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terça-feira, novembro 30, 2010

Descansou

Noventa e quatro anos, a idade do paciente. Internado de emergência na UTI, na primeira noite teve cinco paradas cardíacas. Por duas vezes foi para o apartamento individual. Por duas vezes voltou à UTI. Da última foi traqueostomizado. Foi atingido no hospital por uma pneumonia, bactéria resistente a praticamente todos os antibióticos. Um filho médico. Mais de mês a médica que o acompanhava certo dia lhe telefonou e disse: “Seu pai cada vez captando menos o oxigênio que lhe é continuamente administrado... Tenho observado que cada vez que volta da UTI sua qualidade de vida está pior. Com a última parada cardíaca sofreu lesão cerebral e ficou cego, embora pensamento lúcido. Tenho a impressão que o plantonista nesta noite vai mandá-lo de novo para a UTI... Colega, todos nós temos que morrer um dia!” O filho médico respondeu-lhe: “Estou entendendo. Melhor para ele é que fique no apartamento com seus familiares”. Eram 09h30min. Às 17h30min o pai em direção ao filho levantou o braço e com a mão empalmada fez-lhe sinal de despedida. Às 18:00 hs a filha que também o acompanhava disse para seu irmão: “Descansou”.

TURISMO

Florianópolis deve receber 1 milhão de turistas na temporada de verão

CINEMA

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MÚSICA

LEITURA DO DIA 30.11.2010
Isaias
Is:11,1-10

1.    Um broto vai surgir do tronco seco de Jessé, das velhas raízes, um ramo brotará.    
2.    Sobre ele há de pousar o espírito do SENHOR, espírito de sabedoria e compreensão, espírito de prudência e valentia espírito de conhecimento e temor do SENHOR.    
3.    No temor do SENHOR estará sua inspiração. Não é pelo que vê à primeira vista que ele fará seu julgamento, nem dará sua sentença pelo que acabou de ouvir.    
4.    Julgará os fracos com justiça, com retidão dará sentença em favor dos humilhados da terra. Castigará o opressor com a vara que é sua boca, matará esse criminoso com o sopro dos seus lábios.    
5.    A justiça será o cinto que ele usa, a verdade o cinturão que ele não deixa.    
6.    O lobo, então, será hóspede do cordeiro, o leopardo vai se deitar ao lado do cabrito, o bezerro e o leãozinho pastam juntos, uma criança pequena toca os dois,    
7.    a ursa e a vaca estarão pastando, suas crias deitadas lado a lado; o leão, assim como o boi, comerá capim.    
8.    O bebê vai brincar no buraco da cobra venenosa, a criancinha enfia a mão no esconderijo da serpente.    9.    Ninguém fará mal, ninguém pensará em prejudicar, na minha santa montanha. Pois a terra estará repleta do conhecimento do SENHOR, assim como as águas cobrem o mar.      10.    Acontecerá naquele dia que a raiz que restou de Jessé, erguida como bandeira para os povos, será procurada pelas nações e gloriosa será sua moradia.

segunda-feira, novembro 29, 2010

PINTURA

Picasso

CHARGE

PINTURA

“A Tempestade” (c. 1505), óleo s/ tela, 82 × 73 cm, de Giorgione. Galeria da Academia, Veneza – Itália

MEDICINA


O Paciente Terminal  
   
O grande desenvolvimento da Medicina nas últimas décadas do século XX, assim como as melhorias inegáveis nas condições de vida, elevaram a expectativa de vida de 34 anos, no começo do século XX, até quase 80 anos no começo do século XXI.    
Conseqüente ao aumento da perspectiva de vida e ao envelhecimento progressivo das populações, nas últimas décadas está havendo um aumento gradual na prevalência de algumas doenças crônicas e invalidantes.     
Os avanços conseguidos no tratamento específico do câncer têm permitido um aumento significativo da sobrevivência e da qualidade de vida desses pacientes. Mesmo assim, estima-se atualmente que 25% das mortes sejam devidas ao câncer.     
Por outro lado, sem nenhuma relação com o envelhecimento da população, a AIDS grassou tenazmente em nossa sociedade, demandando fortes medidas sanitárias. Aqui também, apesar dos avanços nessa área, continua grande o número anual de pacientes terminais produzidos por essa doença.    
O estado mórbido que chamamos de Doença Terminal se caracteriza por algumas situações clínicas precisamente definidas, as quais se podem relacionar da seguinte forma:     
1. Presencia de uma doença em fase avançada, progressiva e incurável.  
2. Falta de possibilidades razoáveis de resposta ao tratamento específico.
3. Presença de numerosos problemas ou sintomas intensos, múltiplos, multifatoriais e alternantes.
4. Grande impacto emocional (no paciente e familiares) relacionado à presença ou possibilidade incontestável da morte.
5. Prognóstico de vida inferior a 6 meses.
 
