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quarta-feira, dezembro 30, 2009

Tio avô 2009

Tio avô.
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MÚSICA

Help! Beatles

SONETO DA SAUDADE. João José de Melo Franco

SONETO DA SAUDADE
João José de Melo Franco

Quando morrer, quero estar contigo.
Saudade sentirei só do outro lado,
Onde te esperarei com o mais puro trigo
Para fazer um pão, macio e bem sovado.

Quando morrer, vou querer dizer, e digo,
Que saudade sentirei porque fui amado.
Comi do pão que reparti contigo;
Te serei faminto nesse meu novo estado.

Em eterna manhã, na celeste padaria,
Com Jorge e Benedito, a nova irmandade,
Prepararemos com divinal poesia

A fôrma de assar nossa saudade.
E quando chegares, estarei à mesa,
Com um pão de amor. Tenha certeza!

A Morte Inventada.


segunda-feira, dezembro 28, 2009

Cartola. Ensaboa. Música

Humana Aventura

Revista Humana Aventura

O Humana Aventura quer dar voz à inquietação dos homens e das mulheres que buscam o significado de todas as coisas, insatisfeitos com as respostas pré-confeccionadas, que se apresentam como óbvias e, pior ainda, necessárias.
O Humana Aventura nasce de pessoas que compartilham uma experiência de fé em Jesus Cristo e que, por isso, foram educadas a amar a realidade, a amar a razão, a amar o que é diferente, a desejar conhecer, a aceitar os desafios que a realidade propõe.
O Humana Aventura tem a certeza de que todos os homens, pelo simples e grandioso fato de serem homens, têm em comum a inquietação, a busca, a exigência de usar a razão para compreender a realidade na totalidade de seus fatores. Eles compartilham também a exigência de abraçar cada circunstância como fator essencial para o pleno desenvolvimento da própria humanidade, como parte da tarefa que nos cabe neste mundo.
O Humana Aventura é o espaço adequado para quem procura viver intensamente a amizade e o afeto, o trabalho, a participação nos debates em pauta na cultura e na sociedade, para quem quer enfrentar os desafios que se apresentam no quotidiano.
O Humana Aventura quer compartilhar o objetivo de constituir sujeitos humanos capazes de viver plenamente no meio das circunstâncias do mundo, construtores de nova humanidade, empenhados com responsabilidade para o bem de todos.
O Humana Aventura quer ser uma ajuda a todos aqueles que desejam julgar toda a realidade a partir das suas próprias exigências e evidências elementares, levando a sério o desejo de verdade, de justiça, de amar e ser amado, de ser feliz, comparando cada proposta e circunstância de vida com estas exigências que constituem o "coração" mais autêntico da pessoa.
Viver a existência como uma Humana Aventura fascinante, nasce da consciência cultivada de sermos um dom: recebemos esta vida, recebemos todos os outros dons que a acompanham. "Até os cabelos de nossas cabeças estão todos contados" (Lc 12, 7). E acima de tudo, o Mistério infinito, eterno, onipotente e criador, que a nossa inteligência pode intuir, mas que "ninguém jamais viu" (Jo 1, 18) decidiu entrar no nosso horizonte de percepção, ser visto ouvido e tocado por nós. E o que nós vimos com nossos olhos, o que ouvimos, o que tocamos com nossas mãos, a respeito da vida que encontra sua plenitude de significado e de beleza, nós partilhamos, porque "a Vida Se manifestou e nós vimos, ouvimos e damos testemunho" (1Jo 1, 12). E assim, o Verbo que Se fez carne e que habita entre nós como uma Presença de ternura e compaixão Se doa a nós, faz o dom comovido de Si à nossa humanidade ferida, para que tenhamos vida plena, vida em abundância (Jo 10,10).
Por isso, nossa existência movida por essa Presença, comovida por essa misericórdia, torna-se uma Humana Aventura. Acima de tudo, a aventura de crescer e cultivar a juventude do coração, movido por uma esperança que não desilude, animados por uma indomável positividade diante de todas as circunstâncias. E ainda, a humana aventura de ensaiar tentativas de resposta aos desafios que encontramos, até a realização de obras que procuram encarnar o bem encontrado.
HA

Compõem o Humana Aventura

João Carlos Petrini
Bispo auxiliar de Salvador. Diretor do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. Doutor em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.


Ariane Vieira Leite
Coordenadora Executiva do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família. Mestre em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica do Salvador.


Lúcia Vaz de Campos Moreira
Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Campus de Ribeirão Preto.


Francisco de Barros Barbosa
Doutor em Teologia pela Pontificia Universidade Gregoriana e Pós-Doutor em Teologia e Antropologia da Família pela Pontifícia Universidade Lateranense.


Miriã Alcantara
Doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia.


Ricardo Sampaio da Silva Fonseca
Mestre em Economia pela Universidade Federal da Bahia.


Dimitri Leonardo Santana Martins de Oliveira
Mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia.

http://humanaaventura.com.br/paginas/quem_somos.php

Rua Ilhéus, 205. Rio Vermelho. Salvador. Bahia.
Fones: 71 3334 5748 e 71 3334 1359

domingo, dezembro 27, 2009

Alcoolismo

Alcoolismo.

O alcoolismo é uma doença crónica caracterizada por uma tendência a beber mais do que o devido, por tentativas infrutíferas de deixar a bebida e pela manutenção do hábito, apesar das consequências sociais e laborais adversas.
O alcoolismo é uma doença frequente. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 8 % dos adultos tem um problema de consumo de álcool. Os homens são quatro vezes mais propensos do que as mulheres a ser alcoólicos. As pessoas de todas as idades são susceptíveis. Cada vez mais, as crianças e os adolescentes têm problemas com o álcool, com consequências desastrosas.
O álcool produz dependência tanto psicológica como física. O alcoolismo geralmente interfere com a capacidade de se relacionar e de trabalhar e determina muitos comportamentos destrutivos. Os alcoólicos costumam estar intoxicados diariamente. A embriaguez pode alterar as relações familiares e sociais e provoca frequentemente divórcios. O absentismo extremo ao trabalho pode conduzir ao desemprego. Os alcoólicos frequentemente não conseguem controlar o seu comportamento, tendem a conduzir veículos tendo bebido e sofrem lesões físicas por quedas, brigas ou acidentes automobilísticos. Alguns alcoólicos podem também tornar-se violentos.

Causas
A causa do alcoolismo é desconhecida, mas o consumo de álcool não é o único factor. Aproximadamente 10 % das pessoas que bebem álcool tornam-se alcoólicas. Os familiares consanguíneos dos alcoólicos têm uma incidência mais alta de alcoolismo do que a população em geral. O alcoolismo tem também mais probabilidades de se desenvolver nos filhos biológicos dos alcoólicos do que nos adoptados, o que sugere que o alcoolismo implica um defeito genético ou bioquímico. Algumas investigações sugerem que as pessoas em risco de ser alcoólicas se embriagam com menos facilidade do que os não alcoólicos; isto quer dizer que os seus cérebros são menos sensíveis aos efeitos do álcool.
Para além de um possível defeito genético, existe um certo substrato e traços de personalidade que podem predispor uma pessoa para o alcoolismo. Os alcoólicos geralmente provêm de famílias desfeitas e as relações com os pais estão frequentemente alteradas. Os alcoólicos tendem a sentir-se isolados, sós, tímidos, deprimidos ou hostis. Podem exibir comportamentos autodestrutivos e ser sexualmente imaturos. Contudo, o abuso e a dependência do álcool são tão frequentes que os alcoólicos podem encontrar-se entre as pessoas com qualquer tipo de personalidade.

