tarde. Ou você se conforma com a idéia de que talvez ele nunca pare de fumar, de que seu temperamento difícil faz parte de sua personalidade e de que sua mania de organização não é um T.O.C e sim motivo de orgulho pra ele, ou você vai ficar sempre adiando sua felicidade, se sentindo frustrada e decepcionada com o agora. É um grande engano ficar idealizando um futuro perfeito para os dois, se o próprio presente não está agradando. É mais fácil que as coisas piorem que o contrário. Pelo menos o melhor é acreditar nisso, pois assim o que vier de melhora é lucro. Acreditar que o outro tem que mudar pra você ser feliz, além de ser burrice é egoísta, pois parte do pressuposto de que você não aceita a pessoa como ela é.

Amar significa, antes de tudo, estar bem. O amor tem que representar tranqüilidade e ser um porto seguro. A paixão é adrenalina, é aquele frio na barriga antes de se encontrar, é o medo de não ser tão boa, tão gostosa ou tão inteligente a ponto de ele te querer... é a insegurança, medo, a sensação de que tudo depende de você e de que você está sendo testada o tempo todo. É colocar o outro no centro das atenções, é atribuir ao outro a própria felicidade, é ser exagerada, incontida, impulsiva. Isso é maravilhoso, mas cá pra nós, ninguém consegue viver nessa montanha russa o tempo todo, nessa rotina frenética e intensa...daí vem o Amor, que é um suspiro de alívio, uma sensação de paz que traz consigo uma certa dose de maturidade, cumplicidade... é o Amor que te dá segurança emocional, que faz você perceber que ele estará ao seu lado, ainda que você acorde mal humorada, fique doente ou use pijamas de flanela. É o Amor que faz você se sentir compreendida e que te dá suporte, caso todo o resto esteja indo mal. É o Amor que te dá amparo pra enfrentar qualquer coisa, qualquer problema. Amar alguém e ser amado é isso. É confiar no outro e ser correspondida. É não se sentir sozinha. É saber que sua felicidade é prioridade pra ele e vice-versa.

Se o amor não for capaz de te dar isso, então não vale a pena continuar. Se além de todas as preocupações que temos no dia-a-dia, o relacionamento for mais uma constante preocupação e mais um motivo de estresse, então o Amor perde o seu sentido, a sua razão de ser. Não adianta continuar por medo de ficar sozinha. A solidão independe de estar ou não com alguém. Não viva acumulando mágoas, guardando ressentimentos, trocando ofensas... isso não é bom pra nenhum dos dois. E não pense que você deve bancar a Madre Teresa de Calcutá pra ser altruísta nessas horas. Se vc ama, então merece ser amada. Se não está sendo correspondida, seja corajosa e saia desse relacionamento. Talvez o problema não seja necessariamente ele ou você, em particular. Talvez vocês simplesmente não combinem. Talvez uma amizade seja a melhor saída. Só não saia acreditando que ele é o ultimo biscoito do pacote. Simples assim... bom, talvez nem tanto... Dói? Dói. Você vai chorar, vai ficar arrasada, vai achar que talvez nunca mais encontre alguém mais interessante e blá blá blás...mas no final das contas, o que sobrevive pra contar a história é a experiência, a sabedoria e a certeza de que nem mesmo os poetas morrem literalmente de amor.



Mônica M. Klein






Giovanni Lanfranco




Uma mulher invisível
Clique: http://youtu.be/WBSAVK2xLgU






El Dia Que Me Quieras
Clique: http://youtu.be/RmXCVOmOCPU
Acaricia meu sonho
O suave murmúrio de o teu suspirar
Como ri a vida
Se teus olhos negros me querem olhar
E se é meu amparo
O teu sorriso leve que é como um cantar
Ela acalma minha ferida
Tudo, tudo é esquecido.
O dia que me queira
A rosa que enfeita
Vestir-se-á de festa
Com sua melhor cor
O soar dos ventos
Dirão que já é minha
E as fontes loucas
Cantarão seu amor
A noite que me queira
Desde o azul do céu
As estrelas ciumentas
Olharão-nos passar
E um raio misterioso
Fará um ninho tem teu cabelo
Vagalume curioso
Que verá que é meu consolo

terça-feira, abril 19, 2011

Mineiro brincando de antônimo.

