O encanto dos Orixás
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual.
Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.
É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas.
Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos.
Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual.
Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina).
Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente.
Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades.
Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las.
Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade.
Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus.
Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica.
Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda.
Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda.
Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi.
Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos.
Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs.
Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo.
É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos.
Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.
Leonardo Boff é teólogo´
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
segunda-feira, novembro 30, 2009
O encanto dos Orixás
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domingo, novembro 29, 2009
ADORMECIDA
ADORMECIDA
Castro Alves
Uma noite, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas!
"Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."
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Cântico dos Cânticos
Cântico dos Cânticos, 7
Rei Salomão.
1. Vira, vira, Sulamita, vira, vira, para que possamos ver-te! Por que olhais para a Sulamita, entre dois coros a dançar?
2. Quão belos são teus pés nas sandálias, ó filha de príncipe! Os contornos dos teus quadris são como colares, fabricados por mãos de artista.
3. Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade; teu ventre é um monte de trigo, cercado de lírios.
4. Teus dois seios são como dois filhotes de cervo, gêmeos de gazela,
5. e teu pescoço é como uma torre de marfim. Teus olhos são como as piscinas de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim; e teu nariz é como a torre do Líbano, que aponta na direção de Damasco.
6. Tua cabeça é como o Carmelo e teus cabelos têm a cor da púrpura, prendendo o rei com os seus anéis.
7. Quão bela e quão encantadora és tu, ó querida, entre as delícias!
8. Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios, a cachos.
9. Eu disse: “Subirei à palmeira e colherei seus frutos!” E teus seios serão como cachos de uva e o perfume da tua boca, como o das maçãs.
10. Teu paladar será como vinho excelente…
10. …digno de ser bebido por meu amado e degustado por seus lábios e dentes.
11. Eu sou para meu amado e seu desejo é para mim.
12. Vem, amado, saiamos para o campo, pernoitemos nas aldeias:
13. de manhã iremos logo para as vinhas, a ver se a videira floresceu, se as flores estão-se abrindo, se floresceram as romãzeiras: ali te darei os meus amores.
14. As mandrágoras espalharam seu perfume: às nossas portas, todos os melhores frutos, novos e velhos, guardei para ti, ó meu amado.
Rei Salomão.
1. Vira, vira, Sulamita, vira, vira, para que possamos ver-te! Por que olhais para a Sulamita, entre dois coros a dançar?
2. Quão belos são teus pés nas sandálias, ó filha de príncipe! Os contornos dos teus quadris são como colares, fabricados por mãos de artista.
3. Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade; teu ventre é um monte de trigo, cercado de lírios.
4. Teus dois seios são como dois filhotes de cervo, gêmeos de gazela,
5. e teu pescoço é como uma torre de marfim. Teus olhos são como as piscinas de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim; e teu nariz é como a torre do Líbano, que aponta na direção de Damasco.
6. Tua cabeça é como o Carmelo e teus cabelos têm a cor da púrpura, prendendo o rei com os seus anéis.
7. Quão bela e quão encantadora és tu, ó querida, entre as delícias!
8. Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios, a cachos.
9. Eu disse: “Subirei à palmeira e colherei seus frutos!” E teus seios serão como cachos de uva e o perfume da tua boca, como o das maçãs.
10. Teu paladar será como vinho excelente…
10. …digno de ser bebido por meu amado e degustado por seus lábios e dentes.
11. Eu sou para meu amado e seu desejo é para mim.
12. Vem, amado, saiamos para o campo, pernoitemos nas aldeias:
13. de manhã iremos logo para as vinhas, a ver se a videira floresceu, se as flores estão-se abrindo, se floresceram as romãzeiras: ali te darei os meus amores.
14. As mandrágoras espalharam seu perfume: às nossas portas, todos os melhores frutos, novos e velhos, guardei para ti, ó meu amado.
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Friozinho gostoso
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FAMÍLIA
Síndrome de alienação parental
Síndrome de alienação parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que um dos pais de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao genitor que causa a situação (e não ao que é vítima dela).