Os Pacientes Terminais apresentam peculiaridades próprias que o profissional médico deve conhecer. O controle dos sintomas do estado terminal deve ser abordado não só do ponto de vista farmacológico, senão também, do ponto de vista psicológico, social, familiar, espiritual, etc.
Nesses pacientes os sintomas costumam ser devidos a diversos fatores. Podem ser decorrentes da própria doença que levou ao estado terminal, podem ser devidos aos tratamentos médicos fortemente agressivos à saúde, da debilidade física geral ou de causas totalmente alheias à doença grave, entre elas, do estado emocional do paciente.
Seja qual for a origem dos sintomas e do quadro geral que o paciente apresenta, é necessário explicar, da melhor forma possível, sobre o que está ocorrendo e sobre as possíveis questões que possam estar preocupando. Também a família deve estar sempre bem informada, especialmente quando os cuidados estiverem a cargo dela (Sánchez, 2000).

http://gballone.sites.uol.com.br/voce/morte1.html
LEITURA DO DIA 29.11.2010
Evangelho
Mt:8,5-11


5.Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele, suplicando:
6.“Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais”.
7.Ele respondeu: “Vou curá-lo”.
8.O centurião disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado.
9.Pois eu, mesmo sendo subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens; e se ordeno a um: ‘Vai! ’, ele vai, e a outro: ‘Vem! ’, ele vem; e se digo ao meu escravo: ‘Faze isto! ’, ele faz”.
10.Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: “Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé.
11.Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó,

domingo, novembro 28, 2010

À prova de bullying

SEU FILHO ANDA SENDO PERSEGUIDO PELOS VALENTÕES DA ESCOLA? SAIBA COMO AGIR PARA QUE ELE POSSA SE PROTEGER

POR SAMANTHA MELO, FILHA DE SANDRA E TIÃO
O termo bullying está na moda. A palavra difícil, que não tem tradução exata para o português, se refere àquela violência “malvada” que algumas crianças praticam contra as outras. Isso pode  acontecer por meio de assédio verbal (xingamentos, ridicularização), agressão física ou exclusão social. Todo mundo já viu isso acontecer na escola, mas os pais costumavam se preocupar a partir da pré-adolescência, lá pelos 11 ou 12 anos.
Agora tem sido recorrente entre crianças cada vez mais novas. De acordo com um estudo feito pela Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência), 45% das crianças em idade pré-escolar (entre 2 e 6 anos) sofrem bullying. As consequências podem ser bem traumáticas: baixa auto-estima, ansiedade e depressão, além do mau desempenho escolar. Seu filho está sendo perseguido e você não sabe o que fazer? Veja dicas de como ajudar as crianças a lidar com a situação.
Fale com o professor do seu filho
Se o assédio acontece na pré-escola ou jardim de infância, avise os responsáveis pela turma imediatamente. Muitas escolas possuem um protocolo específico para intervir nesses casos. Quando relatar o incidente, seja específico sobre o que aconteceu e quem estava envolvido.
Contate os pais do agressor
Esta é a abordagem correta apenas para os atos de intimidação persistentes e se você sentir que estes pais serão receptivos. Telefone ou mande um e-mail de forma amigável, deixando claro que seu  objetivo é resolver o problema juntos.
Treine seu filho a procurar ajuda
Contra-atacar geralmente não é a melhor solução. Em vez disso, ensine-o a se afastar e a procurar ajuda de um professor ou um adulto responsável. Para evitar ser assediado no ônibus escolar, sugira que ele se sente ao lado de amigos, pois os provocadores não costumam escolher uma criança que faz parte de um grupo.
Use linguagem corporal positiva
Há alguns truques que farão do pequeno um alvo menos convidativo. Diga a seu filho para sempre olhar os colegas nos olhos, nunca abaixar a cabeça, mesmo quando estiver confrontando um colega. Isso o fará parecer mais confiante. Também o ajude a praticar uma cara de bravo e usá-la se estiver sendo incomodado. O modo como a criança olha para o “valentão” é mais importante do que o que ela diz.
Pratique um roteiro
Ensaie com o pequeno a forma correta de  responder a uma provocação. Ensine-o a falar com uma voz forte e firme – lamentar ou chorar só vai incentivar um valentão. Sugira que ele diga algo como "pare de me incomodar!" ou "eu não vou brincar com você se você agir assim." Ele também pode tentar: "Sim, tanto faz", e depois sair andando. O importante é que a resposta não seja passiva, pois isso incentivará o autor do bullying.
Elogie os progressos
Quando seu filho disser como desafiou um valentão, diga-lhe que você está orgulhoso. Se souber de outra criança incomodando o seu filho, incentive que ele use a mesma abordagem que já deu certo.
Consultoria: Cleo Fante, mãe de Amanda, é pesquisadora do Bullying Escol