- Ô, Zé! Vâmu brincá di antômo?
- O que c'ocê falô???
- Brincá di antômo, sô! Qué dizê, uma coisa contráia da ôtra! Purixemplu: arto e baxo, forte e fraco....
- Ah, intindi! Intão, vâmu brincá! O que vai valê?
- Uma cerveja... Eu cumeço, tá?
Começaram a brincadeira:
- Gordo?
- Magro!
- Hômi?
- Muié!
- Preto?
- Branco!
- Verde?
- Verde? Nada disso! Verde é cor, num tem antômo, não!
- Craro que tem!
- Intão ixprica, sô!
- Maduro, ué....
- Ai, meo santin! Pirdi a aposta! Vâmu di novo, valendu ôtra cerveja?
Mais dessa veiz ieu cuméçu!
- Pódi cumeçá!
- Saúde?
- Duença!
- Moiádo?
- Seco!
- Agora ocê vai si lasca.
Qué vê só?
- Fumo?
- Não, não sinhô !!!
- Peraí, peraí... fumo num tem antômo!!!
- Craro qui tem, uai!
- Intão, diz aí, qualé o antômo de fumo?
- Vortemo!

segunda-feira, abril 18, 2011

Numa mesquita em Foz do Iguaçu
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“A morte de qualquer ser humano me diminui, pois estou envolto na humanidade; por isso nunca pergunte por quem dobram os sinos, pois eles dobram por você”.
John Donne






BEIJO

Num elevador estavam um argentino, um brasileiro, uma freira e uma garota. De repente, faltou energia no prédio e o elevador pára. Na escuridão do elevador, escuta-se o som de um beijo seguido de um tapa. Alguns instantes depois... novamente um beijo seguido de um tapa. A energia é restabelecida, a luz volta e todos no elevador ficam calados pensando o seguinte:
A freira: 'Um dos dois deve ter beijado a garota e ela revidou com dois tapas'.
A garota: 'Um dos dois deve ter tentado me beijar, acabou beijando a freira e levou dois tapas'.
O argentino: 'Esse brasileiro safado beijou a garota duas vezes e ela me deu dois tapas pensando ser eu'.
O brasileiro: 'Ha, ha, ha.... beijei a palma da minha mão duas vezes e lasquei dois tapas nesse argentino filho da puta!


Sigrid Arnoldson portrait, upload feito originalmente por Bergen Public Library.

"É muito fácil viver fazendo-se de tonto. Se o tivesse sabido antes, ter-me-ia declarado idiota desde a minha juventude, e poderia ser que, por esta altura, até fosse mais inteligente. Porém, quis ter engenho demasiado depressa, e eis-me aqui agora, feito um imbecil".
Fiodor Dostoievski (1821-1881)



Ouça - Maysa


Ouça

Maysa
Composição : Maysa

Ouça, vá viver
Sua vida com outro bem
Hoje eu já cansei
De pra você não ser ninguém

O passado não foi o bastante
Pra lhe convencer
Que o futuro seria bem grande
Só eu e você

Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar

Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar

Quando a lembrança
Com você for morar
E bem baixinho
De saudade você chorar

Vai lembrar que um dia existiu
Um alguém que só carinho pediu
E você fez questão de não dar
Fez questão de negar





Cornelis Kick




Bahia na mente, aquele abraço!
Clique: http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=290815

domingo, abril 17, 2011


Olof Nilsson, Kulladal, Skåne, Sweden, upload feito originalmente por Swedish National Heritage Board.



CÃS
Charles Fonseca

Tenho os cabelos encanecidos
Aceito o real dos anos idos
Recuso neles castanho avelãs
Falsa tintura de ilusões vãs.

Hoje os tenho ondulados livres
Liberto estou de ilusões que tive
Outra beleza neles resplandece
Do poeta silente que agora escreve.

Refletem agora luar de prata
Dourados foram na aurora da vida
Pretendo desta estar na quarta
A quinta que vier terá guarida.






