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quinta-feira, março 31, 2011

Magnificat. Álvaro de Campos. Poesia

Magnificat
Álvaro de Campos

Quando é que passará esta noite interna, o universo,
E eu, a minha alma, terei o meu dia?
Quando é que despertarei de estar acordado?
Não sei. O sol brilha alto,
Impossível de fitar.
As estrelas pestanejam frio,
Impossíveis de contar.
O coração pulsa alheio,
Impossível de escutar.
Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro sem drama,
E recolherei a casa?
Onde? Como? Quando?
Gato que me fitas com olhos de vida,
Quem tens lá no fundo?
É esse! É esse!
Esse mandará como Josué parar o sol e eu acordarei;
E então será dia.
Sorri, dormindo, minha alma!
Sorri, minha alma, será dia!







GUIANA - País da América do Sul, banhado pelo Atlântico, limitado a leste pelo Suriname, ao sul e sudoeste pelo Brasil e a oeste pela Venezuela. Seu nome vem da palavra tupi wayana, que significa "terra das águas". Isto por conta de seu território ficar entre o Amazonas e o Orinoco, além também possuir vários rios em seu interior. Há também uma versão que diz ser o nome originado dos índios guaianos, guianás ou guaianases, que vivem às margens do Rio Orinoco.



Antes de ser avistada por em 1498 por Cristóvão Colombo, em sua terceira viagem ao continente americano, quando aportou na foz do Orinoco (chamado pelos nativos de Orinocu, Jupari e Baraguan). No ano seguinte, por ali esteve o navegador espanhol Alonso de Ojeda, com Américo Vespúcio a bordo. Ojeda descobriu, inclusive, a foz do Rio Essequibo, (que ele chamou de 'Dulce', mas este nome não prevaleceu), em terras onde hoje está a Guiana. Em janeiro de 1500, Vincente Pinzón por ali também esteve, costeando o litoral norte da América do Sul, chegando inclusive ao Brasil, na altura do Ceará (embora haja quem diga ter ele atingido o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, mas é pouco provável).


Outros navegadores estiveram pela região, incluindo Francisco de Orellana, que procurava por El Dorado, lugar e personagem mitológico que presumivelmente teria existido naquela região. Como o lugar pareceu ser inóspito, sem riquezas naturais que pudessem ser exploradas, em que pese a lenda de El Dorado, o lugar foi deixado de lado pela Espanha e ficou sendo conhecido como 'costa selvagem'. Houve até uma tentativa, em 1531, com a concessão de exploração do lugar sendo concedida a Diego Hernández de Serpa, que governaria e exploraria a região que tinha sido batizada como Nova Andaluzia. Entretanto, nada foi feito neste sentido.


Ainda no Século XVI, holandeses estiveram ali e iniciaram uma colonização no trecho entre o Essequibo e o Demerara. No século seguinte, navegantes ingleses chegaram à região, com o objetivo de explorá-la. Em 1604, Charles Leigh tomou posse, em nome do rei, da margem esquerda do baixo Oiapoque, estabelecendo ali uma colônia com 76 homens. Em 1627, o almirante holandês Lucifer encontrou a área abandonada, passando a explorá-la, deixnado ali Jan van Ryen. Era parte da estratégia da Companhia das Índias Ocidentais holandesa (havia uma inglesa), que visava levar guerra às colônias espanholas, explorar o comércio de madeira, corantes, se possível ocupar terras estabelecendo agricultura escrava negra, cultivando algodão, cana-de-aúcar e tabaco.


Porém, em 1814, a Holanda cedeu a regiãoem torno da foz do rio Essequibo aos ingleses, que a batizaram oficialmente de Guiana Inglesa em 1831. Procedendo como de hábito, quando não encontravam mão-de-obra indígena local, os ingleses importaram escravos d'África para as lavouras da colônia. Em 1837, com a abolição da escravidão, ingleses trouxeram trabalhadores indianos, chineses e javaneses para substituírem os negros nas plantações do interior. Esses traslados de consideráveis contingentes humanos são responsáveis pela pouca homogeneidade da população do país.


A partir da segunda metade do século XX, começou a haver na colônia aspirações de independência. Em 1950, Cheddi Jagan fundou o Partido Progressista Popular, grupo político formado principalmente, pela população de origem mestiça, apresentando um programa calcado em reformas sociais de base, além de ser partidário da independência. O Congresso Nacional Popular, partido dos negros, comandado por Forbes Burnham e menos incisivo em suas aspirações, conseguiu o apoio da população branca, formada principalmente por descendentes de ex-imigrantes contratados, vindos da Ilha da Madeira no século XIX. Jagan ganhou as eleições de 1961, mas vários distúrbios de caráter racial retardaram a Independência. Jagan venceu as novas eleições em 1964. Pouco depois, o governador inglês nomeou Burnham como primeiro-ministro. Em 1966 o país alcançou sua Independência mantendo-se como membro da Commonwealth. Atualmente, Bharrat Jagdheo está na presidência, com Samuel Hinds como primeiro-ministro.
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php





Jorge Mautner






Degustação de vinho em Minas
Luiz Fernando Veríssimo

- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que êsse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...




Andries Van Eertvelt



Evangelho Lc:11,14-23

14. Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas.

15. Alguns, porém, disseram: “É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.

16. Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.

17. Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: “Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra.

18. Ora, se até Satanás está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios.

19. Se é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.

20. Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.

21. Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão seguros.

22. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura em que confiava e distribui os despojos.

23. Quem não está comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha.

quarta-feira, março 30, 2011

"Wild Eye", the Souvenir King. Fotografia


"Wild Eye", the Souvenir King, upload feito originalmente por National Media Museum.
Clique: Suely Monteiro Café Filosófico: CRISTIANISMO E FILOSOFIA PATRÍSTICA.Últimos patrísticos latinos e gregos, ou primeiros medievais.



Andrea Da Murano



Evangelho
Mt:5,17-19

17. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir.

18. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça.

19. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.











Mãe
Cora Coralina

Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.

Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.






 


Que será, será.




SURINAME - País sul-americano banhado pelo Oceano Atlântico ao norte e limitado a leste pela Guiana Francesa, a sul pelo Brasil e a oeste pela Guiana.


Toda a região norte da América do Sul foi povoada pelos índios caribes, que além de guerreiros, se dedicavam à pesca a à agricultura. Embora tenha sido descoberto pelos espanhóis, foram os holandeses que colonizaram o atual Suriname, a partir do Século XVII, com a assinatura do Tratado de Breda, em 1667. Ali instalaram um entreposto para o comércio de escravos.