Características
Habitualmente é um fenômeno desencadeado por um dos pais em relação ao outro, do mesmo modo que não é necessariamente causada por divórcio ou separação, mas também pode ser provocado por outra pessoa distinta do guardião do menor (novo companheiro(a), avós, tios, etc.). Também se tem observado casos dentro de famílias intactas (que não sofreram separação), ainda que sejam menos frequentes.
Gardner distingue três tipos de SAP: leve, moderada e aguda, aconselhando diversas formas de ação para cada um dos tipos e destacando a importância de distiguirem que caso se está atuando.
Atualmente existe muita informação sobre este fenômeno, que possui legislação específica sobre a matéria em diversos países, sendo incluindo no Código Civil de diversos estados dos EUA e México. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo também o reconhece igualmente em diversas sentenças sobre temas de família.
É característico dos filhos que estejam envolvidos no processo de divórcio, visto que é provocada pelo genitor responsável pela alienação, mediante uma mensagem e uma programação contituindo o que normalmente se denomina lavagem cerebral. Os filhos que sofrem desta síndrome, desenvolvem um ódio patológico e injustificado contra o pai ou mãe alienado, e tem consequências devastadoras para o desenvolvimento físico e psicológico destes. Consequentemente a síndrome afeta também a familiares do genitor alienado, como avós, tios, primos, etc. Outras vezes, sem chegar a sentir ódio, a SAP provoca nos filhos uma deterioração da imagem do genitor alienado, resultando em valores sentimentais e sociais menores do que aqueles que qualquer criança tem e necessita: o filho(a) não se sente orgulhoso de sua mãe ou pai como as demais crianças. Esta forma mais sutil, que se valerá da omissão e negação de tudo o que se refere à pessoa alienada, não produzirá danos físicos nos menores, mas sim em seu desenvolvimento social e psicológico a longo prazo, quando na idade adulta exercerão seu papel de pai ou mãe.
Crianças vítimas da Síndrome da Alienação Parental são mais propensas a:
1. Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
2. Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
3. Cometer suicídio.
4. Apresentar baixa auto-estima.
5. Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
6. Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor alienado.
• Richard Gardner (2002). Síndrome da Alienação Parental (SAP).
Associações em Portugal que lutam contra este fenómeno:
• Pais para Sempre.
• Blog da Pais para Sempre.
• Acolher.
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_aliena%C3%A7%C3%A3o_parental
Síndrome de alienação parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que um dos pais de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao genitor que causa a situação (e não ao que é vítima dela).
Características
Habitualmente é um fenômeno desencadeado por um dos pais em relação ao outro, do mesmo modo que não é necessariamente causada por divórcio ou separação, mas também pode ser provocado por outra pessoa distinta do guardião do menor (novo companheiro(a), avós, tios, etc.). Também se tem observado casos dentro de famílias intactas (que não sofreram separação), ainda que sejam menos frequentes.
Gardner distingue três tipos de SAP: leve, moderada e aguda, aconselhando diversas formas de ação para cada um dos tipos e destacando a importância de distiguirem que caso se está atuando.
Atualmente existe muita informação sobre este fenômeno, que possui legislação específica sobre a matéria em diversos países, sendo incluindo no Código Civil de diversos estados dos EUA e México. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo também o reconhece igualmente em diversas sentenças sobre temas de família.
É característico dos filhos que estejam envolvidos no processo de divórcio, visto que é provocada pelo genitor responsável pela alienação, mediante uma mensagem e uma programação contituindo o que normalmente se denomina lavagem cerebral. Os filhos que sofrem desta síndrome, desenvolvem um ódio patológico e injustificado contra o pai ou mãe alienado, e tem consequências devastadoras para o desenvolvimento físico e psicológico destes. Consequentemente a síndrome afeta também a familiares do genitor alienado, como avós, tios, primos, etc. Outras vezes, sem chegar a sentir ódio, a SAP provoca nos filhos uma deterioração da imagem do genitor alienado, resultando em valores sentimentais e sociais menores do que aqueles que qualquer criança tem e necessita: o filho(a) não se sente orgulhoso de sua mãe ou pai como as demais crianças. Esta forma mais sutil, que se valerá da omissão e negação de tudo o que se refere à pessoa alienada, não produzirá danos físicos nos menores, mas sim em seu desenvolvimento social e psicológico a longo prazo, quando na idade adulta exercerão seu papel de pai ou mãe.