AERONÁUTICA CIVIL

Deu na Folha
28/11/2010 - 08h26 

Dilma decide criar pasta para aviação civil
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, quer remodelar o setor aéreo do país. Ela decidiu criar uma pasta específica para a área, provavelmente com status de ministério.


O objetivo é abrir o capital do setor à iniciativa privada e acelerar a construção de aeroportos para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.
A Secretaria Especial de Aviação Civil cuidará de assuntos e órgãos que hoje estão sob a responsabilidade do Ministério da Defesa.
Responderão à nova pasta a Infraero, estatal que administra aeroportos, e a Anac, agência reguladora do setor.
Não está no desenho montado pela petista a junção dessa nova pasta com a Secretaria de Portos --ao contrário das especulações da semana passada. Os portos podem, inclusive, voltar a ser um departamento do Ministério dos Transportes.
A decisão final, contudo, passará pela negociação partidária. Dilma tenta acomodar 12 legendas aliadas em cargos do primeiro escalão.
Para comandar a nova pasta, a presidente eleita tem dito que não abre mão de um profissional com capacidade técnica. Isso não significa, porém, que não haverá negociação com alguma sigla de sua base de apoio. Ainda não há nomes em discussão.
O PMDB está de olho não só na vaga, mas também no controle da Infraero. O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) já disse a peemedebistas que tem interesse em ser o titular da empresa.
Segundo a Folha apurou, a petista vai trocar o comando de diversas diretorias da Infraero, senão todas. Ela considera que a companhia foi sucateada nos últimos anos em benefício de combinações políticas.
O empenho em remodelar o setor vem de um diagnóstico do governo desde os tempos do caos aéreo, em 2006.
Dilma estabeleceu o assunto como prioridade da equipe de transição. Costuma avaliar nos bastidores que um fracasso nessa área será um fracasso pessoal.
O setor aéreo está hoje a cargo do Ministério da Defesa, chefiado por Nelson Jobim. Ele e Antonio Palocci, designado para a Casa Civil, já trataram sobre as mudanças planejadas por Dilma.
Jobim ainda não sabe se continuará no posto. Uma conversa dele com Dilma está prevista para dezembro. O presidente Lula defende a continuidade, pois considera que Jobim conquistou autoridade nas Forças Armadas, tradicionalmente reativas à subordinação a um civil.
Dilma, porém, não bateu o martelo por duas razões: não faz avaliações positivas sobre a atuação de Jobim para resolver o problema dos aeroportos e o julga vinculado ao tucano José Serra, amigo pessoal do ministro.
A presidente eleita passou o dia de ontem com a família em Porto Alegre (RS).

FAMÍLIA

Síndrome da alienação parental, o que é isso?
Elaborado em 07.2006.