Em 1863, as colônias holandesas aboliram a escravidão negra, substituindo-a por mão-de-obra semi-escravizada de imigrantes indianos e javaneses. Assim foi na Guiana Holandesa, que acabou por desenvolver uma etnia complexa formada por indianos, que devido a razões culturais, não se mestiçaram, javaneses, criollos, descendentes de escravos negros, negros cimarrones, descendentes de escravos que fugiram, se embrenhando na selva, indígenas e uma minoria branca de origem européia. Esta complexidade étnica dificultou a criação de uma consciência nacional. Com isto, partidos políticos foram surgindo em torno das comunidades raciais.

Depois de se tornar numa parte autônoma do Reino dos Países Baixos, em 1954, a Guiana Holandesa conseguiu a independência em 1975, adotando o nome de Suriname. Por ocasião do movimento de independência, muitos surinameses, especialmente os de classe média, aproveitaram que tinha nacionalidade holandesa e emigraram para o país europeu, o que provocou uma grave escassez de mão-de-obra no novo país.

Um regime militar dirigido por Desi Bouterse governou o país, nos anos 80, até que a democracia foi restabelecida em 1988. Atualmente, está na presidência Dési Bouterse.
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php











Você não sabe o que é a morte, então você não tem de ter medo da morte. Você tem de ter medo é da desonra, dela você tem de ter medo, isso mata você.
José Alencar, ex-vice-presidente da República

terça-feira, março 29, 2011

Lagoa da Conceição, eu e Freud. Charles Fonseca. Fotografia

O cordão partido
Bertolt Brecht


O cordão partido pode ser novamente atado
Ele segura novamente, mas
Está roto.
Talvez nos encontremos de novo, mas
Ali onde você me deixou
Não me achará novamente.







Man in a satin-faced coat, holding a cane, upload feito originalmente por State Library and Archives of Florida.
Sancionada lei que dá aos avós direito de visitar netos

Clique: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/










Evangelho
Mt:18,21-35

21. Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”

22. Jesus respondeu: “Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes.

23. O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos.

24. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável.

25. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida.

26. O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’.

27. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida.

28. Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.

29. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’.

30. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo.

31. Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo.

32. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste.

33. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?

34. O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida.

35. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.





Gal Costa. Vaca Profana







Florianópolis
(wikipedia)

Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina e uma das três ilhas-capitais do Brasil. Destaca-se por ser a capital brasileira com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH), da ordem de 0,875, segundo relatório divulgado pela ONU em 2000. Esse índice também a torna a quarta cidade brasileira com a melhor qualidade de vida, atrás apenas das cidades de São Caetano do Sul e Águas de São Pedro, no estado de São Paulo, e Niterói, no estado do Rio de Janeiro.[7]

Localiza-se no centro-leste do estado de Santa Catarina e é banhada pelo Oceano Atlântico. Grande parte de Florianópolis (97,23%) está situada na Ilha de Santa Catarina, possuindo cerca de 100 praias, consideradas também as continentais.
Possui, segundo o Censo IBGE do ano de 2010, uma população de 421.203 habitantes. Sua região metropolitana possui 1.012.831 habitantes
A imagem "cartão-postal" que a identifica é a famosa Ponte Hercílio Luz, inaugurada em 1926, tendo sido a primeira ligação rodoviária entre a ilha e o continente.
Originalmente denominada "Ilha de Santa Catarina", já que Francisco Dias Velho, o fundador do povoado, chegou ao local no dia de Santa Catarina. Ela continuou por muito tempo sendo assim chamada, inclusive ao se tornar vila com o nome de Nossa Senhora do Desterro. Fato que comprova é que até mesmo nas correspondências oficiais ainda se mencionava a Ilha de Santa Catarina, nome com que nas cartas de navegação da época ela era descrita. Com a Proclamação da República a vila elevou-se a cidade, quando decidiram fortalecer o nome correto, mas agora passando apenas a se chamar "Desterro", nome esse que desagradava aos moradores, pois este termo lembrava "desterrado", ou seja, alguém que está no exílio ou que era preso e mandado para um lugar desabitado. Esta falta de gosto pelo nome fez com que algumas votações acontecessem para uma possível mudança. Uma das sugestões foi a de "Ondina", nome de uma deusa da mitologia que protege os mares. Este nome foi descartado até que, com o fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto, Hercílio Luz mudou o nome para Florianópolis. Mas é preciso que se diga que Floriano Peixoto não era uma autoridade com popularidade na cidade e enfrentou grande resistência de seu governo em Desterro. Como a cidade era um dos principais pontos que se opunham ao presidente, este mandou um exército para a cidade para que fosse derrubada esta resistência. Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida.





Mary Cassatt






OITIVA
Charles Fonseca

Quem é ela, quem é ela
Que à noite me acorda
Entre beijos me aborda
Foge o sono eu à janela?

Quem foi ela, quem foi ela
Que me disse não te deixo
E agora em desleixo
Me esqueceu meia tigela?

Quem será quem é quem foi
Esta musa tão distante
Não a esqueço um instante
Eu a amo e quem sois?

Neste sonho por quimera
Faço versos à deriva
Sou qual barco e em oitiva
Te pergunto, onde ela?

segunda-feira, março 28, 2011

Fotografia





"Que a nossa mensagem seja a nossa própria vida."
Gandhi





Lagos andinos. Ó., upload feito originalmente por Charles Fonseca.





Nem médicos reconhecem a dislexia

Clique: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,nem-medicos-reconhecem-a-dislexia,698255,0.htm





AFEGANISTÃO
País da Ásia Central, com fronteiras ao norte com o Turcomenistão, Uzbequistão, Tadjiquistão e China; a leste e sul com o Paquistão e a oeste com o Irã. Seu nome deriva, na versão mais aceita historicamente, do sânscrito Avagana (nome dado pelo astrônomo hindu Varahamira, no Século VI da era Cristã) e do persa stan (país, terra). A ocupação da área onde hoje está o país afegão data de mais de 2500 anos. As próprias características de seu território foram se alterando ao longo do tempo: as planícies que circundam as muitas montanhas outrora foram férteis e verdejantes, passando ao longo do tempo para o aspecto árido e desértico que se vê atualmente.


Nas fontes históricas, ele aparece primitivamente como área ocupada, em tempos anteriores à dinastia persa dos Aquemênidas (por volta do Século VII a.C.). Com o Rei Ciro II da Pérsia, aquelas terras foram anexadas ao Império Persa até o tempo de Dario III, derrotado por Alexandre, o Grande, em 330 a.C. Com a retirada do conquistador macedônio, ficou ali um núcleo colonial que posteriormente se transformou em reino independente.