Crianças vítimas da Síndrome da Alienação Parental são mais propensas a:
1. Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
2. Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
3. Cometer suicídio.
4. Apresentar baixa auto-estima.
5. Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
6. Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor alienado.
• Richard Gardner (2002). Síndrome da Alienação Parental (SAP).
Associações em Portugal que lutam contra este fenómeno:
• Pais para Sempre.
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PINTURA
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sábado, novembro 28, 2009
SE VAIS. Onestaldo de Pennafort
SE VAIS
Onestaldo de Pennafort
Se vais em busca da Fortuna, pára:
nem dês um passo de onde estás. . . Mais certo
é que ela venha ter ao teu deserto,
que vás achá-la em sua verde seara.
Se em busca vais do Amor, volta e repara
como é enganoso aquele céu aberto:
mais longe está, quando parece perto,
e faz a noite da manhã mais clara.
Deixa a Fortuna, que te está distante,
e deixa o Amor, que teu olhar persegue
como perdido pássaro sem ninho.
... Porém, ó negro cavaleiro andante,
se vais em busca da Tristeza, segue,
que hás de encontrá-la pelo teu caminho!
Onestaldo de Pennafort
Se vais em busca da Fortuna, pára:
nem dês um passo de onde estás. . . Mais certo
é que ela venha ter ao teu deserto,
que vás achá-la em sua verde seara.
Se em busca vais do Amor, volta e repara
como é enganoso aquele céu aberto:
mais longe está, quando parece perto,
e faz a noite da manhã mais clara.
Deixa a Fortuna, que te está distante,
e deixa o Amor, que teu olhar persegue
como perdido pássaro sem ninho.
... Porém, ó negro cavaleiro andante,
se vais em busca da Tristeza, segue,
que hás de encontrá-la pelo teu caminho!
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Poesia
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sexta-feira, novembro 27, 2009
"A trote" você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.
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quinta-feira, novembro 26, 2009
MÚSICA
"Dona Canô"- (Daniela Mercury, Mariene de Castro & Banda Dida)
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Daniela Mercury
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MÚSICA
Sergei Rachmaninoff - Rhapsody On A Theme Of Paganini
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"Ao espelho". Você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.
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PLENA NUDEZ. Raimundo Correia. poesia.
PLENA NUDEZ
Raimundo Correia
Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das modas cria, tortas e enfezadas.
Quero um pleno esplendor, viço e frescura
Os corpos nus; as linhas onduladas
Livres: de carne exuberante e pura
Todas as saliências destacadas...
Não quero, a Vênus opulenta e bela
De luxuriantes formas, entrevê-la
De transparente túnica através:
Quero vê-la, sem pejo, sem receios,
Os braços nus, o dorso nu, os seios
Nus... toda nua, da cabeça aos pés!
Raimundo Correia
Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das modas cria, tortas e enfezadas.
Quero um pleno esplendor, viço e frescura
Os corpos nus; as linhas onduladas
Livres: de carne exuberante e pura
Todas as saliências destacadas...
Não quero, a Vênus opulenta e bela
De luxuriantes formas, entrevê-la
De transparente túnica através:
Quero vê-la, sem pejo, sem receios,
Os braços nus, o dorso nu, os seios
Nus... toda nua, da cabeça aos pés!
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Raimundo Correia
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quarta-feira, novembro 25, 2009
Portada da Igreja Carmo. Cachoeira - Bahia - Brasil.
