BOA NOITE LUA CHEIA
Ernane Gusmão
Boa noite, amiga lua, iluminada,
Já vens desabrochada no horizonte
E chegas derramando, como fonte,
Cascatas de uma luz abençoada.
E lá, de longe já, mas bem defronte
Invades meu colchão, de luz dourada.
E já não sei se é noite ou alvorada,
Fico no aguardo que alguém me conte.
Pois não estou sozinho e minha amada
Vem junto com você, tão encantada,
Repleta de calor e tanta luz.
Por isto ao te abraçar, abraço ela,
E deixo que penetres da janela
Ao leito que esse trio me conduz.
domingo, agosto 31, 2008
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“Nervos de Aço”, Paulinho da Viola.
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sábado, agosto 30, 2008
Orfeu e Eurídice
(lenda grega)
Orfeu é, na mitologia grega, poeta e músico. Filho da musa Calíope, era o mais talentoso dos músicos. Quando tocava a sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores curvavam-se para ouvir os sons no vento. Tocava a lira de Apolo pois dizem que Apolo era seu pai. Orfeu era casado com Eurídice. Ela era tão bonita que atraiu um homem chamado Aristeu. Quando ela recusou as suas atenções, Aristeu perseguiu-a. Tentando escapar-lhe, ela tropeçou numa serpente que a mordeu e Eurídice morreu. Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando a sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro, Caronte, a levá-lo vivo pelo Rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões; o seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado, ao ver que um vivo tinha entrado no seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu comoveu-o, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua mulher, Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu o seu desejo: Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma condição: que ele não olhasse para ela até que ela, de novo, estivesse à luz do sol. Orfeu partiu pelo caminho íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração, enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então, virou-se, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo. Por um momento ele viu-a, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Enquanto ele olhava, ela transformou-se de novo num fino fantasma, soltou um doloroso gemido final de amor e pena, não mais do que um suspiro na brisa, que saía do Mundo dos Mortos. Ele havia-a perdido para sempre. Em total desespero, Orfeu tornou-se amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo lembrar-se da perda da sua amada. Furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caiu sobre ele, frenéticas, e despedaçaram-no. Jogaram a sua cabeça cortada no Rio Hebrus, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!" Chorando, as nove musas reuniram os seus pedaços e enterraram-nos no Monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente do que os outros. Orfeu, na morte, uniu-se à sua amada Eurídice. Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. As suas pernas tornaram-se troncos de madeira pesada, e também os seus corpos, até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. Assim permaneceram pelos séculos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que, por fim, esses troncos mortos e vazios caíram no chão.
http://anamargens.blogspot.com/
(lenda grega)
Orfeu é, na mitologia grega, poeta e músico. Filho da musa Calíope, era o mais talentoso dos músicos. Quando tocava a sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores curvavam-se para ouvir os sons no vento. Tocava a lira de Apolo pois dizem que Apolo era seu pai. Orfeu era casado com Eurídice. Ela era tão bonita que atraiu um homem chamado Aristeu. Quando ela recusou as suas atenções, Aristeu perseguiu-a. Tentando escapar-lhe, ela tropeçou numa serpente que a mordeu e Eurídice morreu. Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando a sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro, Caronte, a levá-lo vivo pelo Rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões; o seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado, ao ver que um vivo tinha entrado no seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu comoveu-o, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua mulher, Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu o seu desejo: Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma condição: que ele não olhasse para ela até que ela, de novo, estivesse à luz do sol. Orfeu partiu pelo caminho íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração, enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então, virou-se, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo. Por um momento ele viu-a, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Enquanto ele olhava, ela transformou-se de novo num fino fantasma, soltou um doloroso gemido final de amor e pena, não mais do que um suspiro na brisa, que saía do Mundo dos Mortos. Ele havia-a perdido para sempre. Em total desespero, Orfeu tornou-se amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo lembrar-se da perda da sua amada. Furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caiu sobre ele, frenéticas, e despedaçaram-no. Jogaram a sua cabeça cortada no Rio Hebrus, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!" Chorando, as nove musas reuniram os seus pedaços e enterraram-nos no Monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente do que os outros. Orfeu, na morte, uniu-se à sua amada Eurídice. Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. As suas pernas tornaram-se troncos de madeira pesada, e também os seus corpos, até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. Assim permaneceram pelos séculos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que, por fim, esses troncos mortos e vazios caíram no chão.