Em 128 a.C., exércitos dos Yüe-chih ocuparam a região, erigindo ali um império Kushan que durou 800 anos. O Afeganistão, a esta época, teve importante papel na difusão do budismo para além das fronteiras da Índia, especialmente pelas caravanas que passavam por ali a caminho da China. Data desta época a construção de estátuas de Buda que só recentemente foram destruídas pelo Talibã.

A partir daí, a terra dos afegãos foi sucessivamente invadida por persas, hunos, turcos até a chegada de árabes islâmicos, no Século VIII, que determinaram a religião local predominante até dias atuais. No Século XI, aquelas terras foram ocupadas e dominadas por Genghis Khan, anexando o Afeganistão ao Império mongol por mais de 100 anos. Por esta época, estiveram lá os viajantes Marco Polo (1275) e Ibn Bah uta (1335), que inclusive descreveu uma tribo de fronteira "os afegãos" como tendo causado grandes baixas em sua caravana. Foi esta a primeira menção histórica ao gentílico do povo daquele lugar.

No final do Século XIV, aquela região caiu sob o domínio do mongol Tamerlão (Timur-i-lenk) e seus descendentes que ali permaneceram até o Século XVI, quando foram derrotados por outro conquistador mongol, Babur, que iniciou um império na região, com capital na cidade indiana de Agra. Ali permaneceriam por cerca de 300 anos. No Século XVIII, o salteador turco Nadir Quli Beg assumiu o controle da região como rei da Pérsia, Afeganistão e Índia, com o nome de Nadir Shah. A partir dali, uma série de Xás se sucederiam e seriam destronados, até que a região entrou sob o domínio britânico, em meados do Século XIX. O Afeganistão era uma área estratégica vital para quem quisesse dominar a Índia ou estabelecer domínio na Ásia Central. Por conta disso, passou também a interessar à Rússia. Com isto, o Afeganistão passou a ser palco de sucessivas guerras por sua dominação, até que em 1887, em um acordo entre o Reino Unido e a Rússia ficou estabelecido que o Afeganistão seria área de influência britânica, e assim o foi até 1919, quando tornou-se independente. A partir dali, sucederam-se vários reis no comando do país. Em 1979, a então União Soviética invadiu o Afeganistão para apoiar o regime comunista afegão que tinha se instalado no país no ano anterior. Esta dominação soviética durou dez anos, com forte resistência dos rebeldes locais, os mujahedin, que contaram com o apoio do mundo ocidental. O movimento fundamentalista denominado Talibã tomou o país, entre 1996 e 1998.

Após os ataques realizados em 11 de setembro de 2001, uma aliança internacional comandada pelos Estados Unidos invadiu o país, derrotando a República Islâmica lá instalada. Desde dezembro de 2004, Hamid Karzai é o primeiro presidente eleito do Afeganistão.

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Leandro Bassano



Temei, Penhas...
Claudio Manoel da Costa

Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!

Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;

Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.





Último Desejo - Roberta Miranda







Evangelho
Lc:4,24-30

24. E acrescentou: “Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra.

25. Ora, a verdade é esta que vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e uma grande fome atingiu toda a região, havia muitas viúvas em Israel.

26. No entanto, a nenhuma delas foi enviado o profeta Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia.

27. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi curado, senão Naamã, o sírio”.

28. Ao ouvirem estas palavras, na sinagoga, todos ficaram furiosos.

29. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no para o alto do morro sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de empurrá-lo para o precipício.

30. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.

domingo, março 27, 2011




Grato a Nemisia pelo link que aí embaixo engrandece a alma
SINOPSIS: En la época de Brezhnev, Andrei Filipov era el mejor director de orquesta de la Unión Soviética y dirigía la célebre Orquesta del Bolshoi. Pero en plena gloria, tras renunciar a separarse de sus músicos judíos, entre los que estaba su mejor amigo Sacha, fue despedido. Treinta años después, sigue trabajando en el Bolshoi, pero ahora... como limpiador. Una noche que Andrei se queda hasta tarde sacando brillo al despacho del jefe supremo encuentra un fax dirigido a la dirección del Bolshoi: se trata de una carta del Teatro de Châtelet invitando a la orquesta oficial a que vaya a dar un concierto a París... De repente, a Andrei se le ocurre una idea loca: ¿por qué no reunir a sus antiguos compañeros músicos, que viven de hacer trabajillos y chapuzas, y llevarlos a París, haciéndoles pasar por el Bolshoi? La tan esperada ocasión de tomarse la revancha por fin ha llegado.