Maria Berenice Dias
desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, vice-presidente nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM)

Certamente todos que se dedicam ao estudo dos conflitos familiares e da violência no âmbito das relações interpessoais já se depararam com um fenômeno que não é novo, mas que vem sendo identificado por mais de um nome. Uns chamam de "síndrome de alienação parental"; outros, de "implantação de falsas memórias".
Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente. Sua origem está ligada à intensificação das estruturas de convivência familiar, o que fez surgir, em conseqüência, maior aproximação dos pais com os filhos. Assim, quando da separação dos genitores, passou a haver entre eles uma disputa pela guarda dos filhos, algo impensável até algum tempo atrás. Antes, a naturalização da função materna levava a que os filhos ficassem sob a guarda da mãe. Ao pai restava somente o direito de visitas em dias predeterminados, normalmente em fins-de-semana alternados.
Como encontros impostos de modo tarifado não alimentam o estreitamento dos vínculos afetivos, a tendência é o arrefecimento da cumplicidade que só a convivência traz. Afrouxando-se os elos de afetividade, ocorre o distanciamento, tornando as visitas rarefeitas. Com isso, os encontros acabam protocolares: uma obrigação para o pai e, muitas vezes, um suplício para os filhos.
Agora, porém, se está vivendo uma outra era. Mudou o conceito de família. O primado da afetividade na identificação das estruturas familiares levou à valoração do que se chama filiação afetiva. Graças ao tratamento interdisciplinar que vem recebendo o Direito de Família, passou-se a emprestar maior atenção às questões de ordem psíquica, permitindo o reconhecimento da presença de dano afetivo pela ausência de convívio paterno-filial. A evolução dos costumes, que levou a mulher para fora do lar, convocou o homem a participar das tarefas domésticas e a assumir o cuidado com a prole. Assim, quando da separação, o pai passou a reivindicar a guarda da prole, o estabelecimento da guarda conjunta, a flexibilização de horários e a intensificação das visitas.
No entanto, muitas vezes a ruptura da vida conjugal gera na mãe sentimento de abandono, de rejeição, de traição, surgindo uma tendência vingativa muito grande. Quando não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-cônjuge. Ao ver o interesse do pai em preservar a convivência com o filho, quer vingar-se, afastando este do genitor.
Para isso cria uma série de situações visando a dificultar ao máximo ou a impedir a visitação. Leva o filho a rejeitar o pai, a odiá-lo. A este processo o psiquiatra americano Richard Gardner nominou de "síndrome de alienação parental": programar uma criança para que odeie o genitor sem qualquer justificativa. Trata-se de verdadeira campanha para desmoralizar o genitor. O filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. A mãe monitora o tempo do filho com o outro genitor e também os seus sentimentos para com ele.
A criança, que ama o seu genitor, é levada a afastar-se dele, que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado.
O detentor da guarda, ao destruir a relação do filho com o outro, assume o controle total. Tornam-se unos, inseparáveis. O pai passa a ser considerado um invasor, um intruso a ser afastado a qualquer preço. Este conjunto de manobras confere prazer ao alienador em sua trajetória de promover a destruição do antigo parceiro.
Neste jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de ter sido o filho vítima de abuso sexual. A narrativa de um episódio durante o período de visitas que possa configurar indícios de tentativa de aproximação incestuosa é o que basta. Extrai-se deste fato, verdadeiro ou não, denúncia de incesto. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir o que lhe é afirmado como tendo realmente acontecido. Nem sempre a criança consegue discernir que está sendo manipulada e acaba acreditando naquilo que lhes foi dito de forma insistente e repetida. Com o tempo, nem a mãe consegue distinguir a diferença entre verdade e mentira. A sua verdade passa a ser verdade para o filho, que vive com falsas personagens de uma falsa existência, implantando-se, assim, falsas memórias.