Efeitos biológicos
O álcool é rapidamente absorvido no intestino delgado. Como o álcool é absorvido de forma mais rápida do que se metaboliza e elimina, os seus valores no sangue aumentam rapidamente. Uma pequena quantidade de álcool é excretada pela urina, pelo suor e pela respiração sem ser modificada. A maior parte do álcool é metabolizada no fígado e contribui com 210 calorias por cada 30 ml (7 cal/ml) de álcool puro consumido.
O álcool deprime imediatamente as funções cerebrais; a intensidade deste efeito depende do seu valor no sangue (a uma maior quantidade, maior alteração). As concentrações de álcool podem ser medidas no sangue ou calculadas doseando a quantidade existente na amostra de ar expirado. As leis limitam a concentração sanguínea de álcool que uma pessoa pode ter enquanto conduz. Geralmente, alguns países fixam o limite em 0,1 (100 mg de álcool por cada decilitro de sangue), mas outros fixam-no em 0,08. Mesmo uma concentração de álcool de 0,08 pode reduzir a capacidade de uma pessoa para conduzir com segurança.
A ingestão prolongada de quantidades excessivas de álcool danifica muito os órgãos, particularmente o fígado, o cérebro e o coração. Como outras drogas, o álcool tende a induzir tolerância, pelo que as pessoas que bebem mais de dois copos por dia podem ingerir mais álcool do que os não bebedores sem que se verifiquem efeitos de embriaguez. Os alcoólicos podem também tornar-se mais tolerantes a outras substâncias que deprimem a função do sistema nervoso central; por exemplo, as pessoas que tomam barbitúricos ou benzodiazepinas necessitam, geralmente, de altas doses para conseguir um efeito terapêutico. A tolerância não parece alterar o modo como o álcool é metabolizado ou excretado. Pelo contrário, o álcool induz uma adaptação do cérebro e de outros tecidos.
Se um alcoólico, de repente, deixar de beber, é provável que se produzam sintomas de abstinência. A síndroma de abstinência de álcool geralmente começa de 12 a 24 horas depois de a pessoa ter deixado de consumir álcool. Os sintomas ligeiros incluem tremor, debilidade, sudação e náuseas. Algumas pessoas sofrem convulsões (a chamada epilepsia alcoólica ou convulsões pelo álcool). Os grandes bebedores que deixam a bebida podem sofrer alucinose alcoólica. Podem ter alucinações e ouvir vozes que parecem acusá-los e ameaçá-los, provocando-lhes apreensão e terror. As alucinações alcoólicas podem durar dias e podem ser controladas com medicamentos antipsicóticos, como a clorpromazina ou a tioridazina.
Se for deixada sem tratamento, a abstinência do álcool pode originar um conjunto de sintomas mais graves chamado delirium tremens. O delirium tremens não começa geralmente de imediato, aparecendo cerca de 2 a 10 dias depois de deixar beber. No delirium tremens a pessoa está no início ansiosa e mais tarde desenvolve confusão crescente, insónia, pesadelos, sudação excessiva e depressão profunda. O pulso tende a acelerar-se. Pode aparecer febre. O episódio pode agravar-se com alucinações fugazes, com ilusões que causam medo, inquietação e desorientação, com alucinações visuais que podem aterrorizar. Os objectos vistos com pouca luz podem ser particularmente aterradores. Por último, a pessoa está extremamente confusa e desorientada. Uma pessoa com delirium tremens sente, por vezes, que o chão lhe foge, as paredes caem ou a cama gira. À medida que o delírio progride, aparece tremor persistente nas mãos, que, por vezes, se estende à cabeça e ao corpo, e a maioria das pessoas apresenta uma descoordenação intensa. O delirium tremens pode ser mortal, sobretudo se não for tratado.
Outros problemas estão directamente relacionados com os efeitos tóxicos do álcool no cérebro e no fígado. Um fígado danificado pelo álcool tem uma capacidade diminuída de eliminar as substâncias tóxicas do corpo, o que pode causar um coma hepático. Uma pessoa em coma não tem energia, está sonolenta, entorpecida e confusa e geralmente apresenta um tremor estranho nas mãos, como um bater de asas. O coma hepático inclui perigo de morte e necessita de tratamento imediato.
A síndroma de Korsakoff (psicose amnésica de Korsakoff) (Ver secção 6, capítulo 75) geralmente, acontece em pessoas que ingerem, regularmente, grandes quantidades de álcool, especialmente naquelas que estão desnutridas e têm deficiência de vitaminas B (particularmente tiamina). Uma pessoa com a síndroma de Korsakoff perde a memória dos acontecimentos recentes. A memória é tão frágil que muitas vezes a pessoa inventa histórias que tentam encobrir a incapacidade para recordar. A síndroma de Korsakoff acontece, por vezes, depois de um ataque de delirium tremens. Algumas pessoas com a síndroma de Korsakoff desenvolvem também encefalopatia de Wernicke; os sintomas incluem movimentos anormais dos olhos, confusão, movimentos descoordenados e anomalias na função nervosa. A síndroma de Korsakoff pode ser mortal, a menos que se suprima rapidamente a deficiência de tiamina.
Numa mulher grávida, uma história de uma grande ingestão crónica de álcool pode associar-se com malformações do feto em desenvolvimento, incluindo baixo peso ao nascer, pequena estatura, cabeça pequena, lesões cardíacas, dano muscular e baixo coeficiente intelectual ou atraso mental. (• V. página 1250.) A ingestão moderada de álcool de tipo social (por exemplo, dois copos de vinho de 120 ml por dia) não está associada a estes problemas.