Síndrome de alienação parental
Priscila Maria Pereira Corrêa da Fonseca

1. Conceito
Uma vez consumada a separação do casal e outorgada a guarda dos filhos a um dos ex-consortes, assiste ao outro, como cediço, o direito-dever de com eles estar. É o chamado direito de visitas, o qual não
compreende, ao contrário do que possa parecer, apenas o contato físico e a comunicação entre ambos, mas o direito de o progenitor privado da custódia participar do crescimento e da educação do menor. Trata-se de uma forma de assegurar a continuidade da convivência entre o filho e o genitor não-guardião, ou seja, do vínculo familiar, minimizando, assim, a desagregação imposta pela dissolução do casamento. O regime de visitas estabelecido no acordo de separação ou determinado pelo juiz objetiva, desse modo, não apenas atender os interesses e as necessidades do genitor não-titular da guarda, mas principalmente aqueles referentes ao próprio menor. Por essa razão, o exercício do direito de visitas não pode ser embaraçado ou suprimido, a não ser que circunstâncias extremamente graves assim recomendem. Lamentavelmente, e com maior freqüência do que se supõe, reiteradas barreiras são postas pelo guardião à realização das visitas. Como se demonstrará mais adiante, não são poucos os artifícios e manobras de que se vale o titular da guarda para obstaculizar os encontros do ex-cônjuge com o filho: doenças inexistentes, compromissos de última hora, etc. E o que é pior e mais grave: tais impedimentos vêm ditados por inconcebível egoísmo, fruto exclusivo da animosidade que ainda reina entre os ex-consortes, sendo certo que, sem qualquer pejo, em nome de tais espúrios sentimentos, a criança é transformada em instrumento de vingança. Esquecem os genitores que a criança, desde o nascimento, tem direito ao afeto, à assistência moral e material e à educação1. E não é por outra razão que a Constituição Brasileira no art. 227 estabelece ser “dever da família (...) assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito (...) à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”2. Pois bem, o ex-consorte – geralmente o detentor da custódia, que intenta afastar o filho do relacionamento com o outro genitor –, promove aquilo que se denomina alienação parental. Essa situação pode dar ensejo ao aparecimento de uma síndrome, a qual exsurge do apego excessivo e exclusivo da criança com relação a um dos genitores e do afastamento total do outro. Apresenta-se como o resultado da conjugação de técnicas e/ou processos que, consciente ou inconscientemente, são utilizados pelo genitor que pretende alienar a criança, a que se alia a pouca vontade da criança em estar com o genitor não-titular da guarda. Nos EUA, denomina-se “alienador ingênuo” (naive alienator) aquele que procura, inconscientemente, afastar o outro genitor do convívio com o filho. A criança que padece do mal se nega terminante e obstinadamente a manter qualquer tipo de contato com um dos genitores, independentemente de qualquer razão ou motivo plausível3. Cuida-se, na verdade, de um sentimento de rejeição a um dos genitores, sempre incutido pelo outro genitor no infante, fato que, em um primeiro momento, leva o petiz a externar – sem justificativas e explicações plausíveis – apenas conceitos negativos sobre o progenitor do qual se intenta alienar e que evolui, com o tempo, para um completo e, via de regra, irreversível afastamento, não apenas do genitor alienado, como também de seus familiares e amigos. Essa alienação pode perdurar anos seguidos, com gravíssimas conseqüências de ordem comportamental e psíquica, e geralmente só é superada quando o filho consegue alcançar certa independência do genitorguardião, o que lhe permite entrever a irrazoabilidade do distanciamento a que foi induzido. A esse processo patológico dá-se o nome de síndrome de alienação parental, identificada em 1985 pelo professor de Psiquiatria Infantil da Universidade de Columbia (EUA), doutor Richard A. Gardener4. Do ponto de vista médico, relativamente à criança, a síndrome é uma forma de abuso emocional5, punidanos EUA, segundo o Family Court Act, com a perda da guarda e a supressão do direito de visitas por parte do genitor responsável pela alienação6. Àquele que busca arredar a presença do outro
genitor da esfera de relacionamento com o filho outorga-se o nome de “progenitor alienante” e ao outro, de cujo contato se subtrai a criança, de “progenitor alienado”. Geralmente o papel de progenitor alienante cabe à mãe, e o de alienado, ao pai. A síndrome da alienação parental não se confunde, portanto, com a mera alienação parental. Aquela geralmente é decorrente desta, ou seja, a alienação parental é o afastamento do filho de um dos genitores, provocado pelo outro, via de regra, o titular da custódia. A síndrome da alienação parental, por seu turno, diz respeito às seqüelas emocionais e comportamentais de que vem a padecer a criança vítima daquele alijamento. Assim, enquanto a síndrome refere-se à conduta do filho que se recusa terminante e obstinadamente a ter contato com um dos progenitores, que já sofre as mazelas oriundas daquele rompimento, a alienação parental relaciona-se com o processo desencadeado pelo progenitor que intenta arredar o outro genitor da vida do filho. Essa conduta alienante, quando ainda não deu lugar à instalação da síndrome, é reversível e permite – com o concurso de terapia e auxílio do Poder Judiciário – o restabelecimento das relações com o genitor preterido7. Já a síndrome, segundo as estatísticas divulgadas por Darnall, somente cede, durante a infância, em 5% dos casos7. Essa patologia afeta mais os meninos, pois são os que mais sofrem com a ausência paterna, em idade que varia entre oito e 11 anos. Crianças mais velhas tendem a opor maior resistência à pressão do genitor alienante, já que têm um pouco mais de independência e de vontade própria8.




Cidade do Salvador da Bahia
O furo é mmais embaixo. Clique na imagem.



Óticas distintas.


Trabalhador só perde auxílio-doença se INSS provar cura total
http://www.conjur.com.br/2011-mar-26/trabalhador-perde-auxilio-doenca-inss-provar-cura-total

SÓ PROVANDO A CURA SERÍAMOS UM PAÍS DE INVÁLIDOS
http://www.perito.med.br/2011/03/so-provando-cura-seriamos-um-pais-de.html










Os juros são o perfume do capital.
Barão de Itararé.




Freud, o porte., upload feito originalmente por Charles Fonseca.
Evangelho
Jo:4,5-42

5. Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto da propriedade que Jacó tinha dado a seu filho José.

6. Havia ali a fonte de Jacó. Jesus, cansado da viagem, sentou-se junto à fonte. Era por volta do meio dia.

7. Veio uma mulher da Samaria buscar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber!”

8. Os seus discípulos tinham ido à cidade comprar algo para comer.

9. A samaritana disse a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se relacionam com os samaritanos.

10. Jesus respondeu: “Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”.

11. A mulher disse: “Senhor, não tens sequer um balde, e o poço é fundo; de onde tens essa água viva?

12. Serás maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual bebeu ele mesmo, como também seus filhos e seus animais?”

13. Jesus respondeu: “Todo o que bebe desta água, terá sede de novo;

14. mas quem beber da água que eu darei, nunca mais terá sede, porque a água que eu darei se tornará nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna”.

15. A mulher disse então a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água”.

16. Ele lhe disse: “Vai chamar teu marido e volta aqui!”

17. — “Eu não tenho marido”, respondeu a mulher. Ao que Jesus retrucou: “Disseste bem que não tens marido.

18. De fato, tiveste cinco maridos, e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste a verdade”.

19. A mulher lhe disse: “Senhor, vejo que és um profeta!

20. Os nossos pais adoraram sobre esta montanha, mas vós dizeis que em Jerusalém está o lugar em que se deve adorar”.

21. Jesus lhe respondeu: “Mulher, acredita-me: vem a hora em que nem nesta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai.

22. Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.

23. Mas vem a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura.

24. Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”.

25. A mulher disse-lhe: “Eu sei que virá o Messias ( isto é, o Cristo ); quando ele vier, nos fará conhecer todas as coisas”.

26. Jesus lhe disse: “Sou eu, que estou falando contigo”.

27. Nisto chegaram os discípulos e ficaram admirados ao ver Jesus conversando com uma mulher. Mas ninguém perguntou: “Que procuras?”, nem: “Por que conversas com ela?”.

28. A mulher deixou a sua bilha e foi à cidade, dizendo às pessoas:

29. “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz. Não será ele o Cristo?”

30. Saíram da cidade ao encontro de Jesus.

31. Enquanto isso, os discípulos insistiam com Jesus: “Rabi, come!”

32. Mas ele lhes disse: “Eu tenho um alimento para comer, que vós não conheceis”.

33. Os discípulos comentavam entre si: “Será que alguém lhe trouxe alguma coisa para comer?”

34. Jesus lhes disse: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e levar a termo a sua obra.

35. Não dizeis vós: ‘Ainda quatro meses, e aí vem a colheita! ’? Pois eu vos digo: levantai os olhos e vede os campos, como estão dourados, prontos para a colheita!