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"Resposta ao Tempo", Nana Caymmi.
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sexta-feira, agosto 29, 2008
“Flor de lis”, Djavan.
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TERNURAS DE UM PEITO AMANTE. Charles Fonseca. Poesia.
TERNURAS DE UM PEITO AMANTE
Charles Fonseca
Quando poderei eu, mui doce até,
Dizer-vos do dito terno amor,
Que ausente em desejo me tornou,
E sem ele, errante, ‘stou a pé?
Quando poderei, falar-vos de flores,
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que só sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando vos desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que perdure,
Do sentimento eterno enquanto dure
Mesmo sem receber a vós dou terno?
Charles Fonseca
Quando poderei eu, mui doce até,
Dizer-vos do dito terno amor,
Que ausente em desejo me tornou,
E sem ele, errante, ‘stou a pé?
Quando poderei, falar-vos de flores,
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que só sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando vos desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que perdure,
Do sentimento eterno enquanto dure
Mesmo sem receber a vós dou terno?
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Charles Fonseca
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quinta-feira, agosto 28, 2008
Symphony No. 9 : Parte 1, Beethoven.
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Poetas. Florbela Espanca. Poesia
POETAS
Florbela Espanca
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas a chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
Florbela Espanca
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém;
São almas de violetas
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como as estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas a chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas e secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma pra sentir
A dos poetas também!
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Poesia
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quarta-feira, agosto 27, 2008
Imagine. John Lennon.
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DE LEITE. Charles Fonseca. Poesia
DE LEITE
Charles Fonseca
Que linda cor é o negro
Das mulheres da mãe África
Retintas que chegam azuladas
Ao prata luar oh chamego
Por estas negras mulheres
Da praia do Chega Nego
Da Bahia do aconchego
Baixadas dos escaleres
Pra tisnar o branco o cobre
Dos lusitanos dos índios
Ai descaminhos ínvios
Das amas de leite nobre!
Charles Fonseca
Que linda cor é o negro
Das mulheres da mãe África
Retintas que chegam azuladas
Ao prata luar oh chamego
Por estas negras mulheres
Da praia do Chega Nego
Da Bahia do aconchego
Baixadas dos escaleres
Pra tisnar o branco o cobre
Dos lusitanos dos índios
Ai descaminhos ínvios
Das amas de leite nobre!
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terça-feira, agosto 26, 2008
“O lago dos cisnes”, Tchaikowsky.
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AFLIÇÃO DE SER EU E NÃO SER OUTRA
Hilda Hilst
Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser amor,
aquela que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
Hilda Hilst
Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser amor,
aquela que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha
Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.(A noite como fera se avizinha)
Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
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segunda-feira, agosto 25, 2008
Agnolo Bronzino. Pintura
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O SAL. Charles Fonseca. Poesia
O SAL
Charles Fonseca
Agora pé ante pé
Antes os pés pelas mãos
Amando pelos desvãos
Amanhã o que vier
Ai quantos ases na vida
Um a mais neste borralho
Foi-se à campa e espalho
Sal que à cinza crepita.
Charles Fonseca
Agora pé ante pé
Antes os pés pelas mãos
Amando pelos desvãos
Amanhã o que vier
Ai quantos ases na vida
Um a mais neste borralho
Foi-se à campa e espalho
Sal que à cinza crepita.
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Charles Fonseca
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domingo, agosto 24, 2008
"Fascinação", Elis Regina.
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Soneto de Carnaval. Vinicius de Moraes.
SONETO DE CARNAVAL
Vinicius de Moraes
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo.