Esta notícia, comunicada a um pediatra ou a um advogado, desencadeia a pior situação com que pode um profissional defrontar-se. Aflitiva a situação de quem é informado sobre tal fato. De um lado, há o dever de tomar imediatamente uma atitude e, de outro, o receio de que, se a denúncia não for verdadeira, traumática será a situação em que a criança estará envolvida, pois ficará privada do convívio com o genitor que eventualmente não lhe causou qualquer mal e com quem mantém excelente convívio.
A tendência, de um modo geral, é imediatamente levar o fato ao Poder Judiciário, buscando a suspensão das visitas. Diante da gravidade da situação, acaba o juiz não encontrando outra saída senão a de suspender a visitação e determinar a realização de estudos sociais e psicológicos para aferir a veracidade do que lhe foi noticiado. Como esses procedimentos são demorados – aliás, fruto da responsabilidade dos profissionais envolvidos –, durante todo este período cessa a convivência do pai com o filho. Nem é preciso declinar as seqüelas que a abrupta cessação das visitas pode trazer, bem como os constrangimentos que as inúmeras entrevistas e testes a que é submetida a vítima na busca da identificação da verdade.
No máximo, são estabelecidas visitas de forma monitorada, na companhia de terceiros, ou no recinto do fórum, lugar que não pode ser mais inadequado. E tudo em nome da preservação da criança. Como a intenção da mãe é fazer cessar a convivência, os encontros são boicotados, sendo utilizado todo o tipo de artifícios para que não se concretizem as visitas.
O mais doloroso – e ocorre quase sempre – é que o resultado da série de avaliações, testes e entrevistas que se sucedem durante anos acaba não sendo conclusivo. Mais uma vez depara-se o juiz diante de um dilema: manter ou não as visitas, autorizar somente visitas acompanhadas ou extinguir o poder familiar; enfim, manter o vínculo de filiação ou condenar o filho à condição de órfão de pai vivo cujo único crime eventualmente pode ter sido amar demais o filho e querer tê-lo em sua companhia. Talvez, se ele não tivesse manifestado o interesse em estreitar os vínculos de convívio, não estivesse sujeito à falsa imputação da prática de crime que não cometeu.
Diante da dificuldade de identificação da existência ou não dos episódios denunciados, mister que o juiz tome cautelas redobradas.
Não há outra saída senão buscar identificar a presença de outros sintomas que permitam reconhecer que se está frente à síndrome da alienação parental e que a denúncia do abuso foi levada a efeito por espírito de vingança, como instrumento para acabar com o relacionamento do filho com o genitor. Para isso, é indispensável não só a participação de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, com seus laudos, estudos e testes, mas também que o juiz se capacite para poder distinguir o sentimento de ódio exacerbado que leva ao desejo de vingança a ponto de programar o filho para reproduzir falsas denúncias com o só intuito de afastá-lo do genitor.
Em face da imediata suspensão das visitas ou determinação do monitoramento dos encontros, o sentimento do guardião é de que saiu vitorioso, conseguiu o seu intento: rompeu o vínculo de convívio. Nem atenta ao mal que ocasionou ao filho, aos danos psíquicos que lhe infringiu.
É preciso ter presente que esta também é uma forma de abuso que põe em risco a saúde emocional de uma criança. Ela acaba passando por uma crise de lealdade, pois a lealdade para com um dos pais implica deslealdade para com o outro, o que gera um sentimento de culpa quando, na fase adulta, constatar que foi cúmplice de uma grande injustiça.
A estas questões devem todos estar mais atentos. Não mais cabe ficar silente diante destas maquiavélicas estratégias que vêm ganhando popularidade e que estão crescendo de forma alarmante.
A falsa denúncia de abuso sexual não pode merecer o beneplácito da Justiça, que, em nome da proteção integral, de forma muitas vezes precipitada ou sem atentar ao que realmente possa ter acontecido, vem rompendo vínculo de convivência tão indispensável ao desenvolvimento saudável e integral de crianças em desenvolvimento.
Flagrada a presença da síndrome da alienação parental, é indispensável a responsabilização do genitor que age desta forma por ser sabedor da dificuldade de aferir a veracidade dos fatos e usa o filho com finalidade vingativa. Mister que sinta que há o risco, por exemplo, de perda da guarda, caso reste evidenciada a falsidade da denúncia levada a efeito. Sem haver punição a posturas que comprometem o sadio desenvolvimento do filho e colocam em risco seu equilíbrio emocional, certamente continuará aumentando esta onda de denúncias levadas a efeito de forma irresponsável.