36. Aquele que colhe já recebe o salário; ele ajunta fruto para a vida eterna. Assim, o que semeia se alegra junto com o que colhe.

37. Pois nisto está certo o provérbio ‘Um é o que semeia e outro é o que colhe’:

38. eu vos enviei para colher o que não é fruto do vosso cansaço; outros se cansaram e vós entrastes no que lhes custou tanto cansaço”.

39. Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus por causa da palavra da mulher que testemunhava: “Ele me disse tudo o que eu fiz”.

40. Os samaritanos foram a ele e pediram que permanecesse com eles; e ele permaneceu lá dois dias.

41. Muitos outros ainda creram por causa da palavra dele,

42. e até disseram à mulher: “Já não é por causa daquilo que contaste que cremos, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.



Pieter Aertsen




Lamento do oficial por seu cavalo morto

Cecília Meireles

Nós merecemos a morte,
porque somos humanos
e a guerra é feita pelas nossas mãos,
pelo nossa cabeça embrulhada em séculos de sombra,
por nosso sangue estranho e instável, pelas ordens
que trazemos por dentro, e ficam sem explicação.
Criamos o fogo, a velocidade, a nova alquimia,
os cálculos do gesto,
embora sabendo que somos irmãos.
Temos até os átomos por cúmplices, e que pecados
de ciência, pelo mar, pelas nuvens, nos astros!
Que delírio sem Deus, nossa imaginação!
E aqui morreste! Oh, tua morte é a minha, que, enganada,
recebes. Não te queixas. Não pensas. Não sabes. Indigno,
ver parar, pelo meu, teu inofensivo coração.
Animal encantado - melhor que nós todos!
- que tinhas tu com este mundo
dos homens?
Aprendias a vida, plácida e pura, e entrelaçada
em carne e sonho, que os teus olhos decifravam...
Rei das planícies verdes, com rios trêmulos de relinchos...
Como vieste morrer por um que mata seus irmãos!

sábado, março 26, 2011

RISOS. Charles Fonseca. Poesia

RISOS
Charles Fonseca

Meu filho, és invejado,
Disse-me o velho sábio
Nada a mais e de modo hábil
Silenciou pois que ao lado

Havia ouvido em paredes
Olhos por sobre o muro
Narizes em faro monturo
Gargalhantes réus em rede.

Assim me faço de bobo
Sábia a resolução
Em aprender a lição
De esquecer o engodo

Do falso amor contrito
Do gargarejo com juras
Do muito afeto com turras
Do ódio encoberto em risos.


Evangelho
Lc:15,1-3; Lc:15,11-32

1. Todos os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar.

2. Os fariseus e os escribas, porém, murmuravam contra ele. “Este homem acolhe os pecadores e come com eles”.

3. Então ele contou-lhes esta parábola:

11. E Jesus continuou. “Um homem tinha dois filhos.

12. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles.

13. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.

14. Quando tinha esbanjado tudo o que possuía, chegou uma grande fome àquela região, e ele começou a passar necessidade.

15. Então, foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu sítio cuidar dos porcos.

16. Ele queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

17. Então caiu em si e disse: “Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome.

18. Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti;

19. já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

20. Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e foi tomado de compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e o cobriu de beijos.

21. O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

22. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. Colocai-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.

23. Trazei um novilho gordo e matai-o, para comermos e festejarmos.

24. Pois este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

25. O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança.

26. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo.

27. Ele respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque recuperou seu filho são e salvo’.

28. Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistiu com ele.

29. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.

30. Mas quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com as prostitutas, matas para ele o novilho gordo’.

31. Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.

32. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”.



Ave Maria - Andrea Bocelli






"Parece-me tão claro como o dia que o aborto é um crime."
Gandhi



Moonlight Sonata. Ludwig van Beethoven






“Os que andastes pelo mundo, e entrastes em casas de prazer de príncipes, veríeis naqueles quadros e naquelas ruas dos jardins dois gêneros de estátuas muito diferentes, umas de mármore, outras de murta. A estátua de mármore custa muito a fazer, pela dureza e resistência da matéria; mas, depois de feita uma vez, não é necessário que lhe ponham mais a mão: sempre conserva e sustenta a mesma figura; a estátua de murta é mais fácil de formar, pela facilidade com que se dobram os ramos, mas é necessário andar sempre reformando e trabalhando nela, para que se conserve. Se deixa o jardineiro de assistir, em quatro dias sai um ramo que lhe atravessa os olhos, sai outro que lhe descompõe as orelhas, saem dois que de cinco dedos lhe fazem sete, e o que pouco antes era homem, já é uma confusão verde de murtas. Eis aqui a diferença que há entre umas nações e outras na doutrina da fé. Há umas nações naturalmente duras, tenazes e constantes, as quais dificultosamente recebem a fé e deixam os erros de seus antepassados; resistem com as armas, duvidam com o entendimento, repugnam com a vontade, cerram-se, teimam, argumentam, replicam, dão grande trabalho até se renderem; mas, uma vez rendidos, uma vez que receberam a fé, ficam nela firmes e constantes, como estátuas de mármore: não é necessário trabalhar mais com elas. Há outras nações, pelo contrário — e estas são as do Brasil —, que recebem tudo o que lhes ensinam, com grande docilidade e facilidade, sem argumentar, sem replicar, sem duvidar, sem resistir; mas são estátuas de murta que, em levantando a mão e a tesoura o jardineiro, logo perdem a nova figura, e tornam à bruteza antiga e natural, e a ser mato como dantes eram. É necessário que assista sempre a estas estátuas o mestre delas: uma vez, que lhes corte o que vicejam os olhos, para que creiam o que não vêem; outra vez, que lhes cerceie o que vicejam as orelhas, para que não dêem ouvidos às fábulas de seus antepassados; outra vez, que lhes decepe o que vicejam as mãos e os pés, para que se abstenham das ações e costumes bárbaros da gentilidade. E só desta maneira, trabalhando sempre contra a natureza do tronco e humor das raízes, se pode conservar nestas plantas rudes a forma não natural, e compostura dos ramos”.
Pe. António Vieira - Fragmento do Sermão do Espírito Santo, capítulo III (1657)