Vinicius de Moraes
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento.
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrado uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo.
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sábado, agosto 23, 2008
“Like A Rolling Stone”, Bob Dylan.
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Em meu ofício ou arte taciturna. Dylan Marlais Thomas. Poesia
EM MEU OFÍCIO OU ARTE TACITURNA
Dylan Marlais Thomas
Em meu ofício ou arte taciturna
Exercido na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes jazem no leito
Com todas as suas mágoas nos braços,
Trabalho junto à luz que canta
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração.
Escrevo estas páginas de espuma
Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinóis,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.
Dylan Marlais Thomas
Em meu ofício ou arte taciturna
Exercido na noite silenciosa
Quando somente a lua se enfurece
E os amantes jazem no leito
Com todas as suas mágoas nos braços,
Trabalho junto à luz que canta
Não por glória ou pão
Nem por pompa ou tráfico de encantos
Nos palcos de marfim
Mas pelo mínimo salário
De seu mais secreto coração.
Escrevo estas páginas de espuma
Não para o homem orgulhoso
Que se afasta da lua enfurecida
Nem para os mortos de alta estirpe
Com seus salmos e rouxinóis,
Mas para os amantes, seus braços
Que enlaçam as dores dos séculos,
Que não me pagam nem me elogiam
E ignoram meu ofício ou minha arte.
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sexta-feira, agosto 22, 2008
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AREIAL. Charles Fonseca. Poesia.
AREIAL
Charles Fonseca
Nas areias movediça
Uma sombra água margeia
Metade mulher sereia
Que em metade enfeitiça
Com sua tez branco luar
Seu olhar da cor do mel
Na boca um favo céu
Descrente fica a cismar
O pobre do lobisomem
Decano de tanta ilusão
Nos seus braços não cai não
Tais gozos sonhos consomem
Prefere a que é real
O sul do seu corpo goza
O seu perfume que aflora
Ao sol duna areial.
Charles Fonseca
Nas areias movediça
Uma sombra água margeia
Metade mulher sereia
Que em metade enfeitiça
Com sua tez branco luar
Seu olhar da cor do mel
Na boca um favo céu
Descrente fica a cismar
O pobre do lobisomem
Decano de tanta ilusão
Nos seus braços não cai não
Tais gozos sonhos consomem
Prefere a que é real
O sul do seu corpo goza
O seu perfume que aflora
Ao sol duna areial.
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quinta-feira, agosto 21, 2008
“1800 colinas” Beth Carvalho.
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A ALMA DO OUTRO MUNDO
Charles Baudelaire
Como os anjos de ruivo olhar,
À tua alcova hei de voltar
E junto a ti, silente vulto,
Deslizarei na sombra oculto;
Dar-te-ei na pele escura e nua
Beijos mais frios que a lua
E qual serpente em náusea fossa
Te afagarei o quanto possa.
Ao despontar o dia incerto,
O meu lugar verás deserto,
E em tudo o frio há de se pôr.
Como os demais pela virtude,
Em tua vida e juventude
Quero reinar pelo pavor.
Charles Baudelaire
Como os anjos de ruivo olhar,
À tua alcova hei de voltar
E junto a ti, silente vulto,
Deslizarei na sombra oculto;
Dar-te-ei na pele escura e nua
Beijos mais frios que a lua
E qual serpente em náusea fossa
Te afagarei o quanto possa.
Ao despontar o dia incerto,
O meu lugar verás deserto,
E em tudo o frio há de se pôr.
Como os demais pela virtude,
Em tua vida e juventude
Quero reinar pelo pavor.
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quarta-feira, agosto 20, 2008
“Valsa das Flores”, Tchaikovsky.
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CÉREO. Charles Fonseca
CÉREO
Charles Fonseca
O silêncio dos cemitérios
Os semi etéreos amores
As dores em sortilégios
Nos anversos dos ardores
Das almas tão combalidas
Em corpos tão contrafortes
Escoradas em partidas
Rosa dos ventos sem nortes
Da vida são os mistérios
Morte são as das certezas
Que naufragam a natureza
Do não ser sendo tão céreo.