Tratamento
Os alcoólicos que apresentam uma síndroma de abstinência geralmente tratam-se a si próprios bebendo. Algumas pessoas procuram cuidados médicos porque não desejam continuar a beber ou porque a síndroma de abstinência é muito intensa. Num ou noutro caso, o médico verifica, primeiro, a possibilidade de uma doença ou de uma lesão da cabeça que possa complicar a situação e, depois, procura caracterizar o tipo de síndroma de abstinência, calcular quanto bebe habitualmente a pessoa e determinar quando deixou de beber.
Como a deficiência vitamínica causa uma síndroma de abstinência potencialmente mortal, os médicos dos serviços de urgência dão, geralmente, grandes doses endovenosas de complexos vitamínicos C e B, especialmente tiamina. Os líquidos intravenosos, o magnésio e a glicose administram-se, frequentemente, para proteger alguns da síndroma de abstinência do álcool e para evitar a desidratação.
Frequentemente, os médicos prescrevem um fármaco benzodiazepínico durante alguns dias para acalmar a agitação e ajudar a prevenir a síndroma de abstinência. Os medicamentos antipsicóticos administram-se geralmente a um reduzido número de pessoas com alucinose alcoólica. O delirium tremens pode pôr em perigo a vida e trata-se mais agressivamente para controlar a febre alta e a agitação intensa. Geralmente administram-se líquidos endovenosos, medicamentos para baixar a febre (como o paracetamol) e sedativos, e requer-se uma supervisão estreita. Com este tratamento, o delirium tremens começa geralmente a desaparecer dentro das primeiras 12 a 24 horas.
Depois de resolvidos os problemas médicos urgentes, deve começar-se uma desintoxicação e um programa de reabilitação. Na primeira fase do tratamento, o álcool é suprimido por completo. Portanto, um alcoólico tem de modificar o seu comportamento. Permanecer sóbrio é difícil. Sem ajuda, a maioria recai em poucos dias ou semanas. Geralmente crê-se que o tratamento de grupo é mais eficaz do que o acompanhamento individual; no entanto, o tratamento dever-se-á adequar a cada indivíduo. Pode também ser importante contar com o apoio dos familiares.
Alcoólicos Anónimos
Não existe nada que beneficie tanto os alcoólicos e de modo tão eficaz como a ajuda que podem proporcionar a si próprios participando nos Alcoólicos Anónimos (AA). Alcoólicos Anónimos opera dentro de um contexto religioso; existem organizações alternativas para quem deseja uma aproximação mais secular. Um alcoólico deve sentir-se bem, de preferência incorporando-se num grupo onde os membros partilham outros interesses para além do alcoolismo. Por exemplo, algumas áreas metropolitanas têm grupos de Alcoólicos Anónimos para médicos e dentistas e outras profissões e para pessoas com certas preferências, assim como para solteiros ou para mulheres e homens homossexuais.

Alcoólicos Anónimos
Procura um sítio onde o alcoólico em recuperação possa estabelecer relações sociais fora do bar com amigos não bebedores, os quais também servem de apoio quando surja de novo a necessidade imperiosa de beber. O alcoólico ouve as confissões dos outros ao grupo inteiro relativamente ao modo como estão a lutar dia a dia para evitar beber um copo. Finalmente propondo meios para que o alcoólico ajude os outros, Alcoólicos Anónimos permite que a pessoa construa uma confiança e uma auto-estima que antes só encontrava bebendo álcool.

Tratamento farmacológico
Por vezes, o alcoólico pode recorrer a um medicamento para evitar consumir o álcool. Pode prescrever-se um fármaco chamado dissulfiramo. Este medicamento interfere com o metabolismo do álcool, provocando acumulação de aldeído acético, um metabolito do álcool no sangue. O aldeído acético é tóxico e produz rubor facial, dor de cabeça pulsátil, aumento do ritmo cardíaco, respiração acelerada e sudação durante 5 a 10 minutos depois de a pessoa ingerir álcool. As náuseas e os vómitos podem apresentar-se de 30 a 60 minutos depois. Estas reacções incómodas e potencialmente perigosas duram entre uma e três horas. A incomodidade pela ingestão de álcool depois de tomar dissulfiramo é tão intensa que poucas pessoas se arriscam a tomar álcool, mesmo a pequena quantidade utilizada nalguns preparados de venda livre contra a tosse e o catarro ou nalgumas comidas.
Um alcoólico em recuperação não pode tomar dissulfiramo logo que deixar de beber; o medicamento só pode ser tomado depois de alguns dias de abstinência. O dissulfiramo pode afectar o metabolismo do álcool de 3 a 7 dias depois da última dose do fármaco. Por causa da intensa reacção ao álcool associada com o tratamento, o dissulfiramo deverá ser administrado somente a alcoólicos em recuperação, os quais querem realmente ajuda e estão a querer cooperar. As mulheres grávidas ou as pessoas que têm uma doença grave não devem tomar dissulfiramo.
A naltrexona, outro medicamento, pode ajudar as pessoas a tornarem-se menos dependentes do álcool, se for usada como parte de um programa de tratamento extenso que inclua acompanhamento. A naltrexona altera os efeitos do álcool em certas endorfinas do cérebro, que podem estar associadas com a procura compulsiva e o consumo do álcool. Uma grande vantagem relativamente ao dissulfiramo é que a naltrexona não produz mal-estar. Uma desvantagem é que a pessoa que toma naltrexona pode continuar a beber. As pessoas com hepatite ou outra doença hepática não devem tomar naltrexona.
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Efeitos do álcool nos não alcoólicos
Nível de álcool no sangue. Efeitos:
0.05 (50 mg/dl*): Facilitação da relação social; tranquilidade.
0.08 (80 mg/dl): Coordenação diminuída (redução das capacidades físicas e mentais). Diminuição de reflexos (ambas dificultam uma condução segura) .
0.10 (100 mg/dl): Alteração perceptível da coordenação.
0.20 (200 mg/dl): Confusão. Diminuição da memória. Alteração importante da estabilidade (não consegue permanecer de pé).
0.30 (300 mg/dl): Perda de consciência.
0.40 (400 mg/dl e mais): Coma, morte.
* Quantidade de álcool em miligramas (mg) por decilitro de sangue.

Consequências a longo prazo do consumo de álcool
Tipo de défice
Efeito Nutricional
Valores baixos de ácido fólico: Anemia, defeitos congénitos.
Valores baixos de ferro: Anemia.
Valores baixos de niacina: Pelagra (lesões cutâneas, diarreia, depressão).
Gastrointestinal
Esófago: Inflamação (esofagite), cancro.
Estômago: Inflamação (gastrite), úlceras.
Fígado: Inflamação (hepatite), cirrose, cancro.
Pâncreas: Inflamação (pancreatite), baixos valores de açúcar no sangue, cancro.
Cardiovascular
Coração: Ritmos cardíacos anormais (arritmia), insuficiência cardíaca.
Vasos sanguíneos: Hipertensão arterial, arteriosclerose, acidentes vasculares cerebrais.
Neurológico
Cérebro: Confusão, coordenação reduzida, memória de curto prazo limitada (recordações escassas dos acontecimentos recentes), psicose.
Nervos: Deterioração dos nervos que controlam os movimentos nos braços e nas pernas (diminuição da capacidade de andar).

http://www.manualmerck.net/

COMO SE MOÇO E NÃO BEM VELHO FOSSE. Alphonsus de Guimaraens

COMO SE MOÇO E NÃO BEM VELHO FOSSE
Alphonsus de Guimaraens


Como se moço e não bem velho eu fosse,
Uma nova ilusão veio animar-me,
Na minh`alma floriu um novo carme,
O meu ser para o céu alcandorou-se.

Ouvi gritos em mim como um alarme.
E o meu olhar, outrora suave e doce,
Nas ânsias de escalar o azul, tornou-se
Todo em raios, que vinham desolar-me.

Vi-me no cimo eterno da montanha
Tentando unir ao peito a luz dos círios
Que brilhavam na paz da noite estranha.

Acordei do áureo sonho em sobressalto;
Do céu tombei ao caos dos meus martírios,
Sem saber para que subi tão alto...

sábado, dezembro 26, 2009

FOTOGRAFIA. Roberto Faria


Axé 2010, upload feito originalmente por Roberto Faria.

RELIGIÃO


Mulher que agrediu o papa Bento XVI é hospitalizada
Susanna Maiolo, de 25 anos e nacionalidade ítalo-suíça, sofre de problemas psíquicos, diz porta-voz do Vaticano

quarta-feira, dezembro 23, 2009

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Iemanjá.