A morte do cisne
Clique: http://youtu.be/RM2Aio9mvNE 







Pais registram denúncia de bullying em cartório

Clique: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110417/not_imp707297,0.php






Rock das Aranhas. Raul Seixas

Subi no muro do quintal
E vi uma transa
Que não é normal
E ninguém vai acreditar
Eu vi duas mulher
Botando aranha prá brigar...
Duas aranha, duas aranha
Duas aranha, duas aranha
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Meu corpo todo se tremeu
E nem minha cobra entendeu
Cumé que pode
Duas aranha se esfregando
Eu tô sabendo
Alguma coisa tá faltando...
É minha cobra, cobra criada
É minha cobra, cobra criada
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Deve ter uma boa explicação
O que é que essas aranha
Tão fazendo ali no chão
Uma em cima, outra embaixo
A cobra perguntando
Onde é que eu me encaixo?
É minha cobra, cobra criada
É minha cobra, cobra criada
Vem cá mulher deixa de manha
Minha cobra
Quer comer sua aranha...
Soltei a cobra
E ela foi direto
Foi pro meio das aranha
Prá mostrar como é
Que é certo
Cobra com aranha
É que dá pé
Aranha com aranha
Sempre deu jacaré...




Os porteiros


Os porteiros de cinema da minha adolescência foram os últimos exemplos de intransigência moral da nossa história. “Proibido até 18 anos”, sinal de que no filme — invariavelmente francês ou italiano — aparecia um seio nu, com sorte até dois, era proibido até 18 e não tinha conversa. Menores de 18 anos não podiam ver um seio nu na tela, sob pena de se costumarem e saírem a reivindicar seios nus na vida real.

Entre os 13 anos, quando tive minha primeira experiência sexual digna desse nome — com começo, meio, fim e, acima de tudo, parceira —, e os 18, vi exatamente 23 seios nus, contabilizados aí dez pares completos e três avulsos vistos fortuitamente (decote descuidado, etc.) que registrei como brindes.

Eram seios reais, vivos e palpitantes, não impressos, pintados, esculpidos, projetados numa tela ou sonhados. Desses 23 devo ter tocado nuns 14 (preciso consultar minhas anotações). Mas não adiantaria usar esta argumentação com o porteiro do cinema. Sustentar que os seios da Martinne Carol não teriam nada de novo para me dizer, pois não podiam ser tão diferentes assim dos da Ivani, não colaria.

Com menos de 18 anos não entrava e pronto. Pela lei, eu não tinha idade para ver seios. Se tivesse visto algum por minha conta, não era responsabilidade do porteiro.

Já porteiro de baile era mais, por assim dizer, conversável. O truque para convencê-lo a deixar você entrar no salão do clube sem convite era escolher um argumento — por exemplo “preciso entrar e dizer pra minha irmã que nossa mãe foi pro hospital” — e insistir, insistir sempre.

Oferecer propina não adiantava e, mesmo, quem tinha dinheiro?

Uma boa história podia despertar compaixão, ou pelo menos admiração pelo seu valor literário, no porteiro. Ou então o porteiro simplesmente cedia para livrar-se da insistência do postulante. “Entra, vai.”

Existia, no meu tempo de ir a bailes, um conversador de porteiro legendário. Especialista em entrar sem pagar ou sem convite que encarava cada porteiro como um desafio à sua criatividade e poder de persuasão, e que raramente falhava. Mas às vezes encontrava um porteiro que já o conhecia de outras tentativas. Certa vez ocorreu o seguinte diálogo:

— Você de novo?

— Desta vez é sério. Eu preciso entrar.

— Não.

— É uma questão de vida ou morte.

— Não.

— Minha namorada está aí dentro. Meu maior rival, um canalha, está aí dentro. Os dois podem estar dançando juntos neste momento. Tive uma briga com a namorada e preciso dizer pra ela que me arrependo. Que podemos voltar ao que era antes. Que ela não caia na conversa do canalha.

— Fale com ela amanhã.

— Não posso. Estou com uma doença terminal. Talvez não passe desta noite. Me deixa entrar?

— Não.

— Mas eu...

— Não.

— Está bem. Tome.

E tirou do bolso um convite, que deu para o porteiro. Tinha convite, mas entrar em baile sem precisar conversar o porteiro era contra os seus princípios.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/








Clique: http://youtu.be/eEn57cwEGsY
Alecrim, alecrim dourado
que nasceu no campo
sem ser semeado
Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim
Alecrim, alecrim miúdo
que nasceu no campo
perfumando tudo
Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim
Alecrim, alecrim aos molhos
por causa de ti
choram os meus olhos
Foi meu amor
que me disse assim
que a flor do campo é o alecrim





11. Roma e o Cristianismo - primeiras perseguições


Melitão, bispo de Sardes, cidade da Ásia Menor, escreveu uma carta para o imperador Marco Aurélio defendendo os cristãos perseguidos. Nesta carta, ele fala da providencial coincidência entre o nascimento do Império e o aparecimento do cristianismo. Jesus nasceu quando Augusto era imperador, e pregou no reinado de Tibério. A rápida expansão do cristianismo se deveu principalmente à unificação da bacia mediterrânea sob o poderio romano e às facilidades proporcionadas pelas estradas e rotas marítimas, que permitiam a rápida circulação de pessoas e idéias.