Charles Fonseca
O silêncio dos cemitérios
Os semi etéreos amores
As dores em sortilégios
Nos anversos dos ardores
Das almas tão combalidas
Em corpos tão contrafortes
Escoradas em partidas
Rosa dos ventos sem nortes
Da vida são os mistérios
Morte são as das certezas
Que naufragam a natureza
Do não ser sendo tão céreo.
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terça-feira, agosto 19, 2008
“Paratodos”, Chico Buarque.
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ESTELA E NISE
Alvarenga Peixoto
Eu vi a linda Estela, e namorado
Fiz logo eterno voto de querê-la;
Mas vi depois a Nise, e é tão bela,
Que merece igualmente o meu cuidado.
A qual escolherei, se neste estado
Não posso distinguir Nise d'Estela?
Se Nise vir aqui, morro por ela;
Se Estela agora vir, fico abrasado.
Mas, ah! que aquela me despreza amante,
Pois sabe que estou preso em outros braços,
E esta não me quer por inconstante.
Vem, Cupido, soltar-me destes laços,
Ou faz de dois semblantes um semblante
Ou divide o meu peito em dois pedaços!
Alvarenga Peixoto
Eu vi a linda Estela, e namorado
Fiz logo eterno voto de querê-la;
Mas vi depois a Nise, e é tão bela,
Que merece igualmente o meu cuidado.
A qual escolherei, se neste estado
Não posso distinguir Nise d'Estela?
Se Nise vir aqui, morro por ela;
Se Estela agora vir, fico abrasado.
Mas, ah! que aquela me despreza amante,
Pois sabe que estou preso em outros braços,
E esta não me quer por inconstante.
Vem, Cupido, soltar-me destes laços,
Ou faz de dois semblantes um semblante
Ou divide o meu peito em dois pedaços!
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segunda-feira, agosto 18, 2008
Bolero, Ravel.
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LETICIA. Charles Fonseca
LETICIA
Charles Fonseca
Por este grande mister
De amar olhando ao longe
Imagem sem abraço onde
Nos meus o tive quem vier
A mim dê-me notícia
Desse ser amado tanto
Que feliz me enxugue o pranto
É pouco mas me é leticia.
Charles Fonseca
Por este grande mister
De amar olhando ao longe
Imagem sem abraço onde
Nos meus o tive quem vier
A mim dê-me notícia
Desse ser amado tanto
Que feliz me enxugue o pranto
É pouco mas me é leticia.
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domingo, agosto 17, 2008
Dorival Caymmi "O que é que a baiana tem?"
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A UMA MULHER AMADA
Safo
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.
Safo
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.
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sábado, agosto 16, 2008
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GARÇA. Charles Fonseca. Poesia.
GARÇA
Charles Fonseca
Um leve ruflar de asas
Um roçar de mãos tão breve
Que garça, que graça breve,
No caçador peito trava.
É assim que o cupido
Sangra em dor no peito crava
Do amor a flecha vara
Varia o vate ao olvido.
Charles Fonseca
Um leve ruflar de asas
Um roçar de mãos tão breve
Que garça, que graça breve,
No caçador peito trava.
É assim que o cupido
Sangra em dor no peito crava
Do amor a flecha vara
Varia o vate ao olvido.
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Charles Fonseca
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sexta-feira, agosto 15, 2008
"O sole mio", Pavarotti , Carreras e Paris.
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quinta-feira, agosto 14, 2008
“Caçador de Mim”, Milton Nascimento.