..., upload feito originalmente por Alejandro Zambrana.

Iemanjá.

Davi. Michelangelo.

POLÍTICA


De: Eurides, deputada mensaleira, para seus eleitores
Mensagem de Natal enviada pela deputada distrital Eurides Brito (PMDB-DF) aos seus eleitores:
“Queridos, escrevo-lhes num período em que todos costumamos estar com o nosso espírito unicamente voltado para as comemorações natalinas. Infelizmente, neste fim de ano, embora venha me esforçando, não consegui ainda me esquecer do episódio explorado pela mídia e que envolve o meu nome.
Acordo pensando que tive um pesadelo. Se eu não tivesse Deus como minha fortaleza, decerto não teria aguentado. Mas como confio que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza nos tempos de angústia”, tenho procurado tocar a vida, cumprindo todas as minhas obrigações, bem como os compromissos assumidos. Não posso parar. Mas, de vez em quando sinto-me vagueando e perguntando-me por quê?
Por recomendação expressa de meu advogado, não devo falar sobre o assunto, até dar o meu depoimento ao Superior Tribunal de Justiça, o que espero ocorra o mais rápido possível. Como seria bom se pudesse ser hoje. Mas os procedimentos judiciais são lentos. Recomenda o advogado que não seria ético com a Justiça que eu antecipasse, por entrevistas à mídia, a minha defesa. E como é difícil.
É difícil principalmente porque nós, professores, somos dialéticos e tratamos, de imediato, as indagações de nossos alunos. Mais difícil ainda é ver as interpretações parciais e jocosas de alguns membros da imprensa para atos que, quando explicados, se enquadrarão em atos de campanha política. Mas eles são mostrados repetidas vezes e comentados por alguns jornalistas, da forma sensacionalista, exatamente com o objetivo de tentar a destruição moral do “suposto envolvido”.
Você sabe por que a expressão suposto ou suposta aparece com tanta frequência em todas as reportagens? Para livrar os órgãos de imprensa de ações penais posteriores. Mas será que existe algo que recupere isso? Por que aquela cena patética ocorrida há tantos anos atrás é misturada a fatos atuais, sem nenhuma explicação? Será que foi por que este ano fui Líder de Governo?
Estou pronta e ansiosa para responder na justiça quando for chamada. Tenho todos os comprovantes de todos os nossos rendimentos de 5 anos atrás para cá, os respectivos extratos bancários, bem como, as guias de recolhimento de imposto de renda. Que por sinal são públicas porque as apresento anualmente à Câmara Legislativa (a minha e do meu marido).
Este esclarecimento preliminar, julgo importante passar a você, meu amigo, meu irmão e muito especialmente àqueles que por me conhecerem, saberem como vivo, como trabalhamos meu marido e eu, como me comporto, solidarizaram-se comigo e estão orando por mim.
Vamos ao Natal que foi e será sempre o maior acontecimento de todos os tempos. Deus enviou o Seu Filho, para que, por intermédio Dele, pudéssemos ter a salvação. Portanto, minha mensagem a você e familiares é: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem (S. Lucas 2:14). Feliz Natal.”

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

sábado, dezembro 19, 2009

ESPORTE

Vozes d'África. Castro Alves

Vozes d'África
Castro Alves

"Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?..."

...

E nem tenho uma sombra de floresta...
Para cobrir-me nem um templo resta
No solo abrasador...
Quando subo às Pirâmides do Egito
Embalde aos quatro céus chorando grito:
"Abriga-me, Senhor!..."

POLÍTICA

Proibido estacionar

Empresa de amigo do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares ganha contrato milionário sem licitação

De Gustavo Ribeiro:

Para acabar com os problemas de estacionamento em Goiânia, a prefeitura do município tirou da gaveta um projeto que parece bom demais para ser verdade. A ideia é instalar 20 000 parquímetros na cidade sem desembolsar um único tostão e, melhor, ficar com parte dos recursos arrecadados.
A empresa encarregada de fazer o serviço foi a Enatech/GDT, que, criada três meses antes da assinatura do contrato, não precisou enfrentar os processos convencionais de licitação. Ela foi convidada a executar o trabalho de instalação, operação e manutenção dos aparelhos e receberá até 112 milhões de reais.
É muito? É um terço da arrecadação prevista nos próximos cinco anos. Nesse ponto, o que parecia bom demais para ser verdade chamou a atenção das autoridades.
O belo, estranho e lucrativo negócio dos parquímetros de Goiânia tem ainda outro componente meio, digamos, fora da curva da normalidade. Quem está por trás da transação é Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e um dos principais personagens do escândalo do mensalão.
O projeto dos parquímetros estava guardado na gaveta da administração municipal do PT desde 2004. Para apoiar o atual governo, do peemedebista Iris Rezende, os petistas reivindicaram cargos, entre os quais os da Agência Municipal de Transportes.
No órgão, materializou-se a ideia - e alguém lembrou que a empresa Enatech, por coincidência, já tinha o projeto prontinho na gaveta. Para driblar a lei das licitações, a prefeitura fez um contrato com a Câmara de Diretores Lojistas (CDL), uma entidade privada, que, por sua vez, subcontratou a Enatech.
O dono da empresa, Jaime Ferreira de Oliveira, é companheiro de longa data de Delúbio Soares. Garante Jaime: "O Delúbio é um grande amigo, mas nada tem a ver com esse negócio, que é totalmente normal". O Ministério Público de Goiás não pensa assim.
"São escandalosas as evidências de irregularidades nesse contrato", diz a promotora Villis Marra, que vai ingressar com ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito Iris Rezende, o presidente da estatal de trânsito, o petista Miguel Tiago, e o presidente da CDL, Melchior Abreu Filho.
"Esse negócio só aconteceu por causa da força política do Delúbio", acusou da tribuna o vereador Santana Gomes, do PMDB. O ex-tesoureiro petista não quis comentar o assunto.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Cântico dos Cânticos, 7. Rei Salomão

Cântico dos Cânticos, 7
Rei Salomão

Vira, vira, Sulamita, vira, vira, para que possamos ver-te! Por que olhais para a Sulamita, entre dois coros a dançar?

Quão belos são teus pés nas sandálias, ó filha de príncipe! Os contornos dos teus quadris são como colares, fabricados por mãos de artista.

Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade; teu ventre é um monte de trigo, cercado de lírios.

Teus dois seios são como dois filhotes de cervo, gêmeos de gazela,

e teu pescoço é como uma torre de marfim. Teus olhos são como as piscinas de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim; e teu nariz é como a torre do Líbano, que aponta na direção de Damasco.

Tua cabeça é como o Carmelo e teus cabelos têm a cor da púrpura, prendendo o rei com os seus anéis.

Quão bela e quão encantadora és tu, ó querida, entre as delícias!

Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios, a cachos.

Eu disse: “Subirei à palmeira e colherei seus frutos!” E teus seios serão como cachos de uva e o perfume da tua boca, como o das maçãs.

Teu paladar será como vinho excelente…

…Digno de ser bebido por meu amado e degustado por seus lábios e dentes.

Eu sou para meu amado e seu desejo é para mim.

