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quinta-feira, agosto 16, 2007

PÁLIDA, À LUZ DA LÂMPADA SOMBRIA
Alvares de Azevedo

Pálida, à luz da lâmpada sombria,
sobre o leito de flores reclinada,
como a lua por noite embalsamada,
entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar, na escuma fria
pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens de alvorada,
que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...

Não te rias de mim meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

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