FALO
Charles Fonseca
É com ele que me acho
Sem ele desapareço
Profundezas que mereço
Projeções com ele encaixo
Mas só no imaginário
Não ouso jamais dize-lo
A natureza por zelo
Clama a mim tão perdulário
Em não dizer com o falo
Em não falar tanto o medo
Por dizendo não mais tê-lo
E se o tendo mudo calo.
sábado, novembro 29, 2008
FALO. Charles Fonseca. Poesia
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sexta-feira, novembro 28, 2008
Ninho. Fotografia.
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A lacuna. Freud
“Esta é a lacuna que a psicanálise procura preencher. Procura dar à psiquiatria a base psicológica de que esta carece. Espera descobrir o terreno comum em cuja base se torne compreensível a conseqüência do distúrbio físico e mental. Com esse objetivo em vista, a psicanálise deve manter-se livre de toda hipótese que lhe é estranha, seja de tipo anatômico, químico ou fisiológico, e deve operar inteiramente com idéias auxiliares puramente psicológicas.” Freud.
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O grupo de Laocoon no Museu do Vaticano.
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quinta-feira, novembro 27, 2008
Loira prateada. Charles Fonseca. Poesia
LOIRA PRATEADA
Charles Fonseca
Ah, se estivesses aos 50 da tua natividade ou eu aos 40 da minha!
Gravitaria em torno de ti em doce elipse.
Nem me fundiria em teu esplendor
Nem erraria pelo espaço sem fim...
Charles Fonseca
Ah, se estivesses aos 50 da tua natividade ou eu aos 40 da minha!
Gravitaria em torno de ti em doce elipse.
Nem me fundiria em teu esplendor
Nem erraria pelo espaço sem fim...
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segunda-feira, novembro 24, 2008
A cruz caída. Salvador. Bahia.
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sábado, novembro 22, 2008
Elizeth Cardoso e Cartola. Música
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quinta-feira, novembro 20, 2008
MARTÍRIO. Junqueira Freire. Poesica.
MARTÍRIO
Junqueira Freire
Beijar-te a fronte linda
Beijar-te o aspecto altivo
Beijar-te a tez morena
Beijar-te o rir lascivo
Beijar o ar que aspiras
Beijar o pó que pisas
Beijar a voz que soltas
Beijar a luz que visas
Sentir teus modos frios,
Sentir tua apatia,
Sentir até répúdio,
Sentir essa ironia,
Sentir que me resguardas,
Sentir que me arreceias,
Sentir que me repugnas,
Sentir que até me odeias,
Eis a descrença e a crença,
Eis o absinto e a flor,
Eis o amor e o ódio,
Eis o prazer e a dor!
Eis o estertor de morte,
Eis o martírio eterno,
Eis o ranger dos dentes,
Eis o penar do inferno!
Junqueira Freire
Beijar-te a fronte linda
Beijar-te o aspecto altivo
Beijar-te a tez morena
Beijar-te o rir lascivo
Beijar o ar que aspiras
Beijar o pó que pisas
Beijar a voz que soltas
Beijar a luz que visas
Sentir teus modos frios,
Sentir tua apatia,
Sentir até répúdio,
Sentir essa ironia,
Sentir que me resguardas,
Sentir que me arreceias,
Sentir que me repugnas,
Sentir que até me odeias,
Eis a descrença e a crença,
Eis o absinto e a flor,
Eis o amor e o ódio,
Eis o prazer e a dor!
Eis o estertor de morte,
Eis o martírio eterno,
Eis o ranger dos dentes,
Eis o penar do inferno!
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Exekias. Ajax.
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sexta-feira, novembro 14, 2008
MINHA CANTIGA
Zilma Ferreira Pinto
No castelo do Destino
Dividi-me por igual.
Ficaram duas meninas
No meio de um roseiral.
Uma bordando a ouro,
Outra o mais fino metal.
Uma transpôs a soleira
Que era a porta pra o mar.
Tomou o barco da vida,
Partiu sem querer sonhar.