Portada da Igreja Carmo. Cachoeira - Bahia - Brasil. Agosto, 2009.
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Aos sessenta e quatro anos
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O arcanjo São Miguel.
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"Cangaço". Você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.
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terça-feira, novembro 24, 2009
Turismo: Agora passeie de graça pelo mundo. Logo abaixo do Quem sou eu, ao lado.
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segunda-feira, novembro 23, 2009
FOTOGRAFIA
Minha vida ainda é verão. Verão.
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"Despetalando". Você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.
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domingo, novembro 22, 2009
SOCIOLOGIA
Coisas de um país não preconceituoso
Em 2003, a juíza Luislinda Dias Valois dos Santos proferiu a primeira sentença brasileira baseada na Lei do Racismo.
Deu ganho de causa a uma negra acusada de ter roubado um frango e dois sabonetes da principal rede de supermercados da Bahia.
Declarada a sentença, Luislinda foi ameaçada de morte. Mas isso não era novidade na vida da primeira juíza negra do Brasil.
Negra, mulher, divorciada, nordestina e de origem pobre, ela costuma dizer que se for morta seu assassino será o racismo.
Tinha nove anos quando um professor lhe disse que seu lugar era na cozinha de uma branca.
Ao ser aprovada no concurso público para procuradora, uma Bahia comandada por coronéis brancos mandou-a para Curitiba.
Para regressar, passou no concurso da Justiça Estadual da Bahia e foi exilada em uma comarca sem luz, telefone e água encanada. De pronto, foi avisada de que, mais dia menos dia, seria morta.
Fez um curso de justiça célere na Austrália e, ao aplicar esse processo por aqui, quiseram saber o que ela ganhava julgando com rapidez.
Advogados já pediram cancelamento de audiência ao saber que a juíza não era branca. Muitos ainda se perguntam o que aquela mulher de rastafári vermelho faz sentada na cadeira do juiz.
Certo dia entrou em um banco e foi chamada e tratada como bandida pelos seguranças. Depois de alguns sustos, passou a ter cuidado com a água que bebe e com o percurso que faz diariamente.
Foram muitas as intimidações para que ela renunciasse à magistratura.
Como não conseguiram matá-la fisicamente, fecharam-lhe todas as portas do Judiciário. Sem se intimidar, passou a fazer audiências na periferia, nos alagados, nos quilombos.
De barco, ônibus ou a pé, a juíza tentou levar justiça à população mais carente.
Porém, foi duramente censurada. Até mesmo do premiado projeto Balcões de Cidadania, do qual foi idealizadora e coordenadora, foi afastada.
Mesmo ganhando diversos prêmios e homenagens, Luislinda é tida, dentro do meio, como uma juíza menor.
Ela tem certeza de que muito do problema do preconceito está dentro do Judiciário, ainda branco e machista.
No Brasil, pouco mais de 1% dos juízes se declaram negros e a maioria, principalmente nas instâncias superiores, é do sexo masculino.
Aos 67 anos, a filha de Iansã tem todos os requisitos necessários para se tornar desembargadora.
Só que Luislinda não precisa jogar búzios, ler cartas ou freqüentar o terreiro de mãe Bebé para saber que ninguém a quer como desembargadora. Como juíza, já incomoda muita gente.
Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista, pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de literatura e poesia www.danielcampos.biz
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Em 2003, a juíza Luislinda Dias Valois dos Santos proferiu a primeira sentença brasileira baseada na Lei do Racismo.
Deu ganho de causa a uma negra acusada de ter roubado um frango e dois sabonetes da principal rede de supermercados da Bahia.
Declarada a sentença, Luislinda foi ameaçada de morte. Mas isso não era novidade na vida da primeira juíza negra do Brasil.
Negra, mulher, divorciada, nordestina e de origem pobre, ela costuma dizer que se for morta seu assassino será o racismo.
Tinha nove anos quando um professor lhe disse que seu lugar era na cozinha de uma branca.