Vem, amado, saiamos para o campo, pernoitemos nas aldeias:

De manhã iremos logo para as vinhas, a ver se a videira floresceu, se as flores estão-se abrindo, se floresceram as romãzeiras: ali te darei os meus amores.

As mandrágoras espalharam seu perfume: às nossas portas, todos os melhores frutos, novos e velhos, guardei para ti, ó meu amado.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

"Cismando" você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.

POLÍTICA

Todos juntos na bandalheira
De Ilimar Franco:
Deputados governistas e da oposição se uniram na noite de quarta-feira, sob às bênçãos do lobby do Tribunal de Contas da União, para reduzir a transparência no serviço público. Em uma sessão esvaziada, mudaram uma das regras da Lei de Diretrizes Orçamentárias que determinava a divulgação de nomes, cargos $funções dos funcionários dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Fizeram isso para impedir a identificação de afilhados políticos e de parentes nomeados em nepotismo cruzado. Depois disso, concederam anistia para policiais militares que tinham recebido punições disciplinares. Agora, vale tudo.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Eu vi a Coluna Prestes passar

FOTOGRAFIA


HDR Church in São Cristovão II, upload feito originalmente por Adilson Andrade.

Inspira paz. São Cristóvão. Sergipe.

SAUDAÇÃO A PALMARES. Castro Alves

SAUDAÇÃO A PALMARES
Castro Alves

Nos altos cerros erguido
Ninho dáguias atrevido,
Salve! - País do bandido!
Salve! - Pátria do jaguar!
Verde serra onde os palmares
- Como indianos cocares -
No azul dos colúmbios ares
Desfraldam-se em mole arfar! ...

Salve! Região dos valentes
Onde os ecos estridentes
Mandam aos plainos trementes
Os gritos do caçador!
E ao longe os latidos soam...
E as trompas da caça atroam...
E os corvos negros revoam
Sobre o campo abrasador! ...

Palmares! a ti meu grito!
A ti, barca de granito,
Que no soçobro infinito
Abriste a vela ao trovão.
E provocaste a rajada,
Solta a flâmula agitada
Aos uivos da marujada
Nas ondas da escravidão!

De bravos soberbo estádio,
Das liberdades paládio,
Pegaste o punho do gládio,
E olhaste rindo pra o val:
Descei de cada horizonte...
Senhores! Eis-me de fronte!
E riste... O riso de um monte!
E a ironia... de um chacal!...

Cantem Eunucos devassos
Dos reis os marmóreos paços;
E beijem os férreos laços,
Que não ousam sacudir ...
Eu canto a beleza tua,
Caçadora seminua!...
Em cuja perna flutua
Ruiva a pele de um tapir.

Crioula! o teu seio escuro
Nunca deste ao beijo impuro!
Luzidio, firme, duro,
Guardaste pra um nobre amor.
Negra Diana selvagem,
Que escutas sob a ramagem
As vozes - que traz a aragem
Do teu rijo caçador! ...

Salve, Amazona guerreira!
Que nas rochas da clareira,
- Aos urros da cachoeira -
Sabes bater e lutar...
Salve! - nos cerros erguido -
Ninho, onde em sono atrevido,
Dorme o condor... e o bandido!...
A liberdade... e o jaguar!
A Duas Flores

São duas flores unidas,
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bom como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rodas da vida,
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

MÚSICA

Roda Viva. Chico Buarque.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

POLÍTICA

Conduta abusiva
De Dora Kramer:

Não faz ainda 20 dias que apareceu diante de todo o País recebendo um dinheiro das mãos de notório distribuidor de propinas e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, já dá nova demonstração de conduta abusiva.
Valeu-se do cargo que, pelos critérios do bom senso, ocupa de maneira ilegítima, para distribuir R$ 248 milhões entre funcionários do DF. Antecipou o pagamento de dezembro para todos os 45 mil servidores e liberou verbas de gratificação a bombeiros e policiais militares.
Estes últimos especialmente merecedores, sob a ótica do governador, de recompensa pela atuação truculenta na repressão a estudantes em protesto contra a presença no governo de uma autoridade investigada por corrupção e filmada em flagrante delito.
Ao presentear os funcionários, a intenção do governador foi presentear a si mesmo, pois supõe que assim contribua para esvaziar os movimentos em prol do seu impeachment.
Não fez nada de ilegal. Inclusive porque sua cota nessa seara já foi exposta. Mas impressiona nesse caso a desfaçatez. Não só de Arruda ao tentar simular normalidade reunindo o secretariado para falar de assuntos "de governo" e organizando "a base" na Câmara Distrital para decidir a melhor (para ele) data do início do recesso, a fim de ganhar tempo na esperança de que esfrie o clima do escândalo.
O cinismo é generalizado. Alcança todos os partidos a ele aliados, cujos filiados também aparecem nas imagens ou são citados no inquérito, mas permanecem incólumes, impunes, levando a vida quase normalmente, como se nada tivesse acontecido.
A falta de pudor alcança também o DEM, que tanto escarcéu fez pela saída de José Roberto Arruda do partido por causa do vídeo em que o então candidato aparece recebendo dinheiro, mas não se importuna com a presença do vice Paulo Octávio em suas fileiras.
Isso, apesar de o principal executivo do empresário do ramo imobiliário (o maior de Brasília) ter sido filmado enchendo uma mala preta. O DEM alega que nada há contra o vice. Amplamente citado no inquérito, mas sem a imagem dele na tela.
As coisas chegaram a um ponto em que evidências, citações, a óbvia divisão de responsabilidades entre o governador e o vice - que nem uma palavra de reparo disse sobre a conduta de seu companheiro de governo - não bastam.
E, nesta altura de um campeonato em que o governador se arvora o direito de ler comunicados sem permitir perguntas para não ser constrangido pela imprensa, usa o patrimônio público em feitio de autoajuda, nem as provas comprovam.
É preciso, no dizer dos correligionários de Arruda, uma CPI da Câmara Distrital para "investigar" se as cenas a que o Brasil todo assistiu significam que o governador recebeu dinheiro, que os deputados embolsaram propina, que os empresários levaram notas nas cuecas, que os corruptos oraram em atenção à graça recebida, ou se porventura as imagens não falam por si.
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

ESCULTURA


Michelangelo. La Pietá. Clique na imagem.

FOTOGRAFIA


Europa. Lisboa, upload feito originalmente por Charles Fonseca.

MEDICINA SOCIAL

CANÇÃO DO EXÍLIO. Casimiro de Abreu

CANÇÃO DO EXÍLIO
Casimiro de Abreu

Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Meu Deus, eu sinto e tu bem vês que eu morro
Respirando este ar;
Faz que eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os gozos do meu lar!

O país estrangeiro mais belezas
Do que a pátria não tem;
E este mundo não vale um só dos beijos
Tão doces duma mãe!

Dá-me os sítios gentis onde eu brincava
Lá na quadra infantil;
Dá que eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu do meu Brasil!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos
Meu Deus! não seja já!
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

Quero ver esse céu da minha terra
Tão lindo e tão azul!
E a nuvem cor-de-rosa que passava
Correndo lá do sul!

Quero dormir à sombra dos coqueiros,
As folhas por dossel;
E ver se apanho a borboleta branca,
Que voa no vergel!

Quero sentar-me à beira do riacho
Das tardes ao cair,
E sozinho cismando no crepúsculo
Os sonhos do porvir!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
A voz do sabiá!