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8690 
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ECONOMIA

O ‘Capitalismo de laços’ da privataria

Elio Gaspari

Quais das seguintes informações são comprovadamente falsas:

1) A privataria iniciada em 1990 vendeu 165 empresas públicas, gerou uma receita de 87 bilhões de dólares e reduziu a presença do Estado na economia nacional.

2) A expansão do setor privado sobre a mineração, telecomunicações, portos, rodovias e no setor elétrico colocou mais competidores no mercado.

3) Antes da chegada dos europeus, houve na Amazônia uma civilização fundada por extraterrestres.

Seis anos de pesquisas, durante os quais o professor Sérgio Lazzarini, do Insper, mastigou 20 mil dados estatísticos de 804 empresas informam que as duas primeiras afirmações são comprovadamente falsas. Quanto aos ETs da Amazônia, quem quiser, pode continuar acreditando.

Entre 1996 e 2009 a rede do Estado e dos burocratas de caixas de pensão da Viúva expandiu-se. Cruzando-se numeros do banco de dados de Lazzarini descobre-se que, em 1996, num universo de 516 grandes empresas, o BNDES e os fundos Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa) participavam de 72 sociedades.

Em 2003, numa amostra de 494 companhias a Boa Senhora estava em 95. Em 2009, num universo de 624, o Estado tinha um pé em 119 empresas.

O trabalho do professor chegará nas próximas semanas às livrarias, com o título de "Capitalismo de laços".

Além de mastigar números, Lazzarini foi fundo na documentação do assunto e nos estudos sobre as conexões do mundo empresarial. O livro tem 184 páginas, 51 das quais ocupadas por notas, descrições metodológicas e pela bibliografia.

"Capitalismo de laços" começa recontando a investida recente do palácio do Planalto, do fundo de pensão Previ e do empresário Eike Batista sobre os administradores da Vale. Em tese, a Vale é uma empresa privada. Na prática, pelos "laços", o governo é seu maior acionista e, na ocasião, Batista era o melhor amigo.

Segundo a revista Forbes, ele é o homem mais rico do Brasil. Em 2008, foi o maior patrocinador privado do filme "Lula, filho do Brasil" e, em 2006, o maior doador individual na campanha que reelegeu Nosso Guia.

Quem teria sido o maior doador corporativo? A Vale.

A privatização virou privataria (termo que Lazzarini não endossa) quando o tucanato, em busca de recursos e de interessados para os leilões de venda do patrimônio da Viúva, recorreu às arcas dos fundos de pensão e do BNDES.

Diz o professor: "Fernando Henrique, longe de ‘esquecer o que escreveu’, em realidade ajudou a sedimentar o capitalismo de laços no Brasil."

Durante os últimos oito anos petistas alguns laços desfizeram-se (os de Daniel Dantas, por exemplo), outros, como os de Eike Batista e do grupo JBS-FriBoi (outro grande doador de 2006), estabeleceram-se.

Os laços do andar de cima com o Estado foram magistralmente mostrados por Raymundo Faoro em seu "Donos do poder", um livro de 1957. Lazzarini poderia ter chamado seu livro de "Donos do poder 2.0".

Ele fulanizou e quantificou suas afirmações. Estudou a composição acionária das empresas do seu banco de dados para testar uma variante do famoso "diga-me com quem andas e eu te direi quem és" : "Diga-me de qual empresa você é dono que te direi quem é o seu amigo".

O professor trabalhou com um complicado conceito de "centralidade". Simplificando-o quase ao exagero, é como se tivesse estudado a composição acionária das empresas com o olhar de um usuário do Facebook.

Em 1996, quem tinha mais "amigos" eram a União (com o BNDES) e a Previ. Em 2009 a situação era a mesma. Com outro critério, olhando-se para os grupos econômicos e seus cruzamentos, hoje quem tem mais amigos é o conglomerado da Andrade Gutierrez, seguido pelo grupo do empresário Carlos Jereissati.

Estudando a estrutura das grandes empresas, Lazzarini mostra como é pequeno o mundo dos amigos entrelaçados: 11 grão-senhores participam de 66 conselhos de empresas.

Na epígrafe do livro o professor repete a frase do romance "O leopardo", quando o aventuroso Tancredi (Alain Delon no filme) diz ao tio (Burt Lancaster): "Se quisermos que tudo fique como está, é preciso que tudo mude."