Terezinha de Jesus
Clique: http://www.youtube.com/watch?v=porOx00eXLg



Médicos de planos vão suspender consultas por 1 dia
Marcelle Ribeiro, O Globo

Médicos de todo o país estão sendo convocados a suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde por um dia, em 7 de abril, a não ser em casos de emergência.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) planejam uma paralisação nacional para pressionar os planos a aumentarem os honorários e não interferirem na autonomia de trabalho dos médicos.
As três entidades estão se mobilizando e enviando cartas para os profissionais e para entidades médicas, e pretendem realizar passeatas no dia 7. O CFM está orientando médicos a, no dia 7, não realizarem consultas ou exames que não sejam urgentes e a remarcar o atendimento.
Segundo o Conselho, as cirurgias eletivas também não devem ser realizadas, a não ser que causem grande transtorno ao paciente. Segundo a entidade, 160 mil médicos atendem por planos de saúde no Brasil.
O segundo vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, afirma que os honorários defasados estão fazendo com que muitos médicos desistam de atender por planos de saúde.
Segundo ele, hoje um médico que atende por planos recebe, em média, R$ 40 por uma consulta. As entidades reivindicam que o valor suba para pelo menos R$ 60, mas dizem que o mais adequado seria R$ 80.
A Federação Nacional dos Planos de Saúde (FenaSaúde) informou, em nota, que os reajustes dos médicos nos últimos anos superaram a inflação. Segundo a FenaSaúde, a quantidade de médicos que pedem descredenciamento não é significativa.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/



Venus de Milo




INSS é réu em 5,8 milhões de ações
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1109360&tit=INSS-e-reu-em-58-milhoes-de-acoes









Jean-Antoine Watteau

sexta-feira, março 25, 2011



Para um eu rico



Um policial federal vai a uma fazenda e diz ao dono, um velho fazendeiro:
- “Preciso inspecionar sua fazenda. Há uma denúncia de plantação ilegal de maconha.”
O fazendeiro diz:
- “Ok, mas não vá naquele campo ali.”
E aponta para uma determinada área.
O oficial P... da vida diz indignado:
- “O senhor sabe que tenho o poder do governo federal comigo?”
E tira do bolso um crachá mostrando ao fazendeiro:
- “Este crachá me dá a autoridade de ir onde quero.... e entrar em qualquer propriedade. Não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Me fiz entender?”
O fazendeiro todo educado pede desculpas e volta para o que estava fazendo.
Poucos minutos depois o fazendeiro ouve uma gritaria e vê o oficial do governo federal correndo para salvar sua própria vida perseguido pelo Santa Gertrudes, o maior touro da fazenda.
A cada passo o touro vai chegando mais perto do oficial, que parece que será chifrado antes de conseguir alcançar um lugar seguro. O oficial está apavorado.
O fazendeiro larga suas ferramentas, corre para a cerca e grita com todas as forças de seus pulmões:
- "Seu Crachá, mostra o seu CRACHÁ!”




Portrait of man, upload feito originalmente por Bergen Public Library.



Nasce a Igreja

Os Evangelhos mostram a Igreja como um barco, no qual Jesus está presente, embora em alguns momentos pareça estar dormindo (Mt 8,23-27). O mar que este barco atravessa é a História, às vezes calmo, outras vezes turbulento e ameaçador. Há quase dois mil anos o barco saiu de seu porto. Não sabemos quando chegará ao seu destino, mas temos certeza de que Jesus nunca o abandonará.
A Igreja é um projeto que nasceu do coração do Pai, prefigurada desde o início dos tempos, preparada na Antiga Aliança com Israel, instituída por Cristo Jesus. A Igreja é o Reino de Deus misteriosamente presente no mundo. Ela se inicia já com a pregação de Jesus. Foi dotada pelo Senhor de uma estrutura que permanecerá até o fim dos tempos. Edificada sobre Pedro e os demais apóstolos, é dirigida por seus legítimos sucessores.
A Igreja começa e cresce do sangue e da água que saíram do lado aberto do crucificado. Nela se conserva a comunhão eucarística, o dom da salvação oferecido por Jesus em nosso favor.
A Igreja é indefectivelmente santa, sem mancha e sem ruga, porque o próprio Deus nela habita, santificando-a por sua presença. O pecado dos fiéis não lhe pertence. Só em sentido derivado e indireto se pode falar de "Igreja pecadora".
Em Pentecostes, "a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do Evangelho com a pregação" (Ad Gentes, n. 4).
Pentecostes do ano 30. Todos reunidos: os apóstolos, Maria, parentes de Jesus, algumas mulheres. Um ruído de ventania desce do céu. Línguas como de fogo surgiram e se dividiram entre os presentes. Todos ficaram repletos do Espírito de Deus e começaram a falar em outras línguas.
Esta assembléia inicial, esta kahal, ekklesia, igreja, é o princípio. Depois do prodígio das línguas, Pedro dirigiu-se à multidão reunida na praça e fez uma memorável pregação. Muitos se converteram, especialmente judeus vindos da Diáspora. Estes levaram a Boa-Nova aos seus locais de origem, o que provocou o surgimento, bem cedo, de comunidades cristãs em Damasco, Antioquia, Alexandria e mesmo em Roma. Alguns helenistas, no entanto, permaneceram em Jerusalém. Para cuidar de suas necessidades materiais, os apóstolos escolheram sete diáconos.
Filipe, um dos sete, evangelizou em Samaria (foi lá que Simão, o Mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos Pedro e João em troca do Espírito Santo, donde o termo simonia - tráfico de coisas sagradas e de bens espirituais) e anunciou à Boa Nova a um etíope, funcionário da casa real de Candace.
Estevão era o diácono que mais se destacava. Por sua pregação incisiva, é detido pelas autoridades judaicas, julgado e apedrejado como blasfemador. Torna-se o primeiro mártir da História da Igreja. Enquanto é assassinado, perdoa os seus perseguidores e entrega, confiante, a sua vida nas mãos de Jesus.
O manto de Estevão foi deixado aos pés de um jovem admirador do ideal farisaico chamado Saulo.

http://www.bibliacatolica.com.br/historia_igreja.php
Evangelho
Lc:1,26-38

26. Quando Isabel estava no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,

27. a uma virgem prometida em casamento a um homem de nome José, da casa de Davi. A virgem se chamava Maria.

28. O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo”.

29. Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.

30. O anjo, então, disse: “Não tenhas medo, Maria! Encontraste graça junto a Deus.

31. Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.

32. Ele será grande; será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai.

33. Ele reinará para sempre sobre a descendência de Jacó, e o seu reino não terá fim”.

34. Maria, então, perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?”

35. O anjo respondeu: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será chamado santo, Filho de Deus.

36. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice. Este já é o sexto mês daquela que era chamada estéril,

37. pois para Deus nada é impossível”.

38. Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra”. E o anjo retirou-se.