Ao ser aprovada no concurso público para procuradora, uma Bahia comandada por coronéis brancos mandou-a para Curitiba.
Para regressar, passou no concurso da Justiça Estadual da Bahia e foi exilada em uma comarca sem luz, telefone e água encanada. De pronto, foi avisada de que, mais dia menos dia, seria morta.
Fez um curso de justiça célere na Austrália e, ao aplicar esse processo por aqui, quiseram saber o que ela ganhava julgando com rapidez.
Advogados já pediram cancelamento de audiência ao saber que a juíza não era branca. Muitos ainda se perguntam o que aquela mulher de rastafári vermelho faz sentada na cadeira do juiz.
Certo dia entrou em um banco e foi chamada e tratada como bandida pelos seguranças. Depois de alguns sustos, passou a ter cuidado com a água que bebe e com o percurso que faz diariamente.
Foram muitas as intimidações para que ela renunciasse à magistratura.
Como não conseguiram matá-la fisicamente, fecharam-lhe todas as portas do Judiciário. Sem se intimidar, passou a fazer audiências na periferia, nos alagados, nos quilombos.
De barco, ônibus ou a pé, a juíza tentou levar justiça à população mais carente.
Porém, foi duramente censurada. Até mesmo do premiado projeto Balcões de Cidadania, do qual foi idealizadora e coordenadora, foi afastada.
Mesmo ganhando diversos prêmios e homenagens, Luislinda é tida, dentro do meio, como uma juíza menor.
Ela tem certeza de que muito do problema do preconceito está dentro do Judiciário, ainda branco e machista.
No Brasil, pouco mais de 1% dos juízes se declaram negros e a maioria, principalmente nas instâncias superiores, é do sexo masculino.
Aos 67 anos, a filha de Iansã tem todos os requisitos necessários para se tornar desembargadora.
Só que Luislinda não precisa jogar búzios, ler cartas ou freqüentar o terreiro de mãe Bebé para saber que ninguém a quer como desembargadora. Como juíza, já incomoda muita gente.
Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista, pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de literatura e poesia www.danielcampos.biz
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Cântico dos Cânticos, 6. Poesia.
Cântico dos Cânticos, 6
Rei Salomão
1. Para onde foi o teu amado, ó mais bela das mulheres? onde se escondeu o teu amado, para que o procuremos contigo?
2. Meu amado desceu ao seu jardim, ao canteiro dos aromas, para apascentar nos jardins e colher os lírios.
3. Eu sou para o meu amado e meu amado é para mim, ele que apascenta entre os lírios.
4. Tu és bela, minha amada, como Tersa, formosa como Jerusalém, terrível como um exército em linha de batalha.
5. Afasta de mim teus olhos, pois eles me perturbam. Teus cabelos são como um rebanho de cabras que vêm descendo de Galaad.
6. Teus dentes, como um rebanho de ovelhas que saíram do lavadouro; todas com filhotes gêmeos, sem que haja uma estéril entre elas.
7. Como a metade da romã, assim as tuas faces através do teu véu.
8. Sessenta são as rainhas e oitenta, as concubinas e não têm número as adolescentes;
9. Mas uma só é a minha pomba, minha perfeita, única para sua mãe, a escolhida de quem a concebeu. As moças a viram e a proclamaram venturosa; viram-na as rainhas e as concubinas, e a louvaram:
10. Quem é esta que avança como a aurora que desponta, bela como a lua, incomparável como o sol, terrível como um exército em linha de batalha?
11. Desci ao jardim das nogueiras para ver os frutos dos vales e verificar se a vinha já havia florido e se já tinham germinado as romãs.