Mas quando foi que o Império começou a se dar conta da existência do cristianismo?

O documento oficial mais antigo falando dos cristãos é do ano 112: uma carta enviada a Trajano pelo procônsul da Bitínia, Plínio, o Jovem.

A opinião pública confundia os judeus com os cristãos. Geralmente ambos os grupos eram vítimas das mesmas acusações e maledicências. Mas em Roma a diferença foi percebida bem cedo. Em 49, Cláudio "expulsa de Roma os judeus que se agitavam por instigação de Crestos [Cristo?]" (Suetônio).

Nero começou a governar com a idade de 17 anos. Dirigiu o Imperium de 54 a 68. Mandou matar o irmão, a mãe e seu mestre, Sêneca (os dois últimos sob influência da sua amante, Popéia Sabina). Em 62 divorciou-se da mulher, Otávia, a qual fez exilar em Pandatária. Tantos crimes provocaram a indignação popular.

Foi na noite de 18 (ou 19?) de julho de 64 que as trombetas dos sentinelas começaram a ser ouvidas pelos quatro cantos de Roma. O fogo se espalhava rapidamente. Depois de cento e cinqüenta horas, quatro dos catorze bairros da cidade tinham sido completamente devorados pelas chamas, enquanto de sete só sobravam as paredes das edificações ou escombros inabitáveis.

Sobre as causas da calamidade circularam vários rumores. Alguns pensaram que tinha sido apenas um acidente. Mas atribuir ao acaso tamanha destruição não parecia uma hipótese muito plausível. Precisava-se de um culpado. E logo o seu nome começou a correr de boca em boca.

Seria o próprio Nero o responsável? Sabia-se que ele desejava demolir as velhas construções para edificar uma nova Roma. Talvez fosse um castigo dos deuses por causa dos crimes hediondos do imperador. Suetônio nos fala de um boato segundo o qual Nero teria permanecido em uma torre durante o incêndio, com roupas de teatro e uma lira, admirando o terrível espetáculo e entoando um poema de sua autoria sobre a conquista de Tróia e o fogo nela ateado pelos guerreiros de Agamenon.

Nero logo teve de arrumar um bode expiatório. Através de torturas e falsas testemunhas, obteve as "provas" para acusar os cristãos. As prisões ficaram lotadas a ponto de Tácito se referir aos encarcerados como uma "grande multidão". Sob acusação de "inimigos do gênero humano", os cristãos foram perseguidos.

Tertuliano fala de um instrumento jurídico instituído por Nero para legalizar a perseguição, o Institutum Neronianum, que afirmava a ilicitude do cristianismo ("non licet esse Christianos", não é lícito ser cristão). Mas os historiadores não são unânimes em reconhecer isto como fato.

Não apenas os cristãos eram trucidados, degolados e crucificados no circo de Nero (que ficava localizado onde hoje está a Basílica de São Pedro). Organizaram-se verdadeiras caçadas nos jardins do imperador, com fiéis fantasiados de animais. Foram encenadas as mais escabrosas cenas, copiando a mitologia pagã, onde os "atores", cristãos, eram humilhados e ultrajados de mil maneiras e com sadismo indescritível. Durante a noite, pelas alamedas, cristãos cobertos de pez e resina ardiam em chamas, queimados vivos, iluminando o caminho para a passagem da carruagem de Nero.

Pedro, em uma de suas epístolas, alude a esses terríveis sofrimentos. Mais tarde, quando João escrever o Apocalipse, a sua lembrança ainda será muito viva.

Nada mudou com Domiciano (81-96), que se autoproclamou "Dominus et Deus". Quando o século I termina, a fé cristã já começa a conquistar as classes mais altas, chegando até o palácio do imperador. Flávio Clemente, Flávia Domitila, parentes de Domiciano, e Acílio Glábrio, um dos cônsules de 91, eram cristãos. Para satisfazer a alegria das elites pagãs, o imperador massacra os fiéis, tomando seus bens e executando-os sob a acusação de ateísmo. Na Ásia a perseguição foi bem violenta.