Meu Caro Amigo - Chico Buarque / Francis Hime






(…) A definição do pregador é a vida e o exemplo. Por isso Cristo no Evangelho não o comparou ao semeador, senão ao que semeia. Reparai. Não diz Cristo: Saiu a semear o semeador, senão, saiu a semear o que semeia… Entre o semeador e o que semeia há muita diferença: uma coisa é o soldado e outra cousa o que peleja, uma coisa é o governador e outra o que governa. Da mesma maneira, uma coisa é o semeador e outra o que semeia; uma coisa é o pregador e outra o que prega. O semeador e o pregador é nome; o que semeia e o que prega é ação; e as ações são as que dão o ser ao pregador.
Padre Antonio Vieira


Antonio Visentini



Acre
Até o início do século XX o Acre pertencia à Bolívia. Porém, desde o princípio do século XIX, grande parte de sua população era de brasileiros que exploravam seringais e que, na prática, acabaram criando um território independente.

Em 1899, os bolivianos tentaram assegurar o controle da área, mas os brasileiros se revoltaram e houve confrontos fronteiriços, gerando o episódio que ficou conhecido como a Revolução Acreana.
Em 17 de novembro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis, o Brasil recebeu a posse definitiva da região. O Acre foi então integrado ao Brasil como território, dividido em três departamentos. O território passou para o domínio brasileiro em troca do pagamento de dois milhões de libras esterlinas, de terras de Mato Grosso e do acordo de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Tendo sido unificado em 1920, em 15 de junho de 1962 foi elevado à categoria de estado, sendo o primeiro a ser governado por uma brasileira, a professora Iolanda Fleming.
Durante a segunda guerra mundial, os seringais da Malásia foram tomados pelos japoneses, e o Acre dessa forma representou um grande marco na história Ocidental e Mundial, mudando o curso da guerra a favor dos Aliados e graças aos Soldados da Borracha oriundos principalmente do sertão do Ceará (Ver: Segundo ciclo da borracha).
E foi sem dúvida graças ao Acre e sua contribuição decisiva na vitória dos Aliados, que o Brasil conseguiu recursos norte-americanos para construir a Companhia Siderúrgica Nacional, e assim alavancar a industrialização até então estagnada do Centro-sul, que não possuía ainda indústrias pesadas de base (Ver: Acordos de Washington).
Em 4 de abril de 2008, o Acre venceu uma questão judicial com o Estado do Amazonas em relação ao litígio em torno da Linha Cunha Gomes, que culminou no anexo de parte dos municípios de Envira, Guajará, Boca do Acre, Pauini, Eirunepé e Ipixuna. A redefinição territorial consolidou a inclusão de 1,2 milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao território do Acre, o que corresponde a 11.583,87 km².

(wikipedia)


"Para mim, as diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas verdadeiras."
Gandhi



Cinema
Clique: http://www.youtube.com/watch?v=oQ4FQfSeksA




Charles Fonseca

Há mentiras nos vivos não reveladas,
Há verdade escondida nos cemitérios,
Há vivas versões de muitos mistérios,
Há loucas paixões em castiçais veladas.

Há acertos cabais que foram erros,
Há os erros confessos não perdoados,
Há perdões impossíveis não consumados,
Há mortos vivos, vivos mortos em enterros.

Há silêncios que falam há gritos roucos,
Há cegos videntes há olhares turvos,
Há caminhos retos que ao longe são curvos
Há carentes de afetos, sem eles loucos.



Santa Catarina é destaque em guias internacionais de turismo

http://www.sol.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1426:santa-catarina-e-destaque-em-guias-internacionais-de-turismo&catid=1:noticias-em-destaque&Itemid=177

quarta-feira, março 23, 2011

ON LINE
Charles Fonseca

Quando te vejo on line
E só, te vejo em outra,
Esta internet marota
Ao real me traz oh, dá-me

Descanso por um momento
Um fruir além paixão
Mais, muito mais que ilusão,
Menos, só em pensamento.



Daniel de Oliveira interpretando um trecho do Ato III, Cena I da peça Hamlet de William Shakespeare. Seriado "Som e Fúria"
"Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados? De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o nome de ação perdem. Mas, silêncio! Aí vem vindo a bela Ofélia. Em tuas orações, ninfa, recorda-te de meus pecados."







Tragédia no Lar
Castro Alves

Eu sou como a garça triste
Que mora à beira do rio,
As orvalhadas da noite
Me fazem tremer de frio.

Me fazem tremer de frio
Como os juncos da lagoa;
Feliz da araponga errante
Que é livre, que livre voa.

Que é livre, que livre voa
Para as bandas do seu ninho,
E nas braúnas à tarde
Canta longe do caminho.

Canta longe do caminho.
Por onde o vaqueiro trilha,
Se quer descansar as asas
Tem a palmeira, a baunilha.

Tem a palmeira, a baunilha,
Tem o brejo, a lavadeira,
Tem as campinas, as flores,
Tem a relva, a trepadeira,

Tem a relva, a trepadeira,
Todas têm os seus amores,
Eu não tenho mãe nem filhos,
Nem irmão, nem lar, nem flores.






(…) Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos os estão comendo. Come-o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos. O triste que foi à forca, não o comem os corvos senão depois de executado e morto; e o que anda em juízo, ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido.
Padre Antonio Vieira


Há tantos pontos quantos i existem
Amores tantos quanto ódios vários
Saudades turvas em peito sacrários
Do mais amar inda que dores fiquem
Charles Fonseca







Vaticano se queixa na ONU sobre ataques a críticos de gays
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/03/23/vaticano-se-queixa-na-onu-sobre-ataques-criticos-de-gays-370555.asp







Evangelho
Mt:20,17-28

17. Subindo para Jerusalém, Jesus chamou os doze discípulos de lado e, pelo caminho, disse-lhes:

18. “Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte

19. e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, açoitá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia, ressuscitará”.

20. A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido.

21. Ele perguntou: “Que queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”.

22. Jesus disse: “Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”.

23. “Sim”, declarou Jesus, “do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou”.

24. Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos.

25. Jesus, porém, chamou-os e disse: “Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder.

26. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve,

27. e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo.

28. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”.







"O único tirano que aceito nesse mundo é a pequena voz silenciosa que há dentro de mim."
Gandhi

terça-feira, março 22, 2011

Pra nunca mais

Quando parar de dirigir, upload feito originalmente por Charles Fonseca.

Mulher moderna calça as botas e bota as calças. Barão de Itararé.





Dumbarton – [colored trees and ivy with b&w bench], 1938, upload feito originalmente por Oregon State University Archives.



Evangelho

Mt:23,1-12

1. Depois, Jesus falou às multidões e aos discípulos:

2. “Os escribas e os fariseus sentaram-se no lugar de Moisés para ensinar.

3. Portanto, tudo o que eles vos disserem, fazei e observai, mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam.

4. Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem nos ombros dos outros, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo.

5. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros, usam faixas bem largas com trechos da Lei e põem no manto franjas bem longas.