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Noivado estranho. Florbela Espanca
NOIVADO ESTRANHO
Florbela Espanca
O luar branco, um riso de Jesus,
Inunda a minha rua toda inteira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
A sacudir as pétalas de luz…
A luar é uma lenda de balada
Das que avozinhas contam à lareira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
Que jaz na minha rua desfolhada…
O Luar vem cansado, vem de longe,
Vem casar-se co´a terra, a feiticeira
Que enlouqueceu d´amor o pobre monge…
O luar empalidece de cansado…
E a noite é uma flor de laranjeira
A perfumar o místico noivado!…
Florbela Espanca
O luar branco, um riso de Jesus,
Inunda a minha rua toda inteira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
A sacudir as pétalas de luz…
A luar é uma lenda de balada
Das que avozinhas contam à lareira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
Que jaz na minha rua desfolhada…
O Luar vem cansado, vem de longe,
Vem casar-se co´a terra, a feiticeira
Que enlouqueceu d´amor o pobre monge…
O luar empalidece de cansado…
E a noite é uma flor de laranjeira
A perfumar o místico noivado!…
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quarta-feira, agosto 13, 2008
“Podres Poderes”, Caetano Veloso.
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PÉTALAS. Charles Fonseca, Poesia
PÉTALAS
Charles Fonseca
Ah, mortes de minha vida
São tantas as minhas dores
Sobre as campas que eu das flores
As pétalas ressequidas
As guardo em relicário
No meu peito de amante
Na minha alma exangue
Eu tão triste vate vário
Faço versos simbolizo
O real das mortes cãs
De imagens todas vãs
Ai, sem amor agonizo.
Charles Fonseca
Ah, mortes de minha vida
São tantas as minhas dores
Sobre as campas que eu das flores
As pétalas ressequidas
As guardo em relicário
No meu peito de amante
Na minha alma exangue
Eu tão triste vate vário
Faço versos simbolizo
O real das mortes cãs
De imagens todas vãs
Ai, sem amor agonizo.
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terça-feira, agosto 12, 2008
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SER PAI
Encantos e Paixões
Artur da Távola
Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.
Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam.
Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.
Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.
Encantos e Paixões
Artur da Távola
Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é aprender errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.
Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam.
Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.
Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.
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segunda-feira, agosto 11, 2008
“Sozinho”, Caetano Veloso.
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Poema erótico. Manuel Bandeira
POEMA ERÓTICO
Manuel Bandeira
Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo branco e macio
É como um véu de noivado...
Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...
Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeia,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia de água e da chama...
A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...
Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...
Manuel Bandeira
Teu corpo claro e perfeito,
- Teu corpo de maravilha
Quero possuí-lo no leito
Estreito da redondilha...
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa... flor de laranjeira...
Teu corpo branco e macio
É como um véu de noivado...
Teu corpo é pomo doirado...
Rosal queimado do estio,
Desfalecido em perfume...
Teu corpo é a brasa do lume...
Teu corpo é chama e flameja
Como à tarde os horizontes...
É puro como nas fontes
A água clara que serpeia,
Que em cantigas se derrama...
Volúpia de água e da chama...
A todo momento o vejo...
Teu corpo... a única ilha
No oceano do meu desejo...
Teu corpo é tudo o que brilha,
Teu corpo é tudo o que cheira...
Rosa, flor de laranjeira...
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domingo, agosto 10, 2008
“Resposta ao Tempo”, Nana Caymmi.
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QUESTÃO DE ESCOLHA
Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero eu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam! Para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero eu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam! Para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
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sábado, agosto 09, 2008
“Manhã de Carnaval”, Nara Leão.
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sexta-feira, agosto 08, 2008
UNS. Charles Fonseca. Poesia.
UNS
Charles Fonseca
Chove a chuva no beiral
As almas seus desencantos
Gemem corpos pelos cantos
Lacrimejam afinal
Os sonhos de priscas eras
Crescem em tom outros sussurros
Heras agarram-se em muros
Uns monturos, outros pedras.
Charles Fonseca
Chove a chuva no beiral
As almas seus desencantos
Gemem corpos pelos cantos
Lacrimejam afinal
Os sonhos de priscas eras
Crescem em tom outros sussurros
Heras agarram-se em muros
Uns monturos, outros pedras.
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sexta-feira, agosto 01, 2008
Explode coração, Maria Betânia.
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O mar de Dieppe. Delacroix
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