Trajano (98-117), mais tolerante, responde a Plínio, o Jovem, em uma carta dizendo que os cristãos não deviam ser procurados e que as denúncias anônimas deviam ser ignoradas. Os cristãos convictos que se recusassem a abandonar suas crenças, no entanto, seriam punidos. O Rescrito de Trajano, como é conhecido este documento, estabeleceu jurisprudência.

 http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja/11.php#ixzz1JmFvtFvy

sábado, abril 16, 2011

Alá, meu bom Alá.
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O seu nome
João de Deus


Ela não sabe a luz suave e pura
Que derrama numa alma acostumada
A não ver nunca a luz da madrugada
Vir raiando, senão com amargura!

Não sabe a avidez com que a procura
Ver esta vista, de chorar cansada,
A ela... única nuvem prateada,
única estrela desta noite escura!

E mil anos que leve a Providência
A dar-me este degredo por cumprido,
Por acabada já tão longa ausência,

Ainda nesse instante apetecido
Será o meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu último gemido.



Slow attitude, Slow Food

Já vai pra 18 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra.
Então, nos processos globais, causa em nós, aflitos por resultados imediatos (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) uma ansiedade generalizada...
Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito. Neste prazo... os suecos discutem, discutem, fazem "n" reuniões, ponderações...
E trabalham num esquema bem mais "slow down"...
O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui...
E vejo assim:
1. o pais é do tamanho de São Paulo;
2. o pais tem 8 milhões de habitantes;
3. sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba que somos 2 milhões);
4. empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare,... nada mal, não?
Pra ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA... Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam nossos salários...
Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles...
Vou contar para vocês uma breve só pra dar noção...
A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, leve nevasca.
Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã perguntei:
"Vocês tem lugar demarcado para estacionar aqui? notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final..."
E ele me respondeu simples assim:
"É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?"
Olha a minha cara!!! Ainda bem que tive esta na primeira... deu pra rever bastante os meus conceitos...

L M C M - Volvo IT South America

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Slow Food

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food.
A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site, é muito interessante. Veja-o: www.slowfood.com).
O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.
A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida.
A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week em sua última edição européia.
A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qual idade de vida ou à "qualidade do ser".
Segundo a Business Week os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas, (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.
Essa chamada "slow attitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it Now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e "produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress".
Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anônimo.
Significa a retomada dos valores essenciais ao ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.
Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivo onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.
Será que os velhos ditados "Devagar se vai ao longe" ou ainda "A pressa é inimiga da perfeição" não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura?
Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de "qualidade sem-pressa" até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?
No filme "Perfume de Mulher", há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde:
"Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos..."
"Mas em um momento se vive uma vida" - responde ele, conduzindo-a num passo de tango.
E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.
Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.
Tempo todo mundo tem, por igual. Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon, "A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro".
Parabéns por ter lido até o final ... muitos não irão ler esta mensagem até o final, porque não podem "perder" o seu tempo neste mundo globalizado...
Pense reflita , até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família...
de ficar com a pessoa amada, de ir a missa/igreja nos domingos, ir pescar no fim de semana ...
Poderá ser tarde de mais...


Arquitetura

quinta-feira, abril 14, 2011


Mr and Mrs Fröding, Kummelnäs, Uppland, Sweden, upload feito originalmente por Swedish National Heritage Board.




O Grade Ditador. Charles Chaplin.
Clique: http://youtu.be/CTv-4Xm3P0Q





MEU APELIDO É CHAMEGO
Charles Fonseca

Confidência só ao pé do ouvido, ouvida em pé e sem olvido. Olhares só aos milhares, olfato só ao jasmim que me encantou e que mora em mulher que habita em mim, só ela aqui, no lado esquerdo do peito e que com por e através dela componho. O meu amor transborda e o cálice-mel da vida faz o fel dela ir-se embora antes da hora mas a vida é tão curta pra tanto cheirinho de murta. Curto mais vida após tantas mortes curtas. Sendo assim, chegue-se a mim. A ti meu aconchego. Há muita chama. Meu apelido é Chamego.