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

FÁBULA

Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim, um rato jovem levantou-se e deu a idéia de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas, o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto e falou que o plano era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem iria pendurar a sineta no pescoço do gato?
Esopo
LEITURA DO DIA 28.11.2010
Evangelho
Mt:24,37-44


37.“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé.
38.Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, homens e mulheres casavam-se, até o dia em que Noé entrou na arca.
39.E nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40.Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado.
41.Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.
42.Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
43.“Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada.
44.Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem.

sábado, novembro 27, 2010

MEIO AMBIENTE


Praia da Armação from !sso não é Normal on Vimeo.

ECONOMIA

Deu na Folha
 26/11/2010 - 09h03 
Fundo de pensão da Petrobras vira sócio da controladora do Itaú
 
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO 

Depois de várias tentativas, o fundo de pensão Petros, dos funcionários da Petrobras, fechou ontem sua entrada no bloco de controle da Itaúsa, a empresa que controla o Itaú Unibanco, maior banco privado do país.
A Petros entrará no lugar do grupo Camargo Corrêa, que decidiu vender sua participação por cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões).


As negociações tiveram várias fases, idas e vindas. A dificuldade era chegar a um valor que remunerasse adequadamente a Camargo.
A Folha apurou que o grupo já pretendia vender sua participação na Itaúsa havia mais de um ano porque decidiu focar sua atuação no segmento de engenharia e construção, cimento, concessão de rodovias e energia. Contudo, queria ter ganhos sobre o investimento no passado.
Ainda segundo apurou a Folha, a Petros ficará com cerca de 11% do capital votante e 4% do capital total da Itaúsa. Com essa participação, o fundo terá direito a um assento no Conselho de Administração, que decide os destinos da companhia.
Para ser concretizado, o negócio terá de ser realizado em leilão na BM&FBovespa.
MAIS FORTE
A entrada da Petros na Itaúsa reforça a posição do fundo nas maiores empresas do país. Além da Petrobras, a instituição é acionista da Vale e da Oi, ocupando a segunda posição por ativos, que totalizam R$ 51 bilhões.
Esse valor não conta com o negócio fechado com a Camargo Corrêa pela participação na Itaúsa.
O conglomerado controla o Itaú Unibanco, a Itautec, a Duratex e a empresa química Elekeiroz. Entre janeiro e setembro, os ativos somaram R$ 694,8 bilhões e o lucro líquido foi de R$ 10,3 bilhões.

PINTURA

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LEITURA DO DIA 27.11.2010
Salmo
Sal:95,1-2; Sal:95,3-5; Sal:95,6-7


1.Vinde, exultemos no SENHOR, aclamemos o Rochedo que nos salva,
2.vamos a ele com ações de graças, vamos aclamá-lo com hinos de alegria.
3.§ Pois o SENHOR é um grande Deus, grande rei acima de todos os deuses.
4.Na sua mão estão os abismos da terra, são suas as alturas dos montes.
5.É dele o mar, pois foi ele que o fez, e também a terra firme, que suas mãos formaram.
6.§ Vinde, prostrados adoremos, de joelhos diante do Senhor que nos criou.
7.Ele é o nosso Deus, e nós o povo sob seu governo, o rebanho que ele conduz.

sexta-feira, novembro 26, 2010

MÚSICA

FOTOGRAFIA

As águas vão rolar

POESIA

O BESOURO MANGANGÁ

Charles Fonseca

O besouro mangangá
De flor em flor a vagar
De todas sorve o dulçor
Sem em nenhuma parar,
Nem da rosa, a mais bela,
O infiel se compadece,
Só de uma se enternece:
Da flor do maracujá!
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LEITURA DO DIA 26.11.2010
Evangelho

Lc:21,29-33

29. E Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores.
30. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto.
31. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto.
32. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça.
33. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.