A outra subiu à torre
Que ia dar nas estrelas
No barco da meia-lua
Foi para a mais longe delas...
Um dia encontro as meninas
Bem longe do roseiral
Nelas havia a tristeza
Dividida por igual.
Nenhuma bordava a ouro,
Nem o mais fino metal.
Fui escolher! Não sabia
Com qual das duas ficar!?
Castelos já não havia
E a torre para sonhar.
Sem manto bordado a ouro;
Sem palmatória de rei!
Ai! Minhas pobres meninas
Qual de vós escolherei?!
Zilma Ferreira Pinto
No castelo do Destino
Dividi-me por igual.
Ficaram duas meninas
No meio de um roseiral.
Uma bordando a ouro,
Outra o mais fino metal.
Uma transpôs a soleira
Que era a porta pra o mar.
Tomou o barco da vida,
Partiu sem querer sonhar.
A outra subiu à torre
Que ia dar nas estrelas
No barco da meia-lua
Foi para a mais longe delas...
Um dia encontro as meninas
Bem longe do roseiral
Nelas havia a tristeza
Dividida por igual.
Nenhuma bordava a ouro,
Nem o mais fino metal.
Fui escolher! Não sabia
Com qual das duas ficar!?
Castelos já não havia
E a torre para sonhar.
Sem manto bordado a ouro;
Sem palmatória de rei!
Ai! Minhas pobres meninas
Qual de vós escolherei?!
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Eufronio. Pintura.
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Miriam Makeba - Chove Chuva
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quarta-feira, novembro 05, 2008
POR QUE CHORO E SORRIO? Charles Fonseca.
POR QUE CHORO E SORRIO?
Charles Fonseca
De que sorrio afinal
Por que choro se rio
Se no amor o desvario
Certo é meu bem não meu mal?
E se choro por que inda
Após tanto amor em volta
Não me basta se a revolta
De mais amor quero ainda?
E se não voltar nem por ódio
Ao fácil ninho o perdão
Por não pedido então
Haverá em mim opróbrio?
Se não houver mais nem falso
Sorriso ou lágrima furta
Fica no ar cheiro de murta,
Jasmim, dela, o seu regaço.
Clique:https://charlesfonseca.blogspot.com
Charles Fonseca
De que sorrio afinal
Por que choro se rio
Se no amor o desvario
Certo é meu bem não meu mal?
E se choro por que inda
Após tanto amor em volta
Não me basta se a revolta
De mais amor quero ainda?
E se não voltar nem por ódio
Ao fácil ninho o perdão
Por não pedido então
Haverá em mim opróbrio?
Se não houver mais nem falso
Sorriso ou lágrima furta
Fica no ar cheiro de murta,
Jasmim, dela, o seu regaço.
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Poesia
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Mulheres na arte.
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sábado, novembro 01, 2008
A meu pai doente. Augusto dos Anjos. Poesia
Augusto dos Anjos
Para onde fores, Pai, para onde fores,
Irei também, trilhando as mesmas ruas...
Tu, para amenizar as dores tuas,
Eu, para amenizar as minhas dores!
Que cousa triste! O campo tão sem flores,
E eu tão sem crença e as árvores tão nuas
E tu, gemendo, e o horror de nossas duas
Mágoas crescendo e se fazendo horrores!
Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,
Indiferente aos mil tormentos teus
De assim magoar-te sem pesar havia?!
— Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim
É bom, é justo, e sendo justo, Deus,
Deus não havia de magoar-te assim!
Para onde fores, Pai, para onde fores,
Irei também, trilhando as mesmas ruas...
Tu, para amenizar as dores tuas,
Eu, para amenizar as minhas dores!
Que cousa triste! O campo tão sem flores,
E eu tão sem crença e as árvores tão nuas
E tu, gemendo, e o horror de nossas duas
Mágoas crescendo e se fazendo horrores!
Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,
Indiferente aos mil tormentos teus
De assim magoar-te sem pesar havia?!
— Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim
É bom, é justo, e sendo justo, Deus,
Deus não havia de magoar-te assim!
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"Travessia", Milton Nascimento.
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