Arte-educação: ensinamentos que transformam 
Clique:  http://youtu.be/JsVHAU3QDcM



Alienação parental
2. Causas determinantes do processo de alienação

Malgrado o objetivo da alienação seja sempre o mesmo – o banimento do outro genitor da vida do filho, as razões que levam o genitor alienante a promovê-la se denotam bastante diversificadas. Pode resultar das circunstâncias e/ou, de se tratar o genitor alienante de pessoa exclusivista, ou ainda, que assim procede motivado por um espírito de vingança ou de mera inveja.
Muitas vezes o afastamento da criança vem ditado pelo inconformismo do cônjuge com a separação; em outras situações, funda-se na insatisfação do genitor alienante, ora com as condições econômicas advindas
do fim do vínculo conjugal, ora com as razões que conduziram ao desfazimento do matrimônio, principalmente quando este se dá em decorrência de adultério e, mais freqüentemente, quando o ex-cônjuge prossegue a relação com o parceiro da relação extra-matrimonial.
Neste último caso, o alijamento dos filhos de um dos pais resulta de um sentimento de retaliação por parte do ex-cônjuge abandonado, que entrevê na criança o instrumento perfeito da mais acabada vindita. Pode
suceder, também, que a exclusividade da posse dos filhos revele-se como conseqüência do desejo de não os ver partilhar da convivência com aqueles que vierem a se relacionar com o ex-cônjuge –
independentemente de terem sido eles os responsáveis pelo rompimento do vínculo matrimonial. Em outra hipótese, não de rara ocorrência, a alienação promovida apresenta-se como mero resultado da posse exclusiva que o ex-cônjuge pretende ter sobre os filhos.
São situações que se repetem na prática, muito embora os motivos que as ditem mostrem natureza diversa: às vezes é a solidão a que se vê relegado o ex-cônjuge, especialmente quando não tem familiares próximos
– isolamento que o leva a não prescindir da companhia dos filhos; outras vezes é a falta de confiança, fundada ou infundada, que o ex-cônjuge titular da guarda nutre pelo ex-consorte para cuidar dos filhos; outras vezes é a falta de confiança, fundada ou infundada, que o excônjuge titular da guarda nutre pelo ex-consorte para cuidar dos filhos. Em determinadas situações, a alienação representa mera conseqüência do desejo de o alienante deter, apenas para si, o amor do filho, algumas outras vezes resulta do ódio que o genitor alienante nutre pelo alienado, ou mesmo do simples fato de o alienante julgar o outro genitor indigno do amor da criança. A depressão, de que pode padecer o progenitor alienante, também é apontada como motivadora da alienação parental, assim como a dificuldade de relacionamento entre os pais. Às vezes, até mesmo a diversidade de estilos de vida é tida como causa da alienação parental e, quando isso ocorre, tal se dá diante do receio que tem o alienante de que a criança possa adotar ou preferir aquele modus vivendi por ele não adotado.
Lamentavelmente, em alguns casos, o fator responsável pela alienação é o econômico: o genitor alienante objetiva obter maiores ganhos financeiros, ou mesmo outros benefícios afins, à custa do afastamento da criança do genitor alienado. Em circunstâncias como essas, se o genitor alienado resistir à chantagem, as
portas para a síndrome estarão abertas9.
Quando provocada especificamente pelo pai, a alienação parental ora vem motivada pelo desejo de vingança pela separação, ou pelas causas que a determinaram (e.g. adultério), ora pela necessidade de
continuar mantendo o controle sobre a família, e até mesmo para evitar o pagamento de pensão alimentícia.
A alienação parental – seja ela induzida pelo pai ou pela mãe e malgrado motivada por fatores diversos – produz os mesmos sintomas na criança e a afeta de igual modo10.
Todas essas circunstâncias, oriundas de atitude imatura e egoísta, acabam dando ensejo ao alijamento pretendido e, por conseqüência, à síndrome. Se, por um lado, logra o genitor alienante prejudicar o alienado, por outro, torna a criança vítima dessa situação. A partir daí, como veremos, as conseqüências para os filhos – ainda que a ruptura da convivência com o outro progenitor não seja absoluta – são as mais graves possíveis.

http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1174.pdf





Abraham Janssens




DESCONVITE


Depois de convidado para ser patrono dos formandos dos Cursos de Administração, Jornalismo e Turismo 2005-2 da Universidade Estácio de Sá de Santa Catarina, o Professor Rubens de Oliveira recebeu uma mensagem eletrônica desconvidando-o, de forma cortês, pelo fato dele ter contribuído com pequena quantia de dinheiro para as festividades.