6. Gostam do lugar de honra nos banquetes e dos primeiros assentos nas sinagogas,

7. de serem cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de ‘rabi’.

8. Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’, pois um só é vosso Mestre e todos vós sóis irmãos.

9. Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus.

10. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo.

11. Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve.

12. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.

Visitei as instalações, o prédio como um todo e o em torno: tudo de muito bom gosto. Afora a natureza deslumbrante e calma de Praias do Flamengo. E o luar? Nem pensar! O sol da manhã? Sol de sonhar. Saudades, Bahia, quero voltar!
Clique: http://www.aluguetemporada.com.br/imovel/reviews/write/p522526642#write-review-container






Supports going up after battle to relieve the front trenches, note the three observation balloons above the bright cloud, upload feito originalmente por National Media Museum.
“As palavras podem ferir mais que punhais, e o tom, mais que as palavras” 





Egon Schiele, upload feito originalmente por Charles Fonseca.



Ter peitinhos é o pesadelo de 65% dos meninos de 14 e 15 anos
Clique: http://www1.folha.uol.com.br/folhateen/891667-ter-peitinhos-e-o-pesadelo-de-65-dos-meninos-de-14-e-15-anos.shtml




Fuá na Casa de Cabral
Mestre Ambrósio
Composição: Letra:Siba Música:Siba/Hélder Vasconcellos

Naquele Brasil antigo
Perdido no desengano
Seu Cabral chegou nadando
E não preocupou com nada
Deu ordem à rapazeada
Mandou barrer o terreiro:
"Me chame o pai do chiqueiro
que hoje eu quero forró,
Toré, samba, catimbó
Que eu já virei brasileiro"
Foi gente de todo tipo
Na festa de seu Cabral
Português de Portugal
Raceado no Oriente
Negão bebeu aguardente
Caboclo foi na Jurema
Seu Cabral pediu um tema
Danou-se a cantar poesia
Até amanhecer o dia
Numa viola pequena
No fim da festa e da farra
Cabral não sentiu preguiça
Mandou logo rezar missa
Pra ficar aliviado
Chamando o padre, apressado
Mandou começar ligeiro
Botando ordem no terreiro
Com seu maracá na mão
Jurando pelo alcorão
Que era crente verdadeiro
Mas na hora da verdade
Quando passou a cachaça
Seu Cabral sentou na praça
Caiu na reflexão
Disse: "Esta situação
sei que nunca mais resolvo!"
Então falou para o povo:
"Juro que me arrependi
o Brasil que eu descobri


A VALSA
Casimiro de Abreu

Tu, ontem
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co’as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim
Na valsa,
Tão falsa,
Corria,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranquila
Serena,
Sem pena
De mim!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
— Não negues…
Não mintas…
— Eu vi!…
Valsavas
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
que é meu;
E olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias
Pr’a outro
Não eu!
Quem dera
Que sinta
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
—Não negues,
Não mintas…
— Eu vi!
Meu Deus!
Eras bela
Donzela
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Quem em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem?!
Quem dera
Que sintas
As dores
de Amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
— Não negues,
Não mintas…
— Eu vi!…
Calado,
Sozinho,
Mesquinho
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!
Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
Não mintas!…
— Não negues,
— Eu vi!…
Na valsa,
Cansaste
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida
No chão!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!…
— Não negues,
Não mintas…
— Eu vi!…
queria cobrir de novo!"



História de Sergipe
(Wikipédia)

A História de Sergipe tem início antes do descobrimento do Brasil, quando o atual território do estado era povoado pelos índios tupinambás.
A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
Os primeiros indícios da ocupação humana do território que hoje corresponde ao estado de Sergipe são datados de 9.000 a.C.[1] Esses primeiros povos não conheciam a escrita, sendo estudados, portanto, pela chamada pré-história sergipana, período que antecede a chegada dos europeus. Por não haver registros escritos, o estudo é feito por achados arqueológicos que podem ser pinturas rupestres, ossos, restos de cerâmica e outros artefatos.[2] E foi através da análise destes que o período foi denotado pela existência de três culturas ou tradições: canindé, aratu e tupi-guarani.[1]
Situado entre os rios São Francisco e Real, o litoral sergipano foi visitado em expedição em 1501 por Gaspar de Lemos. Em 1534, o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias e o território de Sergipe fazia parte da capitania da Baía de Todos os Santos. Na segunda metade do século XVI teve início a colonização do estado com a chegada de navios franceses onde os seus tripulantes trocavam objetos diversos por produtos da terra (pau-brasil, algodão, pimenta-da-terra).
Entre o final do século XVI e as primeiras décadas do século XVII, a atuação dos missionários e de algumas expedições militares afasta os franceses e vence a resistência indígena. Ocorre grande miscigenação entre portugueses e índios.
Garcia d’Ávila, proprietário de terras na região, iniciou a conquista do território. Contava com a ajuda dos jesuítas para catequizar os nativos. A conquista deste território e sua colonização facilitariam as comunicações entre Bahia e Pernambuco e impediriam também as invasões francesas.
Surgem os primeiros povoados, como o arraial de São Cristóvão. Originário do povoado de São Cristóvão, a capitania de Sergipe D’El-Rey foi colonizada em 1590 após a destruição de indígenas hostis e Sergipe começa a explorar o açúcar. A existência de áreas inadequadas à plantação de açúcar no litoral favorece o surgimento das primeiras criações de gado. Sergipe torna-se, então, um fornecedor de animais de tração para as fazendas da Bahia e de Pernambuco. Houve também uma significativa produção de couro.
Quando das invasões holandesas, na primeira metade do século XVII a economia ficou prejudicada, vindo a se recuperar em 1645 quando os portugueses retomaram a região. O território, que na época fazia parte da Bahia, foi responsável em 1723 por um terço da produção de açúcar da Bahia.
Uma primeira tentativa em 1820 de conceder autonomia ao território fracassou. Somente em 1823, depois da independência, Sergipe recupera sua autonomia, se desmembrando da província da Bahia. Mas o progresso da província é pequeno durante o Império, com exceção de um breve surto algodoeiro na segunda metade do século XIX.
Em 17 de março de 1855, o presidente da província de Sergipe, Inácio Barbosa, efetivou a mudança da capital de São Cristóvão para o povoado de Santo Antônio do Aracaju, elevando-o à categoria de cidade.
Com a Proclamação da República, passou a ser Estado da Federação tendo sua primeira Constituição promulgada em 1892.
O quadro permanece assim em todo o primeiro período republicano, com setores das camadas médias urbanas sendo as únicas forças a enfrentar a oligarquia local, como nas revoltas tenentistas em 1924.