Quero morrer cercado dos perfumes
Dum clima tropical,
E sentir, expirando, as harmonias
Do meu berço natal!

Minha campa será entre as mangueiras,
Banhada do luar,
E eu contente dormirei tranqüilo
À sombra do meu lar!

As cachoeiras chorarão sentidas
Porque cedo morri,
E eu sonho no sepulcro os meus amores
Na terra onde nasci!

Se eu tenho de morrer na flor dos anos,
Meu Deus! não seja já;
Eu quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar o sabiá!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

FOTOGRAFIA


À luz poente., upload feito originalmente por Charles Fonseca.

Clique na imagem.

MÚSICA

POESIA

DEUS
Casimiro de Abreu

Eu me lembro! Eu me lembro! - Era pequeno
E brincava na praia; o mar bramia,
E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
A branca espuma para o céu sereno.

E eu disse a minha mãe nesse momento:
"Que dura orquestra! Que furor insano!
Que pode haver de maior do que o oceano
Ou que seja mais forte do que o vento?"

Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: - Um ser que nós não vemos,
É maior do que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

FOTOGRAFIA


César., upload feito originalmente por Charles Fonseca.

Clique na imagem. Construindo pontes.

MÚSICA


Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

FOTOGRAFIA


Vermelho e Preto -Red and black, upload feito originalmente por Adilson Andrade.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

POLÍTICA

Só Deus pode me julgar, por MV Bill

POLÍTICA

Saudosa maloca. Clique na imagem e depois em play

EVOCAÇÃO. Cruz e Souza

EVOCAÇÃO
Cruz e Souza

Oh! lua voluptuosa e tentadora,
ao mesmo tempo trágica e funesta,
Lua em fundo revolto de floresta
e de sonho de vaga embaladora;

Langue visão mortal e sedutora,
dos Vergéis siderais pálida giesta,
divindade sutil da morna sesta,
da lasciva paixão fascinadora;

Flor fria, flor algente, flor gelada
do desconsolo e dos esquecimentos
e do anseio, da febre atormentada;

Tu que soluças pelos céus nevoentos
longo soluço mágico de fada,
dá-me os teus doces acalentamentos!

sábado, dezembro 05, 2009

FOTOGRAFIA


Santa Marguerita. Clique na imagem.

A CAVALGADA. Raimundo Correia. Poesia

A CAVALGADA
Raimundo Correia

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...

MÚSICA

Na Espanha as praças de touros são transformadas em centros culturais. Fotografia.


Na Espanha as praças de touros são transformadas em centros culturais. Vide amostra. Clique na imagem.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

HISTÓRIA

A filha de Jefté. Bon Boullogne I - 1700.

A filha de Jefté. Bon Boullogne I - 1700. Clique na imagem.

Um dos Juízes de Israel (séc. XII a.C.), Jefté estava em guerra com os amonitas numa disputa sobre terras e fez um voto ao Senhor: "Se me entregares os filhos de Amon, e eu voltar para casa vitorioso, quem primeiro sair pela porta ao meu encontro, será do Senhor e o oferecerei em holocausto."

Jefté venceu os inimigos e, voltando para casa, sua única filha veio ao seu encontro.
Quando a viu, rasgou as vestes em desgosto profundo, e disse-lhe da promessa que fizera.

A resposta dela foi que se ele fizera voto ao Senhor que o cumprisse, pedindo, apenas, que lhe desse dois meses para ir com as companheiras vaguear pelos montes a lamentar a sua virgindade, porque morrer sem deixar descendência era considerado como desgraça e desonra. Ao voltar, o sacrifício foi consumado.

http://www.sabercultural.org/template/obrasCelebres/AfilhadeJefte.html

quinta-feira, dezembro 03, 2009

RELIGIÃO

"Vou ainda revelar-vos um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados.

Num instante, num piscar de olhos, ao soar da trombeta final — pois a trombeta soará —, não só os mortos ressuscitarão incorruptíveis, mas nós também seremos transformados.

Pois é preciso que este ser corruptível se vista de incorruptibilidade e este ser mortal se vista de imortalidade.

E quando este ser corruptível estiver vestido de incorruptibilidade e este ser mortal estiver vestido de imortalidade, então estará cumprida a palavra da Escritura: “A morte foi tragada pela vitória;

Onde está, ó morte, a tua vitória? onde está, ó morte, o teu aguilhão?"

São Paulo.

MÚSICA

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Trampa sinfônica

CINEMA

DÁ MEIA-NOITE. Sousândrade

DÁ MEIA-NOITE
Sousândrade

Dá meia-noite em céu azul-ferrete
Formosa espádua a lua
Alveja nua,
E voa sobre os templos da cidade.

Nos brancos muros se projetam sombras;
Passeia a sentinela
À noite bela
Opulenta da luz da divindade.

O silêncio respira; almos frescores
Meus cabelos afagam;
Gênis vagam,
De alguma fada no ar andando à caça.

Adormeceu a virgem; dos espíritos
Jaz nos mundos risonhos -
Fora eu os sonhos
Da bela virgem... uma nuvem passa.

FOTOGRAFIA


Felicidade passo a passo.Clique na imagem.

terça-feira, dezembro 01, 2009

ESCULTURA

Clique na imagem.

MÚSICA


Somos todos iguais nesta noite
Ivan Lins
Somos todos iguais nesta noite
Na frieza de um riso pintado
Na certeza de um sonho acabado
É o circo de novo...
Nós vivemos debaixo do pano
Entre espadas e rodas de fogo
Entre luzes e a dança das cores
Onde estão os atores..
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Vamos dançar mais uma vez...
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Vamos entrar mais uma vez...
Somos todos iguais nesta noite
Pelo ensaio diário de um drama
Pelo medo da chuva e da lama
É o circo de novo...
Nós vivemos debaixo do pano
Pelo truque malfeito dos magos
Pelo chicote dos domadores
E o rufar dos tambores...
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Prá tocar um dobrado...
Vamos dançar mais uma vez...
Pede a banda
Prá tocar um dobrado
Olha nós outra vez no picadeiro
Pede a banda
Prá tocar um dobrado...
Vamos entrar mais uma vez...

Besouro. Cinema

POLÍTICA


Os deputados e o ex-secretário comemoram, batem palmas e começam a orar: “Pai, eu quero te agradecer por estarmos aqui. Sabemos que nós somos falhos, somos imperfeitos”, diz o deputado Brunelli, que faz a oração. “Precisamos dessa tua cobertura, dessa tua graça, da tua sabedoria, de pessoas que tenham, Senhor, armas para nos ajudar nessa guerra e, acima de tudo, todas as armas podem ser falhas, todos os planejamentos podem falhar, mas o Senhor nunca falha”, complementa.

segunda-feira, novembro 30, 2009

O encanto dos Orixás

O encanto dos Orixás
Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual.
Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais.
É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas.
Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos.
Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual.
Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina).
Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente.
Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades.
Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las.
Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade.
Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus.
Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica.
Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda.
Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda.
Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi.
Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos.
Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs.
Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo.
É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos.
Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.