12. Meu espírito não percebeu quando ele me assentou na carruagem do príncipe do meu povo.
Rei Salomão
1. Para onde foi o teu amado, ó mais bela das mulheres? onde se escondeu o teu amado, para que o procuremos contigo?
2. Meu amado desceu ao seu jardim, ao canteiro dos aromas, para apascentar nos jardins e colher os lírios.
3. Eu sou para o meu amado e meu amado é para mim, ele que apascenta entre os lírios.
4. Tu és bela, minha amada, como Tersa, formosa como Jerusalém, terrível como um exército em linha de batalha.
5. Afasta de mim teus olhos, pois eles me perturbam. Teus cabelos são como um rebanho de cabras que vêm descendo de Galaad.
6. Teus dentes, como um rebanho de ovelhas que saíram do lavadouro; todas com filhotes gêmeos, sem que haja uma estéril entre elas.
7. Como a metade da romã, assim as tuas faces através do teu véu.
8. Sessenta são as rainhas e oitenta, as concubinas e não têm número as adolescentes;
9. Mas uma só é a minha pomba, minha perfeita, única para sua mãe, a escolhida de quem a concebeu. As moças a viram e a proclamaram venturosa; viram-na as rainhas e as concubinas, e a louvaram:
10. Quem é esta que avança como a aurora que desponta, bela como a lua, incomparável como o sol, terrível como um exército em linha de batalha?
11. Desci ao jardim das nogueiras para ver os frutos dos vales e verificar se a vinha já havia florido e se já tinham germinado as romãs.
12. Meu espírito não percebeu quando ele me assentou na carruagem do príncipe do meu povo.
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POEMAS ( I ). Charles Fonseca. Poesia
POEMAS ( I )
Charles Fonseca
Poemas são qual queixumes
Que simbolizam passados
São esperanças dos prados
Colhidos, são como lumes.
Poemas embalam vidas
Enquanto o real não chega,
Imagens quantas, são nesga
De amor por fresta amiga.
Poemas permitem espera
Ai, quantos que em mim tiveram,
Quantos a mim me houveram,
Símbolos de duras eras!
Charles Fonseca
Poemas são qual queixumes
Que simbolizam passados
São esperanças dos prados
Colhidos, são como lumes.
Poemas embalam vidas
Enquanto o real não chega,
Imagens quantas, são nesga
De amor por fresta amiga.
Poemas permitem espera
Ai, quantos que em mim tiveram,
Quantos a mim me houveram,
Símbolos de duras eras!
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sábado, novembro 21, 2009
J S Bach: MAGNIFICAT: "Magnificat anima mea" * Karajan/RIAS Kammerchor/Berliner Philharmoniker
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FOTOGRAFIA
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sexta-feira, novembro 20, 2009
Ferdinand Victor Eugène Delacroix
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quarta-feira, novembro 18, 2009
JATAÍ. Charles Fonseca. Poesia
JATAÍ
Charles Fonseca
Por que te chamo Gleide
Nunca então de Rosalee
É que o tendo e serdes
O doce de Ibicui
Já tendes o que a mim falta
Pra rimar mel jataí
Assim pesava ante o vinde
- O pensam assim teus irmãos -
Mãe que se foi e desde então
Nos aguarda aos Ataide.
Charles Fonseca
Por que te chamo Gleide
Nunca então de Rosalee
É que o tendo e serdes
O doce de Ibicui
Já tendes o que a mim falta
Pra rimar mel jataí
Assim pesava ante o vinde
- O pensam assim teus irmãos -
Mãe que se foi e desde então
Nos aguarda aos Ataide.
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quinta-feira, novembro 12, 2009
MONTE CARLO. Charles Fonseca. Poesia
MONTE CARLO
Charles Fonseca
Almas chegam ao cassino
Volteiam em torno ilusões,
Muitos sim, talvez, senões,
De antemão bimbalham sinos.
Tangem passadas carências
Simboliza a roleta
O irreal dança em festa
Repicam em uns condolencias
Charles Fonseca
Almas chegam ao cassino
Volteiam em torno ilusões,
Muitos sim, talvez, senões,
De antemão bimbalham sinos.
Tangem passadas carências
Simboliza a roleta
O irreal dança em festa
Repicam em uns condolencias
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