Em resposta, o desconvidado aceita o desconvite e desanca os convidantes.

Como é atual essa história de paraninfo e dinheiro, de forma expressa ou implícita, vale a pena ler a troca de correspondências entre os estudantes e o mestre desconvidado

E-MAIL DA COMISSÃO DE FORMATURA:

Excelentíssimo Dr. Professor Rubens Araújo de Oliveira

Assunto: Desconvite Patrono Estácio Data: 02/12/2005

Nós da comissão de formatura 2005/2 dos cursos de Administração, Turismo, Jornalismo e GSI da faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, vimos por intermédio desta, comunicá-lo de uma situação que nos deixa muito constrangidos e de certo modo frustrados: Há alguns meses, em visita pessoal entre os membros da comissão de formatura a Vossa Senhoria, solicitamos e fomos prontamente atendidos e correspondidos na solicitação do convite, que muito nos honraria para homenageá-lo como Patrono das turmas acima mencionadas.

Até então, também foi abordado a possibilidade de um auxílio para amenizar os custos referentes à formatura.

Hoje pela manhã, fomos informados formalmente que o auxílio que poderia ser repassado aos formandos seria de R$ 1.000,00, que entendemos que esteja dentro das suas atuais possibilidades financeiras.

Ao repassar esta informação, a comissão e os demais formandos ficaram em uma situação delicada em face da dificuldade em completar o orçamento.

Os mesmos reagiram e sugeriram o auxílio de outra pessoa, que era também cogitado a ser homenageado, cujo valor disponibilizado amortizará o custo relativo ao local da colação de grau, pois contávamos com a disponibilidade do novo auditório da Estácio. Então, diante desta situação extremamente complicada, nós, da comissão, acatamos o que a maioria dos formandos optou, que é de homenagear como Patrono a outra pessoa que fará uma contribuição mais elevada.

Gostaríamos de agradecer o aceite e o comprometimento, nos desculpar pela alteração e pelo não cumprimento do convite que fora gentilmente aceito pelo senhor, mas diante dos fatos, a maioria decidiu que seria mais justo homenagear a pessoa que se propôs a fazer a maior contribuição para com os formandos.

Ficamos no aguardo de um retorno do recebimento deste.

Atenciosamente,

Comissão de formatura 2005/2

RESPOSTA DO PROFESSOR:

Prezados Acadêmicos da Comissão de Formatura dos Cursos de Administração, Jornalismo e Turismo 2005-2,

Vocês não devem se sentir constrangidos. Frustrados, sim; constrangidos, nunca! Quem sabe este constrangimento não se trata de vergonha! Ou falta de caráter! Ou ainda falta de ética! Entendo que estou "desconvidado" para ser Patrono. Em minha vida de quase 30 anos como professor, devo ter sido patrono, paraninfo, nome de turma e homenageado - dezenas de vezes. Jamais imaginei que formandos convidassem e "desconvidassem" patronos por dinheiro! Enfim, sempre há uma primeira vez para tudo. Se eu utilizasse a mesma moeda (literalmente) é uma pena não ter sido comunicado antes... Neste caso, por idêntico critério não teria pago minha parte como "patrono" na última festinha de confraternização dos formandos.

Meus queridos ex-futuros afilhados: Eu é que me sinto constrangido. Decepcionado. Surpreso. Triste, mesmo! Constrangido porque pensei que o convite realizado fosse uma homenagem ao Ex-Diretor Geral da Estácio pela sua capacidade de administrar e levar adiante um projeto que em cinco anos tornou-se a maior escola de administração de SC.

Todos os cursos que ora estão se formando obtiveram a nota máxima de avaliação do MEC. Patrono é isso: uma pessoa que os formandos entendam deva ser exemplo na área de atuação dos cursos.

Decepcionado porque pensei que nossos alunos honrassem o título de Bacharel após quatro anos muita de luta e sacrifício. Patrono é isso: uma pessoa que dignifica a profissão. Surpreso porque jamais imaginei ter sido "comprado" como Patrono. Isto é, fui "eleito“ pelos formandos somente porque iria dar dinheiro para a formatura. Patrono não é isso. Patrono não se vende.

Triste porque vejo que não consegui - após quatro anos de curso superior - mudar os valores de alguns alunos da Estácio SC. Patrono é isso: uma pessoa que possui valores que prezam pela ética, moral, honra e palavra.