Leonardo Boff é teólogo´
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

MÚSICA

FOTOGRAFIA


O vermelho e o negro. Clique na imagem.

domingo, novembro 29, 2009

ADORMECIDA

ADORMECIDA Castro Alves Uma noite, eu me lembro... Ela dormia Numa rede encostada molemente... Quase aberto o roupão... solto o cabelo E o pé descalço do tapete rente. 'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste Exalavam as silvas da campina... E ao longe, num pedaço do horizonte, Via-se a noite plácida e divina. De um jasmineiro os galhos encurvados, Indiscretos entravam pela sala, E de leve oscilando ao tom das auras, Iam na face trêmulos — beijá-la. Era um quadro celeste!... A cada afago Mesmo em sonhos a moça estremecia... Quando ela serenava... a flor beijava-a... Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia... Dir-se-ia que naquele doce instante Brincavam duas cândidas crianças... A brisa, que agitava as folhas verdes, Fazia-lhe ondear as negras tranças! E o ramo ora chegava ora afastava-se... Mas quando a via despeitada a meio, P'ra não zangá-la... sacudia alegre Uma chuva de pétalas no seio... Eu, fitando esta cena, repetia Naquela noite lânguida e sentida: "Ó flor! — tu és a virgem das campinas! "Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."

FOTOGRAFIA

Cenas de um casamento. Clique na imagem.

Cântico dos Cânticos

Cântico dos Cânticos, 7
Rei Salomão.

1. Vira, vira, Sulamita, vira, vira, para que possamos ver-te! Por que olhais para a Sulamita, entre dois coros a dançar?
2. Quão belos são teus pés nas sandálias, ó filha de príncipe! Os contornos dos teus quadris são como colares, fabricados por mãos de artista.
3. Teu umbigo é uma taça torneada onde nunca faltará vinho de qualidade; teu ventre é um monte de trigo, cercado de lírios.
4. Teus dois seios são como dois filhotes de cervo, gêmeos de gazela,
5. e teu pescoço é como uma torre de marfim. Teus olhos são como as piscinas de Hesebon, junto à porta de Bat-Rabim; e teu nariz é como a torre do Líbano, que aponta na direção de Damasco.
6. Tua cabeça é como o Carmelo e teus cabelos têm a cor da púrpura, prendendo o rei com os seus anéis.
7. Quão bela e quão encantadora és tu, ó querida, entre as delícias!
8. Teu talhe assemelha-se ao da palmeira e teus seios, a cachos.
9. Eu disse: “Subirei à palmeira e colherei seus frutos!” E teus seios serão como cachos de uva e o perfume da tua boca, como o das maçãs.
10. Teu paladar será como vinho excelente…
10. …digno de ser bebido por meu amado e degustado por seus lábios e dentes.
11. Eu sou para meu amado e seu desejo é para mim.
12. Vem, amado, saiamos para o campo, pernoitemos nas aldeias:
13. de manhã iremos logo para as vinhas, a ver se a videira floresceu, se as flores estão-se abrindo, se floresceram as romãzeiras: ali te darei os meus amores.
14. As mandrágoras espalharam seu perfume: às nossas portas, todos os melhores frutos, novos e velhos, guardei para ti, ó meu amado.

Friozinho gostoso


Friozinho gostoso. Chamonix., upload feito originalmente por Charles Fonseca.

FAMÍLIA

Síndrome de alienação parental

Síndrome de alienação parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner em 1985 para a situação em que um dos pais de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao genitor que causa a situação (e não ao que é vítima dela).
Características
Habitualmente é um fenômeno desencadeado por um dos pais em relação ao outro, do mesmo modo que não é necessariamente causada por divórcio ou separação, mas também pode ser provocado por outra pessoa distinta do guardião do menor (novo companheiro(a), avós, tios, etc.). Também se tem observado casos dentro de famílias intactas (que não sofreram separação), ainda que sejam menos frequentes.
Gardner distingue três tipos de SAP: leve, moderada e aguda, aconselhando diversas formas de ação para cada um dos tipos e destacando a importância de distiguirem que caso se está atuando.
Atualmente existe muita informação sobre este fenômeno, que possui legislação específica sobre a matéria em diversos países, sendo incluindo no Código Civil de diversos estados dos EUA e México. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos de Estrasburgo também o reconhece igualmente em diversas sentenças sobre temas de família.
É característico dos filhos que estejam envolvidos no processo de divórcio, visto que é provocada pelo genitor responsável pela alienação, mediante uma mensagem e uma programação contituindo o que normalmente se denomina lavagem cerebral. Os filhos que sofrem desta síndrome, desenvolvem um ódio patológico e injustificado contra o pai ou mãe alienado, e tem consequências devastadoras para o desenvolvimento físico e psicológico destes. Consequentemente a síndrome afeta também a familiares do genitor alienado, como avós, tios, primos, etc. Outras vezes, sem chegar a sentir ódio, a SAP provoca nos filhos uma deterioração da imagem do genitor alienado, resultando em valores sentimentais e sociais menores do que aqueles que qualquer criança tem e necessita: o filho(a) não se sente orgulhoso de sua mãe ou pai como as demais crianças. Esta forma mais sutil, que se valerá da omissão e negação de tudo o que se refere à pessoa alienada, não produzirá danos físicos nos menores, mas sim em seu desenvolvimento social e psicológico a longo prazo, quando na idade adulta exercerão seu papel de pai ou mãe.
Crianças vítimas da Síndrome da Alienação Parental são mais propensas a:
1. Apresentar distúrbios psicológicos como depressão, ansiedade e pânico.
2. Utilizar drogas e álcool como forma de aliviar a dor e culpa da alienação.
3. Cometer suicídio.
4. Apresentar baixa auto-estima.
5. Não conseguir uma relação estável, quando adultas.
6. Possuir problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor alienado.

• Richard Gardner (2002). Síndrome da Alienação Parental (SAP).

Associações em Portugal que lutam contra este fenómeno:
• Pais para Sempre.
• Blog da Pais para Sempre.
• Acolher.



http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_aliena%C3%A7%C3%A3o_parental

PINTURA


Nicolas Poussin - 1635-1637 - A Amamentação de Júpiter. Clique na imagem.

sábado, novembro 28, 2009

SE VAIS. Onestaldo de Pennafort

SE VAIS
Onestaldo de Pennafort

Se vais em busca da Fortuna, pára:
nem dês um passo de onde estás. . . Mais certo
é que ela venha ter ao teu deserto,
que vás achá-la em sua verde seara.

Se em busca vais do Amor, volta e repara
como é enganoso aquele céu aberto:
mais longe está, quando parece perto,
e faz a noite da manhã mais clara.

Deixa a Fortuna, que te está distante,
e deixa o Amor, que teu olhar persegue
como perdido pássaro sem ninho.

... Porém, ó negro cavaleiro andante,
se vais em busca da Tristeza, segue,
que hás de encontrá-la pelo teu caminho!

quinta-feira, novembro 26, 2009

MÚSICA

"Dona Canô"- (Daniela Mercury, Mariene de Castro & Banda Dida)

MÚSICA

Sergei Rachmaninoff - Rhapsody On A Theme Of Paganini

"Ao espelho". Você poderá ver clicando em Charles Fonseca Poemas, lado direito, acima.

PLENA NUDEZ. Raimundo Correia. poesia.

PLENA NUDEZ
Raimundo Correia

Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das modas cria, tortas e enfezadas.