quinta-feira, novembro 25, 2010

LIVROS


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MARINHA DO BRASIL

Zé Mole. Charles Fonseca. Prosa


Eroildes da Silva Fonseca 3, upload feito originalmente por Charles Fonseca.
Então. Ela tinha um ex-cunhado. Alcoólatra morava numa casa de telha vã, de adobe e sem reboco, um misto de oficina de marcenaria e abrigo. Chegada recentemente à nova cidade do sudoeste da Bahia mandou-me procurar o Zé, seu nome. Lá cheguei e ele fedia. Sebento. Parecia que não tomava banho há meses. Barbudo. Fogão a lenha. Levei-lhe um recado dela de que se quisesse morar conosco, nada lhe custaria com a condição de tomar banho diariamente e não beber. Aceitou e assim passamos a contar com a presença de Zé Mole, conosco. Anos se passaram. Um dia, no almoço, enquanto servia a todos ela comentava sobre algo da política nacional que ouvia pelo rádio. E de como faria se fosse governante. O taciturno Zé Mole exclamou: “- Se você fosse a Presidente da República, botava o Brasil a pique”. E ela: “- É mesmo: e o primeiro que ia a pique era você”. Ela foi de avião da Panair para o Rio de Janeiro entregar o Zé a uma das filhas. Adolescente fui com o Zé no fundo de um ônibus sobre um banquinho de madeira já que não havia mais poltrona disponível nem dinheiro para passagem aérea. Dormimos em Teófilo Otoni, MG, num quarto beira de estrada com paredes de madeira. 1.255 km em estrada cascalhada, a Rio - Bahia.

FOTOGRAFIA

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LEITURA DO DIA 25.11.2010

Salmo
Sal:100,2; Sal:100,3; Sal:100,4; Sal:100,5

2. servi ao SENHOR com alegria, ide a ele gritando de alegria.
3. § Ficai sabendo que o SENHOR é Deus; ele nos fez e nós somos seus, seu povo e rebanho do seu pasto.
4. § Entrai por suas portas com hinos de graças, pelos seus átrios com cantos de louvor, louvai-o, bendizei seu nome;
5. pois o SENHOR é bom, eterno é seu amor e sua fidelidade se estende a todas as gerações.

FOTOGRAFIA

Favela do Jacarezinho, Rio de Janeiro.

quarta-feira, novembro 24, 2010

FLORIANÓPOLIS

Justiça determina construção de acessos à Lagoa da Conceição em Florianópolis
28/09/2010
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou recurso da prefeitura de Florianópolis e manteve sentença que determina a esta que faça um levantamento de todos estabelecimentos em volta da Lagoa da Conceição, verifique a existência de alvarás e promova a abertura de acessos às margens desta. A decisão foi publicada na última semana no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 4ª Região.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) tendo por objetivo garantir o livre acesso às praias da Lagoa da Conceição, na capital catarinense, visto serem suas margens terreno de marinha e, portanto, área de preservação permanente.
Em 2009, a ação foi julgada procedente, o que levou o município a recorrer alegando que a via processual utilizada pelo MPF, ou seja, ação civil pública, não era adequada, pois o pedido pressupunha supressão de norma municipal. A prefeitura alegou também que a abertura de acesso necessitaria de prévia dotação orçamentária e, ainda, que seriam necessárias desocupações de áreas pertencentes à União e transferência dos terrenos para a prefeitura, que só então estaria apta para o que pede o MPF.
Após analisar a apelação, o relator do processo na corte, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, alinhou-se à argumentação do MPF, entendendo que a ocupação desordenada da Lagoa da Conceição tem sido autorizada pelo poder público municipal. Tais ocupações irregulares nas margens da lagoa constituem dano efetivo no patrimônio da União e comprometem o direito de todos ao meio ambiente constitucionalmente garantido, pontuou.
Conforme o artigo 30 da Constituição Federal, disse o magistrado em seu voto, compete aos municípios promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de uso. O relator citou ainda que a legislação municipal estabelece que deve haver uma faixa mínima de 15 metros a partir das margens para passagem e circulação de pedestres, bem como a abertura de acessos distantes no máximo 125 metros um do outro.
Além de bem de uso comum da coletividade e especialmente protegido pela legislação ambiental, a Lagoa da Conceição, local histórico da colonização e do desenvolvimento da população de Florianópolis, constitui patrimônio cultural da cidade e do Estado de Santa Catarina, merecendo a proteção do Poder Público, declarou Lenz, citando o MPF.
AC  
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