Sinto-me aliviado. Dormirei melhor...

Não consegui comprá-los por R$ 1.000,00. Obviamente a honraria de ser patrono vale muito mais que isso. Tivesse eu as qualidades de um patrono acima citadas - talvez me sentisse "enojado" com a situação. Como não as possuo, sinto-me aliviado em ter poupado um dinheirinho que seria gasto com pessoas das quais me envergonho ter sentido alguma consideração de relacionamento.

Assim sendo, e como não resta alternativa, com muita alegria aceito o "desconvite".

Entendo que outros formandos não devem compartilhar da mesma opinião dessa Comissão. A estes desejo sucesso e sorte.

À Comissão de Formatura e aos outros que trocaram o patrono por dinheiro o meu desprezo. Seguramente a vida lhes ensinará o que a faculdade não conseguiu!

Por último, desejo a todos a felicidade da escolha de um Patrono bem rico! Que ele possa pagar todas as despesas e contas... Seguramente a maior qualidade do homenageado!

Que tenham uma excelente formatura.

Estarei lá, presente, na qualidade de professor da Estácio.

Digam ao acadêmico orador que, em seu discurso, não fale em qualidades dignas do ser humano, muito menos em decência, honra, moral e ética. Se assim o fizer, irei aparteá-lo e chamá-lo de mentiroso!

Atenciosamente,

Prof. RUBENS OLIVEIRA, Dr. Ex-futuro Patrono dos Cursos de Administração, Jornalismo e Turismo da Estácio de SC.

http://www.sotextos.com/desconvite.htm






Você gosta de mordomia?
Clique: http://youtu.be/3aC4A7bSnXU



Sanfoneiro canta/toca New York, New York
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Espetáculo “Fim de Partida” celebra 30 anos da Companhia de Teatro da UFBA

11/04/2011 Do iBahia, por Emília Oliveira

Em celebração aos 30 anos da Companhia de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Harildo Déda, Gideon Rosa, Gil Teixeira e Maria de Souza encenam uma obra prima de Samuel Beckett, mestre do 'Teatro do Absurdo'. A montagem 'Fim de Partida' tem direção de Ewald Hackler e apresenta uma tragicomédia que aborda o enigma da existência humana, numa atmosfera de pós-guerra.

'Teatro do Absurdo', termo criado pelo crítico austríaco Martin Esslin (1918-2002), caracteriza o espetáculo que trata de forma inusitada a realidade. Nascido do surrealismo, com forte influencia do drama existencialista, o 'Teatro do Absurdo' explora sentimentos humanos e propõe revelar o inusitado mostrando as mazelas humanas e tudo que é considerado normal por uma sociedade hipócrita.

O espetáculo 'Fim de Partida', contemplado pelo edital Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2009, estreia no Teatro Martim Gonçalves nesta terça-feira, 12 de abril, às 20 horas, com entrada gratuita, e seguem em temporada, de terça a domingo, no mesmo horário, até dia 01 de maio.

Companhia de Teatro da UFBA - No mesmo ano que foi inaugurada a Escola de Teatro da UFBA, Eros Martim Gonçalves, fundador e primeiro diretor da instituição, criou o grupo A Barca para alinhar o ensino teórico a prática e profissionalizar as artes cênicas local. Com a participação de professores, alunos e funcionários, foram realizadas inúmeras montagens inéditas e releituras da dramaturgia universal. Apesar de toda efervescência, com a saída de Martim Gonçalves da direção da Escola, o grupo não prosseguiu e se dissipou sete após a formação.

Em 1981, nasce a herdeira direta da A Barca, a Companhia de Teatro da UFBA com a participação de discentes, docentes, demais empregados e artistas convidados. Ao longo das três décadas, o grupo montou 38 espetáculos. Entre eles destacam-se a peça inaugural Seis Personagens à Procura de um Autor, A Caverna, O Menor Quer Ser Tutor, Mãe Coragem e Arte. Essas produções reuniram nomes consagrados como Carlos Petrovich, Nilda Spencer, Wilson Melo, Yumara Rodrigues, Márcio Meirelles, Iami Rebouças, e tantos outros, que fortaleceram o teatro baiano e acumularam diversos prêmios.

http://ibahia.globo.com/revistacultural/noticia/default.asp?codigo=238433