Quero um pleno esplendor, viço e frescura
Os corpos nus; as linhas onduladas
Livres: de carne exuberante e pura
Todas as saliências destacadas...

Não quero, a Vênus opulenta e bela
De luxuriantes formas, entrevê-la
De transparente túnica através:

Quero vê-la, sem pejo, sem receios,
Os braços nus, o dorso nu, os seios
Nus... toda nua, da cabeça aos pés!

domingo, novembro 22, 2009

SOCIOLOGIA

Coisas de um país não preconceituoso

Em 2003, a juíza Luislinda Dias Valois dos Santos proferiu a primeira sentença brasileira baseada na Lei do Racismo.
Deu ganho de causa a uma negra acusada de ter roubado um frango e dois sabonetes da principal rede de supermercados da Bahia.
Declarada a sentença, Luislinda foi ameaçada de morte. Mas isso não era novidade na vida da primeira juíza negra do Brasil.
Negra, mulher, divorciada, nordestina e de origem pobre, ela costuma dizer que se for morta seu assassino será o racismo.
Tinha nove anos quando um professor lhe disse que seu lugar era na cozinha de uma branca.
Ao ser aprovada no concurso público para procuradora, uma Bahia comandada por coronéis brancos mandou-a para Curitiba.
Para regressar, passou no concurso da Justiça Estadual da Bahia e foi exilada em uma comarca sem luz, telefone e água encanada. De pronto, foi avisada de que, mais dia menos dia, seria morta.
Fez um curso de justiça célere na Austrália e, ao aplicar esse processo por aqui, quiseram saber o que ela ganhava julgando com rapidez.
Advogados já pediram cancelamento de audiência ao saber que a juíza não era branca. Muitos ainda se perguntam o que aquela mulher de rastafári vermelho faz sentada na cadeira do juiz.
Certo dia entrou em um banco e foi chamada e tratada como bandida pelos seguranças. Depois de alguns sustos, passou a ter cuidado com a água que bebe e com o percurso que faz diariamente.
Foram muitas as intimidações para que ela renunciasse à magistratura.
Como não conseguiram matá-la fisicamente, fecharam-lhe todas as portas do Judiciário. Sem se intimidar, passou a fazer audiências na periferia, nos alagados, nos quilombos.
De barco, ônibus ou a pé, a juíza tentou levar justiça à população mais carente.
Porém, foi duramente censurada. Até mesmo do premiado projeto Balcões de Cidadania, do qual foi idealizadora e coordenadora, foi afastada.
Mesmo ganhando diversos prêmios e homenagens, Luislinda é tida, dentro do meio, como uma juíza menor.
Ela tem certeza de que muito do problema do preconceito está dentro do Judiciário, ainda branco e machista.
No Brasil, pouco mais de 1% dos juízes se declaram negros e a maioria, principalmente nas instâncias superiores, é do sexo masculino.
Aos 67 anos, a filha de Iansã tem todos os requisitos necessários para se tornar desembargadora.
Só que Luislinda não precisa jogar búzios, ler cartas ou freqüentar o terreiro de mãe Bebé para saber que ninguém a quer como desembargadora. Como juíza, já incomoda muita gente.


Daniel Campos é poeta, escritor, jornalista, pós-graduado em Comunicação Criativa pela ABJL e autor do portal de literatura e poesia www.danielcampos.biz
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/

Cântico dos Cânticos, 6. Poesia.

Cântico dos Cânticos, 6
Rei Salomão

1. Para onde foi o teu amado, ó mais bela das mulheres? onde se escondeu o teu amado, para que o procuremos contigo?
2. Meu amado desceu ao seu jardim, ao canteiro dos aromas, para apascentar nos jardins e colher os lírios.
3. Eu sou para o meu amado e meu amado é para mim, ele que apascenta entre os lírios.
4. Tu és bela, minha amada, como Tersa, formosa como Jerusalém, terrível como um exército em linha de batalha.
5. Afasta de mim teus olhos, pois eles me perturbam. Teus cabelos são como um rebanho de cabras que vêm descendo de Galaad.
6. Teus dentes, como um rebanho de ovelhas que saíram do lavadouro; todas com filhotes gêmeos, sem que haja uma estéril entre elas.
7. Como a metade da romã, assim as tuas faces através do teu véu.
8. Sessenta são as rainhas e oitenta, as concubinas e não têm número as adolescentes;
9. Mas uma só é a minha pomba, minha perfeita, única para sua mãe, a escolhida de quem a concebeu. As moças a viram e a proclamaram venturosa; viram-na as rainhas e as concubinas, e a louvaram:
10. Quem é esta que avança como a aurora que desponta, bela como a lua, incomparável como o sol, terrível como um exército em linha de batalha?
11. Desci ao jardim das nogueiras para ver os frutos dos vales e verificar se a vinha já havia florido e se já tinham germinado as romãs.
12. Meu espírito não percebeu quando ele me assentou na carruagem do príncipe do meu povo.

FOTOGRAFIA


Na pompa de Pompéia, upload feito originalmente por Charles Fonseca.

POEMAS ( I ). Charles Fonseca. Poesia

POEMAS ( I )
Charles Fonseca

Poemas são qual queixumes
Que simbolizam passados
São esperanças dos prados
Colhidos, são como lumes.

Poemas embalam vidas
Enquanto o real não chega,
Imagens quantas, são nesga
De amor por fresta amiga.

Poemas permitem espera
Ai, quantos que em mim tiveram,
Quantos a mim me houveram,
Símbolos de duras eras!

quarta-feira, novembro 18, 2009

JATAÍ. Charles Fonseca. Poesia

JATAÍ
Charles Fonseca

Por que te chamo Gleide
Nunca então de Rosalee
É que o tendo e serdes
O doce de Ibicui
Já tendes o que a mim falta
Pra rimar mel jataí
Assim pesava ante o vinde
- O pensam assim teus irmãos -
Mãe que se foi e desde então
Nos aguarda aos Ataide.

quinta-feira, novembro 12, 2009

MONTE CARLO. Charles Fonseca. Poesia

MONTE CARLO
Charles Fonseca

Almas chegam ao cassino
Volteiam em torno ilusões,
Muitos sim, talvez, senões,
De antemão bimbalham sinos.

Tangem passadas carências
Simboliza a roleta
O irreal dança em festa
Repicam em uns condolencias

sábado, outubro 31, 2009

Verde. Charles Fonseca. Poesia

VERDE
Charles Fonseca

Ah, verde mais quero ver-te
Verte o mel a abelha pura
Oh mistério, tua candura
Me enternece quero ter-te

Cada dia junto assim
Qual jasmim por onde eu for
Vais comigo peito em flor
Vens comigo e é só jardim

É minha vida verde vale
É montanha céu de anil
Vem a noite em beijos mil
Volta o sol se posto é tarde.

A CIDADE DA BAHIA. Gregório de Matos

A CIDADE DA BAHIA
Gregório de Matos

A cada canto um grande conselheiro.
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.

Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.

Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.

Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Sinto vergonha de mim. Ruy Barbosa

SINTO VERGONHA DE MIM Rui Barbosa Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra. Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo, buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo. Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos "floreios" para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar", voltar atrás e mudar o futuro. Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer... Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade. Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro! De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

segunda-feira, outubro 26, 2009